_ Eu não sou traidora nenhuma _ eu estava tonta _ O que eu fiz? O que está acontecendo aqui.
Quando Mary ia me responder entra na sala seu namorado, Stefan, que com um sorriso malicioso começa a falar:
_ Quer saber o que esta acontecendo? Bem me deixe explicar... _ Ele veio em direção a mim, pôs sua boca no meu ouvido _ Você nos expos, você traiu os vampiros, você vai morrer.
_ Mas não foi minha intenção, foi um erro _ Eu começava a me lembrar daquela noite.
_ Sim, foi um erro, foi um erro mostrar a toda América que os vampiros existem, foi um erro mostrar a todos quais são as características físicas de um vampiro, agora, temos de viver nessa maldita floresta! _ Ele pegou meu cabelo e o puxou com força, o que fez minha cabeça doer mais, e gritou _ POR CULPA SUA!
Minha cabeça latejava, a sede estava começando a me incomodar.
_ Me solta! _ Eu disse tentando escapulir das cordas, tentativa falia _ Os vampiros nem deveriam existir, fiz um favor a todos, podem me matar! É isso que querem? Levem minha alma para o inferno, e vocês viram logo depois!
Cuspi na cara de Stefan, que se afastou.
_ Nós daremos um jeito, sempre damos, você não é nada, uma ninguém que gosta de se achar e caçar confusão _ Disse Mary _ Venha Stefan, vamos deixá-la um pouco para que a sede fique mais forte...
Mary sorriu e pegou algo em sua bolsa, parecia uma daquelas bolsas de transfusão de sangue, mas bem grande, e a colocou do lado de um espelho grande que estava em minha frente, depois saiu.
 Na porta havia dois vampiros fortões que eu nunca tinha visto na vida, pareciam seguranças. Eu precisava achar um jeito de sair dali sem ser pega, precisava alcançar aquela bolsa de sangue... Tão cheirosa... Tão apetitosa. A sede estava só aumentando, estava bolando um plano, quando Jesse entrou e disse:

_ Bela adormecida! Sabia que ficou dormindo por dois longos dias? _ Nossa, dois dias _ E agora está morrendo de sede não é? Bem, acabamos de mudar os planos...
_ O que? Como assim? _ perguntei, minhas mãos estavam formigando.
_ No plano original, nós iríamos te matar, assim, de primeira sem dor nem nada _ ele sorriu _ Mas não seria legal, nem um pouco, o que você fez... Merece uma punição, merece dor. Vamos esperar que você fique louca de sede, você perceberá quando chegar a hora... E então lhe traremos um lanchinho, agradeça a Nick por isso.
Nick... E eu que estava começando a gostar dele, foi tudo um jogo.
Jesse sorriu e saiu da sala.
As horas passavam, e a meu corpo estava dolorido, minha garganta ardia como nunca. Eu ainda não tinha entendido o porquê do espelho, só entendi quando a fome começou a me transformar, sem uma gota de sangue, lá estava eu. A Alice vampira, mas não a Alice forte, não conseguia me soltar das cordas, os vampiros na porta nem se mexiam.
Já deviam ter se passado umas dez horas desde que acordei, a sede estava tão forte, que parecia que estavam rasgando algo dentro de mim, e der repente, meu cabelo perdera a cor e o brilho, meus dentes, todos, ficaram super afiados a ponto de machucar a mim mesma, no meu corpo, veias ficavam altas e minha pela acinzentada, como a de uma morta. Meus olhos estavam fundos, a cor deles passou de azul quase branco para um vermelho sangue.
Entrei em desespero, meu corpo não seguia meus comandos, meus olhos viam até os mínimos detalhes, e eu sentia o cheiro de tudo, principalmente o de sangue. Um dos vampiros saiu da sala, e depois de alguns minutos voltou com Nick e mais alguém. Eu sentia cheiro de um humano, mas não um humano qualquer, eu sentia o cheiro de Vitor.