_Na verdade _ continuo a bruxinha _ eu enlouqueci e me matei
Nossa, como uma criança de dez anos se mata!
_Porque você ficou louca? _ eu perguntei _ era... Era algum tipo de doença?
_Doença? Nem uma, eu fiquei louca de medo, entrei em depressão por medo... Veja bem, eu sou, pelo menos em corpo, uma criança... Então começaram a me assombrar, Não sei te explicar o que era... A coisa começou a me causar visões, assim como eu causei em você, ele gostava daquilo, mais eu não podia velo, então... Eu enlouqueci, e quando me matei, tive uma surpresa, não era o céu que me esperava
Ela resolveu se sentar, e falava, mais olhando para o nada, tentando se lembrar...
_Era um lugar sombrio _ continuou _ Havia Varias pessoas, de todas as idades, e um senhor, um Homem de cabelos grisalhos, rosto enrugado e uma longa batina preta e roxa... No começo, eu fiquei muito perdida, todas as pessoas que estavam lá, tinham espelhos a mão, e faziam uma fila, ao que me parecia, para mostrar ao Senhor deles. Mas eu fiquei parada, só olhando aquilo, até que fui avistada pelo homem, que me chamou até o altar deles, tive medo, mas fui até lá. O velho me lançou um sorriso e me entregou o espelho.
Ela me mostrou o espelho que estava em sua mão, sorriu e continuou.
_ Quando olhei o espelho, vi toda a minha curta vida, todos os detalhes perdidos, e o velho, percebendo minha frustração, começou a me explicar, em uma língua diferente e desconhecida, mas eu entendi tudo...
_O que ele disse_ eu perguntei
_ Ele disse que eu não deveria ter me suicidado... Que aquelas visões eram um teste de minha força, e eu fui fraca, me rendi ao meu medo. Ele disse que agora, eu pagaria por não ter tido fé nos meus momentos de medo, eu nunca orei. E agora, eu pago por isso assim, não é chato, eu tenho que acordar as pessoas para a vida, quero dizer, eu tenho que mostrar a elas que ainda há coisas piores.

_Nossa _ eu disse surpresa com toda aquela historia _ Então você faz as pessoas se verem como monstros para que elas tenham mais fé? _ era meio esquisito... Péssimo método.
_Sim, e você, está deixando de viver sua vida por dois motivos, um, a morte de sua mãe e dois, que eu acabei de perceber, você é uma vampira.
_ Mas, eu senti muito a falta dela, ainda mais depois que meu pai começou a beber...
_ Sim, mas não precisava de se matar de depressão por isso! A culpa não foi sua! _ ela aumentou um pouco seu tom de voz, o que me fez prestar mais atenção no que ela dizia.
A garota, deu um sorriso, e der repente, minha cabeça começou a doer, doer muito mesmo e as lembranças passavam como se tivesse acontecido tudo hoje... a morte da minha mãe, as semanas que eu passei trancada em meu quarto, o dia em que eu tentei me matar...
_ Viu, eu iria te punir por meses assim, como fizeram comigo, mais acho que não será necessário... _ Ela sorria.
_O que? Como assim? _ eu perguntei
_ Veja bem, primeiro, parece que você já foi punida, e segundo, não tem graça se vocÊ pode me ver.
_ Eu? punida?
_ Sim, sua mãe... Ela foi assassinada _ meu coração começou a disparar der repente, doía _ Um vampiro matou ela...
Eu senti uma enorme náusea, minha mãe, foi morta por um de minha espécie... A dor de cabeça aumentou e eu já não estava mais consciente.