02 Medindo Forças escrita por Sereny Kyle


Capítulo 1
One-shot




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Yamato Kudou andava sorrateiro pela noite mal iluminada em direção ao seu objetivo: uma grande mansão de um poderoso chefe da máfia japonesa que tinha em seu poder uma das preciosas relíquias do antigo império há muito escondida na Cidade Perdida.
Porém, ele não imaginava o que o aguardava e quando estava uns cinqüenta metros dos portões encontrou uma garota parada que não pareceu surpresa em vê-lo.
—- Yamato Kudou! Eu sabia que não demoraria muito para o serviço de recuperação chegar aqui! – Tay estava encostada na parede e olhava Yamato se aproximar.
—- Tinham me alertado que um serviço de espionagem estaria por aqui, mas eu não pensei que seria só uma garota! – Yamato parou, as mãos nos bolsos e um sorriso arrogante.
—- Eu sinto muito, mas eu não posso deixá-lo passar daqui. Seu serviço já acabou, recuperador.
—- Eu tenho uma recuperação a fazer e não será você que irá me impedir.
—- Espero que você seja habilidoso, então, Sr. Yamato! Porque quando eu digo que não vai passar daqui é porque não vai!
—- Espero que você seja habilidosa porque não será fácil me impedir de fazer o meu trabalho.
—- Muralha de fogo! – e obedecendo ao grito de Tay, uma grande parede de fogo cresceu entre os dois fazendo Yamato recuar vários passos surpreso.
—- Perfume de aceleração! – e aspirando uma grande quantidade de perfume, Yamato atravessou com grande velocidade a muralha de Tay.
— Chuva de fogo! – fazendo desaparecer a muralha uma chuva de fogo começou a perseguir Yamato, chamuscando suas roupas e cabelo. Yamato corria de um lado ao outro pra fugir do fogo e chegando perto de Tay, conseguiu acertá-la fazendo Tay cair com violência no chão.
—- Particularmente nunca tive nada contra recuperadores, mas se eu permitir que faça o seu trabalho, não poderei fazer o meu! – Tay se levantou com a mão na cabeça sentindo a dor da colisão contra o chão.
—- Seu serviço nada tem a ver com o meu!
—- Mas para que o meu serviço seja feito, tem de ser feito na surdina, sem chamar atenção! E vocês recuperadores tem fama por chamar muita atenção!
—- Lamento! Mas também temos fama por cumprir nosso serviço até o fim! Não importa quem se meta em meu caminho, mesmo que seja uma garota!
—- Se não quer piorar seus ferimentos, não deve subestimar esta garota! Eu sei fazer muito mais do que lhe mostrei até agora.
—- Talvez outro dia. Agora eu tenho um serviço a fazer! Não importa quais problemas irá me causar.
Yamato correu em hipervelocidade, mas Tay o alcançou e, com o punho em chamas, ela o atirou pra longe.
—- Você é rápida, brinca com fogo e é forte! Até me lembra o Ban! Mas eu não me divirto tanto quanto ele ao me deparar com um oponente difícil. E já que pode se defender tão bem, talvez não precise ser tratada como uma garota!
Tay correu em direção a Yamato e ele segurou seu braço antes que ela o atingisse e a segurou com força com os pés no ar.
—- Lamento por isso, gracinha!
—- Pois eu não! – a mão esquerda de Tay se acendeu assim como a direita e golpeou Yamato, o fazendo soltá-la e antes que ele pudesse levantar, ela o cercou com um círculo de fogo talvez mais espesso do que sua muralha.
—- Vai me deixar aqui pra morrer? – ele gritou vendo que ela se distanciava.
—- Tiro você quando terminar o que vim fazer!
Yamato, porém, não esperou que Tay saísse e fez tentativas incansáveis de ultrapassar sua cela de fogo fazendo horríveis queimaduras por todo seu corpo e piorando os ferimentos. Depois de algum tempo, seu corpo já não reagia mais e o ar estava difícil de respirar, ele via o ar rarefeito fazer espirais em direção as estrelas ofuscadas pela fumaça, quando ouviu sua carcereira retornando.
—- Tire-me daqui – mal pode ouvir a própria voz, lhe faltavam forças até pra falar. Ele viu um sorriso diabólico passar o rosto de Tay quando ela parou a frente do portão e abaixou-se com as mãos nos ouvidos antes da mansão explodir.
O círculo de fogo se apagou como se nunca tivesse existido, o ar voltou a se respirável e, depois de ter recuperado um décimo de sua força, Yamato avançou para ela e agarrou seu pescoço com fúria entre as duas mãos. Tay foi ficando sem forças para reagir, mas Yamato tornara a perder as suas e cair no chão.
—- Sua piromaníaca! – ele resmungou.
—- Devia me agradecer! Você morreria se entrasse lá, eles estavam...
—- Cale a boca, sua espiãzinha asquerosa! Eu espero que você seja a última dessa escória que vocês são que eu veja!
Tay não soube o que responder, as palavras ásperas de Yamato surtiram um efeito terrível na garota.
—- Pois ainda ouvirá falar de mim, Yamato Kudou! Ouvirá falar de Tay Kamurato!
—- Em seu obituário, eu espero!
Os olhos de Tay faiscaram como duas labaredas, ela produziu uma bola de fogo e atirou contra Yamato, ele desviou, mas um pedaço de seu rosto ficou em carne viva. Sem poder se levantar, ele a viu virar de costas e ir embora.
Quase se arrastando, Yamato retornou ao local aonde tinha combinado encontrar Ban Midou.
—- O que aconteceu a você, Yamato? – Ban correu até o amigo e o amparou antes que ele caísse no chão, fraco demais para continuar. – Não encontrou a relíquia? Estavam bem preparados? Você parece que foi colocado na brasa!
—- Espiã – Yamato não conseguiu pronunciar mais nada, sua garganta estava seca, seus ferimentos ardendo, suas forças se esvaindo.
Ban sentou Yamato e lhe deu água. Depois de algum tempo em silêncio, ele pode terminar o que dizia:
—- O serviço de espionagem do qual fomos alertados estava lá.
—- Tinham muito deles, Yamato? Quantos eram?
—- Só uma.
—- Uma? Era uma garota?
—- Tay Kamurato.
—- Não pode ser. Como ela fez isso sozinha?
—- Ela pode controlar o fogo. Esteve prestes a me matar.
—- Quer que eu vá atrás dela? Comigo ela não...
—- Não, Ban! Que isso nos sirva de lição! Com espiões não se brinca! De agora em diante, devemos evitar qualquer encontro com espiões.

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Notas finais do capítulo

mereço reviews?



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