Paradise Resort escrita por Luza Black


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Capitulo 4 ^^



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Narrado por: Marlene Mckinnon

Toc toc toc.

Fui atender a porta e quando vi quem estava atras dela abri um enorme sorriso.


- Aqui está os sundaes – disse um cara.

- Obrigada – assinei a conta e bati a porta entrando com dois enormes sundaes de chocolate. - A alegria chegou! - declarei para Lily que estava deitada na cama abraçada ao travesseiro.

- Só sorvete para me deixar feliz agora – disse ela sentando-se na cama e praticamente atacando uma das taças.

- O que podia ser melhor para curar fossa? - falei rindo e atacando o
meu sundae.

- Homens são seres que não evoluem – disse Lily entre as colheradas de sorvete.

- Concordo! Eles nunca crescem! - falei colocando uma colherada em minha boca.

- Sabe o que devíamos fazer? - disse ela.

- O que?

- Uma mega produção para hoje a noite e deixar os dois idiotas babando.

- Ótima ideia! - falei já imaginando o que vestiríamos hoje. O tema de hoje é: Hollywood. Como ninguém trouxe roupa de gala o resort disponibiliza gratuitamente na lojinha de lembranças. - Temos que ir logo escolher a nossa roupa! Aproveitar que todo mundo ta na piscina, ou ta dormindo, ou ta na praia ou...

- Deu pra entender – cortou Lily. - Mulheres de vestido e homens de
smoking. Uma ideia meio louca para uma festa a beira mar... mas eu gostei.

- Eu também! Nada como um vestido lindo para levantar a auto estima de qualquer mulher.

Terminamos nosso sorvete, demos um jeito na nossa cara de garotinha abandonada que chorou a tarde toda e por fim fomos escolher os vestidos.

Tinha vários vestidos, de todas as cores e tamanhos.

- Eu quero usar um vestido que me deixe sexy, para jogar na cara do James o que ele perdeu – disse a ruiva passando os vestidos pelo cabide.

- E eu quero algo que todo mundo pare para olhar. - falei analisando os vestidos.

- Acho que achei o meu – disse Lilian olhando admirada para um vestido.

- Vai ficar lindo em você, seu tom de pele foi feito para essa cor. -
eu disse. - Experimenta lá.

- Ok. E eu gostei desse ai – disse ela apontando para um que eu estava vendo.

- É... eu pensei nele mesmo – falei – Vou experimentar também.

Nós duas fomos para o provador, tipo, eu pra um e ela pra outro. Depois nos admiramos no espelho. Estávamos lindas!

Assinamos uns papeis de locação do vestido e saímos radiantes.

***

O salão de festas estava deslumbrante!

Uma decoração perfeita de filmes antigos, de clássicos do cinema. Um tapete vermelho na entrada dava um clima de Orcar, parecia que eramos celebridades, estava tudo muito bem decorado, cada detalhe parecia ter sido lembrado.

De filmadoras antigas a maquinas fotográficas da mais alta tecnologia decoravam o salão.  Discos de vinil flutuavam por nossas cabeças e enormes rolos de filmadoras cobriam as paredes. Tudo um luxo!

Todas as cabeças no salão viraram para nos olhar. Afinal a maioria das mulheres tinha optado por vermelho ou preto, generalizando tudo. E quanto a mim a Lily? Bom, nós preferimos cores mais marcantes.

Eu usava um vestido azul simples, mas com um decote diferente e
avantajado. O vestido havia caído como uma luva em meu corpo acentuando perfeitamente as minhas curvas. Nos meus cabelos eu havia feito baby liss na metade para baixo e ele caia em perfeitas ondas nas minhas costas. Uma maquiagem leve completou o visual.

Já Lilian vestia um vestido roxo toma-que-caia , com um modelo moderno que delineava bem o seu corpo. Seu cabelo ruivo estava preso apenas pela metade, ela também havia dado baby liss e ondas perfeitas desciam pelas suas costas. Sua maquiagem era mais marcante que a minha, porem sem nenhum exagero.

Estávamos de parar o transito!

E imagina o quanto foi prazeroso ao ver Sirius e James nos encarando de cima a baixo e de boca aberta? Há! Bem feito bobalhões!

Mal desfilamos pelo tapete vermelho e vários convites de dança foram feitos.

Eu não aceitei nenhum, por hora. Tinha uma música agitada tocando e eu esperava o momento perfeito. Eu e Lily fomos até a mesa de tira gostos. Tinha todo tipo de comida que eu não fazia ideia do nome.  Musicas clássicas tocavam, depois musicas ambiente e aos poucos as batidas de boate foram tomando conta do lugar.

As pessoas já tinham chegado e a festa estava cheia, e bem no meio do tapete vermelho todo mundo dançava de se acabar. Uma coisa boba como um vestido longo não era impedimento pra ninguém.

- Acho que essa é a minha deixa – falei para Lily, tinha começado a
tocar BláBláBlá de Kesha e eu já fui chegando na pista improvisada e
dançando.

Homens não faltavam a minha volta e eu não me acanhava, dançava com todos e me divertia. Logo Lilian estava ao meu lado, dançávamos e cantávamos as letras de musicas conhecidas aos berros.

Quando já passava da meia noite e eu já estava sem folego, fui até o bar do salão.

- Um Martini – pedi para o barman.

- O mesmo que a senhorita aqui – aquela voz fez o meu estomago revirar.

E meu coração deu um pulo quando meus olhos viram Sirius Black de smoking. Meu Deus! Ele estava um tremendo pedaço de mal caminho. Ainda mais me olhando por trás daqueles olhos azuis acinzentados.

- Oi, Six – falei tentando parecer casual.

- Lene – disse ele sentando-se ao meu lado. E lá estávamos nós outra vez sentados no mesmo bar de ontem falando coisas sem sentido. - Devo confessar: você está maravilhosa nesse vestido.

- Obrigada. Você também não está nada mal – comentei sorrindo.

Nossa bebida chegou e eu dei um gole na minha.

- E como a Lily está? - perguntou ele.

- Muito bem – respondi e olhei de esguelha para minha amiga que
conversava com dois caras ao mesmo tempo.

- O James ta péssimo – ele disse.

- Bem feito! Ele merece.

Sirius levantou uma sobrancelha.

- Mas ele não fez nada de errado.

- Ele foi injusto com a Lily agora vai ter que se rastejar aos pés
dela. - resumi.

- Se fosse por você com certeza faria isso – olhei para ele e lhe lancei um sorriso cínico.

- Duvido – e com essa palavra finalizei a conversa bebendo o meu
Martíni de uma vez só. Saí deixando o maroto para trás.

Minutos depois me arrependi de te-lo desafiado. O DJ deu uma pausa na musica e todos os presentes olharam em sua direção com uma interrogação no olhar.

Com uma exclamação de surpresa vi Sirius Black ao lado do DJ, ele tinha um grande sorriso maroto e me olhava fixamente. E o pior de tudo, estava com um microfone nas mãos! Oh God!

- Eu sei que estou interrompendo a noite de vocês, mas peço apenas uns poucos minutos. - ele disse – O amor é algo que nos deixa bobos e confusos, muitos de nós já devem ter pisado na bola e errado feio com a pessoa amada. Então, em nome desses bobões eu venho aqui tentar consertar as coisas.  - ele cochichou algo com o DJ e lhe entregou
um CD, que logo foi posto para tocar. E, para minha total surpresa, Sirius
começou a cantar juntamente com o cantor.

Aquilo era sertanejo? Um sertanejo remix, mas era sertanejo! Controlei o impulso de rir, Sirius não era um cantor dos bons, desafinava as vezes, mas me emocionei com o seu gesto e com sua coragem. Cantar na frente de todos? Uau!

-  Tem um pedaço do meu peito bem colado ao teu
Alguma chave, algum segredo, que me prende ao seu
Um jeito perigoso de me conquistar
Teu jeito tão gostoso de me abraçar

Tudo se perde, se transforma, se ninguém te vê
Eu busco às vezes nos detalhes encontrar você
O tempo já não passa, só anda pra trás
Me perco nessa estrada não aguento mais

Iê, iê...

Passa o dia, passa a noite tô apaixonado
Coração no peito sofre sem você do lado
Dessa vez tudo é real, nada de fantasia
Saiba que eu te amo, amo noite e dia

Ele cantava junto e as pessoas a nossa volta pareciam reconhecer a música,  pois o acompanhavam. Depois da primeira parte ele pediu pro DJ aumentar o som e veio andando em minha direção.Todo mundo parou para ver aonde ele iria, ou para descobrir para quem era a musica.

Me senti ficar vermelha.

- Então... - começou ele chegando até mim e ficando perigosamente
perto.

- Você é doido! - falei, mais eu sorria feito uma adolescente
apaixonada.

- Espero que essa loucura tenha te tocado de alguma forma. Afinal eu não quero ter pagado mico a toa. - disse ele sorrindo, suas mãos estavam brincando ao redor da minha cintura. 

- Talvez... ainda não tenho certeza, acho que posso te fazer pagar um mico ainda maior – eu disse tentando parecer séria.

- Poxa! Teria coragem de fazer isso comigo? - perguntou ele aproximando seu rosto cada vez mais.

- Teria sim. Você merece isso e muito mais – falei já com minhas mãos na sua nuca.

- Eu sei – sussurrou ele a milímetros do meu rosto.

- Mas você é um eterno maroto, não é? - suspirei me dando por vencida – mas entenda, não sou Hogwarts, não poderá aprontar mais uma comigo ou eu te expulso da minha vida.

Ele fechou os olhos, como se estivesse se martirizando por seus atos.

- Me perdoa, Lene? - a voz dele foi de derreter o mais gelado dos
corações.

- Me beija logo, Black! - mandei e finalmente nossos lábios se
encontraram, urgentes e desesperados. Uma explosão de sentimentos percorreu o meu corpo e uma saraivada de palmas vinham de fora. As pessoas estavam prestando atenção na gente? Que vergonha! Tentei não me importar, me concentrei na música que ainda era tocada como plano de fundo do nosso beijo.

- Não sabe o quanto isso me deixou feliz – sussurrou ele quando
interrompemos o beijo.

Eu só sorri, não tinha nada a dizer, estava explodindo de felicidade.
Eu e o Sirius eramos como os dois polos de um imã, você não consegue mante-los afastados por muito tempo.

Ele me puxou mais perto pela cintura, unindo nossos corpos e iniciamos mais um beijo ardente, cheio de saudade. Acho que o DJ entrou no clima romântico, pois uma música lenta começou a ser tocada. Casais dançavam ao nosso redor. E nós? Bom, dançávamos e nos beijávamos ao mesmo tempo. Não era como se fosse a primeira vez que fazíamos isso.

- Vem – chamou Sirius depois de quase meia hora que ficamos na pista de dança, - Aqui ta muito abafado.

Concordei, ar fresco seria bom. Mas eu conhecia esse maroto muito  bem e sabia que suas intenções não eram apenas essas. Estamos juntos a mais de quatro anos, em meio a brigas bobas e reconciliações esperadas.

Mal chegamos do lado de fora e ele me enlaçou pela cintura. Eu tinha os braços ao redor de seu pescoço e o puxei para perto, selamos nossos lábios para mais um beijo. Palavras eram desnecessárias, sabíamos o que estávamos sentindo e tenho certeza que o seu coração batia tão loucamente no peito quanto o meu.

Suas mãos deslizavam pelas minhas costas e eu bagunçava seus cabelos instintivamente. Não sei como fomos parar lá, mas em pouco tempo minhas costas bateram em uma porta. Era o apartamento laranja. Sirius começou a beijar o meu pescoço e eu fiquei anestesiada, minhas pernas fraquejaram e minha parte racional parecia ter saído de férias, eu não a encontrava em lugar algum.

Ele me pegou no colo e eu eu passei minhas pernas ao redor de sua cintura. Ouvi um rasg  e interrompi nosso beijo que estava ficando cada vez mais... hum... irracional. 

- Acho que o vestido rasgou – eu disse respirando rápida e
descompassadamente.

- É, e daí? - disse Sirius com os olhos faiscando de desejo.

- É do resort – falei.

-  Amanhã a gente da um jeito – concordei e assim voltamos de onde paramos.

Sirius levantou meu vestido e deslizou sua mão esquerda pela minha perna, enquanto isso a sua outra mão estava firmemente na minha cintura.  E em meio a beijos e carícias ele conseguiu abrir a porta do quarto, entrar comigo e ainda fecha-la. Nossas bocas não se desgrudavam nem por um minuto.

Ele me pôs em pé no chão e tirou o paletó, eu o ajudei a se livrar da
gravata e comecei a lutar contra os botões de sua camisa enquanto ele lutava contra o zíper do meu vestido.  E num piscar de olhos nós dois caímos na cama de casal. Minhas sandálias estavam largadas em algum lugar do quarto, os sapatos dele haviam desaparecido dos seus pés.

Sirius me olhou profundamente, um sorriso torto se formando. Ele estava praticamente em cima de mim, me prendendo contra a cama. Eu o empurrei para o lado e o derrubando fiquei por cima, sua cintura entre as minhas pernas. Nem me importava mais com o enorme rasgo no vestido, tinha outras prioridades no momento.

- Senti muito a sua falta. - falei com um sorriso malicioso enquanto
ajeitava meus longos cabelos, jogando-os para o lado direito e depois me
inclinando vagarosamente na direção do rosto do maroto . Ele abriu um largo sorriso.

- Eu também senti sua falta, Lene. Você não faz ideia do quanto.

Em poucos minutos estava quente demais e as roupas viraram coisas supérfluas e desnecessárias, tanto que tratamos de nos virar delas rapidamente. E essa foi realmente uma ótima reconciliação.

Narrado por: James Potter.

O que ela está fazendo?! A gente terminou não tem nem cinco horas e ela já está de conversa com umzinho aí.

Ah, não! Eu não acredito que a Lilian possa ser tão... tão... argh! Tão alguma coisa!

Eu tinha que ir lá! E foi o que fiz. Cheguei dominado pelo ciume e
puxei Lilian pela mão.

- O que... James! O que você pensa que está fazendo? - perguntou ela ácida e se livrando da minha mão. Os caras com quem ela conversava nos observavam confusos.

- O que você pensa que está fazendo Lilian? - devolvi a
pergunta.

- Sai do meu pé, Potter – disse ela virando-se.

- Não. - eu a puxei de voltam fazendo-a virar para mim. - Olha aqui,
Lily. Eu não posso deixar você com... esses ai.

- Ei! - protestaram os dois.

- Fica fora disso! - eu disse com o meu melhor olhar de valentão.

- Potter, você não manda em mim – disse ela.

Suspirei tentando controlar meus impulsos e cheguei a conclusão de que ficar nesse joguinho idiota não ia me levar a nada.

- Eu sei,  desculpe – falei – Não vou mais incomoda-la.

Saí dali certo de que nunca mais teria minha ruivinha de volta. Ela
olhou para mim uma vez e com um olhar estranho voltou a conversa que eu tinha interrompido.

Antes de sair ainda tive tempo de ouvir Sirius fazendo um papelão
cantando sertanejo, mas pelo menos deu certo, já que ele e a Lene pareciam se engolir na pista de dança.

Frustrado, eu resolvi que talvez fosse hora de ir para casa, ou no
minimo para o quarto. Depois pensei melhor e cheguei a conclusão de que Sirius e Lene poderiam querer ficar com o quarto só para eles. É, acho que vou ficar por aqui por fora e acabar dormindo na praia.

Caminhei pela areia fria e fitei o horizonte onde o mar parecia não ter fim ao se misturar com o céu negro. As estrelas me encaravam como olhares curiosos e a lua minguante parecia rir para mim, ou de mim.

Tirei o paletó e afrouxei a gravata. Me joguei no chão e suspirei.
Estava um silencio ensurdecedor. Se eu não soube-se que tinha uma festa a alguns metros eu poderia jurar que a praia era deserta. Acho que caminhei um pouco demais e me isolei um pouco demais. Cheguei a meu objetivo então.

Sozinho, encarando a escuridão do mar, ouvindo as ondas se chocando contra a areia e usando um smoking. Minha situação não podia ser mais triste. Fiquei assim pelo que parecia ser horas. Cenas do passado me assombrando a cada minuto, todas elas envolvendo uma certa garota de cabelos vermelhos. Revivendo memorias dos nossos anos em Hogwarts, depois nossa vida pós-Hogwarts, a semana passada, o Natal... quem diria que eu acabaria aqui.

Então passos abafados cortaram o silencio. Não me movi um centímetro, seja lá quem fosse eu esperava que passasse por mim e não me notasse.

Os passos estavam mais próximos e pareciam vir em minha direção. Droga! Será que ninguém pode sofrer em paz, não?

A praia tinha apenas a luminosidade distante que vinha do Resort e a luz lunar. Estava um escuro reconfortante.

- James – foi quase um sussurro, mas eu escutaria aquela voz mesmo em meio a uma horrível tempestade.

Olhei para ela, seu rosto estava sombreado, mas eu já havia decorado cada traço daquele rosto que era impossível não me lembrar de suas
feições. 

- Lily – eu disse e indiquei o lugar ao meu lado para ela sentar.

Ela se sentou e ficou fitando o mar em silencio por um tempo, assim
como eu. Ambos perdidos em pensamentos e incomodados com essa estranha e confusa aproximação. Evitei o impulso de envolve-la nos meus braços.

- Acho que ficamos com um assunto inacabado, não acha? - perguntei temeroso, sei que tinha que dar o primeiro passo, afinal fui eu quem errou ao julga-la, mas, poxa!, ela tinha me magoado ao pedir um tempo!

- Por que desconfiou de mim? - perguntou ela ainda olhando para o
oceano.

- Você ficou estranha, desviando o olhar e vindo com aquela historia de um tempo. Na raiva do momento não medi palavras. - confessei quase morrendo de arrependimento.

- Há algo que não te contei... bom, posso lhe contar agora se quiser. - ela não olhava para mim.

- Estou ouvindo. - sussurrei um pouco receoso.

- Ele me beijou – ela confessou em um suspiro – De surpresa e eu não correspondi, você chegou no momento em que eu o empurrei para longe, mas me sentia culpada, por isso minhas reações estranhas.

Engoli em seco e não disse nada. Tentava conter a raiva que crescia dentro de mim por aquele cara abusado.

- James, você sabe que eu te amo, não é? E que nunca ficaria com outro homem enquanto estivesse com você. - ela disse parecendo um pouco magoada.

Eu respirei fundo, Lily estava interpretando mal o meu silencio.

- Me desculpe, Lily. Eu sei que você é assim, só... não sei o que deu
em mim para falar aquilo tudo.  Mas pode ter certeza que amanhã mesmo eu quebro a cara do sujeito por te beijar a força. - eu disse.

Eu deu um leve sorriso.

- Não precisa disso, Jay – disse ela delicada e finalmente direcionando o olhar para mim.

- Ah, e eu te amo mais – falei sorrindo e passando meu braço direito ao redor dos seus ombros. Ela aninhou sua cabeça no meu peito envolvendo minha cintura com seus braços em um abraço apertado.

- E o que vamos fazer agora? - perguntou ela sem sair da posição.

Sorri maroto a afastando um pouco de mim, só para ficarmos cara a cara.

- Tenho uma sugestão – toquei delicadamente em seu rosto e fiz com que ela me encarasse. Dizem que quando não há mais palavras só tem uma coisa a ser feita, e foi o que fiz.

Quando finalmente meus lábios se encontraram com os dela, eu pude sentir cada parte do meu corpo explodindo de alegria. E pensar que por alguns instantes eu poderia nunca mais beija-la de novo. Que vida torturante seria essa!

Nosso beijo começou delicadamente, como se estivesse reconhecendo o terreno, mas ao ver o quão conhecido e desejado era, foi ficando cada vez mais intenso. Minhas mãos dançavam ao redor de sua cintura e as dela bagunçavam meus cabelos. Nos separamos para tomar ar.

- Sabe, esse vestido está me matando – disse minha ruivinha respirando rapidamente.

- Posso resolver esse problema rapidinho – eu disse sorrindo e
abaixando suavemente o zíper que estava em suas costas.

- James, estamos no meio da praia – ela me repreendeu de forma
brincalhona.

- E daí?

Ela revirou os olhos e começou a desabotoar minha camisa.

- Acho que isso seria interessante em um lugar mais discreto –
sussurrou em meu ouvido.

- Posso providenciar isso – eu disse tirando a varinha do bolso e
murmurando alguns feitiços ao nosso redor. - Agora ninguém vai nos ver, vão se desviar da gente sem notarem nossa presença.

Minha ruivinha sorriu de forma marota. Confesso: adoro esse sorriso dela. Eu apenas aumentei o meu mais ainda.

Lilian tomou a varinha de minhas mãos e conjurou uma toalha de
piquenique e depois me empurrou vagarosamente ao encontro do tecido.  Logo seus lábios estavam de volta aos meus, ambos dançando um dança conhecida e maravilhosa. Acho que se o beijo não existisse, teriam que inventa-lo. Sério.

E sob o seu estrelado em uma noite quente de dezembro, sobre as areias de um paraíso terrestre, nós completamos o nosso amor.


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Notas finais do capítulo

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