Filhos dos Deuses Guerreiros Semideus escrita por Lyra Black Pevensie, Li_VA


Capítulo 5
Temperamentos Estranhos


Notas iniciais do capítulo

bom, agora eu vou fazer assim, só posto se ganhar Reviews!

BjãoS

{Lyra!



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         POV Percy Jackson

Grover e eu estávamos em Phoenix. Na escola, pra ser mais preciso. O calor era quase insuportável.

Se nós descobrimos quem são minhas irmãs?

Sim.

Se elas aceitaram vir com a gente?

Bem, ai é outra história.

Essa escola é do marcada por grupos. Temos os nerds, que são os caras que trazem notebooks para fazerem trabalhos marcados para entregar no próximo mês; São inteligentes, mas os filhos de Athena dão um banho neles... No bom sentido da palavra.. (Ai, ai... eu e minha mente pervertida kkkk)

Os drogados, aqueles que só vão para ficar no pátio com todos os tipos de drogas que os mortais usam. O estoque deles não acaba. A maioria tem de quinze a dezoito anos.

Os atletas, que participavam das praticas esportivas da escola.

Os roqueiros, os afastados, sempre com fones de ouvido e roupas escuras.

Os hapers andam em grupo, cantam no corredor e ninguém se atreve a mexer com eles, nem mesmo os valentões, que é outro grupo no qual Grover e eu temos muitos problemas.

As patricinhas, que ficam fazendo o cabelo e pintam as unhas no intervalo. Quase filhas de Afrodite.

E temos AS valentonAS, que conta com a participação da minha velha amiga Nancy.

Isso mesmo. A idiota que estudou comigo no ano que descobri ser um meio sangue.

Lembro que ela tomou um susto quando chegamos a escola.

#flashback on#

Grover e eu estávamos na sala do diretor.

Ele nos explicou as regras da escola. E perguntou se queríamos nos registrar em um dos grupos escolares. Eu logo coloquei meu nome na equipe de natação. Isso garantiria minha permanência na escola caso... Acontecimentos estranhos fizessem que fosse necessária a minha expulsão.

Bateram a porta.

- Ah, ela chegou – o diretor disse dirigindo-se a porta – Vai mostrar a escola a vocês.

Ele abriu a porta e uma menina corpulenta, com cabelos vermelhos e um punhado de sardas pelo rosto entrou.

- Vocês?! – arregalou os olhos.

- Nancy? – Grover e eu dissemos.

SantoPoseidon! De todas as escolas do mundo ela tinha de estar aqui?

- Q-que? Como? – ela alternava olhares. De Grover pra mim e depois para o diretor - Não! – pôs a mão na boca.

Seu olhar parou em mim. Seus olhos foram até meus pés e depois até meu ultimo fio de cabelo.

Ela corou.

- Vejo que já se conhecem.  Srta Nancy, mostre a escola para os senhores Percy e Grover.

Ela me deu um olhar apreensivo. Que depois se transformou em ódio. Caramba, ela ficou nervosinha.

- Andem logo. – saiu marchando em direção a porta.

Olhei para Grover que assentiu. Seguimos Nancy.

Passamos por diversas salas. Pela quadra. Nancy apontava e falava resumidamente para que servissem as coisas. Fomos para a área esportiva do lado de fora da escola. Era enorme. Pistas de corrida, quadras de tênis, vôlei. E dava pra ver os garotos do primeiro ano fazendo aquecimento no campo de futebol mais afastado.

Mas o que prendeu minha atenção foram as duas meninas correndo na pista em nossa direção. Mesmo longe conseguia reparar bem nelas.

Elas eram rápidas. Corriam ombro a ombro e pareciam gostar disso.

Uma com cabelos castanhos avermelhados, olhos verdes como os meus. Usava a camisa do uniforme. Os cabelos presos numa trança frouxa. Calça de ginástica cinza e tênis da converse. Sorria. A outra tinha os cabelos negros e longos, e olhos verdes também... Que é basicamente a “marca” do meu pai. Foi isso que chamou minha atenção.

Ela usava um short de ginástica preto, a camisa do uniforme e rabo de cavalo. Tênis de mola branco com azul. Pareia um pouco distraída... De vez enquanto olhava o céu.

- Vai ficar parado ai o resto do dia? – Nancy resmungou, olhando com nojo para as garotas.

Fui até Grover, desligando-me totalmente de Nancy, que começou a explicar como funcionavam as coisas com os grupos que realmente mandavam na escola...

- Acho que as encontrei. – murmurei pra Grover.

Ele olhou em volta.

 – Quem?

- Viu aquelas meninas na pista de corrida?

- Sim. Você olhou pra elas com tanto interesse que achei que Annabeth dançaria. – ele riu e eu me encolhi.

- Nem fale uma coisa dessas. Sou louco por Annabeth... E tenho amor à vida o suficiente pra tentar evitar qualquer coisa que a deixe desconfiada que eu esteja fazendo algo errado. –Completei e começamos a rir.

Nancy nos olhou raivosa. Sustentei seu olhar, aquilo já estava me dando nos nervos.

- Dá pra andar mais rápido? – brigou.

- Não precisa fazer isso se não quiser. – rebati e ela ficou vermelha ao ouvi minha voz, que esta acontecendo com ela?

- E-eu...

Mas nesse momento, uma das meninas que vi na pista passou por nós. A de cabelos avermelhados. Nancy pareceu ainda mais irritada quando olhei pra ela.

Corri os olhos pelo corredor procurando pela outra. Ela não estava à vista, e isso me preocupou.

Controle-se Percy! – pensei – Você nem sabe se elas são suas irmãs...

Espera ai...

- Poseidon não pode ter filhas! – falei do nada.

Grover me olhou horrorizado e Nancy como se eu fosse louco.

- Hihi, então você esta estudando para a prova de história, não é? – Grover desconversou. Ele mentia muita mal. Mas ela pareceu não perceber.

 Olhou para os lados como se um monstro pudesse pular em cima de nós a qualquer momento. No céu os trovões soavam raivosos. Como um insulto.

Desculpe pai, mas pelo que sei o senhor não podia ter filhas.

Juro que o ouvir resmungar.

- Pirou foi? – Nancy debochou.

- Não é nada que seja da sua conta. – ela se calou e baixou os olhos.

Grover riu nervoso.

- Vamos para a área da piscina, Percy. – olhei pra direção que a menina foi. Ela entrou na sala de matemática... Matemática? Não, obrigado. Tenho trauma...

- Vamos – virei para Nancy – obrigado Nancy. Até mais. – saímos caminhando, olhei de relance pra trás e vi Nancy olhando...

A minha bunda? Ergui a sobrancelha na direção dela. Juro que naquela hora dava pra fritar um ovo na testa dela.

Ela virou o rosto e saiu caminhando a passos largos.

- Acho que ela esta apaixonada. – Grover riu.

- Por quem?

- Não sabe? – ironizou, debochando da minha cara. Tudo bem que ele sentia os sentimentos dos outros fracamente... Mas eu sabia que aquilo era loucura.

Mas pensando bem...

-Ah, fala sério... Por isso ela estava olhando minha bunda?

- Uuuuuuuuuh, dessa eu não sabia. Acha que ela gostou do material?

- Ah cala a boca. – empurrei-o.

Entramos no espaço das piscinas. Estava vazia exceto por uma menina no fundo da piscina grande. Esperamos ela emergir por cerca de dez minutos.

Nada. Fiquei preocupado.

Arranquei a camisa e mergulhei. Sentir a água era a melhor coisa para um filho de Poseidon. Nadei até a menina. Era a mesma da pista. A com cabelos pretos.

Ela estava sentada no fundo da piscina com os olhos fechados. Seus cabelos flutuavam pela água loucamente. Como se sentir a água fosse necessário para que eles conseguissem fixar na cabeça dela. Com certeza ela era minha irmã.

Senti as ondulações da água dizendo para eu tomar cuidado... Algo ruim ia acontecer. Subi. Pedi à água que me levassem ate Grover e estava lá em menos de dez segundos.

Ele estava apreensivo.

- Monstros. – gemeu – Não gosto de monstros.

- Você é um senhor da vida selvagem, controle-se.

Sai da água e pus a camisa. Geralmente eu nunca me molhava, mas se você entra numa piscina num local onde muita pessoas têm acesso, e sai seco elas vão no mínimo desconfiar de algo e no máximo mandar você para uma clinica com cientistas malucos que vão querer te dissecar.

– Temos que contar a elas. Levá-las ao acampamento.

- Alguma ideia de como fazer isso? – Grover perguntou olhando para os lados. Suas mãos retorciam a camisa com força. – Seria uma conversa legal não é: “Olá sou Percy Jackson, sou irmão de vocês. Ah! E a propósito seu pai é Poseidon e vocês têm de vir comigo se não vão virar comida de monstros. Mas se não quiserem não tem problema. Se sobreviverem nos veremos no dia de Ação de Graças e Natal.”

- Tem uma ideia melhor? – indaguei.

- Com licença. – olhamos pra trás. A menina de cabelos avermelhados estava ali, com roupas nos braços. Usava a saia pregueada, preta, que ia até o meio da coxa, a camisa branca de botões com o emblema da escola, e a bota de salto fino, e cano longo preta também – vocês por acaso viram minha irmã, uma garota com cabelos pretos?

- Está no fundo da piscina. – apontei e ela suspirou. – Se quiser posso chamá-la. –apontei para minha bermuda molhada.

- Ah, eu seria eternamente grata. – ela tinha a voz suave e forte ao mesmo tempo.

Tirei a camisa novamente e pulei com tudo na água. Aproximei-me da menina e cutuquei seu braço. Ela abriu os olhos, um pouco assustada e ergueu a sobrancelha. Apontei pra cima.

Ela revirou os olhos e subiu. Nadou ate a irmã. Saímos da piscina.

- O que aconteceu? – perguntou enquanto pegava as roupas da mão da outra, estava com o maiô azul marinho da escola. Reparei que ela parecia evitar olhar nos olhos da irmã.

- Você perdeu a prova de matemática.

Ela arregalou os olhos.

- Era hoje? – passou as mãos no cabelo desesperada.

- Sim.

- Que droga.

Olhou pra mim.

- E vocês são?

- Olá, sou Percy Jackson. – sorri pra elas.

- E eu Grover. – Ele disse olhando para as calças que usava para a primeira impressão não ser tão desagradável. Mas que no nosso caso, serviam para que os outros não vissem sua perna peluda e seus cascos fendidos. Estavamos controlando a névoa pra impedir os outros de ver seus grandes chifres.

- Alô, sou Patrícia e essa é minha irmã, Isabella. – ela deu um sorriso estonteante. Sua voz era parecida com a da irmã. Porem um pouco mais...  Não sei distinguir... Decidida? Fazia-me lembrar vagamente alguma coisa.

Mas antes de poder cumprimentar adequadamente a irmã dela, Ouve uma explosão no fundo do salão e um “conhecido” entrou.

- Ah, cara! Tá de brincadeira! – puxei a caneta do bolso e tirei a tampa de contracorrente que se transformou instantaneamente em uma espada de bronze celestial. Patrícia e Isabella arregalaram os olhos e gritaram quando a mistura de homem com touro avançou pra elas.

Patrícia desviou por um triz. Seu corpo dançou automaticamente para a direita e ela caiu no chão com a boca aberta.

Isabella deu um salto sobre o monstro usando os chifres para dar impulso e pulou na piscina. Emergiu com uma cara engraçada. Como se não acreditasse que acabara de pular sobre um touro.

- Ei, seu monte de carne moída! Não cansa de ser destruído por mim não? Essa é o que, a quarta vez?

- Muuuuuuuuuuuuuuuu! – ele avançou com raiva contra mim. Tive vontade de rir quando reparei o que ele estava vestindo.

Bermuda de praia e camisa havaiana com coqueiros. Sua cara bovina estava cheia de uma coisa branca que imaginei ser protetor solar.

Uma imagem engraçada me veio à mente. O Minotauro deitado numa espreguiçadeira tomando sol, e ouvindo reggae. Balancei a cabeça, não tinha tempo para rir. Grover começou a tocar rapidamente a flauta de bambu.

Um som esganiçado que reconheci como uma das musicas da Hilary Duffy. Tenho que apresentar a ele algumas musicas da Madonna, supondo que ele não goste de Evanescence e PARAMORE. Mas a Hilary já encheu (Nada contra, eu gosto da Hilary Duffy... como atriz)

Raízes começaram a perfurar o concreto da sala com esforço e se enroscaram nos pés do Minotauro que ficou momentaneamente confuso, atrapalhado enquanto puxava a perna para se libertar dos vegetais loucos.

Aproveitei a oportunidade e saltei sobre ele. Contracorrente brilhou em minhas mãos antes de eu partir os chifres do Minotauro. Ele ficou raivoso... Ainda mais... Deu-me um soco e cai na piscina. Esse foi o pior erro da vida dele. Da quarta vida dele.

Fiz a água na piscina me levantar como um gêiser, e o resto da água avançaram para ele numa grande onda. Encharcando ele e os outros que começaram a cuspir água. Vi patrícia piscar abobalhada, em quanto os olhos de Isabella quase saltavam das órbitas.

Grover bateu nele com a flauta e Isabella jogou um tênis na cabeça dele.

Direcionei a água sob meus pés na direção do cara que ainda esfregava a mão no local que o tênis atingiu e finquei contracorrente no peito dele.

- Muu? – mugiu. Deve ter sido algo como “De novo?” e começou a virar areia.

Pisei na borda da piscina e encarei os demais. Grover torcia a roupa encharcada e bufava .

- Ele sempre faz isso, nunca saio seco quando Percy entra na água.

Patrícia ainda me olhava abobalhada. Seus cabelos pretos estavam pingando. Isabella tinha um corte na boca.

- Que legal – Patrícia sussurrou.

- Tudo bem, Isabella? Sua boca está sangrando. – estendi a mão pra ela que a pegou de bom grado. Suas mãos estavam frias. Ela limpou o sangue na boca antes de responder.

- Estou bem, pode me chamar de Bella. – disse tremula devido à luta – Agora... Poderia, por favor, nos explicar o que um touro estava fazendo aqui no parque?

- Na verdade era o Minotauro. – Grover disse.

- O da mitologia grega? – Patrícia perguntou perplexa.

- Exatamente – respondi com um meio sorriso devido a sua curiosidade. Ainda tinha a terrível sensação que ela se parecia muito com alguém... e sua voz...

– Como isso é possível? – Isabella perguntou.

- Eles foram atraídos pelo cheiro de vocês.

- Nosso CHEIRO? – elas exclamaram juntas.

- Sim. – Grover disse.

- E por quê? – perguntara, Patrícia cheirou uma mecha de cabelo.

Sorri. Agora elas iriam pirar.

- Por que vocês são meio-sangues... Filhas de Poseidon...

[...]

Bella gargalhou. Parecia descontrolada. Já Patrícia fechou a cara. Sua expressão passou de uma digna de Filha de Afrodite pra a de uma filha raivosa de Ares.

Bella conseguiu se controlar, e olhou com tristeza para a irmã.

- Pai? Poseidon? Isso é uma brincadeira de mau gosto? – se irritou, seus olhos lacrimejaram e ela os apertou com força pra evitar que as lagrimas caíssem. – Isso é uma pegadinha? Ficam caçoando de nós só por que não temos pai? Pois vai achar outra pra importunar.

Ela saiu catando as roupas molhadas no chão. E correu desgovernada pela porta.

Bella fez menção de segui-la, mas eu a impedi.

-  O que aconteceu? – perguntei confuso.

- Espero que isso não seja uma brincadeira de mau gosto. – seus olhos também estavam marejados.

- É a verdade. – olhei pra Grover sugestivamente. – Se você não acredita no que acabou de ver, Grover pode mostrar pra você uma coisa.

Ele a olhou e baixou as calças. Ela gritou e tapou os olhos, mas depois baixou as mãos devagar e ficou olhando as pernas peludas de Grover.

- Você já ouviu falar em sátiros? – perguntou.

- É-é da Mitol-logia grega também, metade home-ens metade... Burros?  - terminou indicisa. Grover resmungou raivoso.

- É bode. Béééé...

- Hã?

- Bodes. Metade homem, metade bode – olhou pra mim – são mesmo irmãos.

Ela me olhou apreensiva – I-irmãos?

- Sim. – sorri pra ela – Também sou filho de Poseidon.

Ela olhou pra Grover, completamente pasma... E soltou uma frase que eu nunca esperaria para o momento:

 – Se quiser posso te levar ao depilador.

(...)

- Por que sua irmã ficou daquele jeito? - Perguntei enquanto íamos para fora.

Bella suspirou.

- É uma longa historia, minha mãe é dona da rede de empresas ConstruçõesSwan’s, assumiuolugardovovôquandoelemorreu. Nós temos dinheiro... Somos ricas. – torceu o cabelo e olhou para o uniforme encharcado – Nunca conhecemos nosso pai, Renée não fala muito dele.  Ela está noiva – tive um sobressalto, por algum motivo sempre imagino que as mães de semideuses são solteiras. Lembrei da minha mãe e Paul, acho que devo parar de pensar nisso. – Charlie é chefe de polícia, muito legal. Patty simplesmente o adora, então acho que o choque foi maior pra ela... E ela tem seus motivos.

- Mas que...

O celular de Bella tocou. A musica de chamada era instrumental.

Ela apontou pro celular.

- Com licença. Alô... Claro que sim mamãe, temos muito que conversar – Olhou para Grover e eu – Vou levar uns amigos... Acho que sim... – sorriu – Sim... Peça a Carlos para nos buscar, por favor... – Seu sorriso desapareceu – ela esta ai? – Grover e eu nos olhamos – Trancada no quarto outra vez... Aconteceu uma coisa, vamos conversar assim que eu chegar a casa, beijos... Também te amo.

Guardou o celular na bolsa.

- Vocês vão ser meus hospedes. Já pedi a mamãe pra preparar os quartos em que vão ficar. Ela vai ligar pra direção pra avisar que vocês vão pra lá. Carlos vai vir nos buscar, vamos esperar ali.

Ela apontou para um parque de crianças vazio. Sentamos nos balanços e começamos a balançar devagar.

- Então qual a historia de vocês? – ela perguntou.

- Vai em frente Grover.

Ele respirou fundo.

-Meu dever era proteger Percy quando ele ainda não sabia que era um meio-sangue e nós não sabíamos quem era seu progenitor. Ele era um imã para confusões... E ainda é. – rimos – ele foi reclamado como filho de Poseidon e as coisas só pioraram. No ano seguinte me fiz passar por “uma ciclope” para não ser comido por um Ciclope que comia Sátiros. Percy me salvou.

No ano seguinte Annabeth foi seqüestrada...

- Annabeth? – Bella interrompeu.

- É a minha namorada – disse ficando vermelho.

- Ah, prossiga.

- Depois de tudo resolvido nós acabamos tendo de entrar no labirinto de Dédalo. Encontramos o Deus Pã...

- Ele não estava morto?

- Oh não, mas agora está. – fungou – Ouve um bafafá danado, e no final das contas Percy salvou o Olimpo...

- Nós salvamos o Olimpo – corrigi.

- Percy derrotou Cronos que estava usando o corpo de um colega nosso. Eu me tornei um Senhor do Mundo Selvagem. Consegui uma licença especial para acompanhá-lo nessa missão e levá-las em segurança ao acampamento.

- Qual?

- O acampamento Meio-Sangue, é onde os Semideuses recebem o treinamento adequado pra vida... Resumidamente falando. – respondi.

- Responda-me uma coisa, Bella – disse Grover – Como foi na prova de Matemática?

- Muito mal... – ela corou – minhas notas são péssimas, eu tenho TDAH.

- Todo o Meio-Sangue tem... Sua mente esta programada pra o grego antigo. – Explicou Grover.

- Sua irmã também tem?

- Sim.

Ouvi uma buzina e olhei na direção da rua.

Parado perto do meio fio estava um homem alto de pele escura. Era careca e tinha um sorriso na direção de Bella. Estava encostado numa limusine.

- É o Carlos, vamos.

Corremos até o carro e ele abriu a porta para nós. Cumprimentou-nos com um aceno de cabeça, retribui.

- Esqueceu de trocar a roupa antes de cair na piscina, senhorita Bella? – ele perguntou em quanto colocava o cinto de segurança.

- Pra falar a verdade Carl, a culpa é do Percy. – suspirou de repente sua voz pareceu mais cansada. – Vamos para minha casa.

- Desculpem-me intrometer, problemas com a senhorita Patrícia novamente?

- Sim.  Queria saber quando ela vai superar – Bella disse baixinho.

Algo estranho estava acontecendo. Bella e a irmã pareciam meio distantes. E Patrícia parecia ter um temperamento forte. Lembrei-me do que meu pai me disse uma vez: Omarnãogosta de ser contido.

Perguntei-me se esse não seria o caso, se Patrícia não estava, por algum motivo, sentindo-se presa.

- Chegamos. – a voz de Bella me tirou dos devaneios.

Chegamos a uma linda mansão. Os tons de verde água e branco davam um ar despojado ao local. Aos fundos via-se uma espaçosa piscina, três vezes maior que a piscina da escola. Um jardim bem cuidado e um chafariz enorme no meio da passagem para a entrada.

- Uau – exclamei.

Bella abriu a grande porta de madeira que se dividia em duas partes. Ao passar por elas percebi que estavam esculpidos passagens de batalhas da mitologia grega, como as imagens no escudo que Tyson fez pra mim.

- Bella, querida, é você? – a bela voz chamou. No alto da escada descia uma mulher. Magra, os cabelos castanhos avermelhados estavam presos no coque formal. Um vestido branco longo e batom vermelho.

Acho que sei por que meu pai ficou atraído por ela.

- O que aconteceu com sua irmã? E por que está toda molhada? São oito da noite.

- Mamãe, eu quero lhe apresentar meus novos amigos.

Puxou-nos.

- Meninos, essa é minha mãe, Renée Swan. – virou-se para ela – Mamãe esse é Grover – Renée sorriu pra nós. – Ele é um sátiro – Renée arregalou os olhos e a voz de Bella tornou-se dura – E esse é Percy Jackson meu meio irmão, ele também é filho de Poseidon.

- C-como...

- Ah, e a propósito, hoje nós fomos atacados por um Minotauro. – Grover tampou a boca dela, ao mesmo tempo Renée gritava – Não diga o nome, os nomes têm poder.

Bella conseguiu soltar a mão de Grover.

- Perdão.

- Vocês não gostariam de comer alguma coisa? Temos muito que conversar.

 -Claro, senhora – Grover e eu respondemos.

- Ah, nada de senhora. – fez um gesto de despache com as mãos. – Pra vocês é Renée.

- Tudo bem então, Renée.

Ela nos levou até uma sala de jantar na ala oeste. Serviram-nos bolos, refrigerantes, sanduíches e um monte de outras guloseimas. Somente depois de começar a comer foi que reparei na musica alta vinda dos andares acima.

Eu conhecia a letra.

- I miss you? –perguntei.

- O que querido? – Renée indagou.

- Gosta de blink, Percy? – Bella perguntou enquanto tomava um pouco do suco de maracujá.

- Um pouco, é a Patrícia que esta ouvindo?

- Sim, ela ama esse tipo de musica.

Ficamos um tempo comendo em silêncio.

- Ela se daria bem com Thalia.

- Thalia? – Bella e Renée perguntaram enquanto levavam um garfo com bolo de chocolate à boca, era incrível o quanto eram parecidas, exceto pelos olhos. Os de Renée eram castanhos.

- É filha de Zeus e tenente das caçadoras de Artemis, ela adora rock.

- Uma filha de Zeus se dando bem com uma de Poseidon? – riu incrédula.

- Ela e Nico são uns dos meus melhores amigos.

- Nico? – Bella desenrolou o nome com cuidado.

- É um filho de Hades.

- Um filho de Hades! Renéedeuumgritinho. - Di immortales!

- Ah não, ele é super gente boa. Meio temperamental, mas é maneiro.

- Renée, acha que conseguiremos convencer Patrícia a ir pro acampamento? Nós só temos uma semana. – Grover perguntou.

- Não sei Percy. Já faz algum tempo que a Patty esta... Afastada de nós.

Reparei que ela hesitou quando Bella lhe lançou um olhar de reprovação.

- Você poderia falar com ela, Percy. – exclamou de repente.

- Posso tentar. – eu não sou nem um pouco bom de lábia, mas não comentei isso.

- Então mamãe, como você engravidou do deus dos mares? – Bella perguntou, repousando o garfo na mesa.

-Eu fui campeã de natação nas olimpíadas escolares no meu ultimo ano. Então, a dezesseis anos eu estava nadando na praia e ele apareceu. Nós conversamos e eu contei pra ele tudo sobre minha vida. Ele disse que gostava do mar... Eu acabei me apaixonando. Ele me contou quem era depois da primeira noite e disse que não poderia ficar comigo caso eu engravidasse. Nós ficamos mais um tempo juntos e quando os sintomas começaram, eu contei a ele. Foi um choque e tanto, além de ser dois bebês, duas meninas.

- Afinal de contas, qual o problema de sermos meninas?

- Querida, Poseidon é o deus dos mares e terremotos, imagina só... sua irmã tem um temperamento muito forte, imagina vocês duas de TPM... pode causar um grande estrago – sorriu.

Bella estava vermelha.

- Voltando ao assunto – Renée continuou, provavelmente pra poupar a filha de um constrangimento maior – Ele me levou pra um lugar seguro, um sítio protegido onde nós vivemos até os dez anos das meninas, então ele me visitou e disse que elas sempre teriam proteção e que quando chegasse a hora alguém de confiança viria buscá-las.

- Mas porque ele não pode ficar? – Bella parecia à beira das lagrimas.

- É a lei dos deuses, mas Percy conseguiu fazer com que eles mudassem essa opinião e por isso estamos aqui. – disse Grover.

- Acho melhor mostrar os quartos a vocês não é? Já esta tarde. – Renée levantou-se – Albert!

- Sim senhora. – um homem de meia idade todo engomadinho, parecendo um pingüim entrou na sala.

- Já levou as coisas dos meninos para os quartos?

- Sim, já trouxeram as coisas da escola, estão em seus devidos quartos.

Ela saiu nos guiando pela escada. Patrícia não apareceu para o jantar.

Bella parou na frente de uma porta no fim do corredor, era branca com a maçaneta de vidro. Detalhes e estrelas do mar incrustadas por toda porta e seu nome Isabella MarieSwanpintado de azul na porta.

- Boa noite meninos. – disse e entrou.

- Esse é seu quarto, Grover. – Renée apontou a porta em frente à do quarto de Bella.

- Obrigado, boa noite dona Renée, até amanhã Percy.

- Tchau Grover.

- O seu é no andar de cima, Percy.

Subimos mais um lance de escadas.

- É esse.

A porta ficava em frente à outra toda coberta por pinturas de ondas. Coberta mesmo, todo o espaço da porta estavam detalhados desenhos de ondas. O nome PatríciaSophiaSwan bem grande com letras desenhadas na cor bronze. A maçaneta também era de vidro.

- É o quarto da Patty – Renée me viu observando a porta. – elas sempre gostaram do mar. Não sabiam por que. Mas o lugar favorito delas é perto da água.

- Tenho que ir – prosseguiu – Charlie e eu vamos ao teatro.

- Boa noite dona Renée. Divirtam-se.

- Obrigado Percy, e boa noite.

Ela saiu descendo as escadas.

Entrei no quarto. Era simplesmente fantástico. Abri o closet. Todas as minhas roupas estavam ali impecavelmente dobradas. Peguei uma bermuda preta e me joguei na cama.

Dormi instantaneamente. Mas como meio-sangue, eu sempre tenho sonhos.

Eu estava numa cama com uma garota.

Acordei sobre saltado quando uma mensagem de Iris de Annabeth apareceu.

Ela começou a gritar comigo.

Acordei suado. Olhei o relógio na mesinha de cabeceira ao lado da mesa. Era 1h 30 min. Levantei. Precisava falar com Annabeth. Ver se ela estava bem.

Corri para a fonte no quintal. Sai pela porta da cozinha e cheguei à fonte. Mas estava escuro, eu não tinha luz solar.

- Precisando de ajuda?

Virei na direção da voz. Um cara barbudo com roupas velhas estava ali. Parecia um mendigo, mas parecia extremamente feliz e seu sorriso desdentado era arrogante.

- Fred.

- Ora, Percy, eu já disse que é Fr... – ele parou – Você não me chamou de Apolo afinal.

- Mas você acabou de se chamar. – sorri.

- Bom, é... Mas não vim aqui pra isso. Rachel pediu que lhe mandasse um recado.

- Que aconteceu? Como ela está? – Rachel é uma grande amiga minha, e já me ajudou muito. Nós quase nos envolvemos no passado, mas agora ela é o Oráculo e não pode namorar.

- Ela está bem, mas houve uma mudança na profecia.

- Hã? Isso pode acontecer?

- É raro, mas sim. Pode.

- Então qual a nova profecia?

- Os meios-sangues marcados responderão ao chamado,

Juntamente com aquela que agora é o Oráculo;

Em tempestades ou fogo, o mundo terá acabado

Um juramento manter com um alento final

Um fantasma ressurge para acabar com o mal.

O rei fantasma recebe um presente especial;

E Inimigos com armas às Portas da Morte final.

- Isso quer dizer que agora não são mais sete... Mas sim um numero indeterminado de semideuses. E Rachel vai à missão.

Fred assentiu.

- Ela está nervosa. Esta tendo diversas visões, esta sendo horrível.

- E como posso ajudá-la?

- Ela pediu-me para vir aqui e passar a você três pedidos, ou melhor, ordens.

- Pode falar.

- Primeira: Proteja suas irmãs, Annabeth e Thalia, elas vão precisar. Nico precisa de uma confirmação. – claro que eu faria aquilo, embora Thalia não fosse gostar nem um pouco. Mas não sabia a qual afirmação ela se referia.

 - Segunda: traga Bella e Patrícia ao acampamento. Edward precisará da ajuda delas na hora certa – quem é Edward?

- Terceiro: Você vai precisar de um smoking. E diga para Bella ‘azul’ e para Patrícia ‘branco’, Annabeth ‘esse mesmo’ e a Thalia ‘preto'.

- Como assim um smoking? – foi a única coisa que consegui pensar.

- Não sei. Foi o que ela pediu pra falar. Recomendo que cumpra. É melhor ir dormir Percy, amanhã será um grande dia. E Hermes pediu que eu aproveitasse e lhe dissesse que vocês tem mais três semanas.

Suspirei aliviado, aquele tempo viria a calhar.

- Ok. Até mais Fred e obrigado.

- Falô brother. – e dizendo isso começou a brilhar, virei os olhos pra não ver sua forma divina. Isso me faria virar pó. Abri os olhos e estava sozinho. Resolvi voltar.

Escutei uma musica suave vindo do quarto à frente. Mas decidir deixar pra lá. Deitei e dormi, dessa vez sem sonhos.

#flashback Off#

- Ei, Percy. – reparei que alguém passava a mão na frente do meu rosto.

- Ãh? – olhei pro lado dando cara com Alec.

Eu arranjei alguns colegas na escola. Era bom ter amigos normais, já que a única que eu tinha agora soltava fumaça verde pela boca.

Alec era o cara do time de futebol que não se importava de andar com pessoas de um grupo tão diferente, como Grover e eu. Pra falar a verdade nós não nos encaixávamos em nenhum grupo. Alec era o tipo popular na escola. As meninas babavam por ele.

A outra era Jane. Ela era uma menina baixa de olhos claros, que adorava tudo relacionado à magia. Sempre andava com livros do Harry Potter. Dizia que seu maior sonho era ser Hermione Granger (Autora: Na verdade, esse é o meu maior sonho... hahahahaha).

Aline era uma menina teimosa e arteira, a melhor amiga de Jane. Tem cabelos loiros no meio das costas com mechas naturais, o que a deixa com ar de Garota da Califórnia; mas insiste em usar lentes de contato quase prateadas, o que me lembra à deusa Artemis. Ela diz que são maneiras. Ela é fanática por tudo relacionado a animais, e adora a deusa Athena, por isso usa as lentes, leu em algum lugar que essa era a cor dos olhos da deusa. Eu tentei discutir discretamente mais ela é muuuuuuito teimosa.  

Carol é alta, tem cabelos caramelados que sempre mantem atrás da orelha com faixas de cabelos, dependendo da cor da roupa, e olhos amendoados. Faz tudo pra ficar perto de mim, diz que é para evitar que eu me meta em confusão, e acredite ela pode, é filha do diretor.

Melanie é irmã de Laís, tem 15 anos, um ano mais nova que a irmã. É comportada, seus cabelos são lisos longos e negros como a noite, olhos azuis elétricos.

Josh e Danilo, os gêmeos. Eles me lembram muito os irmãos Stoll, filhos de Hermes. Eles jogam no time de Vôlei da escola. Danilo é alto, cabelos castanhos e olhos verdes, o que deixa as meninas da escola de boca aberta.

Josh também é alto, mas seus cabelos são loiros como o de sua mãe, seus olhos também são verdes. Eles são os maiorais da escola juntamente com Alec. O motivo, segundo eles, para andarem com a gente é que somos diferentes (eles nem sabem o quanto). Que nós o tratamos como iguais, e não como um bando de puxa sacos.

E Laís, é uma menina misteriosa, mas super maneira, tem cabelos pretos curtos e lisos, na altura do queixo e olhos azuis elétricos como os da irmã. Josh tem uma quedinha por ela... Ou melhor, um pulo de precipício.

- Hiii, ta viajando ai é? – Josh deu um tapa na minha testa.

- É, bem...

- Nem precisa falar nada – Danilo interrompeu – Quem é a garota?

- Garota? – repeti igual a um retardado.

- Pensando novamente na Annabeth? – Grover disse distraído enquanto comiaenchiladas de queixo.

- Annabeth? – Alec perguntou. – Quem é annabeth?

- É a namorada dele – Bella respondeu aparecendo de repente.

Os meninos nos olharam. Nunca antes Bella veio falar comigo perto deles. Ela sempre estava ocupada. Eu já estava na casa dela há uma semana, e não contei aos meninos. Patrícia não falava com a agente, pra falar a verdade eu quase não à via.

Bella me abraçou e beijou minha bochecha, sorri pra ela.

- Você não disse que essa tal Annabeth é namorada dele? – Danilo perguntou.

- Sim – Bella respondeu confusa.

- Então o Percy é um tremendo galinha. – Josh concluiu.

- Na verdade – interrompi, devia estar vermelho, Não queria falar com eles sobre Annabeth. – Eu estava pensando...

- AH! – Grover, Bella e eu gritamos.

Na minha frente estava a mensagem de Iris de Nico.

- Ãh, pessoal vamos dar uma volta – Alec disse com uma expressão estranha.

- Por que? – Josh disse.

- Queremos rir da cara do Percy. – Danilo falou, ficando emburrado.

- Agora – Alec tinha um ar selvagem que reconheci de algum lugar. Fazia-me lembrar estranhamente de Clarisse, uma filha de Ares.

- Tudo bem. – e os meninos seguiram Alec.

Jane e Laís viraram-se para Melanie, Carol e Aline que vinham no corredor, correram até elas e Jane sussurrou algo em seus ouvidos. Elas riram excitadas e correram na direção contrária antes de segui-las Jane me lançou um olhar preocupado. Virei-me para a mensagem de Nico.

- Que aconteceu? É muito arriscado aparecer assim Nico e...

- Cala a boca Percy, deixa eu falar. – reparei que ele estava com um corte na bochecha, mais pálido que o normal e com olheiras profundas. Seu cabelo parecia um ninho de passarinho desorganizado. – é a Annabeth.

Foi só ele falar isso e milhões de coisas passaram na minha cabeça, mas ao invés de fazer qualquer uma pergunta inteligente, disse a primeira coisa que passou pela cabeça.

- Como sabe como Annabeth está? Não devia estar no México?

Nico revirou os olhos.

-J á cumpri minha missão no México, Percy. Já estou com Annabeth a um tempo.

Eu queria confrontá-lo, EU queria estar com Annabeth. Não que eu ligue dele estar com ela. Só estava com ciúmes.

- Escute Percy, Annabeth foi atacada por uma Harpia, conseguimos destruí-la, mas ela...

- O que aconteceu com a Annabeth, cadê a minha namorada? – minha visão ficou estranha, eu conseguia ver muito mais detalhes que antes e me senti mais... Forte... e irritado.

Nico saiu da frente. Deitada numa cama estava Annabeth. Pálida e suada. Parecia respirar fracamente e estava dormindo, ouvi ela chamar meu nome em seu sono. Mas não fiquei assim tão feliz. Não naquelas circunstancias.

- Annabeth... – minha voz saiu fraca. Virei pra Nico, seu olhar na direção de Annabeth era preocupado. – Quais os danos?

Nico baixou a cabeça.

- Desculpe Percy – sua voz não passava de um sussurro – era Cilene. Ela é mais rápida que as outras em locais escuros. Mas voltando ao assunto, Afrodite veio falar com a gente. O nome da Filha dela é mesmo Roselie Hale. A irmã de Annabeth a conhece, de vista. E quanto ao estado de Annabeth... – ele parou.

- Nico – rugi. Eu queria saber como ela estava.

- Ela tem um corte no ombro. Eu passei néctar, mas não sou um filho de Apolo, e infelizmente Jasper não está aqui. E os seios dela... – sua voz falhou e eu fiquei com raiva. Ele estava falando dos seios de Annabeth! Da minha Annabeth? Pensando bem, eu me importo sim que ele esteja com ela.

 - Calma Percy – senti a mão de Bella no meu braço e Nico a olhou de relance.

- Continuando – ele disse – a Harpia... Rasgou os seios de Annabeth – senti o sangue sumir do meu rosto – Eu fiz o melhor que pude – hesitou – Joguei néctar e enfaixei, mas esta inflamando. Ela não vai agüentar muito tempo. E eu não posso sair daqui, tenho que cuidar de Annabeth e Beatriz.

Vi uma menina no canto da imagem, ela estava limpando a cabeça de Annabeth com um pano úmido.

- Eu vou pra sua escola hoje mesmo...

- Nós não estamos na escola, não era seguro. Estamos na casa do pai de bia.

- Me dá o endereço. – ele passou o endereço pra mim.

- Chego assim que puder – informei.

- Ok – Annabeth gemeu e Nico correu até ela. A mensagem de Iris acabou e tudo que consegui fazer foi escorregar para o chão.

- Percy – Grover chamou, mas eu não respondi.

- O que aconteceu Percy? – Jane estava de volta, olhava horrorizada meu rosto sem cor.

- É Annabeth. –Bella sussurrou.

- Que aconteceu com ela?

- Aconteceu um acidente – Grover disse com cuidado – ela caiu em cima de um facão e rasgou... Ãh ... – fez um gesto com as mãos mostrando a região, depois bufou e concluiu - Os seios. A faca estava... enferrujada e agora ela está... muito mal.

Jane me olhou sem expressão por um tempo. Depois suspirou.

- Foi Celene, não é? – olhei pra ela assustado.

- O que disse?

- Ora! É bem típico dela, adora acabar com mulheres e sempre corta os seios delas. – deu de ombros – Agora, leve-me até a filha de Athena, vou fazer um feitiço de cura.

- Como sabe que ela é filha de Athena? E... Feitiço de cura? – perguntei sem entender, Annabeth estava mal e Jane fazia brincadeirinhas.

- Sou uma filha de Hécate, Percy. – arregalei os olhos – e eu vi uma foto de Annabeth no seu caderno. Loira com olhos cinzentos? Filha de Athena.

Assenti aquilo fazia sentido. Não sabia como ela havia visto a foto no meu caderno mas naquele momento aquilo não importava.

- Por isso a sua áurea é tão forte, sinto cheiro de magia – Grover informou – Mas achei que era o fato de estar perto de três filhos de Poseidon.

Jane ergueu a sobrancelha.

- Filhos de Poseidon? Quer dizer que você...

- Sim – respondi. – sou filho de Poseidon.

- Mas... – me olhou confusa – achei que fosse um filho de Nêmeses ou, no Maximo de Hermes...

- Nossa, por que pensar isso?

- Eu... foi mau – ergueu os braços – Mas, francamente Percy, você é filho de Poseidon... E annabeth de Athena, você enlouqueceu?

- Não... Eles meio que concordaram contra vontade.

Jane olhou para Bella.

- Sinto o poder emanando de você, quem realmente é?

- Sou irmã de Percy – Bella abriu um leve sorriso – e Patty também.

- Achei que Poseidon não pudesse ter filhas.

Trovões.

Jane olhou pra cima.

- Ah, deixem de ser temperamentais, isso é pra filhos de Ares e filhas de Afrodite com espinhas.

Nossa quanta coragem.

Mais trovões.

- Esquentadinhos – ela disse.

- Mais algum meio-sangue nessa escola?  - Grover perguntou tenso.

- Sim. – afirmou – Alec, Laís e Mel. E Acho que Aline também, embora nem ela mesma deve saber.

- Credo. – Grover grasnou – deve estar vindo um exercito de monstros pra cá agora mesmo.

- Ah não, minha mãe nos protege, mas agora nós precisamos encontrar Annabeth, para que eu possa curá-la.

Bella pegou o telefone.

- Mãe, precisamos do helicóptero pra agora... é uma emergência... Não, ela não vai... Ok, obrigado. – desligou.

- Vamos para o terraço. – disse e eu tentei avisá-la de que voar não era bom, mas pensando no estado de annabeth resolvi ficar calado.

Jane juntou as mãos e tornou a abri-las. Uma nuvem arroxeada saiu sobrevoando.

- Vai avisar a Laís e Alec onde fomos. Melanei pode cuidar da segurança de Aline e Carol.

Começamos a correr.

Esperamos cerca de quinze minutos até o helicóptero chegasse.Era azul e branco, escrito construçõesSwan’s em preto contornado por verde.Entramos.

Eu sabia que não podia voar, mas não estava me importando, Annabeth estava em perigo.

Fiz uma oração, não sabia exatamente pra quem... Mas quando percebi estava orando a Athena.

Por favor, Por favor... Sei que não gosta do meu relacionamento com Annabeth, mas ela é sua filha e eu a amo, sei também que essa seria a oportunidade perfeita de acabar com dois filhos de Poseidon, mas converse com seu pai, Zeus vai te ouvir.

Por favor, Lady Athena, permita que eu salve sua filha, permita que eu salve minha Annabeth.

Sei que isso soou piegas, mas era a verdade. De repente ser indestrutível não valia nada, se Annabeth morresse eu mesmo esfaquearia meu calcanhar de Aquiles com Contracorrente.

O Helicóptero começou a ganhar altitude e vi que Grover mastigava o estofado do helicóptero.

Fechei os olhos, agora só restava esperar e torcer pra que Athena atenda meu pedido, e que as Parcas dêem um pouco mais de tempo a Annabeth. Tempo suficiente para chegarmos com a ajuda.




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