Entre o Amor e a Mentira escrita por With


Capítulo 9
Capítulo Nove - Medos e Acordos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/133413/chapter/9

  Kazume acordou com Ukitake ao seu lado e sorriu. O amor que sentia por ele cresceu tão espontaneamente que agora estava até meio perdida. Mas, as atitudes e o jeito de Aizen a assustavam. Ele nunca fora daquele jeito com ela, e agora nem olhá-la direito estava.

  Levantou-se e foi se arrumar. Deu um leve pulo ao perceber os olhares de Ukitake sobre si. Sorriu meio sem graça, mas o sorriso dele a deixou confortável.

  – Aizen não deve estar feliz. – disse o taichou, respirando fundo, um pouco desanimado.

  – Tem razão... Importa-se se eu for para casa agora? – ajoelhou-se no futon em que ele estava.

  – Claro que não, pode ir! – deu um rápido beijo nela e apenas sorriu ao vê-la se afastar.

  __________ *** __________

  Kazume procurava Aizen por todo canto da casa, mas não o encontrou. Tomou um rápido banho e se arrumou, saindo em seguida de casa.

  Estava com saudades de Aizen e queria compartilhar sua felicidade com ele. Não demorou muito para chegar ao Quinto Esquadrão. Abriu a porta e estranhou ver uma taichou ali. Estranhou o jeito em que ela prendia a trança, mas deixou pra lá.

  – Olá, Kazume-san. – o olhar que ele lançou a ela a deixou travada. Aizen não estava a fim de ser amigável com ela como sempre foi.

  – Oi... – respondeu sem graça. – Bom dia, Unohana-taichou.

  – Bom dia, Kazume-Fukutaichou. – desejou Unohana sorrindo, mas a olhava gélida.

  – Kazume-san, por favor, poderia nos deixar a sós? – perguntou ele em um tom sério.

  – Hai... – saiu da sala e foi para seu esquadrão.

  Unohana sentou-se frente de Aizen com um sorriso um tanto... Malicioso. Não sabia por que ele havia chamado-a ali. Nunca havia recebido um convite dele para conversar.

  – Então, Aizen-taichou, o que quer falar comigo? - mostrou-se um pouco impaciente.

  – Eu tenho algo em mente e isso lhe interessa. – sorriu maliciosamente.

  – Me interessa? – não sabia aonde ele queria chegar com aquele inicio de conversa.

  – Sim. Eu sei que há bastante tempo que você ama o Ukitake-taichou, e eu, por minha vez... – suspirou.

  – Ama a Kazume-fukutaichou. – completou a frase com um sorriso. – Mas, o que pretende fazer? – sabia que dele poderia esperar qualquer coisa.

  – Afastá-los... É claro com sua ajuda. Sei que você não quer perdê-lo para uma adolescente, não é? – ele sabia que isso iria convencê-la fácil. Ele tinha o dom de convencer as pessoas sem precisar usar sua Kyouka Suigetsu.

  – Tem razão... – concordou. – Então, o que vamos fazer?

  – É muito simples... – começou a explicar o que deveriam fazer e quando deveriam por em prática. – Me dói, mas não agüento vê-la com outro alguém.

  – Não será perigoso? – ela estava preocupada, mas Aizen não a deixaria morrer.

  – Iie. – ficou em silêncio, pensando no que Unohana disse. – Será um pouco... Divertido. – sorriu.

  Aizen já tinha planejado tudo desde quando percebeu que Kazume estava mais tempo com Ukitake. As noites em que ela não dormia sob o mesmo teto que ele o deixava maluco.

  Nunca ficou tão cego de amores por alguém e tão rápido. Quando já se encontrava sozinho em sua sala, pôs-se a pensar sobre esses anos em que conviveu com ela. Tudo o que passaram desde o primeiro encontro até este exato momento. E dar fim assim, sem dizer como realmente se sentia em relação a ela, era algo que não queria.

  Quando voltou a realidade, deparou-se com Kazume parada de frente para sua mesa. Aquele olhar triste o deixava culpado, mas não ia voltar atrás. Além do mais, nunca voltou atrás em nenhuma decisão, nunca se arrependera na vida.

  – Sousuke-kun...? – ela queria entendê-lo, saber o que se passava na cabeça dele. Nunca o entendeu, mas quem sabe agora com dezessete anos não fosse capaz disso?

  – Kazume-san, o que eu sou para você? – perguntou de repente, pegando-a de surpresa. Olhava-a fundo nos olhos turquesa esperando pela resposta. – O que eu represento na sua vida?

  Ela não sabia o que responder, e mesmo que soubesse não sabia como se expressar. Ficou alguns minutos em silêncio assimilando as perguntas. Soltou um longo suspiro e sorriu.

  – Por que pergunta isso? – deu um pouco de ombros, mas a cara séria dele a fez levar a sério. – Está...?

  – Estou esperando. – estava ficando impaciente.

  – Er... Sousuke-kun, você é o meu melhor amigo, o homem que salvou minha vida e o meu mundo. – sorriu.

  – Só isso? – levantou-se e aproximou-se dela. Ainda a olhava nos olhos, queria ouvir além do que escutara.

  – Como assim “só isso”? – seu tom de voz era irônico diante da pergunta feita por ele e afastou-se um pouco, estava assustada. Deu as costas, mas seu braço foi segurado, o que a fez voltar uns quatro passos. Suas mãos se espalmaram no peito dele, deixando seu rosto bem perto assim como seus olhos, que se arregalaram quando os braços dele envolveram sua cintura.

  Aproveitou que suas mãos estavam no peito dele e o empurrou. Saiu correndo, em direção ao seu esquadrão, mas achou melhor ir para casa de Ukitake. Não queria correr o risco de ele ir procurá-la.

__________ *** __________

  Ukitake assustou-se quando ela acomodou-se em seus braços, chorando desesperadamente, como se tivesse acontecido algo de grave. Desde o momento em que ela chegara à sua casa, nenhuma palavra fora dita. Seu corpo tremia junto com o dela enquanto era abraçado mais forte.

  Num movimento rápido, Kazume o beija enquanto o levava para o futon consigo. Não queria mais nada, a não ser permanecer nos braços do homem que amava.

CONTINUA...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mandem reviews dizendo que estão achando, ok?beeeijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Entre o Amor e a Mentira" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.