CAPITULO 30 – A despedida

 Demorei a perceber que o vampiro que me segurava era Nick, ele estava sem camisa e vou admitir, ele tinha belos músculos. Ele me carregou até a floresta, não correu. Parecia estar lendo minha mente, pois apesar de não ter nada em meu estomago, eu estava enjoada.
 _Ainda é dia, então se alimente de algum animal, não ficará forte, nem satisfeita, mas poderá pensar e agir como você mesma, espere a noite e se alimente _ Disse Nick ao me por no chão.
 Não consegui falar, apenas ruídos saiam de mim, Nick me olhou se sentindo culpado, veio até mim e deu um beijo na minha bochecha e disse:
_Olha, me desculpe por isso, não queria ter te causado problemas... Não depois de descobrir que... Bem, depois de descobrir como você é legal _ Ele deu um sorriso triste _ Eu não disse nada a aqueles vampiros, a questão é que quando você faz parte de um clã, você tem uma ligação com seus parceiros, eles sabia que eu estava com você. Descobriram sobre Vitor, e foram pegá-lo, por falar nisso, ele está à dois quilômetros daqui, em um bar. Está seguro, mas só vá até ele depois de se alimentar.
 Então a culpa não foi dele... Vitor estava salvo... Eu não conseguia agradecê-lo, então o abracei, surpreso ele retribuiu meu abraço e depois sorriu aliviado.
 _Agora vá _ disse Nick _ Adeus
 Eu me virei e fui embora, fui caçar um animal. Peguei um cervo que rodeava a floresta, foi como beber um refrigerante fora de validade, era horrível e além de tudo ainda não me dava muita força, mas era eu novamente, quero dizer, a Alice vampira. Então corri até Vitor.
 Ele não estava longe, estava do lado de fora de um bar, quando me viu, em vez de correr para bem longe, me abraçou.
_ Alice! _ ele estava chorando?
_Vitor _ eu disse o beijando _ Olhe, me desculpe por tudo isso, não queria que você se sofresse por mim.
_ O que importa é que você está bem _ Ele sorriu passando suas mãos geladas pela minha face.
_ Mas... Você não se importa pelo fato de eu ser uma... _ Eu não conseguir olhar nos olhos dele.

_ Vampira? Olha só que emocionante. Quem nunca quis um pouco de emoção na vida! _ O que? Ele está louco?
_ Emocionante? Você não se importa por eu ter matado aquelas pessoas na escola, por eu ser uma assassina?
_ Na verdade me importo um pouco... Mas nós podemos dar um jeito nisso! _ ele sorriu _ Você alimentar de animais não é?
_ Não, é a pior coisa do mundo _ Vitor pegou em meu rosto e o levantou para que eu o olhasse nos olhos.
_ Nós acharemos um jeito. Eu amo você _ ele sorriu _ Farei tudo que for preciso para tê-la ao meu lado.
_ De tudo? _ Eu sorri
_ Tudo... Começando por me tornar um imortal.
_ Não, nunca vou fazer isso com você! Você não faz ideia de como eu queria ser humana.
_ Tudo será melhor se você me transformar _ Ele me pegou pela cintura e me beijou _ Mas só depois de relaxarmos e de acharmos uma casa para morar...
 Ele parou e ficou pensativo por alguns segundos, depois abriu um sorriso.
_ Sabia que suas amigas saíram do colégio junto com você?
_ Thalita e Gabrielle?
_ Sim, elas estão em Nova York, e me deram o numero. De começo eu não entendi, ai elas disseram que eu podia precisar, e aqui estamos nós! _ Vitor pegou um papel dentro da sua blusa e me mostrou:

“Um dia você precisará deste numero: 1827-0342 esse é o telefone, Aqui está o endereço: 234 – Brooklyn – NY.”

_ É, vamos para New York! _ Eu sorri _ Espere cinco minutinhos, eu volto.
Antes de Vitor poder perguntar do que eu estava falando, eu já estava em uma concessionária, roubando uma moto. Depois de uns minutos eu voltei, e Vitor abriu um sorriso gigante ao ver a moto.
_ E você sabe dirigir essa belezinha? _ Perguntou. A moto era realmente maneira.
_ Uma das coisas que meu pai me ensinou quando ainda não era um bêbado, ele disse que um dia me daria uma _ Eu ri da ideia. _ Agora, venha
Vitor sorriu e subiu na moto, a caminho de Nova York!