Entre Heróis e Monstros escrita por LadyChase


Capítulo 36
Por que os segredos nunca acabam??


Notas iniciais do capítulo

É povim, os segredos não vão acabar MESMO
vocês não fazem ideia do que esta para acontecer com els até o final da fic (que ta bem longe viu)



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Pov Elizabeth

Durante o tempo que fiquei apagada, sonhei com coisas que preferia não comentar, mas como tudo é uma porra, eu tenho que fazer a minha parte e contar a historia.

Eu vi rostos, rostos que me deixaram a vontade.

Vi o rosto de minha mãe mortal Mirela. Ela não é minha mãe de verdade, ela só me criou a vida inteira, mais eu a amo demais. Mesmo depois de sua morte nunca vou deixar de dizer que Mirela Esgrevorell (eu sei que o nome dela é mega estranho) não é minha mãe. Nunca descobri de quem eu herdei o nome Delacur Diggory.

Mais voltando ao que eu vi.

Vi minha infância correr diante de meus olhos. Vi cada uma de minhas fases desajeitadas até chegar a adolescência, vi tudo, me vi na casa da minha avó quando eu tinha 4 anos, e estava na sua fazenda, era um lugar incrível, incluindo um rio, uma cachoeira, um campo de rosas, uma casa enorme, vários cavalos, e tudo o que uma fazenda tem que ter de melhor.

A casa era de dois andares, toda branca e com janelas grandes com cortinas de renda e floreiras com vários tipos de flores nelas. Quando pequena eu gostava da varanda, era grande e acolhedora, minha avó estava na cadeira de balanço olhando para o campo de rosas, não me lembrava de como eu era quando pequena, tinha longos cabelos encaracolados e castanhos claros, minha mãe sempre disse que eu tinha olhos de sonhador, e eu tinha mesmo, meus olhos eram grandes (mais não esbugalhados) e gentis, como os de Alice um dia foram, era bem pequena pra minha idade, e minha pele não era tão branca, eu parecia feliz. Vestia um vestido comprido branco de renda feito à mão e estava descalça.

Brincava em um canto com bonecas de pano.

Minha avó me olhou por um momento. Ela sempre me adorou, mas tinha vezes que me olhava como se eu não tivesse nada dela, e isso a magoava.

Sorri pra ela com minhas covinhas, ela sorriu de volta.

-Elizabeth, busque flores pra mim? Quero presenciar-las... um ultima vez... – ela disse, como era pequena não prestei muita atenção e corri pro campo.

Andei até exatamente o meio do campo, e peguei varias flores, a plantação de minha avó não eram só rosas, eram milhares de flores diferentes, e peguei o Maximo que pude, enchendo meus braços com flores multicoloridas e delicadas.

Corri toda alegre e sorridente pra casa.

Pra mim vovó estava dormindo.

Cheguei sorrindo pra ela e deixei as flores perto dela.

-Vovó, as flores vovó... vovó? Vovó? Vovó responde? – disse sacudindo seu braço, ela continuou com a cabeça abaixada.

Ouvi o barulho do carro, o carro da mamãe, ela tinha vindo me buscar.

Ela saiu do carro, pegou bolsa e veio na minha direção.

Minha mãe era linda. Tinha longos cabelos louros que brilhavam ao sol, sua pele era branca mas não tanto, era muito alta, serio alta mesmo, eu parecia uma bonequinha perto de minha mãe, seus olhos eram azuis, mais um azul tão lindo que faria qualquer um ter inveja, minha mãe era um musa de tão linda, tinha aparência um pouco seria, seu nariz era reto e meio empinado, a fazendo parecer um pouco esnobe.

Hoje seu cabelo estava preso em um elegante rabo de cavalo, usava um vestido daqueles beemmmmmmmm compridos que vão até o tornozelo de cores alegres e profundas e era aberto atrás, os óculos de sol não deixavam parecer seus lindos olhos. Ela parecia pronta pra uma tarde na varanda da casa da minha avó.

-Oi minha linda. – disse ela me pegando no colo. Quando eu era pequena era de totalmente difícil comunicação. Não falava quase nada, preferia mostrar o que sentia com gestos e os olhos.

Então só foi mandar um olhar confuso diferente pra minha mãe que ela entendeu tudo.

-Como assim Lizie? (era assim que ela me chamava)

Mandei outro olhar pra ela. E ela fechou o sorriso e correu até a varanda. Vovó ainda dormia (pelo menos pra mim na época era isso).

-Mãe! – gritou mamãe me colocando no chão e correndo pra vovó.

Ela começou a chorar e pegou a cabeça de minha avó com as mãos. Seus dedos eram longos delicados e a unha bem feita.

-Mom! – continuou a gritar.

Ela começou a chorar em outras e a gritar em outras línguas, grego Frances e latim. Latim e grego eu não entendi o porque, mais Frances por causa de nossa família, eles vieram da frança.

-Elizabeth! Remontant à l'intérieur de la maison ! – Gritou ela pegando a bolsa. (Elizabeth! Vai pra dentro da casa!)

Eu não entendendo a situação entrei. Minha mãe deu um ataque por que minha avó dormiu na varanda. Que foi? Agora é crime uma velhinha dormir do lado de fora da casa?

Entrei na casa e sentei no sofá pra assistir desenho.

Ouvi minha mãe conversando com alguém pelo telefone gritando e chorando.


-Jeremy, mort de ma mère ce! Appeler quelqu'un ! Je suis avec Elizabeth dans sa maison ! Avertir la famille et une ambulance ! (...) Si j'ai raison ? Mort ma ce des mère ! Commentaire pensez-vous que je serais ? (...) Je ne Restez calme ! (...) Elizabeth n'a rien à voir avec elle ! Les sérums dès que je suis ici avec elle ! (...) Ora ! Comme elle est morte ? Et vous pensez que je sais ? Je suis arrivé juste ! Elizabeth était confuse, pourquoi elle n'est pas réveiller ! Elle ne comprend pas que la grand-mère die juste ! Non ! Elle ma fille n'est pas son Jeremy ! Elle va rester ici avec moi tout le temps ! Je ne suis pas histerica ! Je peux prendre soin de ma fille! – ela gritou rapido e em frances que quase não pude ouvir nada.

Ela quis dizer isso :

-Jeremy! Minha mãe esta morta! Chame alguém! Eu estou com Elizabeth na casa dela! Avise a família e uma ambulância! (...) Como eu estou? Minha mão morreu! Como você acha que eu estaria? (...) Eu não vou ficar calma! (...) Elizabeth não tem nada a ver com isso! Vai logo que eu fico aqui com ela! (...) Ora! Como ela está morta? E você acha que eu sei? Acabo de chegar! Elizabeth não entendeu por que a avó dela não acorda! (...)! Não! Ela é minha filha não é sua Jeremy! Ela vai ficar aqui comigo o tempo todo! (...) Eu não sou histerica! Eu posso cuidar da minha filha!

É, eu entendo Frances. E o Jeremy era o melhor amigo da minha mãe. O drogado, morreu de overdose um ano depois.

Depois de algum tempo, levaram o corpo de minha avó. Mamãe ficou chorando.

Mas antes de colocarem o corpo no carro, uma carta caiu da roupa dela.

Mamãe a pegou. Seus olhos se arregalaram.

E levaram o corpo.

Minha mãe se trancou no escritorio.

Fiquei na porta tentando ouvi-la.

Percebi que estava falando com alguem que eu não sei quem era.

-Você me deu para cria-la! E não vai tira-la de mim!

-A hora vai chegar, você sabe disso, ela não aguentara ficar muito tempo longe da menina. – era uma voz grave e de homem.

-Por que? Ela deu ela pra mim! Pra mim! Não a criou! Eu fiquei com ela!

-Mais ela a quer de volta, e logo. Sua mãe sabia que esse dia chegaria!

-Foi ela que matou a minha mãe não foi? Só por que eu fiquei com a menina e não ela?

-Não. Ela não seria capas de matar a sua mãe. Um dia Elizabeth irá descobrir o que ela realmente é! E você não podera mudar o destino dela Mirela!

-Mais ela é minha!

-Não! Ela é minha. E você sabe disso.

-Nunca a entregarei!

-Então você sofrera as consequencias se não entrega-la em 2 anos.

-Nunca a entragarei a você! Ela é minha! E sempre será minha!

-Então você sofre hoje, e sofrera pela eternidade, a morte de sua mãe é só o começo de tudo o que vai acontecer se você não entrega-la.

-Não!!! – gritou ela.

Com esse grito de minha mãe eu sai correndo de medo e voltei para varanda.

Me lembro de cada detalhe do funeral, minha avó não tinha ninguem alem de minha avó. Eu ainda não entendia nada.

Minha mãe estava em volta do cachão chorando muito, o cabelo longo estava solto, usava um vestido preto que ia até os joelhos e um casaco de couro por cima.

Eu, usava uma roupinha toda formal, de veludo preto com um sapato preto com meias calças finissimas branca, minha mãe fez dois raboz e prendeu com um laço discreto preto que caiu bem nos meus cabelos castanhos encaracolados.

Fiquei andando entre as pessoas de preto, até que cheguei até um jardinzinho.

Não havia ninguem alem de mim.

Então me sentei em um banco de pedra de baixo de uma arvore. Deixei as lagrimas rolarem. Mesmo sendo criança, entendi que vovó não voltaria mais. E isso doía demais.

Fiquei ali por algumas horas. Até que uma mulher apareceu. Era linda. Com cabelos longos compridos castanhos e encaracolados nas pontas. Era alta, e com aparência de ser uma pessoa seria. Usava um vestido bem diferente dos das outras pessoas que eu tinha visto hoje, ela usava um vestido que ia até o joelho, parecia que as cores do tecido mudavam com a luz do sol, usava um sapato branco de salto agulha, e sorriu pra mim.

-Não vai ficar triste pra sempre Elizabeth.

-Quem é você?

-Talvez um dia você descubra...

Ela se sentou do meu lado do banco e me colocou em seu colo. Começou a cantar uma musica calma e bonita, me deixei levar e me reconfortei, ela passava a mão por meus cabelos como se eu fosse minha mãe.

Eu conhecia essa mulher.

(...)

A imagem se desfez. Acordei em cheia de dor na cabeça.

-Ah você acordou meu bem! – gritou uma voz de mulher feliz. Eu estava em uma cama de lençóis brancos e extremamente macios e confortáveis, era um quarto também todo branco, com uma janela no canto, era dia, e um dia agradável, as cortinas voavam ao vento, ouvi o barulho de sinos de vento por perto, aquele barulho sempre me acalmou. Parecia aquele cenário do filme do senhor dos anéis, a morada dos elfos.

Levantei minha cabeça, ela doía pra cacete.

-Ai!

-Não Elizabeth! Não faça isso! Vai se machucar.

Não dei atenção.

-Você é igual ao seu pai. Nunca me ouve.

Me virei pra vê-la.

-Quem é você?

-Oras, sou a sua mãe.

-Você é o que?!

-Você sabe que é Elizabeth, você sabe que é.

-Bem... Não é normal dizer que é minha mãe de uma hora pra outra!

-Ah! Desculpe. Mais você precisa saber. Tudo esta de cabeça pra baixo no Olimpo ,sabe, estamos nos preparando para a guerra.

Olhei novamente para a mulher. Agora era obvio que ela era minha mãe, tinha os mesmos olhos, a mesma pele, o mesmo cabelo, e a mesma expressão de tédio com sabedoria.

-Por que mentiram para mim dizendo que minha mãe era a Mirela?

Ao contrario de algumas pessoas, eu não surto quando descubro segredos importantes (Lê-se Alice)

-Por que quando você nasceu, estávamos enfrentando uma era de medo no Olimpo, uma era de crises, tudo estava ameaçado, não era por causa de Cronos, ele era o menor problema, a guerra está só para começar, e por segurança nós te escondemos, não sei onde seu pai arranjou Mirela, mais ele me fez te entregar para ela. Desculpe filha... Não se esqueça, eu só fiz isso por você. Por que te amo. Agora vá. Quando acordar, saberá o que aconteceu com você. E esquecera do sonho que teve sobre a guerra.

-Mais por que?

-Por que é preciso.

-Mas quem é você?

-Acho que você sabe.

E com isso eu acordei. Na enfermaria com metade dos meus amigos a minha volta.


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Notas finais do capítulo

Já tem ideias de quem é a mãe da Elizabeth?
Acho que deixei até obvio, obvio até d+ ~~