- Você pode vigiar a garota que estava no apartamento dele, pra mim? – Eu perguntei.

 - Achei que você quisesse ser rápida que nem ele. – disse o Jonata para mim.

 - Eu vou ser mais quero que você vigie ela pra mim. – Eu disse – Você não disse que ia me ajudar? – Eu perguntei.

 Ele ficou com uma cara meio pensativa e depois disse:

 - E o que q eu vou ganhar com isso?

 - O que você quer? – Eu perguntei, mais fiquei com medo da resposta.

 - Quero ficar com você. – Disse ele.

 - Um beijo? – Eu perguntei.

 - Hmm, pode ser. – Disse ele meio receoso.

 - Mais só um. – Eu disse firme.

 - Ok. – Disse ele, fazendo sinal de sentido. - Ah, preciso saber como ela é, senão não tem como vigiar, não acha?

 - É mais como vou mostrá-la pra você? – Eu não tinha pensado neste detalhe ainda. Eu não sabia nem o nome da guria, só o apelido prego que o Jesse chamou ela, “Pri”.

 - Tive uma idéia. Que tal eu vigiá-lo, sem ele me ver é claro. É Só você me descrever ela, ai eu vejo se ela estiver com ele.

 - Isso mesmo! Você é um gênio. – Eu disse.

 - Me diz como ela é. – Pediu ele.

- Cabelos cacheados e ruivos. Deve ter na base de uns 22 ou 23 anos de idade.  – Eu disse me lembrando da cena que eu vivenciei na casa do Jesse. A guria com um corpo perfeito, só com um vestidinho preto, e ainda por cima, chamando o Jesse de amor.

 - Beleza.

 - Tem como você ir ver isso agora? É que eu preciso fazer umas coisinhas. – Eu disse.

 - Ok. Mais não se esquece do combinado. – Disse ele.

 - Certo. – Disse eu, com uma voz meio receosa, depois de pensar em beijar Jonata novamente. Vocês devem ta se perguntando, como eu Suzannah Simon, posso estar receosa em beijar um gato como aquele. É difícil mesmo, mais eu to. – Tchau. – Eu disse, quando o Jonata ia desmaterializando.

 Certo, eu pensei comigo, devo fazer o que agora? Enfim decidi em ligar para o Paul, contar as novidades para ele.

 Paul atendeu no primeiro Toque, e disse:

 - O que ouve Suzannah, que você não deu sinal de vida o dia todo?

 - O dia todo? – Eu perguntei.

 - Sabe que horas são? – Perguntou ele.

 - Não.

 - São cinco da tarde. – O que?

 - Puts, o que esta acontecendo comigo? Hoje eu acordei achando que era oito da noite. E agora são cinco da tarde e eu nem vi o tempo passar.

 - Mais ainda vai da tempo.

 - Tempo? Tempo de que? – Eu perguntei sem saber.

 - De você se arrumar para irmos ao cinema.

 - Desde quando eu ia ao cinema com você hoje? – Eu perguntei.

 - Desde hoje. Você esta muito abatida com tudo que aconteceu, então vamos ao cinema pra ver se você esquece-se de tudo. – Disse ele.

 - Não sei, não. – Eu disse.

 Não era porque eu estava com vontade de ser rápida igual o Jesse, que eu ia querer ir ao cinema com o Paul. Mais pensando bem, isso iria servi para alguma coisa, alem de eu esquecer das coisas, o Jesse iria saber disso por alguém, e com alguma sorte seria pela Cee Cee.

 - Qual é Suze? Vamos La, vai ser bom pra você esquecer-se do “de Silva”. – Disse ele.

 - Ok, ok. – O troco seria dado duma forma básica. – Me pega as oito?

 - Claro!

 - Ah, tenho uma condição. - Eu disse.

 - Qual? – Perguntou ele meio vacilante.

 - Tem que ser um encontro de casais. – Eu disse. – Eu e você, e o Adam e a Cee Cee.

 - Então quer dizer que é um encontro? – Ô boca maldita. – Achei que era só um lance de amigos, mais se viro encontro, eu devo ta te conquistando. – Ele deu uma risadinha cínica no telefone.

 - Encontro é modo de falar. Isso não é nada mais, nada menos do que um lance de amigos, como você mesmo disse.

 - Ta bom, então. – Disse ele, ainda rindo. – Pode chamar o Adam e a Cee Cee.

 - Vou ligar pra ela agora, ok? Tchau. – Eu disse.

 - Tchau, beijos.

 Desliguei o telefone, e fui ligar para Cee Cee.

 Ela atendeu no terceiro toque.

 - Oi Suze! – Disse Adam.

 - Oi Adam, cadê a Cee Cee? – Eu perguntei.

 - Só um pouquinho, vou chamá-la. – Disse ele, e a seguir eu ouvi sua voz ao fundo dando um grito: - Amor, é a Suze.

 - Oi Suze! – Disse Cee Cee, depois de uns minutos de espera.

 - Vamos fazer ao cinema? Eu, você, o Adam e...

 - Você volto com o Jesse! Que maravilha! – Gritou ela me interrompendo.

 - Não. – Eu disse. – Eu vou com o Paul.

 - Como é que é?! – Disse ela.

 - Então, vamos ou não? – Eu disse, ignorando o que ela falou.

 - Vou. Mais não se esqueça que eu quero que me conte tudo, ok?

 - Ok. Nos encontraremos as 8:30 no cinema. – Eu disse.

 - Certo. Até La. Tchau.

 - Tchau. – Eu disse e desliguei o telefone.