DAY 295

POV SUMMER

“A vida é maravilhosa se não se tem medo dela.”

Charles Chaplin

http://www.youtube.com/watch?v=Lb9X5jMofEo

Eu entrei naquele grande salão.

Estava incrível.

Havia longas colunas, com várias exposições de joias.

Eu desci as escadas devagar e compassadamente.

Quando eu cheguei ao térreo Luke veio ao meu encontro.

- Summer! – ele pegou minha mão e depositou um beijo na mesma.

- Luke, como andam as coisas?

- Incríveis, adoraria continuar essa parceria, seria sucesso.

-Podemos discutir isso, eu adoraria continuar isso com você.

- Eu também... Mas hoje, nada de negócios.

- Com certeza, hoje é dia de comemoração.

O garçom passou ao meu lado com uma taça de champagne eu peguei a taça e dei um leve aceno de cabeça agradecendo ele retribuiu.

- Ao sucesso da Lucky.

- Ao sucesso.

Eu e Luke erguemos a taça que deram uma leve batida e demos um leve gole em seguida.

- Está fabulosa essa noite, se me permite dizer.

-Obrigada, devo dizer o mesmo de você.

Ele deu um leve sorriso.

- Gostaria de lhe apresentar alguém.

- Hãm... Claro, quem seria? – eu perguntei começando a rondar o salão com meus olhos.

- Ele foi quem coordenou a criação das minhas lojas, desde o inicio.

Ele me guiou até o bar que havia ali próximo.

Minha expressão congelou por um estante, mas eu não deixei transparecer.

- Esse é Tyler Walker e sua noiva Nicole.

- Prazer. – eu disse estendendo a minha mão a Nicole.

-Prazer... Desculpe, mas nós nos conhecemos.

- Eu não sei... Talvez.

- Seu rosto é familiar.

- Sério? – eu perguntei ficando sem jeito com a situação.

- É por que ela era minha amiga. – Tyler disse pela primeira vez.

- Então vocês se conhecem? – Luke perguntou bebendo a champagne.

- Pode- se se dizer que sim. – Tyler disse bebendo sua bebida.

Eu virei meu rosto por um tempo encarando o salão por um tempo e voltei novamente.

- Acho que vocês tem muito que conversar então vou deixa-los a sós.

Eu o olhei e dei um sorriso, Tyler balançou a cabeça e sua noiva me olhava meio sem graça.

- Droga... – eu murmurei baixo.

- Então... Como andam as coisas em Boston.

- Não me venham com o seu cinismo Tyler.

- Cinismo? Eu só estou tentando ser gentil.

- Vai se ferrar. – eu disse colocando a taça no balcão e saindo.

Eu fui até o pequeno jardim que havia do lado de fora.

- Mas que filho da... – eu rangi com os meus dentes.

Não demorou muito para Tyler aparecer.

- Ei! Não precisava ser grossa na frente dela... – Tyler começou a dizer, mas eu o interrompi.

- Não venha me dizer como eu devo agir você perdeu esse direito quando mentiu pra mim. – eu disse mantendo meu tom exaltado.

- Eu já disse que sinto muito por isso.

- Isso não muda o que você fez! Você me usou e está fazendo o mesmo com ela também! – eu disse exaltada apontando para dentro.

- Olha, eu não me orgulho do que eu fiz, mas vamos deixar Nicole fora dessa história.

- Eu nunca pensei que você pudesse ser tão mau caráter.

Ele fez um rápido movimento com a cabeça.

-Eu não posso mais magoá-la.

- E o que acha que está fazendo? – eu disse olhando fundo em seus olhos.

Ele ergueu as mãos e as deixou cair em seu corpo.

- Eu não sei.

- Para de tentar agradar os outros e agir como se nada tivesse acontecido, por que aconteceu, você a traiu, traiu a confiança dela e eu me sinto suja só de pensar que foi comigo!

- Você não sabia... – ele murmurou baixo

- É... Eu não sabia, mas isso não me faz menos culpada.

Eu o encarei por um tempo e me sentei no pequeno banco que havia ali perto.

Ele continuou no mesmo lugar encarando o vácuo.

- Sabe... Da primeira vez que você foi embora, eu demorei dias pra entender para entender que não era culpa minha...  Pelo menos eu acho que não foi. Mas da segunda vez, quando eu sabia que havia sido por minha causa... Eu me senti... Eu me senti... Como um monstro. E Nicole percebeu, eu a magoei, magoei você... Não quero mais... Magoar ninguém.

- Então... Diga a verdade.

Ele me olhou. Seus olhos azuis se iluminaram com a luz, os olhos de April era azul esverdeado, uma mistura perfeita dos meus olhos com os deles.

Assim como ela era. Uma linda mistura minha e dele.

- Eu não sei se... Consigo fazer isso. – ele disse pausadamente.

- Se eu consigo você também consegue. – eu disse me levantando.

- Como assim? – ele perguntou sem entender.

- Me encontre no parque, amanhã cedo as seis. Eu preciso contar uma coisa.

Eu me levantei e comecei a andar para dentro, havia chegado a hora de botar as cartas na mesa.