Eu acordei exausta devido ao sermão que eu havia levado na noite anterior quando Andy e mamãe chegaram em casa.

 E justamente por causa deste fato, eu estou de castigo por um mês! Um mês, nem eu estou acreditando nisto. Imagina só, eu um mês sem internet, sem celular, sem nenhum meio de comunicação, o que será de Suze Simon?! Nada.

 - Suze?! – Ouvi uma voz interrompe meus pensamentos, gritando de La de fora. – Suze?!

 - To indo! – Gritei, descendo a escadaria, ainda de pijama.

 Quando abri a porta, vi que era Paul que estava ali parado, elegantemente por sinal. Ele estava usando uma calça Jeans, uma camisa pólo azul marinho e sapa tênis. Muito Gato!

 - Bom d... Uau! – Exclama ele, me olhando de cima a baixo.

 - Cala a boca, e entra. – Eu disse. Pois eu sabia muito bem o porquê dele dizer aquilo, já que meu pijama na verdade era, um short mínimo e um blusão por cima.

 Depois de ele entrar, ele se sentou no sofá e ficou mexendo no controle remoto da TV.

 - Espere aqui, pois eu acabei de acordar e preciso me arrumar.

 Passei por ele, e subi para o meu quarto. Peguei uma calça Jeans preta,  uma blusa branca regata, um sutiã e uma calcinha; e fui tomar meu banho.

 Uma meia hora depois mais ou menos, eu voltei para a sala novamente, já com o cabelo escovado, maquiada e pronta pra sair, quando me deparo com Jesse e Paul se encarando.

 - Oi Suzannah. – Disse Jesse, assim que me viu.

 - O que faz aqui? – Eu perguntei de uma forma sutil.

 - Vim te buscar, para te levar a escola, ou você não se lembra que eu disse que você não ia com ele? – Perguntou ele, com um sorrisinho que fazia eu me derreter toda, ai que sorriso lindo!

 - Se eu me recordo, eu havia dito que você não iria me levar e sim o Paul, não é mesmo? – Eu perguntei, com o cenho franzido.

 - Suze, você não ira tomar café da manhã? – Paul perguntou, tentando melhorar um pouco o clima que estava naquele ambiente.

 - Irei tomar na escola. – Eu disse, pegando minha bolsa com meus livros que já estavam em cima do sofá desde ontem à noite.

 - Então vamos. – Disse Paul, ignorando o Jesse.

 Eu passei pelo Jesse, e abri a porta para que saíssemos. Paul veio logo atrás e passou pela porta, e Jesse ficou parado no meio da sala ainda.

 - Vai sair, ou não? – Eu perguntei para o Jesse, que estava intacto no mesmo lugar.

 - Vou. – Disse ele, ao se virar e vir em minha direção e passar pela porta.

 Eu tranquei a casa, e sai, indo em direção ao Paul que estava parado em frente á sua BMW.

 - Vamos. – Eu disse, indo para o lado do carona.

 - Você vai mesmo com ele? – Perguntou Jesse, chegando perto da onde eu estava.

 - Isto era para ter ficado claro pra você desde ontem. – Eu disse.

 Então Jesse, voltou para o seu carro, eu ficou me cuidando de La. Eu pedi para que o Paul andasse logo, e fossemos para a escola.

[...]

 Algum tempo depois, eu já estava chegando à escola, Paul me deixou na portaria da escola e foi estacionar o carro, mais quando eu olhei para o outro lado da rua, eu me arrependi no mesmo momento de ter olhado. Aquela ruivinha estava parada do outro lado, me olhando com um olhar assassino, que apesar de eu ser mais eu, me deu medo.

 Ela atravessou a rua, e parou bem na minha frente.

 - Como vai Suze? – Disse ela, com puro tom de ironia na voz.

 - Bem, e você? – Eu disse, no mesmo tom que ela, pois eu não ia abaixar a cabeça pra qualquer umazinha ai.

 - Então, fiquei sabendo que você é mediadora também. – Disse ela, me analisando. – Que coincidência incrível, não acha? Eu, você, o Jesse, o seu amiguinho que te deu carona, e até mesmo o Padre. Todos mediadores. – Eu engoli em seco na mesma hora, pois como ela poderia saber que todos nós éramos mediadores. Eu e o Jesse, tudo bem, ela quer ferrar com a minha vida mesmo, mais o resto, não faz sentido.

 - O que quer afinal? – Eu perguntei com os punhos cerrados, pois qualquer coisa que ela dissesse, poderia me fazer voar no pescoço dela.

 - Primeiro, eu queria matar o Jesse, depois eu mudei de idéia e pensei em te matar, ai eu pensei e melhor e porque não matar os dois de uma vez, ai é matar dois coelhos com uma cajadada só.

 Alguns minutos depois de eu ter escutado tudo aquilo e que eu resolvi abrir minha boca para falar alguma coisa, eu sou interrompida, por uma voz masculina bem atrás de mim.

 - Pri, o que faz aqui? – Depois eu reconheci a voz, e percebi que era Jesse.

 - Oi, Jesse. – Disse a ruivinha, com uma voz fingida. – Só estava dando uma passada aqui, e vi a Suze parada na porta da escola, e resolvi parar para dar um oi.

 - Foi? – Jesse, perguntou pra mim agora.

 Eu pensei uma dez vezes antes de responder, e eu sabia que se eu dissesse a verdade ele iria acreditar nela, então resolvi entrar no jogo dela.

 - Foi sim. – Eu disse. – Eu tava contando para ela os últimos acontecimentos.

 - Acontecimentos? – Perguntou Jesse, confuso.

 - Ai, bobinho. – Eu disse, e ele virou os olhos sem acreditar no que eu havia dito agora. – O nosso beijo de ontem, e a volta do nosso namoro não é? – E então, eu o puxei pela gola da camisa, e dei-lhe um beijo bem dado, para que a ruivinha visse que ela não sabe com quem esta lidando. Mas a hora que eu finalizei o beijo, percebi que não era só ela que estava vendo, mais sim Paul, que me olhava sem crer no que seus olhos estavam vendo, então ele virou de costa e saiu correndo.