Herois do Olimpo - a Profecia. escrita por whitesparrow, Equipe Os Imortais


Capítulo 8
VIII. O Templo Esquecido.


Notas iniciais do capítulo

Oi semideuses! Como vocês estão?
Bem, podem bater palmas, eu só me atrasei três dias - três dias com uma boa justificativa.
Bom, primeiro, o Nyah! não estava abrindo no Google Chrome, o que me estresso bastante já que no computador do mercado (sim, meu pai é dono de um mercado) só tem esse provedor u_u E o Nyah! estava abrindo apenas no Mozilla, e o Mozilla eu só tenho no meu notebook. E meu notebook resolveu desligar sozinho toda vez que a bateria esquenta demais. E eu estou triste agora.
De qualquer forma, consegui postar só hoje porque o Nyah! resolveu cooperar e abrir no Google Chrome D: Acho que as orações que eu e a Wendy (minha leitora meio-sangue que é minha meia-irmã por parte de Zeus) fizemos esse final de semana.
Enfim, boa leitura!



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Annamar Grace.

Eu estava no alto da Colina Meio-Sangue, quando Mateus, Tayla e Rodrigo deram o ar de sua graça.

— Onde está Vinicius? – perguntei, exasperada. Coloquei minha mochila aos pés do Pinheiro de Thalia e me reencostei no tronco.

— Acabei de acordá-lo. – Mateus disse sério e revirou os olhos do mesmo jeito que Nico.

Uma luz brilhou perto de nós, mas tínhamos certeza de que não era o sol ou Apollo em seu carro. Os campistas fecharam os olhos e Annabeth apareceu ao meu lado, brilhando em sua verdadeira forma.

— Todos prontos? – ela perguntou assim que ficou em sua forma humana. Ela não estava muito diferente de mim. O short e o tênis eram iguais, mas a sua camisa era cinza claro como seus olhos e tinha o desenho de réguas, compassos e lápis. Era sua camisa de formandos da faculdade de quase 13 anos atrás. Nas suas costas uma mochila parecida com as nossas.

— Essa é velha, não? – eu disse rindo e ela revirou os olhos, sorrindo.

— Muito engraçada, Grace. – ela disse.

Vinicius vinha aos tropeços. Ele carregava a mochila no braço e seu rosto estava todo amassado.

— Já não era sem tempo! – Tayla disse, parecendo ansiosa com a possibilidade de sair do Acampamento pela primeira vez em anos. – Vamos!

— Esperem um pouco mais! Temos que dar carona a alguns outros campistas. – Annabeth disse, olhando. Saindo da Casa Grande rapidamente, vinha Manuela, Alexander, Lendon e Gabriella.

— Que sensação de Dejavu! – eu disse, cruzando os braços.

— Faço das suas palavras as minhas. – ela disse, movendo a cabeça para frente e para trás, fazendo com que seus cachos caíssem ao redor do seu rosto.

— O que isso lembra a vocês? – Rodrigo perguntou totalmente curioso. Revirei os olhos. Ele definitivamente era filho de Atena.

— Ele parece com você, sabia? – provoquei Annabeth. Ela me mandou um olhar zangado.

— Eu não vou te falar nada Annamar. – ela cruzou os braços e mudou o peso para a outra perna.

Ficamos em silencio por mais alguns minutos, até que os quatro nos alcançaram. Eles estavam um pouco vermelhos pela corrida.

— Ok. São exatamente... – eu olhei para o relógio em meu pulso. – 5h45min. Argos nos deixará na rodoviária bem a tempo de pegarmos o ônibus para a saída de Nova York.

— E quanto a nós? – Lendon quis saber, ainda sonolento.

— Percy e Nico pegarão vocês na rodoviária. Esperaremos por eles. – Annabeth disse enquanto pegava seu boné da invisibilidade da mochila e o prendia no short. – Vamos! Argos está nos esperando.


Chegamos a rodoviária um pouco antes das 6h15min. Ela já estava lotada de pessoas, então Argos demorou uns bons 5 minutos até achar um lugar para estacionar a van. Descemos tão rápido quando as pessoas permitiam. Elas impediam a abertura das portas, então gastamos mais uns 3 minutos até que uma boa parte delas passasse.

— Certo. Tentem achar uma Masserati azul. – eu disse, ajeitando minha mochila nas costas.

— Uma Masserati azul? – Lendon perguntou com os olhos brilhantes. Revirei os olhos.

— Percy é fanático por Masseratis... E coisas azuis... E Annabeth. – eu disse, rindo. Ela rolou os olhos.

— Concordo totalmente com você, querida. – uma voz bastante conhecida disse atrás de nós.

Viramos rapidamente e nos deparamos com um Percy sorridente e Nico com sua habitual mascara de seriedade.

— Então, o que você dizia? – Percy perguntou me olhando, enquanto girava a chave nos dedos. Ele usava uma bermuda jeans, camisa branca de botões e all star preto.

— O quão idiota você é. – eu disse, lançando-lhe um olhar penalizado. Nico riu.

— Lamento ter que discordar. – Annabeth disse com um risinho.

— É claro que você discordaria. – Nico disse, colocando as mãos nos bolsos da calça jeans escura. Ele usava uma camisa preta com o desenho de um esqueleto e o também all star preto. Não sei por que, mas aqueles tênis pareciam tão ligados a nossa vida mortal. Ri mentalmente.

— Eu juro que tentei fazer ele se parecer com um meio-sangue normal, mas ele se recusou a colocar bermuda. – Percy disse exasperado. – Mas isso é só questão de tempo. Teremos uma longa missão pela frente. Muitas calças podem ser picotadas durante o caminho. – ele disse, erguendo as sobrancelhas. Nico revirou os olhos e deixou uma alça da mochila cair.

— Certo, podemos ir? – eu perguntei, analisando o relógio. – Nosso ônibus já ira sair.

— Certo, se cuidem! – Percy disse, abraçando Annabeth e dando lhe um beijo demorado. Desviei os olhos para Nico.

— Promete que vai se cuidar? – ele perguntou, duvida em sua voz. Ele colocou suas mãos em cada lado do meu rosto.

— Relaxe Nico. Dê-me um credito, sim? Eu já enfrentei coisas piores. – eu garanti, cruzando os braços.

— Sim, só que você e Annabeth não eram deusas e nem carregavam quatro meios-sangues com vocês. Sendo que três deles são dos Três Grandes. – ele disse, exasperado. Suas mãos caíram para meus ombros.

— Ainda sim sei me virar. Vamos nos sair bem! E além do mais, você está carregando mais quatro imortais perigosos em direção a Reia. Não é como se eu não me preocupasse. Você e Percy nunca foram muito espertos. – eu disse sorrindo.

— Certo! Você tem um ponto. – ele disse a contragosto, revirando os olhos. – Vou sentir sua falta!

— Eu também. – eu disse, o beijando. Foi lento e gentil, mas acabou antes do que eu queria.

— Eu te amo amor. – eu disse assim que nos separamos. Suas mãos deslizaram pelos meus braços e seguraram minhas mãos. Ele deu um pequeno sorriso.

— Eu também te amo querida. E nunca... Jamais se esqueça disso! – ele garantiu, beijando minha testa, ainda segurando minhas mãos. Eu concordei. Ele levantou o rosto e assobiou. – Mateus! Estou contando com você. – ele disse para o irmão e o mesmo concordou. Ele me olhou. – Certo. Vamos lá.

Ele nos arrastou até as crianças. Annabeth já despedia de Alexander. O garoto a encarava com grandes olhos verdes curiosos.

— Não acredito que vou te deixar ir novamente. – eu disse, segurando os ombros de Manuela. Eu a examinei.

— Fique tranquila mamãe. – ela disse como se tivesse realizando um sonho. Eu sorri. – Papai cuidará de nós.

— Ei, e o tio Perseu? – Percy disse eufórico. Ele parecia feliz ou até mesmo esperançoso de que tudo saísse bem.

— O tio Perseu também, embora eu não coloque muita confiança. – ela disse, fazendo uma careta. Percy reclamou, indignado. – Mas sairá tudo bem.

— Sei que sim. Eu tenho fé de que, pelo menos você, mantenha as coisas equilibradas. – eu disse, beijando sua testa. Percy reclamou novamente. Eu ri. – Eu te amo Manuela Grace Di Ângelo.

— Eu também te amo mamãe. – ela disse envergonhada.

— Certo! Agora vocês devem ir. – eu disse.

Prontamente, uma Masserati azul apareceu. Nico, Percy e as quatro crianças seguiram e entraram no carro. Com uma manobra rápida, Percy moveu o carro para a estrada e rapidamente sumiram.


O ônibus das 6h50min quase saiu sem nós. Foi com incrível agilidade que Rodrigo se lançou lá dentro, sendo nosso ingresso de entrada.

— Os deixe passar. Eu pago! – eu disse ao cobrador. Ele soltou um longo e pesado suspiro e deixou que todos passassem.

Ele era homem jovem de mais ou menos 25 anos. Era até bonito para alguém que trabalhava como cobrador de ônibus. Seus olhos reluziram como se dois ônix estivessem pregados.

— São... 240 dólares, senhorita. – ele disse, estendendo uma mão magra e bronzeada.

— O que? Mas nós apenas estamos indo para a saída da cidade. – eu reclamei, exasperada.

— Desculpe senhorita. Não sou eu quem faz as regras. – ele disse a frase decorada. Ah, ótimo! Eu nem mesmo podia matá-lo.

— Droga! – eu disse, jogando minha mochila para frente e tentando encontrar minha carteira. Eu tirei o dinheiro mortal de dentro da carteira e o entreguei. Ele me deu um sorriso totalmente branco. E novamente, eu achei errado aquele homem estar naquele serviço.

Rapidamente me movi para longe dele. Sentei-me ao lado de Annabeth enquanto as crianças ainda brigavam pelos seus lugares ao lado de quem.

— Eles não vão ficar quietos? – perguntei, observando de relance uma discussão de Mateus e Rodrigo.

— Eles já estão me dando dor de cabeça. – Annabeth disse, massageando as têmporas. Com um pouco de irritação ela olhou para trás. – Rodrigo, sente-se ao lado de Tayla agora! – Rodrigo olhou amedrontado e sentou ao lado da filha de Poseidon. – Mateus e Vinicius... Acho que não tenho que falar. – e eles sentaram-se atrás de nós.

— Belo comportamento esse seu. – eu provoquei. Ela me olhou como se quisesse me xingar, mas limitou-se a rolar os olhos.

— Não muito diferente do deles. Essa não é a intenção? Sermos meios-sangues? – ela perguntou e eu concordei. – Então! Estou agindo como eles. – ela disse, apontando para trás.

— Você foi pior. – eu disse, rindo. – De qualquer forma, vamos descansar um pouco. Será um trajeto de quase 1 hora.

— 1 hora? – Tayla disse, espantada.

— Sim. O ônibus passa por dentro da cidade e para em outros lugares. – Rodrigo disse ainda olhando para um livro que havia tirado de sua mochila. Que nerd!

— Eu não sei vocês, mas eu vou dormir. – Vinicius disse, fechando a janela e virando-se para o lado. Em meio segundo ele já estava babando.

— Ele baba igual ao Percy. – eu disse rindo enquanto apontava para Vinicius. – Tem certeza que esse moleque não é filho de vocês também?

— Ah, eu tenho certeza que ele é seu irmão. – ela disse séria com as sobrancelhas levantas.

— Duvido muito! Eu sou muito mais bonita dormindo. – eu disse com um sorriso convincente.

— E fala bem menos também. – Annabeth disse sarcástica com um sorrisinho no rosto.

— Engraçadinha! – eu retruquei.

O silencio voltou. Em alguns minutos, o ônibus inteiro já estava dormindo, com exceção de Annabeth, o motorista e eu. Até o cobrador se deu a esse privilegio.

Ela me cutucou e disse:

— Já sabe para onde vamos?

— Tenho uma idéia. – eu disse.

— Quíron e Rachel te disseram, ou é um palpite? – ela perguntou, jogando a cabeça para o lado.

— Os dois. – eu disse. – Eu tenho a leve impressão de que devemos ir ao Internato. – garanti, fechando os olhos.

— Por que o internato? – ela quis saber.

Abri meus olhos e virei-me para ela, debruçando no braço da poltrona.

— Quíron me disse algo sobre “o lugar onde se descobriu”. Ele até usou Ares como exemplo, mas eu fiquei na mesma. – eu disse, movendo as mãos. Ela ergueu um dedo.

— Ele usou porque Ares... – mas eu a interrompi.

— Não quero saber Annabeth. – eu disse e ela rolou os olhos. – Outro ponto que me leva ao Internato foi há algumas décadas, quando minha mãe me deixou lá. Alguns anos antes de Thalia e Luke me buscarem.

— Espera! Como assim? – ela perguntou. Seus olhos brilhando de curiosidade.

— Minha mãe ficou cheia de enigmas depois que Jason sumiu. Eu me lembro que, quando ela me deixou, nós fomos até a sala do Reverendo Josué. Ela entregou uma espécie de bilhete a ele. Ou algo um pouco menor que uma carta. – eu contei aos sussurros.

— Você acha que tem alguma coisa nele?

— Não acho! Tenho certeza! – eu disse e ela me olhou com os olhos semicerrados. – Alguns meses depois eu... Roubei o papel. Não me olhe desse jeito! Eu estava me remoendo de curiosidade. Mas eu não me lembro o que estava escrito. Só me lembro de te-lo escondido.

— Acha que sua mãe poderia ter sido uma escolhida a Oráculo antes de Rachel? – ela disse, olhando para tempestade que começava a se formar. O céu já estava negro.

— Talvez. E quem sabe, ela tenha negado por medo de... De ficar igual à May Castellan. – eu disse. Annabeth me olhou penalizada e depois balançou a cabeça levemente.

— Certo! Temos um começo e uma pista. Pode dar certo! – ela disse dando de ombros.

— Pode não. Tem que dar! – eu disse, encostando minha cabeça na poltrona velha e fechando os olhos. A tempestade já começara.


O ônibus nos deixou em um ponto em frente ao Internato. A tempestade aumentara e eu senti-me agradecida por Nico ter se dado ao trabalho de certificar-se que eu teria uma capa de chuva.

— Se isso não fosse tão colorido, eu diria que é uma casa mal-assombrada. – Vinicius disse dando um passo para trás.

— Aqui tem cheiro de gente morta. – Mateus disse, enrugando o nariz. – Eu as sinto mortas. – ele piscou algumas vezes.

— É porque muitas pessoas já morreram aqui... Ou vieram para cá. – eu expliquei. Annabeth me olhou de relance.

— Isso não é legal! – Tayla disse, tremendo. – Pessoas mortas e eu não nos damos muito bem. – ela completou e encarou Mateus. Ele deu de ombros, sério.

— Certo! Isso não importa. Temos que ir em frente. – Annabeth disse, balançando os ombros. Ela colocou um cacho atrás da orelha, como sempre faz quando está nervosa.

Em silencio, nós corremos para o outro lado da rua. Vinicius escorregava de vez em quando na lama, obrigando Rodrigo a ajudá-lo.

Tayla bateu algumas vezes na porta. Rodrigo saia de vez em quando até a borda da varanda para ver o que tinha ao fundo do internato, mas seus planos eram soterrados quando Annabeth lhe chamava. Mateus estava sentado em uma das cadeiras ao lado de Vinicius, brincando com sua gauntlet. Vinicius por sua vez, dormia como se o mundo não estivesse em perigo – o que não era o caso.

Escutamos barulhos de passos do lado de dentro. Com uma cotovelada bem dada nas costelas, Mateus acordou Vinicius.

O trinco da porta se moveu e um barulho de chaves caindo nos deixou mais ansioso. Por fim, a porta foi aberta e um homem moreno da cor de chocolate com cabelos grisalhos e enrolados, colocou a cabeça para fora.

— Olá. Como posso ajudá-los? – ele disse enquanto analisava cada um de nós. Ele não parecia muito seguro, e eu definitivamente o entendia.

— Oi. Como o senhor está Reverendo Josué? – eu perguntei, o encarando. Ele estava usando moletons cinza velhos, como se tivéssemos acabado de tirá-lo de seu sono. Seus óculos estavam pendurados no pescoço. Ele estava com uma espessa barba grisalha, como se todas aquelas crianças o tivessem feito envelhecer mais rápido.

— Eu acho que estou bem. – ele disse encarando o chão. Depois seus olhos voltaram para nós. – Por quê?

— Preciso da ajuda do senhor. – eu disse, trocando o peso de uma perna para a outra. Seus olhos semicerraram. – Creio que o senhor ainda se lembre de mim. – sugeri.

— Eu... – ele disse, me olhando mais uma vez. Então, um sorriso brincou em seus lábios. – Como eu poderia me esquecer de você, Annamar Grace. – ele abriu a porta e nos deu espaço. – Vamos! Entrem! Mas devo dizer... – ele colou uma mão no meu ombro. – Você está cada dia mais parecida com sua mãe. Mesmo sendo imortal.


Reverendo Josué nos levou para sua sala. Ela me parecia à mesma de 29 anos atrás. As mesmas poltronas da cor café. O tapete da cor marfim estava como sempre no centro da sala. Alguns quadros bíblicos nas paredes nas mesmas molduras antigas. No canto esquerdo havia uma nova mesinha com bebida quente e biscoitos. Ao lado, estava a mesma imensa prateleira de livros, mas dessa vez havia talvez mais 350 livros novos. Perto da grande janela, estava a mesma mesa da minha infância. Ela era feita de mogno escuro e havia anjos entalhados. Atrás dela estava a grande cadeira de couro, que era mais velha do que eu. Reverendo Josué sentou-se nela e cruzou as mãos debaixo do queixo.

— O que te trás aqui novamente, Annamar? – ele perguntou, descruzando as mãos e colocando os óculos.

Pelo canto do olho, vi Rodrigo e Annabeth admirando os livros da prateleira. Mateus, Tayla e Vinicius conversavam distraidamente enquanto comiam biscoitos de leite e bebiam chocolate quente.

Eu o encarei novamente.

— Eu preciso de uma coisa que minha mãe deixou aqui há 29 anos. – eu disse e ele semicerrou os olhos. – Eu preciso saber o que havia naquele bilhete.

— Não havia Annamar Grace. Há algo naquele bilhete. – ele disse colocando as mãos cruzadas na mesa, em cima de alguns papéis. – Mas é interessante você vir me perguntar por ele. Eu estive procurando por ele nessa ultima semana. É estranho que eu só tenha me lembrado dele agora. Mas, de qualquer forma, eu não encontrei.

— Talvez não tenha o encontrado por... – eu disse e ele me olhou com expectativa.

— Diga a verdade! Foi isso que eu te ensinei no tempo em que viveu aqui Annamar. – ele disse apontando-me o dedo.

— Bem... – comecei. – O senhor sabe que sempre fui uma criança meio levada. – eu disse e ele ergueu as sobrancelhas. – E muito, mas muito curiosa mesmo. Então digamos que eu tenha pegado sem pedir. – eu disse, dando de ombros.

Seus olhos cor mel brilharam por trás dos óculos. Eu sabia que provavelmente ele brigaria, mas sua expressão relaxou como se ele já esperasse por isso.

— É. Eu acho que uma parte do meu consciente já desconfiava disso. – ele disse, balançando a cabeça. – A outra tinha certeza. – ele completou e se levantou.

— Eu escondi no meu quarto, quando eu morava aqui. – eu contei e ele sorriu distraidamente.

— Ah, seu quarto. Era onde a pequena Laura dormia. Foi o quarto que ela mais gostou de todo o internato. – ele balançou a cabeça como se apagasse as memórias. – Se vocês quiserem ficar por aqui hoje e encontrar o bilhete, meu internato está de portas abertas.

— Obrigada Reverendo. – eu disse me levantando. Ameacei um abraço, mas parei no meio do caminho. Ele me analisou e acenou com a cabeça. Então eu sabia que podia abraçá-lo.

— Você sabe que essa sempre será sua casa Annamar. – ele disse, afagando meu cabelo. Eu sorri.

— Sei que sim. – eu disse. – Minha mãe estava certa. Eu acabei gostando desse lugar. – eu me afastei dele e o olhei. Ele sorriu.

— Sei que sim. – ele andou até sua mesa e abriu a terceira gaveta. De lá tirou uma chave com um numero metálico pequeno pregado no chaveiro de madeira. Ele jogou para mim. – Você sabe o caminho.



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Notas finais do capítulo

Bom, é isso ai! Provavelmente irei postar novamente na sexta-feira já que esse é o Dia de Postagem.
Beijos campistas.



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