Paradise Resort escrita por Luza Black


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :D



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Narrado por: Sirius Black



- Deixa eu adivinhar, pela sua cara acabou de levar um fora – disse James rindo.

Revirei os olhos enquanto entrava na piscina. Estávamos em uma parte da piscina onde tinha um bar.

- E daí? – minha resposta só o fez rir mais ainda. – Acho que conheço aquela garota de algum lugar – falei.

- De onde?

- Eu não sei – falei olhando para a garota, mas ela tinha ido embora.

- Bom, vamos ver. E quanto a aquela loira ali? – disse James apontando para uma loira sentada na beira da piscina sozinha.

- hum... acho que prefiro as morenas – comentei sem pensar.

- De preferência com grandes olhos castanhos, que o nome comece com Mar e termina com Lene, não é?

- Cala a boca! – falei. Isso não tinha nada a ver!

- Para de me mandar calar a boca! – retrucou ele.

- Você só fala besteira!

- Eu? Você que é o maior falador de besteiras do mundo! – agora ele pareceu uma criança.

- Haha, faça-me rir, Jay

- E é James! Nada de Jay, Jay Jay ou qualquer coisa parecida! – ele ficou emburrado.

Eu ri agora.

- Mas a Lily te chama de Jay – observei tentando parar de rir.

- É, mas só ela que pode.

Revirei os olhos. Esses dois juntos são piores que algodão doce com mel.

- Você vai falar com a loira, ou não? – ele quis saber.

- Não. Vai você.

Por um momento ele ficou em duvida.

- É claro que não! Dã! Eu tenho a Lily.

- Mas a Lily não está aqui. – eu disse – E eu não vou contar nada. – assegurei.

Ele me olhou incrédulo.

- Eu nunca trairia a Lily! – exclamou

- Ok, ok. Foi só uma sugestão. – ergui as mãos em rendição.

Ficamos na piscina até a noite, quando já estava ficando frio fomos para o apartamento nos arrumar para a festa. É, descobrimos que teria um tipo de boate hoje. Umas garotas nos contaram e quase exigiram a nossa presença lá.

Há, ninguém manda eu ser tão irresistível!

Enfim... lá pras onze da noite fomos para a boate.

O salão de festas estava cheio de luzes coloridas, com um globo espelhado no centro. Parecia uma discoteca. Acho que todo o resort estava ali, pois estava abarrotado de pessoas, em geral jovens da nossa idade.

Oh yeah! Essa festa promete!



Eu e o James estávamos conversando com o mesmo grupo de garotas da piscina. Então me dei conta que estava tocando uma musica que fez lembrar alguém...

... e imagina a minha surpresa ao ver esse alguém dançando no centro da boate sob todos os refletores.

Marlene Mckinnon dançava Bad Romance e quase me deixava louco. Parecia não se importar com o fato de seu vestido vermelho ser curto demais, nessa hora ela dançava com as mãos nos seus longos cabelos negros que caiam perfeitamente em suas costas. Ela sabia como causar impacto. E eu estava perdendo a cabeça, pois aquela era meio que a nossa musica, foi a primeira vez que ficamos nos provocando até finalmente nos beijarmos.

Droga! Eu prometi que não iria me aproximar dela, mas foi como um imã. Quando dei por mim já tinha me afastado do grupo e dançava ao lado da morena.

Acho que ela me notou, pois deu seu melhor sorriso arrasa quarteirão e olhando em minha direção dançou o mais provocante que conseguia.

I want your love and
I want your revenge
You and me could write a bad romance
(Oh-oh-oh-oh-oooh!)
I want your love and
All your lover's revenge
You and me could write a bad romance

Nessa parte ela cantou junto sem desgrudar o olhar de mim.

Chamou-me com o dedo e assim dançamos juntos. Eu acordei do meu transe e vi as verdadeiras intenções dela. Ela estava me provocando.

Eu dei um sorriso maroto, a puxei pela cintura unindo nossos corpos, por um momento ela quase perdia a pose, mas se recuperou rapidamente.

- Dois podem jogar esse jogo, gata – sussurrei em seu ouvido.

- Quem disse que eu estou jogando? – perguntou ela com uma voz provocante.

- Sei que está – e continuamos dançando.

Mas a musica acabou e Marlene me empurrou levemente para longe.

- Acabou a brincadeira – disse com um sorriso torto, virou-se de costas e saiu me deixando com cara de idiota enquanto a seguia com o olhar até o outro lado da boate onde ela desapareceu em meio as pessoas.

Voltei para onde James estava.

- É, eu tenho certeza de que você já esqueceu ela – disse o viado rindo de mim.

- Cala a boca, James!! – exclamei sem paciência. – Aquela morena vai me enlouquecer! Preciso de uma bebida.

- Vai atrás da bebida ou da morena? – ele tava tirando uma com a minha cara?

- Sabe o que você podia fazer, Jay? Rebater um balaço com a cabeça! – e sai à procura do bar.

- É James!! – ainda pude ouvi-lo gritar.

- Que seja! – falei pro nada, eu sabia que não dava para ele me ouvir.

Achei um bar, mas só estava servindo coquetel. Que saco!

- Me da um troço desses aí e pode exagerar na vodca! – falei pro barman

Ele nem discutiu e foi preparar.

Qual o meu problema quando fico perto da Lene, hein? Eu paro de pensar direito quando a vejo!

Que P****!

- Olá, Six! – disse uma voz conhecida.

Alguém me afoga, o que ela pensa que ta fazendo?

- Lene – falei virando-me para encarar seus sedutores olhos castanhos.

- Que cara é essa? Parece que vai vomitar – disse ela sorrindo.

Porque ela tem que sorrir tanto?

- Eu estou ótimo. Apenas esperando a minha bebida. – falei.

Ela sentou-se na cadeira ao meu lado.

- Eu quero um também – disse ela para o cara que lhe lançou o olhar de raio x, tentando ver cada milímetro do seu corpo visível.

- Vai derramar – avisei para ele que olhou assustado para a coisa que derramava em sua mão. – Nisso que dá se vestir assim – falei para ela que riu.

- Não tem nada de errado com a minha roupa, ou tem? – perguntou ela inocentemente.

Eu tentei não olhar, mas ela tava tipo, do meu lado. Entao eu olhei.

- Acho que o problema é com a falta de tecido – engoli em seco ao ver suas pernas cruzadas totalmente à amostra.

Ela riu mais ainda.

- Os homens são muito previsíveis.

- E as mulheres totalmente ao contrario.

- Então, Six.O que o trás aqui? Achei que sempre passasse as festas de fim de ano com os Potter – perguntou ela dando um gole na bebida que acabara de chegar.

- Bom, acho que precisava de novos ares – respondi também bebendo a minha bebida.

- E largou o James sozinho? – ela quis saber.

- Não, o James ve... – então me dei conta da burrada que estava prestes a falar e interrompi na hora – O James vai sobreviver. E a Lily, hein?

- Quê que tem ela? – ela perguntou desconfiada.

- Ela ta aonde?

- Na chácara da avó.

- Hum...

Ficamos sem assunto.

- Bom, vou indo. Tem uma pista de dança me chamando – disse ela levantando, ajeitando o vestido, me lançando um beijo e saindo com uma jogada de cabelo que por pouco não me acertou. E ainda por cima deixando para trás o seu perfume.

Bebi todo o conteúdo do copo de vez.

Essa mulher quer mesmo me tirar do sério!



Narrado por: Marlene Mckinnon



Ai, meu Deus! O que deu em mim? Por que eu fiz aquilo, hã?

Provocar Sirius Black era uma das coisas que estava na minha lista de nunca mais fazer.

Voltei para a pista de dança e encontrei Lily conversando com um cara com pinta de surfista. Fui até eles. Lily parecia sem graça e ao me ver quase suspirou de alivio.

- Oi, Lily. Oi...

- Eric – disse ele.

- Marlene – me apresentei com um sorriso. – Lily, posso falar com você um minuto?

- Claro. – disse olhando para Eric como se dissesse tenho que ir.

- O que você ta fazendo? – perguntei assim que estávamos fora da visão do Eric.

- Como assim?

- Conversando com o Eric. E o Jay?

- Foi só uma conversa, Lene. Nada demais e eu estava doida para você aparecer, mas tu me deixou sozinha para dançar com o Sirius! – ela estava inconformada.

- Eu não fui dançar com ele! Eu estava dançando e ele apareceu com aquela cara de paspalho que ele faz quando me vê dançando. Aí eu não resisti. – simplifiquei.

- Ta bom – ela revirou os olhos.

- Vamos dançar, vem! – e a puxei pela mão.

- Não, e se ele me ver? –

- Ele não vai te... – então eu empurrei Lily com força para longe e ela caiu em cima de um garoto, que ficou muito feliz com isso.

Lilian me olhou mortalmente e quase ia começar a gritar quando viu o motivo de eu ter feito aquilo.

Sirius Black vinha em minha direção com o seu típico sorriso maroto. Oh, God. Ele tava tão lindo naquela bermuda jeans e com aquela blusa pólo azul clara.

Quase irresistível. Quase...

- Agora é a minha vez – disse ele.

- Sua vez de quê? – eu quis saber tentando não olhar para seus olhos azuis tempestuosos.

- De te surpreender – disse ele – Vamos dançar?

- É... – olhei para Lily que balançava a cabeça freneticamente, traduzindo: Não me deixe sozinha com esse gato! – Acho que não é uma boa idéia.

- Eu não aceito um não, Lene – disse ele me encarando profundamente.

Porcaria de poder hipnotizador que ele tem!!

- Talvez um pouco. Só um minuto – eu disse mais para Lily do que para Sirius.

Ela me lançou um olhar suplicante, mas tirou a expressão do rosto quando o Eric se aproximou.

Agora que o James terá um motivo a mais para ser chamado de cervo. Tadinho. Seja forte, amiga!

Sirius segurou minha mão e a pôs no seu pescoço, estava tocando uma musica menos agitada, mas não uma lenta, quem disse que ele se importou? Que nada, ele colocou suas mãos em minha cintura e se aproximou perigosamente.

- Então... – comecei querendo iniciar algum assunto.

- Então... – disse ele também.

- Aqui é lindo não é? – puxei conversa olhando para os lados.

- É.

E silencio. Ficamos assim até a música acabar, eu tinha até me esquecido do um minuto. Era tão bom estar perto dele daquele jeito, o passado me atingiu de vez, sentia meu corpo se aquecer e notei que eu queria beijá-lo, ele não parava de me olhar e eu desviava o olhar sempre que podia.

A música acabou e eu saí dali quase correndo.

- Tchauzinho, Six.

- A gente se vê – disse ele. Então eu fui atrás de Lilian. Minha cabeça a mil! Eu estava tão elétrica que podia ficar ali a noite toda. Mas não sem cair na tentação de beijar Sirius Black.

Achei Lily dando um chega pra lá em Eric, que tentou beija-la. Ele estava a prendendo na parede com um braço de cada lado.

- Eu tenho namorado – disse Lily.

- Ele está aqui?

- Não, mas...

- Eu não sou ciumento – e tentou beija-la outra vez. Lily apenas deslizou por baixo e deixou-o beijando a parede. Correu até o meu lado e disse:

- Quero dormir – ela respirava rapidamente.

- Boa idéia. – falei no mesmo estado.

E assim seguimos para fora da boate.

Dormimos as 1:45 da noite.

***

Depois de um fabuloso café da manhã, eu e Lily resolvemos ir á praia. Com os nossos chapéus gigantes e nossas bolsas igualmente grandes seguimos para a praia particular do resort.

Ainda era cedo quando chegamos, bom, cedo para o resto do pessoal que dormiu pra lá das três da madrugada. 9:30 chegamos a uma barraca, ocupamos uma mesa e Lily disse que faria uma caminhada. Eu preferi deitar em uma espreguiçadeira e ler uma revista Vogue enquanto o tempo passava.

Tem coisa melhor do que ficar sem fazer nada, apenas ouvindo o som das ondas se chocando contra a areia? Não, não tem mesmo.

Cinco minutos depois eu descobri que eu estava super errada. Tem coisa melhor sim e essa coisa estava saindo da água nesse exato momento.

Uau!

Seus cabelos molhados cobriam levemente seus olhos, ele parecia sair da água em câmera lenta, pois eu pude ver as gotas de água salgada percorrer seu corpo, desde o rosto, passando pelo abdômen e sumindo dentro do short. E me peguei imaginando onde ela iria parar.

Balancei a cabeça e fechei a boca, sem nem saber que ela estava aberta! Olhei mais atentamente para aquele corpo de deus grego e tive a familiar sensação de já conhecer aquele tanquinho de algum lugar.

Então fui expulsa do meu paraíso de perfeita paz quando notei que aquele era o meu pecado em pessoa.

Sirius Black me olhava com um sorriso malicioso.

Mas contrariando o provável ele não veio até mim, ah não, ele passou por mim, piscou um olho e foi para o chuveiro.

Fiquei tentada a ir a seu encontro, mas me contive.

- É, o jogo começou – disse para mim mesma. E levantei.

Fui até o balcão da barraca em que eu estava, o chuveiro ficava a direita, ou seja, dei para quem estava lá uma visão completa de mim mesma.

- Eu quero uma água de coco, por favor – pedi inclinando no balcão e sorrindo abertamente para o garçom. O cara gaguejou alguma coisa e foi buscar o que eu pedi.

Pela minha visão periférica eu vi Sirius me encarando de cima a baixo.

É, garanhão, como você mesmo disse: dois podem jogar esse jogo.

Olhei para o maroto e dei um tchauzinho. O garçom chegou com a minha bebida. Eu pus meus óculos de sol na cabeça e pisquei para ele agradecendo em seguida.

Caminhei lentamente para a espreguiçadeira. E contei mentalmente: 5, 4, 3, 2, 1...

- Oi, Lene! – sorri vitoriosa.

- Oi, Sirius – falei.

- Era impressão minha ou estava tentando fazer o garçom ter um ataque cardíaco? – ele perguntou enquanto sentava-se, sem ser convidado, na cadeira da minha mesa.

- Ataque cardíaco? Como assim? – me fiz de inocente.

- Não se faça de boba, que eu sei que você não é – disse ele com um olhar significativo.

- O que quer Sirius? – perguntei deitando-me novamente na espreguiçadeira.

- Eu que te pergunto – disse ele me analisando de novo.

- O que foi? Até parece que nunca viu – eu disse levantando as sobrancelhas.

Ele desviou o olhar para o meu rosto.

- Como?

- Oras, Sirius! Diga logo o que quer!

- Eu que quero saber, Lene. O que você quer? Por que sei que aquele teatro todo no bar foi para chamar minha atenção, não é? – ele estava com um sorriso presunçoso idiota.

- Então ta. É que a Li... – ops! Quase eu deixava escapar que Lilian estava aqui. Pigarreei – É que como eu estou sozinha e não tem ninguém conhecido para me ajudar com uma coisa eu queria saber se você poderia me ajudar? – perguntei com meu melhor olhar de coitadinha.

- Ok, em que posso ajudá-la, senhorita? – disse ele.

- Bom, é que... – eu fiquei sentada e lhe dei as costas. - ... preciso passar protetor solar nas costas. Pode me ajudar com isso? – oh, yeah! 2x1 pra mim.

- Passar... protetor solar? – ele perguntou.

- É, e então? Me ajuda?

- É claro. – disse ele hesitante.

- Aqui – lhe ofereci o protetor que ele pegou devagar. – Vamos lá, Sirius, não é como se a gente não se conhecesse.

Ele nada disse apenas tocou minhas costas com a mão... e eu senti como se uma corrente elétrica tivesse passado pelo meu corpo.

- Prontinho – disse ele depois de espalhar o creme por todas minhas costas.

- Obrigada – agradeci me virando para ele.

- Disponha. Precisa de mais alguma ajuda?

- Não.

- Legal, agora eu... – então sua fala foi interrompida quando ele avistou alguma coisa realmente estranha.

Olhei para o mesmo lugar que ele e engoli um palavrão.

Uma ruiva e um moreno discutiam. Ela estava ficando vermelha de raiva e ele estava extremamente irritado. Eu nunca imaginaria que iria presenciar novamente mais uma daquelas cenas que eram freqüentes em Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

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