Da Morte para a Vida escrita por DRACENA


Capítulo 30
Capítulo 29




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-Do que esta falando? – desconcertada.
-Kagome o Inu Yasha não pode ficar. Ele não pertence a essa era e tem que voltar comigo ainda hoje.
-E por que eu deveria voltar com você? – rosnou, abraçando a cintura da jovem, protetor.
-Por que se não voltar comigo ainda hoje o futuro como conhecemos não irá existir e a Kagome pode até mesmo não nascer.

Kagome olhou para a yokai pálida. Não queria que ele a deixasse e estava preparada para lutar contra tudo e contra todos, mas ao olhar para o hayon soube que ele havia tomado sua decisão. As lágrimas embaraçaram sua visão.

-Não pode ir...
-É preciso – tristemente.

Ela recuou. Balançava a cabeça, tentando negar os fatos ou simplesmente acordar daquele pesadelo. Mas não agüentou ficar na frente daquele que amava sem poder tê-lo. Saiu correndo em direção a sua casa.

-Eu acho melhor conversar com ela – disse melancólico.
-Deixe que eu cuido disso.
-Tem certeza?
-Eu acho melhor. Enquanto isso me espere no carvalho que se encontra no meio do jardim – e foi atrás da jovem.





Kagome entrou em casa e se sentou no sofá, abraçando suas pernas. Grossas lágrimas saíram de seus olhos. Não queria que Inu Yasha fosse embora. O amava e o queria sempre ao seu lado.

-Kagome eu sei que é duro, mas você vai ter que se conformar.

Layla adentrou na sala e sentou-se ao lado dela no sofá.

-Você sabe?! Mas é claro que não! – agressiva – você nunca amou uma pessoa e teve que deixá-la partir. Não sabe o quanto é duro fazê-lo.
-Vocês humanos pensam que não, mas nós também temos sentimentos – levantou-se e olhou a paisagem pela janela, seus olhos traziam muita dor – Eu já amei muito um yokai e fui correspondida até certo ponto, mas tive que deixá-lo partir. Havia outra mulher no destino dele. Uma que ele amará para todo o sempre.
-Por que não interferiu? Você poderia fazer isso não é?
-Sim eu poderia. Mas não seria certo. Ele não seria plenamente feliz. E eu também não seria por não poder fazê-lo feliz – virou-se e a encarou – mas não tenha receio, o seu destino não será igual ao meu.
-Não vejo grande diferença. Nós duas vamos viver o resto dos nossos dias sem ter quem amamos ao nosso lado – desanimada.
-Não se preocupe. Posso lhe assegurar que o seu amor não morrera.
-O que sabe sobre isso?
-Kagome, se o amor é forte e verdadeiro, não há como ele se perder nas eras.

A jovem olhou para a Layla. Queria confiar em suas palavras, mas não conseguia acreditar. Ele iria embora. Ela nunca mais o veria. De que adiantava o amor continuar vivo? Antes esquecê-lo se possível.

-Layla se não se importa, eu gostaria de ficar sozinha um pouco.
-Tudo bem. Agora eu preciso conversar com o Inu Yasha. Espero você lá fora.

A yokai já estava saindo quando a garota chamou-a.

-E se eu fosse com ele? – esperançosa.
-Tanto ele aqui, como você lá, mudaria a história Kagome.

Ela abaixou a cabeça e a outra saiu.




-Por que você pediu que eu a esperasse aqui?
-Se estou certa foi aqui que tudo começou.
-Mais ou menos. Não conheci a Kikyou aqui, mas foi aqui que ela morreu e eu conheci a Kagome. É estranho saber que não posso ter nenhuma das duas – melancólico.
-Quem você realmente amou Inu Yasha? – estudando o rosto do hayon.
-Eu sempre amarei Kikyou, mas também amo a Kagome.. Não sei... É difícil explicar. Amo as duas da mesma forma, nem mais nem menos. São amores... E destinos iguais.
-Eu deveria saber...– cruzou os braços – Pois a Kikyou e a Kagome possuem a mesma alma Inu Yasha.

Claro isso explicava uma porção de coisas, mas ainda custou a creditar.

-Por que esta me dizendo isso? – ainda atordoado.
-Você a ama Inu Yasha? Mas um amor que irar dura pra sempre não importa o que aconteça?
-Sim – abaixou a cabeça – infelizmente sim.
-Por que tanta certeza?
-Por que o que eu sinto por ela não é uma simples chama que a chuva apaga. Ou uma planta que pode ser sufocada. É mais forte, imortal, que não importa o que aconteça sempre ira existir.

Layla olhou para o céu. Parecia meditar sobre algo.

-Inu Yasha eu sei que não devia dizer isso, mas você e a Kagome ainda iram se encontrar.
-Como assim?
-Bem... Isso ira depender de você e dos seus sentimentos por ela, mas quero que saiba de uma coisa, o amor, se for verdadeiro não morre, porém se dito ao vento de nada vale – franziu a testa – mas acho que será decepcionante.
-Por quê? Eu não a amarei? É isso?
-Isso só o tempo dirá.


Continua...


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