Skip Beat - a Revolta do Príncipe escrita por Mirytie


Capítulo 1
Capítulo 1 - O Reencontro


Notas iniciais do capítulo

As minhas rezas estão com o Japão. Espero que não aconteça mais nada de mal.
Well, enjoy.



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2 Anos depois

Ren não tinha voltado, mesmo depois de um ano. Mesmo depois de Kyoko ter perdoado a sua partida e ter esperado por ele…ele não tinha voltado. Se tivesse, ela não estaria naquela situação.

Cinco meses depois da sua partida para a América, uma fotografia tinha sido entregue ao tribunal de menores onde ela beijava Ren. Os donos do Darumaya tinham tentado reaver a sua custódia mas, depois de Ren ter aconselhado que eles fossem os guardiões temporários, enquanto ele estivesse fora, o tribunal não confiou neles e tinha dado a custódia à mãe chorosa.

Como consequência, Kyoko estava de volta a Kyoto.

Tora tinha que a ir buscar sempre que ela tinha um trabalho, o que a chateava já que ela não gostava de dar trabalho às pessoas de quem gostava.

O presidente da LME tentou apelar ao juíz, mas não adiantou de nada. Kyoko tinha sido condenada a ficar com a mãe até fazer 21 porque tinha concordado viver com um guardião que a assediava. A sua vida era um inferno, agora.

Sho também não tinha ficado muito contente com as decisões do tribunal. Ia visitá-la bastantes vezes para ter a certeza que a mãe não exagerava mas, sendo uma das estrelas que ganhava mais no Japão, logo depois de Ren e Sho, era óbvio que ela exagerava já que era ela que manejava o seu dinheiro até Kyoko completar vinte e um anos.

- Tadaima. – disse Kyoko ao chegar a casa – O Brian veio comigo, mãe.

Kyoko tinha conhecido Brian enquanto estava em digressão pela América. Ele era um cantor famoso que fazia papéis pequenos como ator. Depois de ouvi-la a cantar, Brian decidira ir para o Japão com ela para trabalhar no seu novo CD.

O rumor de que eram namorados apareceu rapidamente mas Kyoko não se importava. Brian era o primeiro amigo do campo masculino que ela tinha feito. E era gay.

Kyoko adorava aquele homem de um metro e oitenta e cinco, olhos azuis e cabelo castanho-avelã sempre despenteado. Esse era Brian. Aquele sorriso sedutor que ele dava facilmente aos fãs era a morte para todas as raparigas. Apesar de ter o mesmo efeito, o sorriso de Brian era bastante diferente do de Ren.

O sorriso de Ren era multifacetado. Com esse pensamento, Kyoko riu-se e surpreendeu Brian que estava a pentear o cabelo que entretanto tinha crescido e voltado à sua cor original.

- Está tudo bem? – perguntou Brian com aquela voz que fascinara todo o mundo e derretia mesmo a mais dura feminista.

- Sim, só me estava a lembrar de algumas coisas. – a voz de Kyoko também tinha mudado ligeiramente. Estava mais suave e sedutora – Memórias…

- Dele. – completou Brian prendendo duas madeixas de cabelo atrás da cabeça dela. Kyoko tinha-lhe contado sobre Ren e Brian tinha sido o seu maior apoio quando ele não aparecera no concerto que ela dera, perto da casa de Ren – Vais fazer vinte anos daqui a três meses.

- Achas que ele vai voltar, Brian? – perguntou Kyoko sabendo que Brian seria honesto com ela.

- Não sei, Kyoko. – respondeu Brian – Afinal, ser famoso na América significa que se é famoso no mundo inteiro. Porque é que ele voltaria.

- Tens razão. – murmurou Kyoko fechando os olhos – Tens razão.

Mas Brian não tinha razão.

Ren estava no momento a passar-se no aeroporto porque o voo estava atrasado. Tinha voltado a pintar o cabelo de preto porque, ali, quase ninguém o conhecia como Ren Tsuruga e estava com uns óculos de sol que tapavam metade da cara…apesar de os odiar.

Com um suspiro, Ren olhou para o seu lado onde Miranda carregava a sua mala. – Já podes ir embora, sabes?

- Vou quando te vir partir. – replicou Miranda vendo-o suspirar outra vez – Não te adianta nada ficares irritado. O teu pai disse para usares o jato privado. Tu é que quiseste vir para aqui.

- Ouve, o meu agente disse-me que era aconselhável ir num avião normal do que aparecer num jato, está bem? – resmungou Ren – E eu confio mais nele.

- Porque é que estás chateado comigo? – perguntou Miranda cruzando os braços.

- Porque, se tu não tivesses insistido em vir, eles também não tinham. – explicou Ren apontando para os pais que estavam a dar autógrafos, no meio da multidão – Podiam, pelo menos, ter trazido disfarces.

- Tem calma, Kuon. – disse Miranda vendo Ren dar-lhe um olhar mortífero.

- Não me chames isso, se não vou ser descoberto. – Ren tirou a mala das mãos de Miranda e afastou-se para se tentar acalmar. Estava demasiado nervoso para conseguir dormir na noite anterior e agora não conseguia relaxar.

Miranda insistira para que ele aceitasse todos os trabalhos que lhe apareciam e a mãe insistira para que ele ouvisse a Miranda.

Tinha perdido o concerto que Kyoko tinha dado ali porque Miranda insistira para que a família dele fosse jantar com a família dela…na mesma noite do concerto!

Por isso, se lhe perguntassem se estava chateado com a Miranda…? Sim, estava! E então!?

Queria abraçar Kyoko e fazer as pazes mas Miranda parecia estar sempre no caminho!

- Ren Tsuruga?

O nome irrompeu-lhe pelos ouvidos e acordou-o das suas preocupações. Foi com surpresa que Ren levantou a cabeça e viu a rapariga de cabelos pretos à sua frente.

- Bem me parecia que eras tu. – disse Kanae – Preciso de falar contigo.

Ren e Kanae estavam a falar em japonês. Miranda não percebia japonês e por isso, estava realmente irritada. Apostava que estavam a falar da tal Kyoko.

- Porque é que não voltaste? – perguntou Kanae com os braços cruzados e as sobrancelhas franzidas – Eu li a carta que deixaste à Kyoko. Disseste que voltavas há um ano atrás. O que é que aconteceu?

- Como é que ela está? – perguntou Ren, agora mais deprimido do que irritado.

- Ela ficou devastada. Quase ia sendo despedida da LME porque continuava a rejeitar trabalhos. – respondeu Kanae – O que é que te deu para partires daquela maneira?

- Não lhe podes dizer mas…o Sho disse para eu viajar, se não contava uma coisa horrível sobre o meu passado à Kyoko. – confessou Ren.

- Bem, então devias-lhe ter contado primeiro. – disse Kanae – Ela descobriu que tu és o Corn da infância dela. – continuou Kanae vendo Ren empalidecer – Se ela sabe que lhe mentiste durante tanto tempo e, mesmo assim, estava à tua espera, não podes confiar que ela vai continuar a amar-te seja qual for o teu passado? E quem é ela? – perguntou Kanae apontando para Miranda.

- Ela é uma amiga. – respondeu Ren – Achas que ela vai perdoar-me, se eu voltar agora?

- Claro que vai. Mas vais ter muito trabalho. – disse Kanae abanando a cabeça – Mas tens que ir agora. Um rapaz chamado Brian aproximou-se bastante dela e estou com medo que ela tenha baixado as defesas muito facilmente.

- Eu vou. – disse Ren, levantando-se – Mas, porque é que tu estás aqui? Vieste só para falar comigo?

- Nem pensar. – Kanae apontou para um homem atraente que se aproximou quando ela fez o sinal – Quando vim em digressão com a Kyoko apaixonei-me pelo guitarrista dela. Ele é americano mas, como passou parte da sua infância no Japão, sabe falar japonês.

- Hi, man. – cumprimentou o homem loiro de olhos verdes marinhos quando se aproximou-se Ren – O meu nome é Jason. It’s nice to meet you.

- É claro que, quando não se pratica, acaba-se por dizer metade de uma frase em inglês. – disse Kanae abanando a cabeça em desaprovação.

- Eu prometo que vou-me inscrever em aulas quando chegar ao Japão, my love. – disse Jason abraçando Kanae – I love you so much!

- Sabes que não podes fazer isso quando chegarmos ao Japão, não sabes? – perguntou Kanae vendo-o fazer beicinho.

- I know…eu sei. – corrigiu Jason antes que Kanae o pudesse repreender, mas não a largou.

- Ele insistiu para que eu o viesse buscar. Disse que não se importava de trabalhar no Japão logo que eu estivesse ao lado dele. – disse Kanae docemente – Por isso, já sabes. Tens que resolver isto rápido para podermos fazer uma saída a quatro.

- Yes, yes! – Jason estava entusiasmado, outra vez – Vamos fazer isso! Estou ansioso por comer pratos japoneses mais uma vez.

Ren riu-se. – Sim, vamos fazer isso. Aposto que a Kyoko também vai gostar da ideia.

“O voo para Tókio vai partir agora. Por favor, dirijam-se para as portas de embarque.”

- Vamos, então? – Ren afastou-se para dar espaço para Kanae passar, depois olhou em volta mas não viu Miranda. Acenou aos pais e seguiu Jason. Só quando se sentou é que a viu…bem ao seu lado – Miranda! O que é que estás a fazer aqui!?

- Shh! Vou visitar o sítio onde tu és a pessoa mais famosa do país. – informou Miranda – Vai ser divertido.

Depois do sucesso de While Love Last e While Love Last 2 – onde ela teve que fazer a sua primeira cena de cama com Sho – Kyoko tinha sido aceite como uma atriz que podia fazer filmes de terror ou romances.

My life and I tinha provado que conseguia fazer comédia…com muito esforço e suor. Não tinha sido um grande sucesso mas, na altura, ela já tinha um pequeno grupo de fãs, por isso não tinha sido um desastre.

Depois de sair do camarim, Kyoko deu um abraço rápido a Brian – uma coisa que fazia antes de entrevistas para dar sorte – e sentou-se em frente à apresentadora. No mesmo sitio onde se tinha sentado há dois anos atrás.

- Kyoko-chan. – começou a apresentadora quando o sinal ON AIR ligou – Chegou-nos aos ouvidos que o diretor Hayashi-sensei vai produzir um filme com as maiores estrelas do Japão chamado The Prince’s Uprising. O Sho-kun já está confirmado, apesar de não ser um ator. Admita-se que ele é uma das maiores estrelas do Japão. A sua colega, Kanae-san, também já foi confirmado e os nomes não param de chegar à medida que falamos. Até há um rumor que diz que o Tsuruga-kun vem da América, só para fazer este filme. Mas o seu nome ainda não foi confirmado. Faz alguma ideia do que se passa? Estão a manter isso em segredo?

- Peço desculpa, ainda não sei de nada. – respondeu Kyoko, sorrindo inocentemente – Talvez não seja uma das maiores estrelas do Japão.

- Tenho a certeza que ainda vai ser contatada. – disse a apresentadora, com pena de Kyoko – E sobre o CD que está agora a gravar? Vai haver alguma balada?

- Tenho pena, mas não. – Kyoko olhou para o público quando eles fizeram “Ooooh” – Desculpem, mas sou eu que escrevo as minhas músicas e não tenho tido imaginação para baladas. Mas ainda não é nada definitivo.

- Bem, ficamos à espera. – disse a apresentadora – Podemos, pelo menos, ouvir a última balada que gravou, do seu primeiro CD?

- Claro. – respondeu Kyoko, mas não queria. Escrevera a última balada sobre Ren, não queria recordar a dor que tinha sentido. Mesmo assim, levantou-se e dirigiu-se para o microfone.

Quando a luz do holofote ofuscou-a, ela pegou na guitarra que lhe ofereceram e começou a cantar a última balada que tinha escrito.

Did you forget
That I was even alive
Did you forget
Everything we ever had


Did you forget
Did you forget
About me?

Did you regret (Did you regret)
Ever standing by my side
Did you forget (Did you forget)
What we were feeling inside

Now I'm left
To forget
About us

But somewhere we went wrong
We were once so strong
Our love is like a song
You can't forget it

So now I guess
This is where we have to stand
Did you regret
Ever holding my hand

Never again,
Please don't forget,
Don't forget

We had it all
We were just about to fall
Even more in love
Then we were before

I won't forget
I won't forget
About us

But somewhere we went wrong
We were once so strong
Our love is like a song
You can't forget it

Somewhere we went wrong
We were once so strong...
Our love is like a song
You can't forget it at all

And at last
All the pictures
Have been burned

And all the past
Is just a lesson
That we've learned

I won't forget it,
Please don't forget
Us

Somewhere we went wrong
Our love is like a song
But you won't sing along

You've forgotten
About
Us

Quando saiu, deprimida e de cabeça baixa, Brian foi até ela e envolveu-a com os seus braços. – O Tora telefonou. Disse que vais chegar atrasada à reunião na LME se não te despachares.

- Sim, já vou. – disse ela, fechando os olhos por uns momentos. Depois afastou-se e sorriu como se nada tivesse acontecido – Vamos?

Brian olhou para o lado onde Kyoko tinha adormecido no banco do pendura.

Desde que tinha ido viver para Kyoto, tinha que acordar cedo todos os dias e deitar-se tarde. Brian conseguira as boas graças da mãe dela e, por isso, conseguia convencer a senhora Mogami para que Kyoko passasse a noite no seu apartamento. Mas isso não chegava. Ela ia ficar doente se aquela rotina continuasse.

Quando estacionou no parque privado da LME, mais do que problemas, Brian viu uma maneira de acabar com aquilo tudo ao olhar para Ren Tsuruga. Ele podia lutar contra a mãe de Kyoko e sair vencedor onde todos tinham falhado mas, ao ver a cara de Kyoko quando acordou e o viu, Brian descobriu que não ia ser nada fácil.


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Notas finais do capítulo

Queria criar um personagem que fosse tipo um cãozinho leal e um pouco Ecchi. Acho que consegui, com o James ^^
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