Quase Escolhido escrita por mille_crotti


Capítulo 4
Apesar de tudo


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!

Desculpa a demora.... Não recebi tantos reviews quanto queria, mas estou postando mesmo assim =]

Agradecimento especial a Yurils2012, que me lembrou de um pequeno detalhe que corrigi nesse cap =]

recadinhos lá embaixo...

Boa leitura!



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Avó e neto ficaram se encarando durante um minuto que parecia não querer passar. Enfim, Neville levantou-se do sofá, segurou a mão da avó e disse:

                - Vó... quero vê-los. Não me importo se eles não sabem quem eu e você somos. Eu sei quem eles são, e, para mim, isso basta.

                - Mas Nev...

                - Vó, eu já fiquei sem conhecê-los por tempo demais. E acredite, ter me contado a verdade foi o melhor presente de aniversário que você poderia me dar, apesar de tudo. Não quero brinquedos, vassouras ou varinhas. Apenas quero conhecer meus pais.

                Augusta olhou para o neto, suspirando.

                - Nev, você tem apenas 5 anos, mas já tem maturidade de uma criança de 10. Eu tenho muito orgulho de você, sabia? Nunca se esqueça disso. Vá se arrumar, vamos tomar café da manhã e depois iremos ao St. Mungus.

                - Obrigada, vovó! – Falou o pequeno, com um sorrido jamais visto pela avó. – Você é a melhor, sabia? – Assim, abraçando sua avó uma última vez, Neville saiu correndo escada acima e dirigiu-se a seu quarto, no 2° andar.

                A cabeça do pequeno estava funcionando a todo vapor. Enquanto fazia sua higiene pessoal e trocava o pijama azul estrelado (N/A: as estrelas piscavam de verdade! Quero um desse!) por uma roupa comum de trouxa, repassava toda a conversa que teve com a avó. Ainda não estava acreditando que finalmente iria conhecer seus pais. Ao pensar nisso, sentiu um aperto no coração. “Eles não irão me reconhecer”, pensou. Com esse pensamento, deitou em sua cama, abriu a gaveta de seu criado mudo e retirou de lá o álbum de fotografias que pegara escondido no porão da casa.

                Em suas páginas, fotos dos Longbottom antes do ataque. Várias miniaturas do casal acenavam para filho, e lágrimas teimosas brotavam de seus olhos e corriam por seu rosto. Neville sabia que não deveria ter esperanças, mas no fundo ainda acreditava na possibilidade de ser reconhecido pelos pais. Enxugando o rosto na manga da camisa, pegou sua mochila e desceu para tomar o café. A velha senhora usava um vestido longo verde escuro, com cachecol de pele vermelha e eu chapéu favorito, com um urubu empalhado. Controlando sua já conhecida vontade de rir, que sempre aparecia quando sua avó usava essa roupa, sentou-se à mesa. Foi despertado de seus devaneios ao notar que a avó continuava chorando silenciosamente, por mais que tentasse claramente se controlar.

                - Quem fez isso, vó? – Perguntou, assustando Augusta, que estava justamente virando bacons na frigideira. Estes foram parar no teto no momento em que a bruxa se virava, já de varinha em punho, pronta para atacar.

                - Estupef... NUNCA...MAIS...FAÇA...ISSO!! – Gritou para o neto, que se encolheu na cadeira.

                - De-de-desculpa, vó, achei que a senhora tivesse me ouvido chegar! – Disse o pequeno, tentando manter-se longe da mira da varinha.

                - Não, Nev, tudo bem, desculpe-me, eu é que estava com os pensamentos longe... bacon com ovos, querido?

                Neville olhou para o teto, onde alguns pedaços do café continuavam lá, grudados. Seu estômago gritou em protesto e o garoto engoliu seco.

                - Acho que vou preferir torradas hoje...

- Está bem querido.

- Vovó?

- Sim?

- Importa-se de abaixar a varinha? Ela ainda está apontada para mim...

- Desculpe-me, querido. Aqui está seu café, coma tudo pois não sabemos a que horas comeremos novamente. – Disse a avó, sentando-se à mesa.

- Está bem... Vovó?

- Sim?

- Quem fez isso?

- Eu, oras!

- Não as torradas, vovó... quem fez isso... com meus pais? Quais eram? Os nomes deles?

- Nev, não importa, o que está feito, está feito, saber quem foi não irá fazê-los melhorar...

- Eu sei... Mas preciso saber, se você não contar, saiba que vou descobrir por mim mesmo!

 Augusta pensou bastante para responder. Após uma longa pausa e um grande suspiro, finalmente falou:

- Descobrimos que depois que aqueles dois Comensais levaram seus pais, eles se juntaram a outros dois e os quatro torturaram seus pais por mais dois dias seguidos, antes de abandoná-los perdidos, em todos os sentidos, pelas ruas de Londres.

- Quais os nomes deles, vó? – Insistiu a criança, séria.

- Nev, tem certeza? – O neto confirmou com um aceno de cabeça – Está bem... Os dois na praça eram Bellatrix Lestrange e Bartô Crouch Jr, filho de um importante funcionário do Ministério, um bom homem, coitado, ficou arrasado quando soube que o único filho era um Comensal da Morte. Depois, se juntaram à eles o marido de Bellatrix, Rodolfo Lestrange, e o irmão dele, Rabastan.

Novamente, avó e neto encontravam-se em meio a lágrimas silenciosas num momento carregado de dor. Augusta já tinha se arrependido de ter contato a verdade ao neto naquele momento. Sabia que ele ainda era muito pequeno, mas temia sua reação caso viesse a descobrir tudo isso sozinho. Por outro lado, sabia agora percebia que contando a ele, comprometera sua infância com a dura realidade. Chegou à conclusão de que não deveria ter contado tudo, fora muito precipitada.

- Vó? Vamos? Vó? Está tudo bem?

Perdida em seus pensamentos, Augusta no notara que o neto já havia comido e estava pronto para sair, aguardando ao lado da porta.

- Está sim, querido, desculpe-me, estava apenas pensando. Só irei pegar minha bolsa.

Quando sua avó subiu as escadas que davam acesso ao andar de cima, Neville foi para a sala de estar e sentou-se no sofá. Sabia muito bem que “Só irei pegar minha bolsa” significava, pelo menos, mais 15 minutos de espera. Enquanto passava os olhos pela sala, deparou-se com o retrato de seus pais que ficava em cima da lareira, o seu favorito, que mostrava sua mãe grávida e seu pai ao lado dela beijando sua barriga. O pequeno não sabia o porquê de sua atitude, mas colocou o porta-retratos em sua mochila, escondido entre seu agasalho e seu estoque de sapos de chocolates. Sua avó voltou no momento em que Neville recolocava a mala nas costas.

- Está na hora, querido vamos.

- Como chegaremos lá, vovó?

- Chave de portal, Nev. Ainda é muito cedo para aparatar com você e meu estoque de Pó de Flu acabou, preciso lembrar de comprar mais quando formos ao Beco Diagonal.

- Droga, odeio chaves de portal, elas me deixam enjoado! – Falou o pequeno, fazendo careta.

- A mim também, pequeno, mas não é nada comparado a aparatar. Vamos?

Rapidamente, caminharam até um beco vazio perto de casa, onde ninguém os veria. Ao chegar, Augusta encontrou a chave de portal, desta vez, uma garrafa de vidro verde onde, um dia, tivera um refresco.

- Pronto, Nev? No três... um, dois, três!

Ao tocarem a chave, imediatamente iniciaram sua viagem. Os dois minutos rodopiando durante o trajeto foram suficientes para deixá-los com muita tontura e náuseas. O passeio terminou em uma viela escura, habitada apenas por ratos que caçavam comida nas lixeiras. Permaneceram por mais um tempo lá, até que o mal estar passasse.

- Venha, Nev, o hospital St. Mungus é por aqui.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?

Gente, preciso saber da opinião de vocês, por favor me deixem reviews!

No próximo capítulo, o tão esperado encontro!

Beijos

ps: reviews, por favor hein? kkkkk



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