Recapitulando...

Ele resolveu pegar uma das cartas, sentou em sua cama e foi ler. Quando abriu o papel não pode a acreditar no que leu. Não se lembrava desse detalhe tão importante!!

“Hello Bill, Georg, Gustav and Tom! My name’s Anie , I’m 18 and I’m from Brazil...”

“Ola Bill, Georg, Gustav e Tom. Me chamo Anie, tenho 18 anos e moro no Brasil...”

Narrador

Quando Bill viu isso, um enorme sorriso cresceu em seu rosto, ele guardou a carta de volta na mala. Saiu correndo, direto pro quarto do Tom e bateu (esmurrou) na porta, sem parar, até o gêmeo responder.

Tom: “Que porra é essa Bill?? Caramba já tava no meu segundo sono e você vem aqui me encher o raio do saco!! Espero que seja algo muito importante se não te quebro em dois!”

Bill: “Calma bela adormecida!! Eu preciso te falar uma coisa muito importante!! Lembra daquelas cartas, de uma fã que sempre mandava pra gente, inclusive falando o quanto me admirava?!”

Tom: “Qual?”

Bill: “Aquela, que não gostava de falar que me amava porque não me conhecia, e achava que era só uma coisa de fã apaixonada??! ”

Tom: “A sei.. eu acho que até sei o nome dela.. é Anne, Ana... Anie!! Anie, não é?”

Bill: “Sim, é ela mesmo”! Você não sabe da melhor... Ela é a fã que conversou comigo essa manhã e me entregou aquela carta!!! Tom, eu sabia que tinha algo a mais naquela garota!! Não pode ser tanta coincidência.. só pode ser ela!!

Tom: “Mas como você vai ter certeza, você não sabe onde ela mora, ou onde está hospedada.”

Bill: “Ela escreveu o nome do hotel onde está no remetente, espero poder encontra-la a tempo.”

Tom: “Tá, mas amanha a gente vê isso. Me deixa dormir agora!”

Bill: “Ok! Boa noite!"

Bill voltou pro seu quarto. Trocou de roupa e deitou em sua cama, mas não conseguia dormir. Só pensava em Anie, nas cartas dela e do que ela tinha lhe dito de manhã. Depois te tanto pensar, não resistiu, foi vencido pelo cansaço e dormiu. Às 7 da manhã Bill acordou num pulo quando ouviu seu celular tocando; era Tom.

Tom: “Se a bela adormecida quer encontrar a garota dos sonhos, eu acho melhor levantar antes que ela vai embora!”

Bill: “Nossa é mesmo!! Ainda bem que você me acordou.. Daqui uns 10 minutos eu desço!”

Os meninos já estavam com as malas no saguão porque já iriam para o aeroporto. Bill ia procurar por Anie e encontrava com eles lá para poderem ir embora.

Tomaram café juntos e combinaram aonde se encontrar depois da “missão amorosa” de Bill.

Anie’s POV

Acordei umas 7:30 com o sol da janela batendo em meu rosto. Levantei, fui ao banheiro fazer minha higiene matinal. Depois fui à janela, fiquei por um tempo olhando o céu e pensando no que aconteceu ontem. Fiquei me perguntando se Bill teria lido minha carta ou jogado-a fora... "Por que ele leria algo de uma fã desesperada como eu?"

Parei com o pensamento e fui tomar café. Chagando no restaurante as meninas já estavam lá, todas, na maior animação e fazendo a maior algazarra. Elas estavam cantando; eu ri! Amanda me viu e chamou:

Amanda: “Anie, bom dia! Vem, junte-se a nós, temos muito que contar!”

Anie: “Bom dia gente! Como estão?”

Todas: “Ótimas, foi um belo show!”

Anie: “Imagino..” – Com um tom de desanimo na voz.

Peguei um copo de suco e me sentei ao lado de Amanda, ela e as outras não paravam de falar; eu pelo contrário, fiquei calada olhando para o nada... “Gente, eu vou ali fora.. Se precisaram de mim é só me chamar!” Fui para a varanda do hotel, ela dava para rua e tinha uma bela vista pela manha.. Batia sol onde se encontrava um pequeno balanço de madeira, daqueles de enfeitar entradas. Sentei, fechando os olhos; uma vontade de chorar invadiu meu coração, mas respirei fundo e comecei a balançar.

Narrador

Bill pegou um táxi e foi direto para o hotel em que Anie disse estar. Implorava para si mesmo poder encontrá-la, precisava falar com ela antes de partir. Precisava saber o que era essa sensação que estava sentindo, desde a primeira vez que a viu.

Chegando ao hotel, Bill subiu as escadas da entrada numa pressa fora do normal. Quando ia entrar, ouviu um barulho de algo se mexendo, olhou para o lado e não acreditava no que via. Ela estava ali sentada com uma feição tão singela, queria tocá-la, mas preferiu ficar admirando.

Bill’s POV

Subi as escadas tão depressa que quase perdi o fôlego. Estava abrindo a porta para entrar no hotel quando olho para o lado; ela estava lá, sentada numa forma tão tranquila. Queria tocá-la, mas preferi admirar sua imagem angelical. De repende ela despertou do seu devaneio e abriu seus olhos se espantando... Eu apenas sorri!

Narrador

Anie: “Bill?? O que faz aqui???” Anie não podia acreditar no que estava vendo. Era bom demais para ser verdade.

Bill: “Li sua carta.”

Anie: “Era para você estar indo embora... – Anie parou de falar quando percebeu o que Bill havia falado – “Vo, você leu??”

Bill: “Hahahahaha! Adoro quando você fica nervosa perto de mim! Sim, eu li e nunca pensei que alguém sentisse algo deste jeito por mim. Nem sei o que dizer.”

Anie: “Não precisa dizer nada. Poder te conhecer foi meu maior presente! Mas o que eu não entendo é o que você..?”

Bill a interrompeu já falando o que fazia ali.

Bill: “Vim aqui porque descobri que já te conhecia, antes mesmo de te ver ontem. Há muito tempo, venho recebendo cartas de uma fã, que ganhou minha atenção; por causa disso sempre levo essas cartas para onde vou e nos momentos de descontração eu pego e leio uma delas. Ontem eu fiz isso, mas quando comecei a ler não acreditei..”

Anie não estava acreditando no que ouvia. Seriam mesmo as cartas que ela enviava à banda?

Anie – “Você não está querendo dizer que as cartas são..”

Quando Anie ia terminar de falar Bill tirou um envelope do bolso. Anie não podia acreditar, eram suas cartas!!! Bill lia todas as cartas que ela havia mandado.. Lágrimas começaram as escorrer por seu rosto, era bom demais para ser verdade. Na mesma hora Anie se lembrou do sonho que teve... ("Cheguei a sonhar que o Bill. Ele tinha ido ao hotel em que eu estava em SP e me mostrava um envelope; eu estava chorando..." )

Anie: “São minhas cartas!! Mas como você...?”

Bill: “São muito lindas, nunca vi um sentimento tão forte quanto o seu em todas as cartas que já recebi. Anie, você despertou algo que eu já não sentia há muito tempo. Ontem quando te vi, achei que fosse coisa da minha cabeça. Quando li sua carta, não parei de pensar em você nem por um segundo. Mas quando vi seu nome nessas cartas senti meu coração explodir.. Você é a garota que eu tanto esperei encontrar!”

Anie já estava aos prantos ao ouvir as palavras de Bill, não conseguia dizer nada. Bill sentou ao seu lado e ficou admirando-a, colocou uma mecha do seu cabelo, que o impedia de vê-la, por traz da orelha e depois a abraçou; um abraço forte como se ele pudesse perder Anie a qualquer momento, algo que não poderia suportar.

Depois de um tempo, Anie se soltou dos braços de Bill, precisava dizer algo a ele. Seus olhos já estavam, novamente, marejados e vermelhos pelas novas lágrimas que surgiam e, por isso, não conseguia olhá-lo nos olhos; Anie estava de cabeça baixa olhando para suas mãos entrelaçadas nas dele.

Anie: “Você não faz ideia o quanto eu sonhei para ouvir você falar tudo isso. Mas nunca pensei que poderia acontecer. Eu sou apenas outra fã em sua vida, uma garota, como outra qualquer... Que diz que te ama.”

Bill: “Você não pode falar isso. Não me apaixonaria por uma garota qualquer, me apaixonei por você.”

Bill: Anie... (Virando o rosto dela de frente para o seu, fazendo-a olhar em seus olhos) Eu me apaixonei por você!”

Bill na mesma hora puxou o rosto de Anie para ficar de frente ao seu. Suas respirações ficaram aceleradas, seus corações batiam no mesmo ritmo: Acelerados. Aos poucos Bill aproximou-se, cada vez mais, dos lábios de Anie. Com a respiração ofegante, seus lábios se encontraram na mais perfeita harmonia e, devagar, Bill foi pedindo passagem para que suas línguas se encontrassem. Foi o beijo mais intenso e verdadeiro, suas línguas deslizavam uma de encontro com a outra, um procurando seguir o ritmo do outro; não havia Anie ou Bill, naquele momento eles eram um só e nada mais importava.

Ao despertarem do transe, ambos olhavam um para a cara do outro e riram. Por mais alguns minutos tudo ficou no maior silencio, eles apenas se entreolhavam tentando descobrir o que cada um pensava naquele exato momento. Nenhuma palavra poderia descrever o que ambos sentiam, apenas um olhar para saber a resposta.

Anie deu mais um selinho em Bill e na mesma hora deu um pulo, ela tinha que ir, estava na hora de voltar para casa, voltar à sua realidade.

Anie: “Bill, já tá na hora, o ônibus sai em 10 minutos.”

Bill: - Com uma cara de cachorrinho sem dono - “Mas já? Eu nem pude curtir você direito! Eu preciso de você!”

Anie: “Oooown... Não faz essa carinha! E não querendo ser estraga prazer, mas você também tem um avião para pegar, não é?!”

Bill: “Puuuuuuts!! É mesmo, os meninos devem estar putos comigo essa hora!! Mas como vou poder te encontrar?”

Anie: “Aqui está meu telefone, e-mail e endereço.... Sentirei sua falta!”

Bill: “Eu mais ainda! Só mais uma coisa..”

Anie: “O que foi?”

Bill: “Você tem sorte?”

Anie: “Han?? Não entendi!”

Bill: “Foi você que disse pra mim: ‘Sorte daquela que ganhará seu coração’”.

Anie: “A tá! Entendi... (fiquei roxa de vergonha quando ele falou aquilo) Lóóógico que sim!!!! Sou a pessoa mais sortuda desse planeta. Sabe por quê? Porque tenho o homem mais lindo ao meu lado!" Bill deu um enorme sorriso.

Eles se despediram com mais um beijo, esse bem mais demorado e apaixonado.. Como se nunca mais fossem se ver. Eles não queriam que aquele momento acabasse, queriam ficar ali, juntos para sempre! Se afastaram, Bill beijou a testa de Anie, deu um lindo sorriso e se foi.

De longe ele gritou:

Bill: “Anie, Ich Liebe dich für immer... Meine Liebe!”

Anie: “I love you too!”

Anie entrou no hotel com um enorme sorriso no rosto, como se andasse nas nuvens. Foi de encontro com as meninas; elas já estavam se arrumando para entrar no ônibus.

Amanda: “Nossa Anie, mas que cara é essa? Parece que viu um passarinho verde?!”

Anie: “Impressão sua...”

Amanda: “Tem certeza?”

Anie: “Para falar a verdade, eu vi foi um anjo...”

Fim