Ive Never Been Anywhere Cold as You. escrita por rumpelstiltskin


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

obrigada novamente.



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Seis.

Just ask and I will do anything you want me to

Apenas peça que eu farei qualquer coisa que você queira de mim

There is no limit to how far I will go… I’m sure I can pretend to be your gentlemen.

Não há limite do quão distante eu irei... Tenho certeza que eu posso fingir ser seu cavalheiro.

But before I began, I just gotta know, just gotta know…

Mas antes que eu comece, eu apenas quero saber, apenas quero saber…

What do I have to do to get inside of you?

O que eu tenho que fazer pra entrar em você?

Inside Of You – Hoobastank.

Pela noite, cansados pelo trabalho duro – e porque no caso de Brendon, havia passado duas noites sem dormir direito – Ryan notou que seu companheiro dormia sobre os papeis que ele tinha pedido para desenhar algumas das medidas. Todos aqueles papéis pareciam aconchegantes demais para a cabeça de Brendon Urie e todas  as lembranças com Ryan Ross se confundiam. Ele não sabia ao certo o que faria apartir daquele dia, só sabia que já era tarde demais para se afastar de Ryan que se pôs as mãos sobre os ombros de Brendon e o massageou desajeitadamente para acordá-lo.

“Brendon.” Chamou baixinho. “Acorda, assombração.”

“Hmm.” Resmungou erguendo o corpo com dificuldade. “O que tá acontecendo?”

“Você tá babando em cima do meu projeto.” Apertou os ombros do outro que gemeu aflito. “Vou arrumar o sofá pra você.”

“Não vai me expulsar daqui?” Franziu o cenho, achando estranho toda aquela hospitalidade de Ross. O que teria mudado em tão pouco tempo? Provavelmente, seria um restolho de sonho insistindo em lhe atormentar.

“Você não tem condições de dirigir.” Deu de ombros “Ainda mais com a tempestade de neve que tá tendo agora. Levanta daí e me ajuda com as coisas do sofá.”

O universitário arqueou a sobrancelha pra si mesmo, erguendo o corpo com infantilidade, preguiçoso e lento, fazendo Ryan dar um grunhidinho irritado que, com isso, Brendon riu tão infantilmente quanto levantou o corpo da cadeira de Ryan. Suspirou baixinho e o ajudou com os cobertores dentro que estavam dentro do closet de Ross. Notou então que tinham umas roupas estranhas ali. Roupas que, com certeza, não serviriam em Ryan, mas estavam ali e Brendon ficou olhando, perplexo.

“O que foi?” Fechou qualquer vestígio de expressão, adquirindo pra si um aperto no peito. Ryro tinha alguém e isso doeu. Ryan continuava com aquele rosto desprovido congelado, com seus movimentos metódicos, ensaiados. “Brendon?”

“Nada.” Sorriu forçado. “Só estava olhando suas roupas.” Encolheu os ombros, fingindo descaso.

“Essas não são minhas roupas, Urie.” Suspirou cansado. “São do meu...pai.” Mentiu, desviando os olhos, fazendo com que Urie abaixasse o rosto e pegasse alguns cobertores para finalmente ajudar o maior a compor uma cama improvisada no sofá. Brendon não acreditou naquela história de pai, mas fingiu ter acreditado para não causar qualquer discussão.

Os dois desceram as escadas em silêncio absoluto. Nenhum dos dois tinha coragem sequer de olhar para o outro; estavam agindo feito dois adolescentes, coisa que não eram mais. Brendon sorriu para si próprio, repreendendo a vontade e o luxo de poder dormir de novo na cama de Ryan, de sonhar com o dia que os dois dormiriam tão abraçados que ambos se confundiriam ao separá-los. Ryan tinha razão, Brendon era só um sonhador à toa.

O mais velho já não conseguia mais negar a atração que sentia por aquele olhar, não conseguia mais negar para si mesmo que o olhar de Urie era capaz de causar algumas sensações estranhas, de fazê-lo se sentir especial para alguém. Tudo parecia diferente, colorido, mágico, como um sonho. Aos poucos, ele queria mostrar que poderia ser doce, que poderia ser alguém capaz de ter algum tipo de reação, mas seu rosto continuava congelado, doído e se recusava a manifestar qualquer coisa. Com Brendon ele se sentia como era com Peter. Único e amado.

Segurou o travisseiro pelas pontas e deu uma travesseirada nas costas de Urie que riu baixinho, pegando a primeira almofada que viu em cima do sofá e jogou contra Ryan, começando uma pequena guerra de travesseiros e de novo, Ryan e sua risada divertida. Aquilo alegrava o corpo cansado de Brendon e aquecia seu coração de sonhos doces que nunca seriam uma doce realidade.

Improvisaram a cama de Brendon enquanto este segurava para si uma pergunta, mordia o lábio na tentativa de distração e suspirava baixinho. O menor deitou na cama e pôs os óculos na mesinha do abajur, apagando o mesmo logo após. Ryan deu um beijo estralado na testa de Urie, e tirou da mesma algumas mechas teimosas que caíam em seu rosto gentil.

“Durma bem, estrupício.” Disse Ryan.

“Que os anjos iluminem seus sonhos, Ross.” Brendon riu baixinho, pela primeira vez, e fechou os olhos.

“O que há com você?” Sua expressão congelou. “Não te ofende?”

“Você jamais conseguiu me ofender, Ryan.” Sorriu com sinceridade, reabrindo os olhos para encarar a íris do outro que mantinha a expressão gelada, como a neve que caía no chão. “Mesmo que você tente com os piores insultos do mundo, você simplesmente não vai conseguir me ofender.”

“Por quê?” Perguntou curioso.

“Porque você é completamente inofensivo, Ryan.” Respondeu com descaso. “Seus insultos pra mim soam como pequenas travessuras de alguém que aprecia a solidão. Não passam de molecagens.”

“Então por que está comigo se eu sou imaturo?” Manteve a curiosidade, arqueando a sobrancelha. Urie sorriu docemente, se ajeitando em baixo de suas cobertas.

“Porque eu sei que há um homem por trás do moleque.” Respondeu, suspirando. “E é esse homem quem eu espero.”

“Quer saber?” Rosnou baixinho. “Vai se ferrar, Urie.”

“Boa noite pra você também.” Respondeu entre risadas.  Ryan subiu pisando duro, resmungando palavras de calão baixo e o outro o seguia com os olhos doces, desejando subir com ele e dormir em sua cama, abraçados. Como estava demaseadamente cansado, o sono apoderou-se logo de Urie, porém não de Ryan que se manteve pensando nas palavras de Bden.

Mas e se  o homem por trás do moleque jamais ressurgir?


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