Cartas para Annabeth escrita por Primadonna


Capítulo 8
Capítulo 8 - Nico quase morre e eu escrevo


Notas iniciais do capítulo

Camila e Mari: Queridas pessoas que estão com raiva da gente pela demora, sorry! Estavamos nas semanas de olimpíadas e agora semana de provas... Bom, fizemos com carinho, embora seja meio fubá... Enjoy!
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   POV Percy Jackson  

   Acho que as coisas complicaram. Rachel não é uma monga por ter brigado com o monstro Kelly (desculpe, não tenho definição), e sim, porque ela é a única e mais esperta ser humana que poder ver através da névoa, segundo Nico, e não percebeu que era uma armadilha! O monstro Kelly quer alguma coisa de nós, ou apenas... de mim. É como se eu fizesse algo errado porque ela me encarou feio, e eu recebi um bilhete de caligrafia perfeita até demais escrito: "Não acha a morte mais fácil, filho de Poseidon?". Como eu vou saber se nem morri ainda?    Assim que cheguei em casa, resolvi não contar nada à minha mãe. Achei que iria ser meio constrangedor. Puxa, logo no primeiro dia de aula, depois que eu descubro quem eu sou, o que posso fazer e o que pode acontecer, já estou prestes a morrer! 

   - Como foi a aula, fez alguns amigos? - ela perguntou.  

   - Só Nico... filho de Hades, no qual eu te falei no McDonald's. E Rachel - eu disse e ela me olhou.  

   - Fico feliz por isso, querido. Mas acho melhor você esquecer a parte... da sua outra vida. - ela disse. COMO ISSO É POSSÍVEL?  

   - É, acho que você tem razão - eu disse na maior cara de pau. Como eu sou mal com minha mãe, acho que quando ela descobrir vai ter outro filho...  

   - E ai, está com fome? - ela disse mudando de assunto.  

   - Na verdade não - eu disse. E realmente não estava, eu estava em pânico, isso sim! Não que eu seja um cagão, mas eu tinha que ter um plano, ou algum tipo de defesa. Eu não havia ficado tanto tempo no Acampamento Meio-Sangue assim. E eu podia morrer, é claro.  

   - Tudo bem então, vou preparar alguma coisa pra eu comer, se quiser depois... vai estar na geladeira. - ela disse. Minha mãe é tipo, a melhor mãe do mundo, e eu me sentia culpado em não contar nada à ela. Mas eu não podia arriscar. Deixei ela na cozinha e fui pro meu quarto. Me sentei na cama, e involuntariamente todos os meus problemas haviam sido esquecidos, porque eu estava pensando em Annabeth.   

   Eu sentia sua falta, fazia tempo que eu não a via, que eu não falava com ela, tipo, uns três dias! E eu tinha que escrever. Eu não tinha idéia sobre o que escrever, e sobre o que contar. Ia ser simplesmente muito complicado. Eu podia escrever uma carta de despedida, dizendo o quanto foi bom conhece-lá e que eu iria ser morto por uma líder de torcida babaca. Realmente, aonde eu estava com a cabeça? Eu preciso tomar algum calmante ou coisa assim. Bom, eu iria fazer isso. Mas então me lembrei de quem eu era (por mais que minha mãe havia mandado eu parar de pensar na outra vida) e fui tomar um banho.  

   Tirei a roupa e entrei embaixo do chuveiro. Logo todos os meus problemas evaporaram e me deixaram em paz. Não havia barulho algum, à não ser o som da minha mente. Eu não tinha solução para nada que estava acontecendo por ali. Eu não tinha solução nem mesmo para resolver algum problema de subtração de matemática. A única coisa de que eu tinha certeza, era que eu tinha uma tarefa à fazer.  

   (...)  

   - É o seguinte - disse Nico nervoso - não sabemos se ou quando Kelly maligna vão atacar. Então estejam preparados para qualquer coisa, entendido? - ele disse se encostando na parede do outro lado do corredor.  

   - Ah tá, como se eu tivesse algum tipo de defesa - Rachel reclamou - Eu posso morrer!  

   - A gente também, sua babaca - disse Nico - Somos meio-sangues, não imortais.  

   - Escutem, não dá pra ficar brigando assim - eu disse - Rachel tem razão, ela não tem defesa alguma e...  

   - HEY! - ela protestou.  

   - Quieta - eu reclamei - Continuando, vamos dar algum tipo de defesa à ela, mas ela vai ter que ser nossa...  

   - Isca - Nico completou. Ela estava boquiaberta.  

   - Vocês acham que eu sou uma cobaia é? - ela brigou.  

   - Pode funcionar. Agora, você vai fazer o que nós dissermos se não quiser morrer - Nico disse, como se fosse o líder. Ai meus deuses... isso não ia dar certo.  

   - Seus panacas, se eu morrer, não estarão convidados para meu enterro - ela disse revirando os olhos e entrando na sala. Logo deu o sinal e eu e Nico entramos também. O brilhante professor careca começou a falar e não parou mais. Ele falava sobre alguma coisa egipcia. Eu estava tenso, nem aí para as aulas. Tipo, como você reagiria se fosse morrer em questão de segundos? Não que eu estivesse tão certo que eu morreria, eu ainda tinha esperanças. Eu estava com Contracorrente, a "caneta-espada" que Quíron havia me dado na minha antiga escola, antes do Acampamento e tudo mais. Bons tempos aqueles...  

   - Quero que façam um trabalho sobre a vida antiga de cada faraó egipcio, em duplas - o professor anunciou. Mas que merda! - E não adianta fazer panelinhas, eu vou escolher as duplas - ah, obrigado querido professor. Depois que eu morrer ainda volto para puxar seu pé de noite! Eu estava revoltado também, puxa... Ele começou a formar duplas nada descentes.  

   - Percy Jackson e Nico Di Angelo - ele disse. Retiro o que disse, não vou puxar o pé dele. Nico soltou um suspiro de alívio na minha frente e se virou.  

   - Demos MUITA sorte dessa vez - ele disse e eu concordei - Você está bem? - Nico perguntou à Rachel. Me virei para ver ela e ela estava paralisada.  

   - Eu. Vou. Fazer. Dupla. Com. O. Manuel. Stanfford. - ela disse tremendo.  

   - Quem é o individuo? - perguntei. Nico já caia de rir atrás de mim.  

   - É aquele ali, olha - disse Nico apontando para um garoto nojento que tirava meleca e passava embaixo da carteira. Não pude evitar e ri também. Ela estava ficando vermelha e se levantou para ir reclamar para o professor sobre a sua dupla.   

   - Rachel é muito sortuda, não? - disse Nico rindo ainda mais. Olhei para o Stanfford novamente. O cara era nojento, e Rachel é meio que... certinha demais pra fazer dupla com ele. Ela estava quase surtando quando deu o sinal e o professor saiu da sala deixando ela sozinha.  

   - Não digam nada. Já tenho problemas demais - ela disse voltando ao lugar e se sentando e eu engoli uma breve risada. Logo entrou outro professor, e eu não de a mínima, só procurei meu iPod e coloquei à escuta.  

   (...)  

   Hora da educação física. Nunca pensei que poderia ter mais medo agora. Bom, no intervalo o monstro Kelly fingiu que nunca tinha nos visto. Ah, meus deuses. Por falar em vocês, queridos pais, tios e afins, PORQUE NÃO NOS AJUDAM? Sério, eles tem um filho os mortais e fogem? Não somos imortais, como já mencionei! Estávamos no vestiário trocando de roupa. Assim que terminei, fui lavar o rosto. Só pra garantir, sabe...  

   - Mais cinco minutos! - gritou o professor do lado de fora.  A maioria dos alunos já estavam saindo. Como eu já não tinha o que fazer, saí atrás do pessoal - Todos na quadra de fora hoje! - gritou o professor novamente. Procurei por Nico, eu não estava encontrando ele. Ah, era só o que me faltava, realmente. Enquanto alguns ainda saiam do ginásio coberto, procurei por ele. Fui até o vestiário, e estava vazio. Olhei para as arquibancadas, por todo o lado e não o vi.  

   - Senhor Percy Jackson, os outros não vão esquerer esperar por você - disse o professor. Eu o vira pela primeira vez e cara... ele era pior que Stanfford!  

   - Desculpe... - eu disse e saí, com esperanças que Nico pudesse estar lá fora. Desci para a quadra debaixo e adivinhem só... nada! Quem sabe ele não amarelou e foi até a diretoria fingir que estava passando mal... e me deixasse com uma ruiva aloprada morrermos sozinhos. Droga.  

   - Corrida, quinze voltas - gritou o professor. A maioria reclamou mas correu mesmo assim. Nunca fui tão bom em corridas, mas mesmo assim tentei me esforçar.   

   Deu no mesmo, não consegui resultado melhor nem pior. De repente, ouvi um estrondo vindo do ginásio de cima. Mas que merda.   

   - Professor, posso tomar água? - perguntei. Ele resmungou muito mas acabou deixando. Enquanto outros garotos iam para o bebedouro, fui para o ginásio. Lógico, ninguém iria sentir minha falta. Assim que cheguei no ginásio, vi Rachel parada que nem uma estátua.   

   - Hey, o que aconteceu? - perguntei chegando mais perto - O Nico sumiu e...  

   - Fica quieto - ela disse. Me virei para encarar a mesma coisa que ela. Kelly havia se transformado em algum tipo de... alienígena. Só soube que era ela pelas roupas azuis de líder de torcida caidas no chão. E outra coisa que me chamou atenção, foi Nico arrumando um jeito de saltar sobre ela com uma espada de cima da arquibancada. Coloquei a mão no meu bolso para... espera, eu não estava com a calça que Contracorrente estava! Merda em dobro. Comecei a dar pequenos passos e lado, que nem um caranguejo até a porta do vestiário. Assim que entrei peguei e sai para fora. Outro estrondo.  

   Agora Rachel estava caida no chão, e Nico estava montado em cima de Kelly. Ela notou minha presença pela primeira vez.  

   - Ah, Perseu, sentimos a sua falta, porque demorou para entrar na brincadeira? - ela perguntou. Sua voz agora era áspera e grossa. Ela se virou e jogou Nico para trás, fazendo com que ele caísse nas escadas da arquibancada. Ele estava gemendo de dor agora.  

   - Faz alguma coisa, seu monte! - gritou Rachel. Destampei Contracorrente e ela se transformou em uma bela espada. Quem diria que... - PEEEEEEEERCY! - gritou Rachel de novo, e depois ela correu até Nico. Eu estava viajando.  

   - Foi mal! - eu disse e Kelly abominável veio em minha direção. Eu não sabia usar bem a espada. Tentei golpeá-la, tentativa um: falida. Tentativa dois: horrível. Tentativa três: melhor. Tentativa quatro: não houve tentativa quatro porque a espada fora arrancada das minhas mãos.   

   - Sem defesa - Kelly gritou e tentou me atacar. Por uma questão de segundos eu me desviei.   

   "A água", uma voz disse em minha cabeça. Nunca tinha ouvido aquela voz antes, mas acho que dei conta do recado. Procurei algum tipo de torneira, bebedouro, chuveiro (COMO VAI TER UM CHUVEIRO NO MEIO DE UM GINÁSIO?) até que vi um barzinho podre que ficava em cima das arquibancadas. Lá havia uma pia. Kelly havia percebido meus brilhantes atos e veio em minha direção novamente. Que podre ela, não? Me concentrei rapidamente, imaginei ondas enormes de água, depois comecei à senti-las. Aquilo me doeu, era um esforço danado... Ouvi o som das grades se arrebentando com a água, depois elas se juntaram e formaram enormes ondas. Logo depois elas atingiram Kelly em cheio. EU SOU MÁGICO, UHUL! Corri atrás de Contracorrente e a segurei.  

   - Sem defesa - repeti e atingi o ombro de Kelly, caindo no chão e batendo a perna com tudo. Depois vi Rachel pegando a espada de Nico e atingindo seu peito. Kelly se deformou em algum tipo de cinzas, e eu fiquei chocado com aquilo.  

   - Que isso queime no Tártaro - disse Rachel caindo no chão. Logo depois ela voltou até Nico e eu fui atrás, embora estive com uma dor incrível na perna - Você está bem? - ela perguntou. Nico não respondia, apenas ficava ali paralisado. Mas ele estava respirando, ele estava bem.  

   - Cara, vocês estão TÃO encrencados... - disse um garoto na porta do ginásio maravilhado com a destruição. Não fazia uma semana de aula e eu já iria ser expulso.   

   (...)  

   Nico se recuperou, mas um sátio o levou para o Acampamento. Ele ainda estava em péssimas condições. Como era a última aula, a diretora resolveu marcar uma reunião a minha mãe e os tutores de Nico e Rachel para falar sobre o ocorrido. Uma parte que eu não entendi, foi a dos tutores, mas Rachel resolveu fingir que eu não existia quando perguntei. Assim que cheguei em casa, sabia o que estava por vir.  

   - Percy, por que você não me disse nada? Por que você não me avisou, poderíamos buscar ajuda! Só falta você ser expulso novamente! Está parecendo que eu vou ter outro filho! - Não falei que ela iria ter outro filho? - Estou nervosa, achando que você podia estar machucado, ferido, sei lá! Ai meu Deus... - minha mãe disse. Ela nunca usava "meus deuses" - Espero que isso não dê errado, estou muito preocupada! Você se machucou, quebrou algum braço, ou perna? - ela perguntou me vasculhando.  

   - Não mãe, não aconteceu nada demais. Só o Nico que... bom, ele voltou para o Acampamento - coisa que eu queria fazer também - mas já está bem.  

   - Olha, vai tomar um banho e descance. Vou arrumar algo pra você comer. Daqui a pouco vou lá na sua escola... - ela disse. Minha mãe era louca, só pode. Eu acabo de matar um monstro (tecnicamente) e ela me faz algo pra comer. Fazer o que.   

   Tomei banho, e a dor da minha perna relaxou. Saí, coloquei qualquer roupa e antes de me deitar, eu me lembrei de uma coisa... Tinha que escrever. Peguei um papel e uma caneta e comecei à escrever:  

   "Querida Annabeth..."


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Notas finais do capítulo

Amores das nossas vidas (q). Vamos deixar vocês curiosos SIM! Ah, e não liguem se demorar muito o capítulo. ~Muitos autores deixam de postar pois ninguém recomenda ou deixa reviwes...~ Pensem nisso, ok? (rere) Quero ver bastante reviwes! Beijos (C&M)



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