Uma Bela Noite para Morrer escrita por cecilya


Capítulo 11
Capítulo 10




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            Ele sorriu para mim e pegou minha mão caminhamos lentamente aproveitando cada momento que ainda nos restava, um momento ou outro ele me roubava um beijo e nos riamos juntos, chegamos até a casa dele que não era nada modesta, meu queixo caiu enquanto eu olhava o lugar, ele sorriu e me abraçou por traz, movi meu rosto para o lado e meus lábios foram tomados por um beijo doce, as mãos dele me tocavam de forma delicada e passeavam pelo meu corpo, tremi mas não era de medo era de ansiedade, ele começou a tirar minhas roupas sem pressa e eu me virei para ele e fiz o mesmo, estava muito frio aquela noite e ele sabia que isso seria ruim para mim então me levou para o quarto no colo, meu rosto estava corado e quente e eu me escondia para que ele não o visse, ele me deitou na cama e subiu por cima de mim, começou outro longo beijo até que ficamos sem ar e começou a me tocar.

            Ele me ensinou a fazer amor esta noite e eu nunca fui tão feliz, superei meu medo, superei minha dor e espero que também meus pesadelos, não quero que eles estraguem o tempo que ainda temos.

- Você está bem? Algo dói?

- Nunca imaginei que seria possível ficar tão bem...

            Ele sorriu e me aconchegou nos braços dele, há essa hora minha mãe deveria ter percebido que eu não estava em casa e provavelmente estaria preocupada.

- Posso perguntar uma coisa?

- Oque?

- Um dia, passei por você deviam ser 3 da manhã em uma ruela...

- Ah... Os policiais me pediram para fazer isso e tentar lembrar mais detalhes, mas sempre era doloroso de mais fazer isso.

- Você não precisa mais passar por isso, vou lutar contra Lucien.

- Mas você disse...

- Sim, eu sou fraco, não terei a menor chance com ele, mas você ficara a salvo.

- Não existe outra forma?

- Não. – Ele desviou o olhar, eu sempre soube quando as pessoas mentiam e ele não era exceção.

- Está mentindo.

- Olha não é algo viável entende?

- Com certeza é mais viável do que sua morte.

            A expressão dele era de tristeza.

- Por favor Mike, agora que tenho você não quero te perder.

- Um contrato...

- Contrato? Tipo um pacto?

- Não... No contrato você doaria minutos, horas quem sabe até anos da sua expectativa de vida para que eu ficasse forte.

- Como podemos saber quanto tempo?

- Nunca se sabe, existem casos que o contratante vive 50 anos, em outros morre em menos de uma semana, tudo depende da força necessária que no nosso caso não é pouca.

- Faremos então.

- Por favor, não me peça isso.

- Você é minha felicidade Mike, eu só quero viver se for com você, mesmo que sejam só algumas horas a mais.

- Kate... É muito arriscado...

- Oque precisamos fazer?

- Primeiro você tem mesmo que querer isso

- sim eu quero

- precisamos trocar nosso sangue, você consegue?

            Concordei com a cabeça, saímos da quarto e fomos para a cozinha lá ele pegou uma grade faca de carne, primeiro cortou o próprio pulso.

- Você precisa beber... Eu farei o mesmo em seguida.

            Lambi o corte dele e ele olhou em reprovação eu precisava beber, suguei o sangue dele e me surpreendi quando não ouve náusea em mim, limpei os lábios sujos de sangue e então ele cortou o meu pulso, e me imitou.

- Você precisa cortar suas mãos agora. – Fiz como ele ordenou e a faca ficou banhada pelo meu sangue, não senti muita dor era como se o sangue dele houvesse me anestesiado.

            Ele cortou as mãos dele em seguida e as juntou com a minha, o sangue escorria pelo chão da cozinha, quanto sangue já havia derramado? Não sei, mas já me sentia um pouco tonta.

- Agora para finalizar o contrato, diga oque você quer.

- Quero que você derrote o demônio que amaldiçoou minha vida.

- E oque vai me dar em troca?

- Minha própria vida será tua.

            Os olhos deles estavam frios e rubros quando ele me beijou me derrubou no chão da cozinha e apertou mais nossas mãos.

- está feito Kate, sua vida será minha agora.

            Soltei as mãos dele e passei em seu rosto fazendo carinho, o sangue havia estancado, mas ainda podia manchar sua face. Ele cuidou de mim durante toda a noite e me deixou dormir confortável em seus braços. Na manhã seguinte acordei desesperada, oque eu iria dizer para minha mãe?

- Calma Kate, tome café primeiro, eu te levo lá bem rápido você sabe.

- Como posso ter calma? Minha mãe já deve ter chamado a policia a essa hora.

            Após o café da manhã Mike me levou de moto até minha casa, tudo que aconteceu ontem a noite parece até um sonho agora, me sinto tão calma abraçando as costas dele enquanto ele dirige.

- Chegamos. – Ele me ajudou a descer da moto e então fomos até a entrada da casa.

- Você vem?

- Claro, quero me apresentar.

            Antes que eu batesse na porta minha mãe abriu.

- Onde você estava? Quase morri de preocupação, já até liguei para a policia. – Olhei de relance para Mike como se dissesse “eu avisei”.

- Eu estou bem mãe, eu estava com Mike. – Apontei para ele.

            Minha mãe o analisou dos pés a cabeça e me senti envergonhada por isso.

- Bom dia Senhora Livia, sou o Mike, namorado da Kate.

- Namorado? – Minha mãe estava tão surpreendida quanto eu ao ouvir aquilo.

- Sim, Kate teve receio em me apresentar, mas eu insisti que deveria conhecer a Senhora.

- E vocês estavam onde ontem à noite? E Porque não me avisou que sairia Kate? – Minha mãe olhava para mim, não estava brava, mas parecia magoada.

- Desculpe mãe, a senhora já estava dormindo e eu precisava sair...

- Tudo bem, tudo bem, vou ligar para policia e avisar que já está tudo bem.

- Certo. – Sorri, e entramos em casa.

            Minha mãe começou a preparar o café, eu já havia comido, mas hoje ela estava fazendo com tanto capricho que não pude recusar.

- Então Mike, oque você faz?

- Administro a empresa da minha família, uma gráfica.

- hum, parece interessante e monótono.

- É bastante monótono, mas é um bom trabalho. – Minha mãe sorriu e eu ri da criatividade do meu novo namorado.

- Bem, é segunda e a mamãe precisa trabalhar, então já estou indo querida, comportem-se.

            Depois que minha mãe saiu, Mike ficou serio de repente.

- Oque foi?

- Tem alguém nos vigiando, não reaja finja que estamos tendo uma conversa qualquer.

- Ok. – Levantei e fui à geladeira pegar agua. – Você sabe quem?

- Não sei, está se escondendo.

- Você poderia usar o contrato agora e descobrir quem é. – Coloquei agua em dois copos e voltei à mesa.

- Não diminuiria a sua vida por algo que nem sei se é arriscado ainda.

- Você quem sabe.

            A expressão dele voltou a ficar relaxada.

- Acho que já foi embora, não sinto mais nada.

- Ótimo, podemos namorar em paz sem ninguém nos vigiando.

            No resto do dia ele não sentiu nada de fora do normal e ficamos deitados no sofá assistindo filmes.

- Você não foi à aula não é?

- perdi muito sangue ontem e podia passa mal. – Sorri para ele, mas ele não retribuiu.

- Foi você que insistiu.

- Eu sei, não estou te culpando foi apenas uma brincadeira.

            Mike foi para casa antes de a minha mãe voltar do trabalho, ele disse que não queria ser inconveniente, implorei para que ele não fosse, mas ele continuou insistindo até que eu cansei, quando minha mãe chegou fez uma serie de perguntas sobre Mike, as quais eu e ele já havíamos combinado as respostas antes de ele ir embora, Por fim ela ficou satisfeita com as respostas e me deixou dormir para uma nova rotina a partir de amanhã.


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