Entre Heróis e Monstros escrita por LadyChase


Capítulo 11
Decisões difíceis. Missões impossíveis


Notas iniciais do capítulo

é agora que a aventura começa



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Pov Alice

Finalmente meu chalé ficou pronto.

E não preciso dizer que ele é maravilhoso.

Meus amigos me ajudaram a levar minhas coisas pro chalé.

Ele ficava um pouco mais afastado do que os outros.

O chalé era todo de pedra com um jardim do lado de fora, ele fazia um estilo medieval. O beiral das janelas eram de madeira negra. Por dentro tinha algumas camas e um sofá, as camas eram da mesma madeira da janela só que tinham flores de ferro trançando-as. Também avia uma lareira calorosa.

As prateleiras tinham varias coisas, como livros de mitologia Celta( Amo mitologia Celta) miniaturas de dragão, portas retratos com fotos de 2 crianças brincando ou rindo e fazendo pose.

Cheguei mais perto das fotos.

Dei um sorriso emocionado. Dessa vez eu não chorei.

Lógico que aquelas duas crianças eram eu e Belina.

-Essa é a Belina? – perguntou Nico.

-É, e a menina esquisita no canto sou eu.

Era verdade. Eu era estranha quando era pequena. Tinha pele de mármore e meu cabelo era meio arruivado.

-Você não era feia Alice.

Eu sorri. Nico sempre tentando me animar.

-Mas eu era esquisita. E acho que continuo sendo.

Eu sorri.

Meu chalé é magnífico.

Parece que é meio conto de fadas. Era o tipo de lugar onde você poderia encontrar um unicórnio comendo as flores da floreira. Ou a bela adormecida dormindo em sua cama.

Brieta que até agora estava em meu colo pulou e foi brincas com as coisas do Chalé.

Fenxis continuou no ombro de Elizabeth, já Layla foi brincar com Brieta.

-Por que você também não vai brincar Fenxis? – perguntou Ely

Elizabeth sorriu com a resposta de Fenxis.

Depois que meus amigos foram embora eu fiquei admirando meu chalé.

Na porta o sino de vento fazia o lugar ficar mais calmo.

Brieta estava em um canto quase dormindo.

-Obrigada mãe. – murmurei

O fogo ficou mais caloroso.

Tentei assimilar os fatos da minha vida.

Eu sou filha da própria Terra. Meus irmãos são Titãs. Meus sobrinhos são os Deuses. E boa parte dos meus amigos são meus sobrinhos netos.

Isso era estranho. Muito estranho.

De repente ouvi um barulho.

-Olá Alice.

Me virei pra ver quem era.

-Lorde Hermes.

Eu sabia que era ele porque avia algumas pinturas de Deuses e Titãs no chalé.

-Alice o motivo porque eu estou aqui é o seguinte: Você tem que saber da profecia.

-Que profecia?

-A sua. Os Deuses estão com problemas a meses e só agora resolvemos dar a missão para o meio sangue escolhido.

-Eu?

-Você é filha de Gaia. Ninguém melhor do que você para liderar a missão. Primeiro de esse recado a Quíron. Não posso dar pessoalmente.Tenho outra entrega.

Hermes não vai nos apresentar pra ela?

-Ou! Mil desculpas. Alice estes dois aqui em meu caduceu são George e Marta.

Ele apontou para as pequenas cobrinhas no caduceu.

Olá Alice sou Marta!

-Muito prazer Marta.

Eu sou George. E a propósito... Você tem um rato ai?

Ora George não seja mal educado!

Sem ter tempo pra ratos é triste! O garoto Jackson ainda me deve um rato a quase 5 anos!

-Eu prometo que vou tentar de dar um rato George. Pra compensar o erro do Percy. – prometi a George

Essa ai tem atitude!

-Chega de conversa. Adeus Alice.

Adeus querida! – despediu-se Marta

Adeus senhorita – George despediu-se educadamente. – Não se esqueça do rato...

George!

Acho que preciso arranjar um rato pra ele.

Desviei os olhos no momento em que Hermes se transformou em sua verdadeira forma.

Não pensei duas vezes e fui correndo atrás de Quíron.

Ele estava trinando alguns campistas novos.

-QUÍRON!!!!!

-O que foi criança?

-Hermes acabou de ir ao meu chalé! E disse que eu precisava da profecia! – despejei aquilo de uma só vez. Mas Quíron entendeu e arregalou os olhos.

-Ah Meus Deuses! A situação esta piorando! Vá para casa grande! Eu vou chamar os outros!

Eu não esperei. Sai correndo e parei na porta da casa grande.

Depois de alguns minutos todos os lideres dos chalés estavam em circulo discutindo.

Estava uma gritaria danada

-Calem a Boca! – gritei. No mesmo minuto todos se sentaram.

-Dessa vez a situação é a pior de todas!

-O que aconteceu Quíron? – perguntou Annabeth.

-Um poder muito antigo foi roubado.

-Não me diga que foi a merda do raio de Zeus de novo?! – gritou Percy.

-Não Percy. Foi algo muito mais poderoso. Algo mais antigo que os Deuses. Na verdade ele não foi roubado. Ele já estava desaparecido há anos. Só que se cair em mãos erradas pode ser o fim do mundo.

-Mas o que é isso?

-Os 4 signos.

-O que?! – eu gritei desesperada. Eu conhecia a historia – isso não é possível! Os quatro signos pertenciam as bruxas celtas!

-É possível sim. Você conhece a historia Alice?

-Conheço. Eu sempre gostei de mitologia celta.

-Conte.

-A muito tempo no começo da nossa galáxia existia uma dimensão chamada Gondor. Era um lugar onde moravam as bruxa, magos, hobbtis, elfos e outros seres. Foi criado por algum poder os 4signos. Cada um tinha um poder diferente.

O quarto signo era a sabedoria, ele era capaz de dar toda sabedoria existente a quem o possuísse e soube-se usa-lo.

O terceiro signo era o amor, ele servia para fazer amar ou acabar com o amor.

O segundo signo eram as trevas, esse sem duvida era o pior de todos. Pois ele servia para matar.

E o primeiro signo... Era a luz. Ela podia trazer paz alegria riquezas para o coração e a alma do homem.

Eles formavam os 4 signos. E juntos faziam de seu dono o senhor dos senhores.

Mas seus criadores foram traídos. E a própria mãe Terra mandou esconde-los.

Ninguém sabia exatamente do que era feito os signos.

Mas acreditava-se que a sabedoria era feita de pó de ouro.

O amor era feito de estrelas. As trevas eram feitas de pedras antigas. E a luz acredita-se que era feita  da alma de seu criador.

Ninguém nunca mais viu os signos. Foram tão bem escondidos   

que nem quem os escondeu sabe onde estão.

Terminei a narrativa da historia com cabeça abaixada.

-Como você sabe dessa historia Alice?

-Meu pai me contava essa historia todos os dias antes de dormir. Por isso eu gosto de mitologia Celta.

-Mas exatamente o que devemos fazer?

-Alguém esta atrás deles. Quem eu não sei, mas se encontrar ele poderá ter todo o poder do mundo. Inclusive o poder do Tártaro. – informou Quíron.

-Ele vai poder abrir o Tártaro?! – de repente isso me ocorreu

-Exatamente. E isso não seria nada bom. Tudo o que esta no Tártaro poderá sair.

-Cronos – Percy encarava a mesa e não olhava pra ninguém

Quíron suspirou.

Annabeth estava quase chorando.

-Se Cronos sair de novo, o Luke morreu por nada.

-Pensei que você tinha esquecido ele Annabeth?!

-Para de ciúmes Percy! Ele era como meu irmão!

Clarisse e os outros lideres de chalés ainda estavam quietos.

-Mais o que vamos fazer para impedir isso?

-Vamos mandar campistas atrás deles. E nós já sabemos quem irá liderar essa missão.

Todos olharam pra mim.

-Ah que ótimo estou super entusiasmada pra morrer – murmurei baixo o bastante pra ninguém ouvir.

-Chamem a Rachel por favor.

Depois de alguns minutos Rachel apareceu.

-Como encontro os signos?

Rachel dobrou o corpo pra frente e começou a falar:

Ao berço da civilização 14 irão.

A morte 2 enfrentarão.

O segundo irão achar onde muitos chamam de lar.

Um exercito ira se formar.

O mau  irão destronar ou ajudar.

O terceiro estará mais perto do que imaginar.

O ultimo é impossível de achar.

Rachel levantou a cabeça

-Ajudei?

Eu não disse nada. Dois de nós iriam morrer. E eu não podia achar o ultimo.

-Alice quem você vai levar?

-Elizabeth, Miranda, Annabeth, Túlio, Demétria, Nico, Nickolas, Diego, Rafa, Julieta, Katherine,Thalia – parei tinha chegado ao numero de 13. Olhei pro Percy com uma cara travessa, ele estava com uma cara de cachorrinho pedindo comida, é lógico que ele queria ir – deixe-me ver... – Percy estava ficando vermelho, olhei pra Clarisse ela entendeu. Eu sei que ela não queria ir, mas ela ia me ajudar aprontar pro Percy – Que tal... Cla... – ele baixou os olhos, Annabeth começou a rir – Percy.

Ele quase caiu da cadeira (ta ele caiu)

-Esta decidido, todos concordam em ir com Alice?

Todos concordaram.

-Eu acho essa missão arriscada. 14! É muita gente! Nunca passa de 5 pessoas! – Quíron estava realmente preocupado.

-Onde nós vamos primeiro? – perguntou Percy

-Dã! Em Atenas jumento! – eu Annabeth Demi falamos ao mesmo tempo – o berço da civilização! – completou Demi.

-O problema é como vocês vão pra lá.

-Eu cuido disso – eu e Percy falamos ao mesmo tempo.

Eu odeio quando isso acontece!

-Eu! – repetimos de novo.

-Ah que droga! – repetimos juntos

-Tudo bem então você! – e de novo...

-Não,você! – e adivinha! De novo!

-Calem a boca! Vocês vão me deixar loucos! – Gritou Túlio – tem certeza de que vocês não são irmãos?

-Não! – gritamos juntos.

Olhei pro Percy brava e ele olhou pra mim.

Túlio e os outros começaram a rir.

-Tudo bem cabeça de alga! Você cuida disso!

Ele assentiu e saiu.

-Vocês partem pela manhã se Percy der um jeito. Quanto antes melhor.

Sai da casa grande.

Quando cheguei ao meu chalé me recusei sair pra qualquer coisa.

Até pra jantar.

Arrumei uma mochila com tudo o que precisava.

E peguei uma foto da prateleira. Nela estava eu e Belina brincando no quintal de casa. Não sei como minha mãe conseguiu a foto, mas eu agradeci do mesmo jeito.

Peguei a foto e deitei na cama. Comecei a chorar; lagrimas de culpa.

-Desculpa Belina. – meu pedido era desesperado

Continuei chorando o resto da noite.

Não dormi direito. Fiquei prestando atenção nos detalhes do quarto, como nos pequenos enfeites de dragão no teto. Ou nas cômodas negras.

O que me fez dormir foi o som do sino de vento do lado de fora, ou o cheiro das flores.

Comecei a sonhar aquele sonho de novo.

Eu estava voltando pra casa( ou melhor a manssão do meu pai) a casa me lembrava meu chalé: estilo medieval.

Entrei dentro de casa.

-Papai cheguei!

Joguei a mochila de lado e me olhei no espelho, sempre odiei minha aparência, eu era muito pálida, parecia um fantasma.

Andei pela casa, foi a cozinha peguei um biscoito de chocolate e procurei por meu pai.

Quando chego na sala o vitral estava estilhaçado os móveis estavam jogados por todo lado, levei um susto, senti as lagrimas lutando pára não descer. Meu pai estava em cima do tapete vermelho no centro da sala, estava ensopado de sangue.

-Pai! – gritei me jogando ao seu lado.

-Você parece tanto com a sua mãe... Annabelle... Minha pequena Annabelle...

-Papai! – gritei desesperada.

-Calma filha, eu te amo, vai dar tudo certo. Cuida da Isobel. Não tenha medo de nada filha. Você é a escolhida.

Ele passou a mão em meu cabelo e sorriu fraco.

-Annabelle... A minha pequena e corajosa Annabelle...

E não falou mais.

Comecei a chorar.

-NÃO! PAI EU NÃO POSSO TE PERDER! 

A imagem dissolveu

Eu estava no orfanato. No meu primeiro orfanato.

Belina estava na cama brincando e falando do natal.

-Belina para de pular na cama!

Ela não me ouviu

-Para logo!!

Ela continuou pulando

Fui até ela e a tirei de lá

-Fique quieta. Vou rapidinho lá fora e volto já. Se você estiver pulando...

Sai do quarto e fui ao quarto de Isabella, uma amiga minha, tinha deixado meu caderno com ela ontem.

Entrei em seu quarto.

-Oi Alice. – não deixava mais ninguém me chamar de Annabelle desde que meu pai morreu. – veio buscar seu quarto não é? Desculpe, acho que o deixei no jardim quando fui procurar você ontem.

-Ok. Vou La buscar.

Desci as escadas de pedra do orfanato e passei pelo portal negro que separava a que um dia foi uma hospedaria para o jardim.

Meu caderno estava em cima de um banco aberto. O fechei vagarosamente. Foi quando eu ouço uma voz me chamando.

Annabelle! – foi quase como um sussurro.

-Tem alguém ai? – perguntei, não ouve resposta. Achei que tinha imaginado aquilo e andei mais dois passos em direção ao portal.

Annabelle... A voz me chamou de novo. Só que desta vez eu levantei a cabeça assustada. Corri feito uma condenada de volta para o quarto.

Foi como se eu pressentisse alguma coisa.

A porta do dormitório estava entreaberta. Fiquei com medo de abri-la, estava tudo muito quieto.

Coloquei minha mão sobre a porta e a abri de vagar.

Quando entrei no quarto Belina estava deitada no chão. O fantasma de seu ultimo sorriso ainda estava estampado em seu rosto. Só deu tempo de eu colocar a mão sobre a boca para abafar meu grito.

-Não! Belina!!! Eu prometi pro papai que ia cuidar de você! Não faz isso comigo por favor!!!

E aquele dia marcou minha vida pra sempre.

A imagem se dissolveu de novo

Agora eu estava no cemitério.

Eu estava com um vestido preto de renda e um véu caia sobre meu cabelo

Uma enorme floresta se erguia atrás de mim, e uma lago de água cristalina corria entre os túmulos.

Olhei para os dois lados. E como a idiota que sou, escolhi a floresta. Caminhei pelas folhas secas, não sei exatamente por quanto tempo andei. Pareceu que andei por horas, dias, semanas... Anos... séculos...  Quando andei o Maximo que qualquer um podia sabia que estava no meio do caminho. Forcei meu corpo a andar por mais tempo. Perdi a noção de tudo. Não sabia por que estava ali, que horas eram, por quanto tempo andei ali, e quem eu era.

Cheguei a uma pequena campina bem no meio da floresta, A única planta que crescia alem da grama era um velho carvalho, parecia aquelas cenas de filme mágico, parece que a qualquer momento você ia ver uma fada sair do tronco da arvore. Ou até mesmo um mostro sair de trás das arvores, e uma bruxa com sua vassoura sair do meio das arvores e ir para seu chalé no meio do nada (tenho imaginação fértil não?). mais não era nada disso. O que antes parecia um lindo conto de fadas se tornou filme de terror. O clima mudou. Tudo ficou mais escuro. E uma sombra se mexeu atrás do carvalho. Ignorei o extinto de correr, e andei silenciosamente até a arvore.

Uma menina mais ou menos da minha idade saiu de trás da arvore com um sorriso estranho.

Tinha cabelos castanhos e olhos violeta

-Quem é você?

-Esta quase na hora. Logo você vai saber. Eu estava com saudades.

Acordei gritando.

Esse foi pior do que da ultima vez.

Já era de manhã. Sai do meu chalé e fui pro pinheiro da Thalia com brieta no colo. Nem pensar eu ia deixa-la sozinha.

Elizabeth e Miranda fizeram o mesmo. Layla e Fenxis estavam junto com elas.

-Tudo pronto? 

-Tudo. Só precisamos ir ao Olimpo primeiro – me informou Annabeth.

-Ao Olimpo?!


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