Uma Nova História, Um Novo Destino escrita por Hawtrey, Ma Argilero


Capítulo 8
Copa Mundial de Quadribol


Notas iniciais do capítulo

capitolo postado por Elysmara e escrito por KPrince.



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Capitulo 8

A Copa Mundial de Quadribol

            No dia seguinte recebi o Profeta Diário normalmente, entregue pela minha coruja, Angy.

 — Olhe! Estão falando que tudo está pronto para a Copa, só estão reforçando os feitiços anti-trouxas e verificando as chaves de portais, e confirmando tudo — comentei enquanto lia, sabendo que os olhos dos meus amigos estavam sobre mim esperando mais noticias e por que ainda não se conformavam em não poderem assistir a Copa — Harry já deve estar n’Toca, como eu queria ter visto o sr. Weasley buscar o Harry... — desejei sonhadora.  

— Por quê? — questionou Lysa arqueando uma sobrancelha.

— Eu queria muito ter visto ele destruir metade da sala dos Dursley e ver Duda com um língua de dois metros — respondi rindo.

            Eu continuei rindo até que cheguei em um paragrafo que acabou com a minha alegria:

            “Foi confirmado que a família Malfoy não irá assistir a Copa Mundial de Quadribol, por motivos ainda desconhecidos. Também foi confirmado que o números de aurores será diminuído para os visitantes e direcionada apenas para os times da Bulgária e Irlanda, também não se sabe o motivo para essa decisão do Ministro Cornélio Fudge...”

— O que foi Sam? — verificou Jon. 

— Os aurores — respondi sem pensar e me virei para Dumbledore — O senhor sabe onde está Aleny?

 — Na última vez que a vi, ela estava na biblioteca, por quê? — perguntou ele me olhando por cima de seus oclinhos meia-lua.

— Preciso falar com ela. É urgente — dizendo isso, sai correndo levando o jornal e com Crissy em meus calcanhares.

            Corri até a biblioteca, não ligando para as advertências dos quadros que me mandavam ir mais devagar. Que se lasquem os quadros. Encontrei Aleny no fundo da biblioteca lendo um livro antigo.

— Aleny, precisamos conversar! — chamei quase gritando. Ela ergueu a cabeça me dando total atenção.

— O que aconteceu Samantha?

— Você acha que o número de aurores para a segurança na Copa Mundial pode mudar alguma coisa? — perguntei ainda ofegante.

— Não sei. Diga-me você.

            Pensei por um instante: um ataque dos Comensais da Morte ocorreria depois do jogo da Irlanda contra a Bulgária. Sem muitos aurores, o numero de mortos será muito maior do que o esperado, e assim eu já começaria mal minha missão.

— Eu não acho nada. Eu tenho certeza — concordei me aproximando da mesa onde Aleny se encontrava e coloquei o Profeta Diário sobre a mesa — De acordo com isto, o corno do Ministro diminuiu o numero de aurores para a segurança dos visitantes presentes na Copa Mundial e os colocou a total disposição dos times...

— E isso tudo interfere em.... — incentivou Aleny sem muito interesse.

— Os Comensais da Morte irão atacar logo depois do jogo da Irlanda, tirar os aurores de lá seria assinar o contrato de mortes de muitos que vão estar lá, principalmente os nascidos trouxas. — respondi o que fez com que o interesse de Aleny aumentasse.

— Por Merlin! Você tem que falar com o Ministro imediatamente e mudar essa situação antes que seja tarde de mais — decidiu ela e eu paralisei.

— O QUÊ? Por que eu? Vai você! Você é a Alta Sacerdotisa! — reclamei o que me pareceu obvio.

— Não posso, esse é o seu trabalho, precisa cuidar disso sozinha. O que eu posso fazer é te ajudar em alguns detalhes e é só. Mas convencer o Ministro e mudar a situação... Isso é só com você — respondeu ela decidida.

— Mais como vou fazer isso? — perguntei no mesmo tom.

            Um trovão soou lá fora. A chuva estava ficando mais forte a cada minuto. Espera aí? CHUVA? Mas não estava chovendo quando eu sai do Salão Principal.

— Não estava chovendo, estava? — questionou Aleny indo até a janela olhar o estrago que a chuva já estava fazendo.

— Não, não estava. O que está acontecendo? — perguntei vendo que a chuva estava ficando mais forte. O vento dava a impressão de fazer voar qualquer um ou qualquer coisa que se colocasse em seu caminho.

— Isso não é um bom sinal — comentou Aleny mais para si mesma.

— Por que não é um bom sinal?

— Quando a história muda, nem que seja um simples detalhe, o mundo todo pode sofrer, com mortes sem motivos em vários lugares... mudanças trágicas do clima — respondeu Aleny pensativa — Essa chuva causará grandes inundações tanto no Mundo Magico quanto no Mundo Trouxa...

— Se continuar desse jeito, a água levará à destruição completa — aquelas palavras simplesmente pularam da minha boca. Aleny me fitou e vendo a confusão em meus olhos, esclareceu:

— Vai percebeu que sua mente sempre vai estar ligada ao clima.

            Não entendi muito bem o que ela quis dizer com isso, mas não pude concluir meus pensamentos, pois nesse instante um patrono atravessar a janela, uma voz desconhecida ecoou pela biblioteca.

“— Diante das investigações feitas e das circunstância atuais, eu Cornélio Fudge, Ministro da Magia, declaro por meio deste patrono, que a Copa Mundial de Quadribol está oficialmente cancelada.”

— O QUÊ? — exclamamos em uníssono.

— Como assim cancelada? — perguntei assustada.

— Isso não é bom, não é? — murmurou Aleny preocupada.

— Não, não é nada bom, apesar dos problemas, a Copa não pode ser cancelada, vai criar uma lacuna muito grande na história — lamentei já me desesperando.

— Samantha, pegue sua capa e o livro do Conselho, vamos tentar resolver essa situação, enquanto isso, vou mandar um patrono ao Ministro da Magia marcando uma reunião. Vá rápido — pediu Aleny já sacando a varinha — TE ENCONTRO NO SALÃO PRINCIPAL — gritou ela quando eu já tinha saído em disparada em direção ao dormitório.

            Encontrei o meu casaco preto que ia até o tornozelo, mas procurei o livro, não o achei, revirei o quarto todo:

— DROGA! ONDE É QUE ESTÁ?

            Pensa, pensa, PENSA! Use o seu cérebro nerd... DROGA! DROGA DUPLA! Lembrei que deixei o livro no Salão principal! Sai correndo que nem uma doida.

— INFERNO! COMO SOU BURRA!

            Peguei Crissy que parecia cansada e fui em direção ao Salão e a entreguei a Lysa:

— Lysa, será que pode cuidar de Crissy para mim por favor? Tenho que sair, é uma emergência — segurei a cabeça de Crissy — Crissy... ela é amiga, então não a machuque está bem?

— O que houve Samantha? — perguntou Dumbledore.

— O Ministro da Magia tomou uma decisão estupida e eu preciso muda-la ou essa tempestade vai matar a todos nós — respondi exasperada enquanto vestia o meu casaco e rodeava a mesa para pegar o livro do Conselho que estava do outro lado.

— Como assim? — questionou Minerva.

 — Onde você estava Samantha? Estamos perdendo tempo, a chuva só está piorando! — exclamou Aleny quando entrou correndo no Salão.

— Acha que eu não percebi? — retruquei quando ouvi um trovão — Me desculpe professora Minerva, mas não a tempo para explicações — desculpei-me entregando o livro a Aleny que perguntou — Onde está a lareira mais próxima? Que tenha rede de flú?

— Na minha sala, eu levo vocês lá — respondeu Minerva já saindo.

Rápidos minutos depois já estávamos no Ministério da Magia que estava quase vazio. Precisamos de dez minutos para achar o escritório de Fudge. Aleny entrou junto comigo.

— Olá Srtª. Collins. A que devo a honra dessa visita tão inesperada? — perguntou Fudge rindo.

— A Srtª Samantha Potter deseja ter uma reunião urgente com o senhor — informou Aleny me indicando.

— Ah! Sim, a garota do futuro. Podem se sentar — ofereceu Fudge forçando um sorriso.

— Na verdade, é uma reunião particular. Vou espera-la lá fora — despediu-se Aleny. Mas na porta se virou e olhou para Fudge dizendo — Lembre-se Ministro, quando se trata do futuro ela tem mais autoridade que o senhor — me deu um sorriso encorajador e foi embora. Sentei me sentindo uma pilha de nervos, Fudge tinha um sorriso amarelo querendo mostrar confiança, sem muito sucesso.

 — Então Srtª Potter, sobre o que quer falar?

— Soube que teve problemas com a Copa Mundial — respondi já criando confiança em mim mesma.

— Ah, sim! Tivemos indícios que pessoas mal intencionadas iriam estragar o nosso plano e poderiam até mesmo revelar o nosso mundo — respondeu Fudge se servindo de mais bebida — Tudo que nos restou foi cancelar a Copa.

— O senhor está dizendo que cancelou a Copa Mundial de Quadribol por simples indícios? — perguntei lentamente. Eu não acredito nisso, pensei em comensais, bombas nucleares, mas não indícios.

— Sim. Algum problema?

- Sim. Temos um problema, aliás, temos vários problemas — respondi fazendo com que me olhasse intrigado. — A Copa Mundial não pode ser cancelada — informei séria.

— E por qual motivo? — perguntou afastando a bebida.

— O motivo não importa, basta que saiba que o cancelamento irá trazer prejuízos imensos — cortei.

— Que tipo de prejuízos? — perguntou Fudge sério.

— A chuva.

— A chuva? — repetiu Fudge irônico — Essa chuvinha?

— Essa chuvinha, já provocou inundações não só no nosso mundo como também na maior parte do mundo trouxa, essa chuvinha já provocou dez mortes em Londres e três desabamentos no Norte da Inglaterra. — me levantei e apoiei minha mão na mesa onde Fudge estava pálido e paralisado e continuei — Se não voltar atrás com sua decisão ministro, e deixar que a Copa aconteça, depois da chuva, o nosso mundo e o mundo dos trouxas serão apenas ruinas — eu estava assustada comigo mesma, eu não fazia ideia de como sabia de tudo aquilo, as palavras simplesmente escaparam.

— Quer que eu acredite nisso tudo só porque você disse? — perguntou Fudge trêmulo.

— Se quer esperar a chuva acabar e ser responsável por milhões de mortes, por mim tudo bem. Isto é, se continuar vivo, porque a essa altura, nem mesmo Hogwarts será segura.  E o padrinho de Harry foi inteligente em fugir de Azkaban. Fica no meio do mar, será a primeira a cair — acho que tudo isso acabou com ele, porque parecia decidido a não me contradizer novamente.

— Está bem, a Copa continuará no mesmo dia e horário, sem mudanças. Mais alguma coisa?

— Aumente o número de aurores no evento — ele me olhou assustado, como se fosse dizer que lá haverá uma batalha. — Não quero a maioria dos aurores com os times, os quero vigiando todo o local — ele concordou relutante — E quero Potter, Granger, os Weasley e os Malfoy no mesmo camarote.

— Tem certeza disso?

— Tenho. Pode não ser um conjunto muito seguro para quem está perto, mas é assim que deve ser, não quero os Malfoy sozinhos. E eu preciso saber de tudo que esteja na Copa, feitiços de proteção, camarotes, funcionários do ministério que vão estar lá, os outros ministro, tudo. Tenho que ver se está tudo em ordem.

— Não confia em mim?

— Eu confio, só estou fazendo meu trabalho.

— Certo, me acompanhe, vou deixar você a par das situações por aqui — pediu Fudge já saindo do escritório.

— Então como foi? — perguntou Aleny logo que eu saí com o ministro.

— Muito bem, a copa vai continuar e já resolvi o problema dos Malfoy e dos aurores, agora o ministro vai me mostrar tudo que está ajudando na copa e quem vai estar lá — informei enquanto acompanhava o ministro.

— Nossa. Bom trabalho, tudo isso em tão pouco tempo — elogiou Aleny me acompanhando.

Entramos em uma sala onde várias pessoas sentadas ao redor de uma grande mesa oval, conversavam animadamente, mas se calaram quando Fudge entrou.

— Senhores, senhoras, esta é Samantha Potter, membro do Conselho Supremo dos Bruxos — todos me olharam intrigados, como se quisessem provar alguma coisa a si mesmos — Ela vai verificar se tudo está do modo certo, então quero que mostrem a ela tudo o que iremos usar na copa, e quem vai está lá, pode ficar a vontade Srtª Potter, eu preciso ir — terminou Fudge.

Reparei em todos e reconheci Tonks que estava com os cabelos azuis-escuros, sentei ao seu lado. Todos já mexiam em papéis procurando alguma coisa quando o ministro voltou interrompendo.

— Srtª Potter, quando é que a chuva vai passar? — olhei par cima alguns segundos, de algum modo eu sabia a resposta.

— Ela vai diminuir bastante, vai continuar ventando muito, mas só vai parar completamente no início da noite.

Ele agradeceu e saiu, vi que vários aurores me olharam de esguelha, até que Tonks quebrou o silêncio.

— Srtª Potter aqui está a lista de feitiços que serão usados no dia – disse me entregando um pedaço de pergaminho — Conhece alguns?

— Reconheço a maioria e, por favor, me chame de Samantha — pedi, Tonks concordou.

— E aqui está a lista de lugares onde se encontram as chaves do portal — disse um homem que eu não reconheci.

— Haverá quantos aurores no dia? — perguntei para todos.

— Só alguns, a maioria ficará responsável de manter a descrição do evento, e a outra parte faram a segurança dos outros ministros e o resto ficará dividido em camarotes e jogadores — respondeu a mulher que estava na ponta.  — Mas não são muitos.

— Tem alguma chance de aumentar esse número? — perguntei tirando a atenção do pergaminho.

Eles se entreolharam, até que Kingsley respondeu — Bom... Claro que podemos, mas não por muito tempo, nem todos estarão disponíveis, faremos o máximo ao nosso alcance.

— Não precisa ser durante todo o evento, eu só quero que aumentem de aurores disponíveis para depois do jogo da Irlanda contra a Bulgária — respondi sem hesitar.

— Por quê?

— O motivo não deve ser questionado — pedi sem encarar Kingsley.

— Por que não podemos saber o motivo? — perguntou ele.

— É contra as nossas regras — respondeu Aleny entrando na sala.  — Aprendam a não perguntar o motivo de coisas desse tipo, por favor.

Todos concordaram atordoados.

— Tonks, será que você pode acompanhar Samantha durante toda a copa? Quero que ela sobreviva até o final do evento — pediu por final.

— Eu sabia que você não ia me deixar ir sozinha — revelei enquanto Tonks concordava rindo.

— E eu já tenho sua primeira missão: levar Samantha de volta para o castelo em segurança — pediu Aleny rindo.

— Samantha. Sugiro que você se acostume com a minha companhia — sugeriu Tonks quando Aleny foi embora.

— Eu não acho que isso vai ser difícil, além do mais, nunca é difícil ser amiga de uma transformista — sussurrei e como resposta seus cabelos ficaram vermelho-vivo.

Depois eles me mostraram listas e mais listas, e até mesmo autorizações, uma coisa que não precisa ver, mas eles insistiram. Eu acho que eles estavam com medo de que eu fizesse alguma coisa com eles, pois foram extremamente educados e hesitavam toda vez que falavam comigo, com exceção de Tonks que era mais legal do que eu pensava. Quando voltei para Hogwarts, o vento ainda estava muito forte, mas a chuva ainda diminuíra. Despedi-me de Tonks e corri para colocar o u água, consegue fazer isso? – perguntou Minerva indicando Angy que já estava na mesa onde sentei.

— Eu acho que sei — respondi hesitante, não sabia ao certo se lembrava ou mesmo se iria conseguir fazer alguma coisa no momento.

No final, tive que tentar duas vezes para sair perfeito, a primeira o meu cálice ficou com duas pernas e quase caiu da mesa. A de Jenni ficou coberto de penas, Lysa conseguiu com bico e olhos e Jon com asas que quase se partiu ao tentar bica-lo em vão. Depois, Minerva nos mandou treinar mais feitiços de transfiguração, devíamos treinar feitiços que transformavam almofadas em globos de neve, aqueles que agente balança e parece que está nevando... isso é inacreditável! Como ela pode pedir isso, eu não sei nem se os alunos do sexto ano conseguem fazer isso. Como desculpa Minerva disse que sempre devíamos saber mais que os outros, até mesmo que Hermione, como se isso fosse fácil, assim vamos nos formar em no máximo dois anos.

Hoje não tive aula particular com Snape porque Aleny me disse que eu deveria dormir cedo, e acordar ás 4:30 da manhã  para chegar bem cedo na Copa Mundial e irei pegar uma chave do portal com Tonks no mesmo lugar onde os Weasley e os Digory iriam pegar outra chave. Eu disse que isso não devia acontecer, mas Dumbledore me disse que era a maneira mais segura de chegar lá e o único lugar disponível.

Acordei 4:30 como pediram, mas acordar não é a verdade, porque eu levantei 4:30 e só acordei quando enfiei minha cabeça na pia cheia de água gelada. Aí eu acordei. Aparatei no lugar combinado com Tonks, o objeto que era a chave do portal era uma escova de cabelo e adivinha só: ainda tínhamos que procura-la. Faltavam apenas dez minutos para o portal se abrir quando os Weasley chegaram com Harry e Hermione e os Digory.

— Com licença — pediu Tonks — Bom dia, eu sou Tonks e essa é Samantha Potter, será que não podia nos ajudar a procurar uma escova de cabelo?

Eu não sei se eles escutaram tudo, mas me encararam paralisados.

— É...Claro, é a chave do portal de vocês? — perguntou o Sr. Weasley.

— É sim, acabamos perdendo ela e falta menos de dez minutos para que ela seja ativada — confirmai hesitante, não gosto quando ficam me olhando por muito tempo.

Todos começaram a procurar ao mesmo tempo, até mesmo os Digory, mas percebi que Harry, Rony e Hermione me olhavam de vez em quando. Tonks já estava no meio do caminho descendo o morro quando Rony encontrou.

— É isso aqui Srtª Potter? — perguntou ele erguendo uma escova meio suja com a mão.

— É sim. Obrigada Ronald, obrigada mesmo — agradeci abraçando Rony e dando um beijo na bochecha dele que ficou vermelho.

— Tonks, o Rony achou, vamos logo, obrigada a todos por nos ajudar — agradeci a todos – Vamos Tonks, só temos alguns segundos.

— Estou indo — respondeu ela ofegante. Só deu tempo dela segurar a escova e tudo começou a rodar, segundos depois caímos no chão, eu levantei meio tonta, já Tonks decidiu ficar no chão mesmo.

— Tonks levanta. Você vai ficar aí jogada no chão? —perguntei tentando, em vão, levantá-la.

— Espera um pouco, me deixa recuperar o fôlego vai — resmungou Tonks ainda no chão. — Sabe. Subir um morro, descer, subir de novo e rodar no céu e depois se esborrachar no chão não vai me deixar totalmente inteira.

De repente ela me puxou para o chão quando por pouco um bota velha não me acerta na cabeça em cheio.

— Hey – resmunguei quando caí no chão — Essa foi por pouco... valeu Tonks.

— É o meu trabalho — responde ela levantando e me ajudando a levantar.

— Nos desculpe pela bota. Está tudo bem? — perguntou o sr. Weasley vindo em nossa direção.

— Está tudo bem Arthur — respondeu Tonks.

— E com você Srtª Potter?

— Estou bem, sr. Weasley. Obrigada, essa foi por pouco, se não fosse por Tonks eu ficaria doida aos treze anos — respondi massageando a cabeça onde a bota passou de raspão.

— Desculpe perguntar, mas tem treze anos? — perguntou Cedrico.

— Claro que tenho treze anos, quanto achou que eu tinha, sr. Digory? — perguntei.

— Sei lá, parece mais uma auror.  — respondeu ele.

Olhei-me, usava uma calça jeans azul, uma camisa branca com mangas até o pulso, um all-star e uma capa preta também até o pulso e ia até o tornozelo e os cabelos soltos... É, até que ele tinha razão por parte, então apenas dei de ombros.

— Como sabe os nossos nomes? — perguntou Fred me fazendo erguer os olhos. Fitei Tonks que respondeu — É uma longa história, algum dia vão entender.

Depois de passar por um trouxa que teve a memória alterada, montamos nossa barraca bem próxima à dos Weasley e agradeci internamente por se bruxa, aquela barraca era enorme. Pelo menos por dentro.

Durante quase todo o dia eu tentei fugir de Harry, Rony e Hermione que pareciam me seguir, mas acabei ficando no mesmo camarote que eles e logo no inicio do jogo, depois das apresentações das Veelas, eles se aproximaram.

— Estava fugindo de nós, Srtª Potter? — perguntou Hermione ficando ao meu lado.

— Por que pensa isso, Srtª Granger? — perguntei sem tirar a atenção do jogo.

— Por que por um instante nós te víamos e no outro você não estava mais lá — respondeu me encarando.

— O que querem? — perguntei quando percebi que Harry e Rony se postaram ao meu lado.

— Queremos respostas — pediu Harry.

— Que tipo de respostas?

— Tipo... Como você sabe os nossos nomes ou tem mesmo o sobrenome Potter? — respondeu Rony ao lado de Harry.

— Sim, eu tenho o sobrenome Potter e isto é só uma coincidência — respondi me virando para Rony e Harry — Enquanto aos nomes ou algo parecido, eu não posso explicar sobre isso, pelo menos não agora.

— Nos veremos de novo? — perguntou Hermione, eu a encarei.

— É claro, logo em breve nos veremos novamente. Agora vão antes que percam todo o jogo — pedi ao três e me aproximei de Tonks.

— O que eles queriam? — sussurrou ela.

— Respostas. Que droga. Por que todo mundo quer respostas que eu não posso dar? — respondi baixinho para que os outros não ouvissem.

— Olhe! As Veelas estão atacando os duendes da Irlanda — exclamou Tonks — Isso mesmo, duendes. Acabem com elas! Isso! Enfiem o dedo no olho delas — gritou em vão já que o estádio estava um caos. A briga dos duendes com as Veelas estava o máximo. As Veelas lançavam tudo o que podiam conjurar e o que não podiam.

 — Isso mesmo duendes! Descabelem-nas, mandem ver! — gritou Tonks quando vários duendes foram para cima das Veelas. Eu me acabava de rir junto com Hermione.

Mesmo com a briga, ainda houve a entrega da taça para a Irlanda depois de um tempo. Como Krum tinha pegado o pomo com o seu time em desvantagem, vários torcedores búlgaros o xingavam de coisas inimagináveis.

Será que o ministro tinha aumentado o número de funcionários como pedi? Isso não podia impedir os Comensais de atacarem, mas poderia diminuir o número de vítimas. Quando eu já estava na barraca com Tonks que insistiu em que eu dormisse, uma coisa que eu nunca conseguiria fazer sabendo que Comensais da morte atacariam em apenas algumas horas.

E foi exatamente isso que aconteceu: algumas horas depois a gritaria de alegria dos torcedores irlandeses foi substituída pela gritaria de pessoas aterrorizadas. Olhei para Tonks que parecia ter compreendido tudo.

— Era disso que estava falando? — perguntou ela.

-Sim. Era disso que eu estava falando – confirmai já vestindo a longa capa – Vamos. A sua missão é me proteger, certo? A minha é proteger Rony, Hermione e principalmente Harry – informei já saindo da barraca seguida por Tonks já de varinha erguida. Fui à barraca do Sr. Weasley, todos ainda estavam lá dentro. E de alguma maneira eu sabia o que fazer.

— Harry? Rony? — chamei entrando na barraca.

— Srtª Potter?

— Me chamem de Samantha. Agora vamos, preciso tirar vocês e Hermione daqui — pedi a Harry e Rony puxando-os para fora da barraca.

— Espere um pouco – pediu Rony — Como vamos saber se não está nos levando para morte?

Senhor Weasley e Harry concordaram.

— Não confiam em uma Potter? — perguntei.

— Isso é jogo sujo e não podemos confiar em alguém só pelo nome. E nem sabemos se esse é o seu nome verdadeiro — respondeu Hermione aparecendo ao lado de Harry.

Nesse momento eu vi um comensal da morte mirando nela.

- Abaixa... Estupefaça – o comensal voou longe, com isso um grupo de comensais começou a vir em nossa direção — Agora confiam em mim? Sigam para a floresta. Estou indo bem atrás de vocês. Rápido! — eles já seguiam os gêmeos pra dentro da floresta com uma multidão desesperada. Os comensais não davam descanso, eu e Tonks desviamos de várias maldições da morte, fora as lançadas contra o trio que acabou se perdendo do resto da família.

Crucio.

Senti uma dor insuportável em todo o meu corpo, um desgraçado de um comensal me lançou um Cruciatus.

Estupore — lançou Tonks contra o comensal.

— Está tudo bem Samantha? Como se sente?

— Dolorida, mas bem — respondi me levantando e pegando minha varinha.

— Vão, eu vou atrasar eles — mandou Tonks.

— Tem certeza?

— Claro, agora vão.

Ela começou a duelar com vários comensais, chegaram mais funcionários pra ajudar o que me aliviou bastante. Encontramos Malfoy no caminho e tive vontade de jogá-lo longe se eu pudesse.

Depois fomos para dentro da floresta saindo da multidão, mas os comensais pareciam nos seguir, se não estivessem encapuzados eu colocaria cada nome na lista de comensais a serem estuporados até não levantarem mais.

Expelliarmos.

— Se tem treze anos, como pode usar magia? — perguntou Hermione.

— Longa história — resumi estuporando outro comensal.

Estupore fui lançada longe.

— Samantha!

Minha cabeça, meu braço, e minhas costelas doíam bastante, bati contra uma árvore com força e bota força nisso.

— Hermione, leve Harry e Rony para a outra parte da floresta. Vou distrair os comensais. — mandei levantando e já mirando nos comensais encapuzados.

— Não vamos deixar você sozinha — retrucou Harry, Rony e Hermione concordaram.

— Vão sim. Não posso deixar que nada aconteça com vocês. Agora vão rápido. Logo vão encontrar o sr. Weasley e os outros e não contem nada de mim a ninguém. Agora vão — insisti estuporando outro comensal. Eles saíram correndo floresta adentro e logo sumiram.

Avada Kedavra desviei me jogando no chão e acabei batendo minha cabeça em uma pedra. Ótimo. Mais um ferimento.

O comensal me pegou pelo braço, me levantou e me jogou em uma arvore próxima.

Ele riu e apertou minha garganta com uma mão e com a outra apontou a varinha para o meu rosto.

— Me avisaram que eu devia tomar cuidado com você. Que você era dotada de grande poder e coragem— falou com desdém.

— Acho que devia escutar a pessoa que disse isso, porque ela está certa– retruquei no mesmo tom e ele continuou — Pois acho que foi exagero. Porque olha só: você está sem varinha, indefesa e nós estamos no comando.

— Vocês nunca vão estar no comando, são fracos e covardes demais para tanto — falei começando a ficar sem fôlego. Ele aproximou sua varinha do meu pescoço.

— Se não fosse tão arrogante poderia se juntar a nós.

— Eu jamais me juntaria a vocês. São pessoas sujas, podres e covardes.

Encarceros.

Ele me soltou e caiu no chão preso em correntes.

— Tonks.

Ela saiu de trás das árvores e atacou os outros comensais enquanto eu procurava minha varinha.

— Estive procurando você por todo lugar. Nossa! O que fizeram com você? Está horrível – exclamou ela se aproximando.

— Obrigada. Você não está nada mal também. — ela estava com um corte na bochecha e outro corte profundo no braço e estava toda suja. Se alguém me visse agora diria que acabamos de sair de uma guerra, mas também, com comensais correndo atrás de nós como cachorros loucos atrás de carne, lindas e limpas não iríamos ficar.

De repente vimos uma luz que clareou parte do céu: a marca negra. Os comensais saíram correndo e Tonks estava paralisada.

— Isso não pode ser bom.

— Pode crer que não é. — respondi tentando levantar. — Ai, acho que minhas costelas estão precisando de reparos... Ou o corpo todo —reclamei quando não consegui me manter de pé.

— Eu não acredito que você ainda tenta ser engraçadinha nesse estado — resmungou Tonks me ajudando a levantar e segurando na minha cintura — Vamos. Precisamos encontrar ajuda pra você.

— Não podemos voltar para onde estão as barracas. Vai está muito cheio. Não posso ir para lá. — falei. Ela me encarou. Seus cabelos estavam brancos.

— Beleza, o que sugere então?

— Tentarmos voltar para Hogwarts.

— Podemos aparatar fora dos terrenos, mas você não vai conseguir andar muito e eu não vou deixar você sozinha de novo.

— Uma vez Aleny me disse que os membros do Conselho, com certa preparação, conseguem aparatar nos terrenos da escola, talvez eu consiga — sugeri pensativa.

Concentrei-me nos jardins de Hogwarts, mais precisamente perto do lago da lula gigante.

Senti aquela sensação desagradável novamente, segundos depois, senti meus pés tocarem a grama.

— Que mudança de clima — falei lentamente. Tonks concordou olhando para os lados.

Eu não me sentia nada bem, minha cabeça rodava, me sentia cada vez mais fraca. Até que meus joelhos cederam.

— Samantha! O que foi? — perguntou Tonks quando eu deitei no chão não me aguentando mais.

— Eu não sei. Sinto-me tão cansada.

— Espere aqui, eu vou buscar ajuda — falando isso Tonks sai correndo.

Sentia a chuva forte caindo nome rosto. Não entendia por que me sentia assim, mas acho que ser vítima de Cruciatus, ser jogada com força contra uma arvore, bater a cabeça em uma pedra e ser sufocada não ajuda muito a minha saúde. Olhei ao redor, estava perto da floresta negra. Que maravilha.

 Tonks chegou com o professor Snape e Minerva.

— O que houve Srtª Potter? — perguntou ela.

— O que aconteceu com ela? — perguntou Snape.

Depois disso tudo escureceu.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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