500 Days escrita por H_S


Capítulo 5
Capítulo 2 - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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Capítulo 2 - parte 2

“A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande.”

Roger Bussy-Rabutin

http://www.youtube.com/watch?v=SGBLiGFaddo

Eu peguei um táxi até o hotel em que eu havia me reservado.

Á viajem todo eu estava segurando a minha pulseira, eu a rodava em meu pulso.

Tyler era a única boa recordação de toda a minha vida.

Pelo menos, tive bons momentos com ele... Na maior parte dela.

Eu desci no hotel.

Atualizei minha reserva e peguei a chave.

Fui até o quarto.

Fui até o banheiro e me encarei por um grande tempo no espelho.

Resolvi tomar um banho.

A água quente cai nos meus ombros e os massageava tirando a tensão de toda á viajem.

 Eu sai do banho e me vesti.

Coloquei uma roupa bastante confortável.

Uma calça jeans, uma bata e uma sapatilha.

Eu resolvi da uma pequena volta pela cidade para ver como ela estaria depois desse tempo em que estive longe.

A Califórnia era muito quente, então coloquei uma garrafinha em minha bolsa caso eu sentisse sede no caminho.

Mas, eu compraria uma no caminho também.

 Fui a Chinatown da cidade, onde passei um grande tempo.

Eu gostava bastante de comida chinesa.

Aproveitei e almocei e comprei algumas lembranças chinesas.

Mas, depois de um tempo andando no mesmo lugar, mais de vinte vezes eu percebi que teria de fazer uma coisa.

Eu teria que encarar minha família.

Era a ultima coisa que eu queria fazer.

Zoey minha meia irmã, iria contar a todos que eu estava indo hoje.

Seria um saco.

Mas eu teria que aguentar.

Eu fui andando pelas ruas de São Francisco, me relembrando da minha patética vida.

Por uma grande ironia meu hotel era uns doze quarteirões do hotel.

Mas, eu estava um pouco mais longe pelo fato de minha pequena saída.

Eu parei em frente à casa com a faixada amarela.

Eu toquei o interfone uma vez.

Zoey atendeu.

-Sim?

-Sou eu. – eu disse batendo minha cabeça na pequena armação de tijolos ao lado do portão.

-Summer! Só um segundo! – ela disse exaltada como se estivesse anunciando ao mundo que eu estava aqui.

Eu apenas rolei os olhos e não respondi.

Eu me encostei-me à armação de tijolos.

E fechei meus olhos e suspirei alto.

 Não estava acreditando que concordei com isso.

Botei minha mão em minhas têmporas e as esfreguei, tentando evitar uma dor de cabeça indesejada no momento.

O portão se abriu e eu o empurrei lentamente.

Entrando em casa.

Eu me virei e tranquei o portão e encostei minha cabeça nele pela ultima vez rapidamente.

 Levantei-me rapidamente e me virei.

Era de dia e as janelas estavam abertas.

Ninguém estava à vista.

Sabia que iam fazer uma festa surpresa de ultima hora e tentar parecer felizes depois da minha ausência de cinco anos.

Eu andei lentamente e entrei na sala.

Não tinha ninguém.

Coloquei minha bolsa no sofá e vi um bilhete em cima da mesa.

Uma seta apontando para a copa.

Eu soltei um leve suspiro e arquei as sobrancelhas.

Eu andei lentamente até a copa assim que entrei minha família inteira e antigos amigos estavam lá gritando surpresa.

Eu dei o meu melhor sorriso sem graça.

Mas ninguém comentou nada.

Minha mãe veio a minha frente me abraçando com força.

Eu retribuí.

-Senti sua falta... – ela me disse enquanto me abraçava mais forte.

Eu me afastei lentamente e a fitei a dando um sorriso torto.

Ela me deu o mesmo sorriso e todos faziam uma fila para me abraçar.

Meu pai foi o ultimo.

- Devia ter nos dito que vinha ou deveria ter ligado... Estávamos preocupados.

Eu levantei meu rosto e o fitei juntando as minhas sobrancelhas.

-Onde você está?

-Hotel KING a doze quadras daqui.

-Vai ficar aqui apenas até a formatura? – ele perguntou numa esperança de eu ter que ficar mais.

A verdade toda para eu ter que vir para cá é que havia um cliente que queria arrumar negócios.

Minha família foi apenas um... Porém na história toda.

- Não... Eu tenho um cliente aqui então provavelmente vou acabar ficando mais tempo... Mas nem tanto assim.

-Não suma de novo. – ele disse passando a mão no meu ombro e a tirando rápido.

Depois desse momento um tanto tenso fomos para a sala onde todos ficaram conversando.

Eu fui falar com meus antigos amigos.

Jayne e Petter.

Estávamos conversando basicamente de trabalho.

Jayne havia virado médica, como sempre quis.

Petter virou dentista, ele nunca quis ser isso.

 Eu senti uma mão em meu ombro eu me virei rápido para ver o que era. Tyler.

-Sempre vamos nos encontrar assim?

-Acho que sim... – eu lhe dei um sorriso.

Eu sentia muita vergonha em falar com ele. Dá ultima vez que nós nos vimos eu havia surtado pelo fato dele ter falado que estava apaixonado por mim.

Até hoje eu não consigo ter uma relação estável.

Eu sempre repito o mesmo erro dos meus pais.

Tyler se sentou ao meu lado.

Jayne e Petter saíram nos deixando sozinhos.

-Você sem terno fica estranho.

Ele riu e logo retrucou;

-Você sem aquela roupa de “mulher executiva” fica estranha.

Eu ri junto com ele.

Ele me olhou enquanto ria, eu fingi não notar.

-Dessa vez você não vai sair correndo, vai?

-Não. – eu disse com uma voz suave.

E lhe dei um sorriso.

O mesmo sorriso que dava há cinco anos.

Para ele.


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Notas finais do capítulo

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