Push escrita por Bea
Booth e Brennan desceram o elevador em silêncio. Ela via tudo muito claro e de modo óbvio. Buscava na memória por meios de condenar logo Neal Caffrey. Booth pensava em Neal, mas não como assassino. O Agente pensava seriamente como um ex-ladrão profissional pôde ter-se tornado uma das pessoas mais "confiáveis" do FBI.
- Sabe quem vai gostar de tudo isso? - Questionou Brennan, quebrando o silêncio.
- Sweets¹. - Booth responde automáticamente, poucos segundos antes da porta de abrir. - Sabe Bones, eu não entendo como o Agente Burke pode confiar em Caffrey.
- Talvez ele tenha mudado.
- Pessoas não mudam, Bones.
Brennan abaixou a cabeça e disfarçou o gesto arrumando o relógio no pulso. O Celular dela toca.
- Brennan.
- Ah, por favor, diga para mim que vocês vão trazer ele!
- Vamos sim, Angela. - Brennan abaixou o telefone, tapando-o com a mão enquanto se dirigia para Booth - Angela está contente que Caffrey vá conosco.
- Claro, ele é o maior ladrão de arte, não é o que a ficha dele diz? - Booth desligou o alarme do carro e entrou.
- Oi Angela, novidades?
- Ah sim, Fisher decobriu a causa da morte.
- Por que não é a Cam que está me informando isso? - Brennan também entrou no carro - Ela pode me dar mais informaçãos.
- A vítima teve rompimento da C1 com a C2. - Angela apena informou, ignorando a pergunta de Brennan - Ela teve a cabeça forçada para trás.
- Já fez a reconstrução da cena?
- Estou finalizando, só queria te passar a informação.
- Certo.
Brennan desligou e olhou para Booth, que encarava a rua com certa raiva.
- O que foi? - Ela perguntou.
- Não estou gostando da ideia de levar Caffrey. Viemos aqui só para não fazer ele tirar aquele localizador.
- Você realmente acreditava que ele ia conseguir um álibe ou alguma coisa assim?
- Não. - Ele olhou rápidamente para Brennan, mas logo voltou a olhar para a rua. - Ele é um solitário, Bones. Nunca queira ter uma vida como dele.
- Sou antropóloga, não ladra. Apesar de que eu seria uma ótima ladra.
- Eu sei, eu seria um ótimo ladrão também, não acha?
Os dois se olharam, aproveitando que o sinal estava fechado, e riram do que tinham acabado de falar.
Quando Booth e Brennan sairam da sala onde tinham conversado com Neal, Peter o fuzilou com o olhar. Neal prendeu a respiração meio assustado e tocou no seu chapéu que estava sobre a mesa.
- Neal, pelo amor de Deus. O que você fez agora? - Ele falou muito sério.
- Eu fiz nada, Peter. Você sabe disso.
- Neal, eu sei que vocês não matou essa garota, eu confio em você, mas é que...
- Que o quê? - Neal estava um tanto ansioso para ouvir o que Peter tinha para falar.
- Você me disse que tinha ficado o dia inteiro em casa.
- Quinta feira é o meu dia de ficar em casa, Peter. Não preciso ficar falando se eu fui à padaria ou não.
- Mais ontem você foi?
- Eu não sei, caramba! - Neal levantou-se e começou a andar de um lado para o outro. - Isso tudo é uma loucura, ta? Eu fiz nada, eu matei ninguém!
Peter soltou o ar e olhou para o relógio verificando que seu horário já tinha terminado à 20 min.
- Neal, sente-se aí e me conte tudo que você lembra do dia de quita feira.
A antropóloga e o agente do FBI viam-se novamente no silêncio em um elevador, enquanto subiam para o andar em que ficavam seus quartos, no hotel. A porta se abriu e os dois saíram juntos.
- Ainda acho que deveríamos ir para Washington hoje. - Dessa vez foi Booth quem quebrou o silêncio.
- Você quer? Eu posso dirigir um pouco quando você se cansar.
- Seria ótimo, mas acho que... Acho que vai ser bom para mim ficar um pouco longe de lá, você sabe, sempre as mesmas coisas...
- Isso foi irônico? Pois seu trabalho não condiz com uma cotidiado tedioso e repetitivo.
- Você não entenderia, Bones.
- Então me explique.
Brennan parou na frente dele, de braços cruzados. Ele a encarou por um instante e então a ignorou, andando em direção ao lado direito do corredo.
- Booth. - Brennan o chama.
- O que foi? - Ele para e vira.
- Seu quarto é para o outro lado.
Ela conteu o riso o máximo que pôde, mas quando o próprio Booth riu, ela ri.
- O que seria de mim sem você, Bones? - Ele passa por ela dando um leve cumprimento com a cabeça.
- Não deixe Sweets ouvir isso!
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
¹ Lance Sweets: Psicólogo do FBI que ajuda Booth e Brennan com perfis psicológicos de acusados e vitimas. Também é o "terapeuta" de Booth e Brennan. Sweets defente avidamente que Booth e Brennan são apaixonados um pelo outro. Os dois negam, apesar de já terem confessado esses sentimentos anteriormente em diferentes tempos/temporadas.
Queria lembrar que essa história passa no final de 2013. No caso de Booth e Brennan, ambas confissões foram feitas há um certo tempo. Booth em Abril de 2010 e Brennan em Julho (Mês de exibição do episódio [dezembro] + 7 meses em que eles ficam sem trabalhar juntos) de 2011. Nesta fanfic, Booth e Brennan não ficaram juntos, mesmo depois das declarações.