_ Bem, vou embora, antes que você me de outra noticia ruim. _ eu disse a Mel, e depois sai.
No lado de fora, dei de cara com Vitor.
_ Ei _ disse me abraçando _ Você saiu der repente, sem nenhuma explicação. O que ouve?
_ Nada não _ Não pude conter as lagrimas, era impossível ficar com o Vitor por muito tempo... Não era permitido. _ Ah, Vitor _ eu disse chorando _ Apenas me abrace.
Vitor me deu um forte abraço, e ficamos ali por alguns minutos, eu chorando e ele confuso. Estava me recuperando, mas o que eu diria? Até que me veio uma idéia, eu iria contar a verdade, quero dizer, não a verdade completa, mas não iria mentir.
_ Bem _ eu disse secando meus olhos _ Acho que te devo uma explicação.
_Se não quiser...
_Eu quero... Sabe, é que... Eu estava lembrando a morte da minha mãe, foi horrível... E bem.. Eu estava preocupada, com medo de ficar sozinha. _ eu disse corando.
_ Eu nunca vou te deixar sozinha, eu juro _ ele disse me beijando.
_ Eu te amo _ eu disse.
Era tudo muito complicado, mas eu iria deixar a vida se encarregar de fazer o que é certo, ou errado. Só sei que eu estava com fome, e teria de me alimentar essa noite.
_ Já são 3 horas, vamos fazer o dever? _ perguntou Vitor.
_ Vamos.
Fomos para as mesas no pátio e ficamos lá até 6 horas, depois Vitor foi tomar banho, e eu fui fazer o mesmo. Depois, fui para o dormitório, fiquei lá, refletindo por um tempão... Todas as garotas já estavam dormindo, então eu já podia sair, peguei minha jaqueta, onde estavam os tubinhos, mas não os encontrei em nenhum lugar, e a sede só aumentava. Teria de sair assim mesmo.
Sai de fininho pela porta, e quando cheguei ao corredor, estava tudo quito e escuro. Em minha forma humana, era difícil não tropeçar.
Como não havia ninguém me olhando, aproveitei a oportunidade e entrei no primeiro dormitório que vi.

Lá dentro, era difícil enxergar, mas eu consegui vê-lo. Entrei no dormitório de Vitor.
Andei na ponta dos pés, e fui até a ultima cama, e desmaiei o garoto, o arrastei até o chão e o mordi, em poucos minutos ele estava limpo, sem nenhuma gota de sangue.
Teria de tirar ele da li, e como estava transformada, seria fácil, mas quando estava saindo, me bateu aquela culpa... E se ele fosse amigo do Vitor? Eu soltei o corpo e fui até a cama de Vitor.
_ Me desculpe _ eu disse bem baixo _ Eu te amo, mais tem que ser assim, eu sou assim. Espero que você não sofra por minha culpa. _ Comecei a chorar e fiquei ali, ao lado dele, desesperada. Porque eu não podia ser normal? Porque não cesso minha fome com comida, como qualquer um? Por que sangue? E imaginar que isso foi minha culpa, eu poderia ter evitado isso...
Der repente me dei conta de que estava normal, meu cabelo crescera. Eu tinha que sair, Dei um beijo em Vitor, peguei o cadáver no chão, deixando cair algo de cima de uma escrivaninha, e com muito custo levei o corpo para uma pequena floresta q foi plantada atrás da escola, Já deviam ser umas 2 horas da manha então fui tomar um banho para limpar todo aquele sangue.
E lá estava Mel, rindo como sempre.
_ Ola _ eu disse secando as lagrimas que ainda desciam.
_ Oi _ ela parou de rir no mesmo instante que me viu.
_ O que foi? _ perguntei
_ Você. Você foi descuidada, e vai pagar muito caro por isso.
_ O que? Do que você esta falando? _ eu perguntei perplexa.
_ Você vai descobrir logo... E se precisar de ajuda, bem, estou sempre aqui.
O medo tomou conta de mim, do que ela estava falando? Fui tomar meu banho, e quando estava saindo, notei um tumulto do lado de fora.