Capítulo 11 – O encontro.

Era sábado e eu estava tremendamente nervosa, pois hoje seria o dia que eu teria meu primeiro encontro com Edward. Na verdade hoje eu teria o meu primeiro encontro de verdade, porque antes eu nunca havia tido um. Antes com outra pessoa, sempre foram encontros às escondidas, somente Hermione sabia de meu caso com ele, e ele não fazia questão de que todos soubessem sobre nós, o que me incomodava bastante, mas meu coração tolo e apaixonado pensava que ele só queria manter aquilo entre a gente, porque era mais mágico... Espantei esses meus pensamentos, com um outro pensamento. Edward fazia questão de que todos soubessem da gente, inclusive nos beijamos praticamente na frente de toda a escola.

Meus tios haviam ido trabalhar e meus amigos haviam ido para A Toca, meus tios imaginavam que eu também estaria por lá, assim seria mais fácil. Não queria meu tio me interrogando a todo o momento sobre Edward e sua família, como eu sabia que ele faria. E como eu já passei por algo parecido quando ele descobriu com quem eu havia namorado, nunca vi meu tio tão furioso comigo, mas felizmente tudo já havia passado.

Ouvi os pneus de um carro estacionar em frente a minha casa, e segundos depois batidas  de leve na porta. Corri para atender. Hermione havia me ajudado a escolher uma roupa, e ela disse que uma  blusa azul colada ao corpo com decote e V seria perfeita, junto com uma calça jeans preta colada demais no corpo pro meu gosto, e uma sapatilha cinza com detalhes rosas.

-Você esta linda. –Edward disse sorrindo largo quando abri a porta e na verdade eu me senti mal arrumada. Edward estava deslumbrante com uma calça jeans azul e um pulôver bege, eu suspirei com a visão.

-Você também. –eu disse saindo pra fora para fechar a porta e Edward me deu um selinho nos lábios.

-Onde estão seus tios? –ele perguntou segurando em minha cintura e me guiou até seu carro.

-Trabalhando. –falei.

-E seus amigos?

-Foram visitar a família de Rony, Harry namora a irmã dele. –comentei como quem não quer nada.

-Eles foram até a Inglaterra? –ele perguntou. OPS!

-É. –falei.

-Mas é uma viagem muito demorada, eles não vão chegar a tempo de passar duas horas lá e voltar para cá até segunda-feira. –ele me olhou com o semblante confuso.

-Eles vêm só na terça. –eu disse rápido. Agora meus amigos teriam que falar na escola segunda-feira, como eu sou burra!

-Hmmm. –ele murmurou me encarando por um tempo, mas não disse nada. Ele abriu a porta de seu Volvo para mim e eu sorri feito idiota.

-Para onde vamos? –perguntei quando já estávamos acomodados dentro do carro, lá o cheiro de Edward era tão concentrado que me deixava boba.

-Ao cinema e depois a um restaurante. –ele me olhou sorrindo e eu estava tão excitada, eu nunca havia ido ao cinema, mas não comentei isso, pois não queria Edward fazendo perguntas desnecessárias para mim, eu não queria ter que mentir mais.

A viagem até Port Angeles, foi agradável, conversamos um pouco. Edward perguntou varias coisas sobre mim, meus outros amigos em minha antiga escola, sobre os professores e sobre meus pais.

-Eles morreram quando eu era pequena. –eu falei com um pouco de amargura na voz, eu não queria ter que pensar nisso, não hoje.

-Sinto muito. –ele falou e não tocou mais no assunto.

Assim que chegamos a um shopping em  Port Angeles, Edward foi com o carro até o estacionamento e abriu a minha porta todo galanteador e caminhou comigo de mãos dadas, até o cinema. Claro que eu já havia vindo a um shopping antes, mas lá na Inglaterra, Hermione e Gina praticamente me obrigaram a fazer isso, mas o shopping que eu fui era muito maior do que esse.

Chegamos à área destinada aos cinemas e eu olhava tudo curiosa a minha volta.

-Que filme você quer ver? –Edward perguntou apontando pro painel onde tinha uma lista com os nomes dos filmes.

-Hmmm... –eu não sabia do que se tratavam aqueles filmes. –Me surpreenda. –falei um pouco constrangida e então ele riu.

-Tudo bem. –ele disse. –Então vai na fila da pipoca enquanto eu compro os ingressos. Ele me entregou alguns dólares e me deu um selinho indo até uma fila um tanto longa, mas não tanto quanto a fila da pipoca.

Eu estava parada lá, esperando as pessoas fazerem seus pedidos e saírem, para a fila poder andar, quando ouvi risadinhas atrás de mim.

-Sozinha boneca? –um cara disse em meu ouvido e eu pulei assustada, mas o ignorei. –Vamos não seja difícil.

-É. –disse um outra voz. –Você não sabe a visão privilegiada que estamos tendo aqui atrás dessa sua calça apertada. –me movi desconfortável. Mas continuei olhando para frente.

-Vamos lá, diz só um ‘oi’ pro papai aqui. –um deles segurou em meu ombro e eu apertei a varinha no suporte em meu braço, me segurando para não lançar uma Cruciatus no infeliz.

-Tira. A. Mão. –eu disse pausadamente empurrando a mão do infeliz do meu ombro sem nem olhar para trás.

-Adoro mulher difícil! –o idiota voltou a colocar a mãos em meu ombro.

-Ela já não disse pra tirar a mão? –ouvi uma voz muito conhecida por mim, mas a voz de Edward estava tensa e sibilante.

Virei-me para encarar a sua expressão e ele encarava os retardados que mexiam comigo totalmente furiosos, enquanto os imbecis pareciam se encolher com seu olhar.

-Edward. –eu o chamei e ele me olhou, aliviando a sua expressão. Ele veio para o meu lado, passando os braços em minha cintura possessivamente, tá, talvez um pouco mais abaixo da cintura que o normal, mas com ele eu não me importava de ele estar me tocando.

-Esta tudo bem? –ele perguntou com a voz baixinha em meu ouvido, fazendo com que eu me arrepiasse.

-Está sim. –falei baixinho. Senti-o depositar um beijo em meu pescoço e eu estava quase o agarrando ali mesmo, quando chegou a minha vez de comprar as pipocas.

Paguei pela pipoca e pelo refrigerante, eu havia comprado o suficiente só para mim, pois Edward disse que não queria nada. Entramos na sala do cinema e esperamos o filme começar, durante esse tempo Edward ficou me dando beijinhos provocantes no pescoço e o acontecido lá da fila já havia sido esquecido.

-Sabe tenho que concordar com aqueles imbecis lá da fila. –ele disse em um momento.

-Com o que? –eu perguntei confusa.

-Você esta muito tentadora nessa roupa. –ele disse me olhando malicioso e corei.

-E como você sabe que eles falaram isso? –perguntei curiosa e vi seu olhar vagar por um milésimo de segundo e então o olhar malicioso voltou com tudo.

-Pela cara que eles faziam não era muito difícil de imaginar. –ele disse e eu corei.

-O filme vai começar. –eu disse constrangida, me virando para frente e ouvindo sua risadinha.

Era um tipo de comedia romântica o filme, ele se chamava ESPOSA DE MENTIRINHA, era até engraçado, ainda mais o cara com o narigão no começo do filme. Dei boas risadas e Edward parecia se divertir mais do que eu, apesar de eu o pegar varias vezes olhando mais para mim e não para o filme, e todas essas vezes eu corava e desviava o olhar.

Depois que o filme acabou Edward e eu fomos para um restaurante de comida Italiana e eu pedi um macarronada e refrigerante, mais uma vez Edward não havia comido. Quando eu o questionei ele disse que Esme não gostava que ele comesse fora de casa por causa da sua alergia a especiarias. Achei estranho, mas também não questionei.

Ele estacionava o carro em frente a minha casa. Era quase de noite e meus tios ainda não haviam chegado, mas meus amigos provavelmente sim, pois as luzes da casa estavam acesas.

-Foi muito legal hoje. –eu me virei em direção a Edward.

-Sim, devemos fazer isso mais vezes. –ele sorriu largo para mim. –Se bem que... –ele se interrompeu.

-Se bem que o que? –perguntei.

-Eu mudaria uma ou duas coisinhas. –ele disse.

-O que? –perguntei já me imaginando o que eu havia feito de errado.

-Aqueles idiotas do cinema mexendo com você o garçom do restaurante que não parava de vir a nossa mesa só para te olhar mais de perto. –eu o olhei, espantada.

-Não percebi isso. –eu falei totalmente alarmada, talvez eu não tenha percebido por que toda a minha atenção estava voltada para Edward.

-Ponto pra mim então. –ele disse se aproximando lentamente de mim, e quando seu hálito tocou meu rosto fui ao céu e só voltei porque seus lábios tocavam os meus com gentileza e ternura. E quando sua língua entrou em contado com a minha não pude deixar de gemer, quando eu ia me afastar constrangida Edward segurou em minha cintura me puxando mais para ele e aprofundando mais o beijo. Eu estava sem ar quando Edward se afastou.

-Er... –eu comecei e então parei para puxar um pouco de ar para meus pulmões, mas me arrependi de ter feito, pois o cheiro de Edward entrou com tudo em meus pulmões. –Nos vemos na segunda então? –eu disse corando.

-Sim. –ele disse, com um sorrisinho bobo estampado no rosto.

-Boa noite. –eu disse indo abrir à porta do carro para sair.

-Espere! –Edward disse e então ele saiu do carro contornando-o e vindo abrir a porta para mim, sorri como boba. –Agora sim, boa noite. –ele disse quando eu estava em pé a sua frente. Ele me segurou pela cintura e me beijou mais uma vez.

-Tchau. –eu disse um pouco atordoada e então Edward virou seu rosto em direção a minha casa com a testa franzida, fingi não ver isso e segui cambaleante para dentro.

Abri a porta e olhei para trás e vi Edward acenando para mim de seu carro, acenei de volta e entrei.

-Como foi tudo? –Hermione veio pulando em minha direção.

Eu contei tudo a eles, dos caras no cinema e como Edward olhou furioso para ao caras.

-Seu namorado subiu em nosso conceito. –disse Rony um pouco irritado.

-Qual é! –disse Hermione rindo. –Só vocês e a Bella nunca perceberam que por onde ela anda os caras viram pra olhar. –Hermione riu de nossas caras confusas.

-E não é nada diferente com você também né Mione? –eu disse piscando e ela me olhou brava.

-O que? –Rony disse se levantando.

-Ah... –eu disse me lembrando de algo, para cortar uma possível discussão que terminaria em lágrimas, e não seria Hermione que iria chorar. –Vocês não vão poder ir à escola segunda feira, sem querer deixei escapar para Edward que vocês foram para a Inglaterra.

-Que maneiro. –ouvi Rony e Harry comentar.

-Ah que chato, eu tinha prova de história... –Hermione murmurou e eu ri.

Hermione seria Hermione em qualquer lugar do mundo, seja na Inglaterra, Eua, Brasil ou Japão, ela não mudaria nunca e eu admirava minha amiga por isso, pois tudo ao que ela se propunha a fazer, ela fazia completo. Fui dormir muito leve e contente naquela noite e sonhei com Edward, o que foi muito bom.