12.Inadequação

Levou o charuto novamente aos lábios, dando uma tragada lenta. Soltou a fumaça com os olhos fechados, aspirou a fumaça, sentindo o cheiro do charuto caro. Cheiro de tabaco e um leve aroma de flores. Flores?

Integra abriu os olhos com certo susto. Naquele exato momento viu um vaso de vidro azul cheio de rosas amarelas caminhando a sua frente. E o vaso andarilho tinha pernas, pernas finas revestidas de um jeans negro muito justo e levemente surrado.

-Protesto! -Interrompeu Vlad.

-Por que?-Perguntou MsWritter

-Por que ela pode ver um vaso com pernas e eu não posso ver um disco voador?

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13.Impaciência

Como a Hellsing não queria saber de presente nenhum, e muito menos saber da origem dos cartões, Celas e Vlad resolveram por bem que juntar todos os pedacinhos de papel era mais que o suficiente, e enquanto Celas juntava as flores que mais lhe agradava, Vlad se divertia experimentando os chocolates. Gostava de doces, mas sempre foi uma coisa rara em sua vida. E de fato aqueles eram muito mais refinados e saborosos do que os que ele conhecia.

Mas que fique claro, ele abriu apenas uma caixa de bombons, depois de Celas lhe garantir que Integra não sentiria a menor falta; e comeu poucos desde então. Pegava um pedaço muito pequeno do chocolate e o deixava derreter na boca, geralmente sentado em algum lugar e com a cabeça jogada para trás.

Ele sorria alegremente como uma criança na Páscoa. Por fim, ele acabou com uma caixa de bombons e Celas insistiu até que ele abrisse a segunda.

-Vlad? Pronto pra começar a cena?- Perguntou MsWritter.

-Claro! Eu nasci pronto! Nossa! Olha! É vermelho, Celas-san! Tipo sua lente de contato! -E ele riu. MsWritter, Carol, Integra e Celas se entreolharam alarmadas.

-Vlad? Tá tudo bem?- perguntou Integra. Ele estava entretido demais observando alguma coisa para responder. MsWritter andou até a poltrona onde ele estava sentado minutos atrás e suspirou.

-Quem foi que pegou a caixa dos bombons de licor?!

Celas se encolheu.

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Como a Hellsing não queria saber de presente nenhum, e muito menos saber da origem dos cartões, Celas e Vlad resolveram por bem que juntar todos os pedacinhos de papel era mais que o suficiente, e enquanto Celas juntava as flores que mais lhe agradava, Vlad se divertia experimentando os chocolates.

(…)

Integra desceu as escadas e deu de cara com Celas sentada no tapete da sala, retirando os espinhos de duas rosas vermelhas e Vlad, esparramado no sofá, a saborear um bombom de chocolate com licor de cereja.

– Esses imprestáveis nem ao menos tiveram o cuidado de preparar as rosas antes de enviá-las.– Integra cuspiu, olhando para o carnaval que sua sala tinha virado.

- E o que a senhorita gostaria que fizéssemos com tudo isso?- Vlad perguntou. Integra deu um sorriso sarcástico o suficiente para deixar Alucard orgulhoso.

-Pinta de verde e joga no mato.

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Bom, no final, já estava muito cansada daquilo tudo, e se os dois já tinham tudo o que precisavam, incluindo as roupas, que se danasse se eles a fariam passar vergonha ou não. Sairia daquele lugar maldito, pararia em uma outra loja de vestidos que já conhecia e sabia ser um gosto menos vulgar, compraria qualquer coisa e iria finalmente para casa! Parecia um sonho se realizando, tipo, ir para casa! Casa onde se toma banho, se fuma charuto, se toma whisky, se dá tiros em tetos, paredes, alvos e Roses. Não que Rose estivesse lá para receber um tiro, mas isso só tornava a ideia de voltar para casa melhor.

-Milady, já considerou consultar um especialista sobre esse negócio de sair atirando em tudo e todos?

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14.Decepção

Integra terminou de descer as escadas, ignorando uma mão que Vlad lhe oferecia. Não que ela tivesse feito de propósito, mas ficou tão assustada ao perceber que QUERIA aceitá-la que acabou não esboçando reação nenhuma além de continuar seu caminho, o que por si só resultou em rejeitar o gesto elegante do rapaz.

-Não é por nada não...-começou Carol, praticamente sussurrando para MsWritter para não atrapalhar a cena- Eu já vi gente se assustar com várias coisas, mas se assustar com uma mão sendo oferecida para uma ajuda é a primeira vez...

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Seria um verdadeiro lorde inglês, não fosse pelo fato de ser romeno. E Integra poderia ser uma verdadeira condessa romena, não fosse o fato de ser inglesa. Ou, se ele não fosse romeno, poderia ser Finlandês, considerando-se os cabelos escuros e a pele e olhos claros.

Aliás, qualquer um que não nascesse em seu país poderia ser de outro país! E depois de quinta vem sexta e depois de sexta vem sábado!

(*)

                                             oOo

Foi então que o beijo foi drasticamente partido com a mão de Vlad puxando Joseph pela testa, e atirando-o no chão,

– A senhorita disse não. – Ele disse para o rapaz do chão.

Recuperada do susto, Integra levou a mão à própria testa. Sabia que Joseph era esquentado, e tinha o dobro do tamanho de Vlad. Aquilo ia dar merda.

~Participação especial do dia: Capitão Nascimento.~

~-Isso vai dar merda!~

Joseph se levantou, e já estava indo para cima de Vlad, exatamente como Integra previra.

Mas ele só era grande, não tinha habilidade nenhuma. O conde o segurou pelo rosto, e prensou a cabeça dele contra o chão.

~-PEDE PRA SAIR ZERO DOIS! PEDE PRA SAIR!~

-Ok, CORTA! Capitão Nascimento, obrigada pela participação de hoje. -Agradeceu MsWritter. Depois que o capitão se despediu e saiu do cenário. Ela virou-se para Carol.

-Sabe, se você continuar colocando tantos personagens aqui sem fazer um disclaimer nós podemos acabar processadas...

-FU!