O despertador tocou, acordando Ashley, ela levantou preguiçosamente da cama em direção ao banheiro se aprontar para mais um longo dia exaustivo de trabalho; Corria apressada para pegar o trem pro serviço. O som do trânsito infernal de Tóquio não parava de seguí-la pra onde quer que ela fosse. Ashley arfava ao ter que correr no miudinho com seu salto 15, a saia curta e o tailleur bege. Um modelito muito comum para seu trabalho como secretária das empresas Sony.

Atravessava a faixa de pedestres distraidamente enquanto ajeitava os documentos de sua pasta, quando alguém esbarrou forte nela... A pasta escapou de suas mãos e toda a papelada se espalhou aleatoriamente sobre a rua. As pessoas seguiam andando ignorando a cena, pisoteando os papéis desordenados. Ashley pôs as mãos na cabeça, puxando os cabelos em um gesto de puro desespero. Agachou-se para recolher os relatórios, sabia que ia perder o trem com o tempo que levaria para recolher tudo. Ia chegar atrasada no serviço logo na segunda semana de trabalho na Sony. De repente um homem parou na sua frente.

- Quer ajuda?  

            Ela levantou o olhar para o alto. Um moreno de estatura alta e olhar penetrante, semblante um tanto sério, encarava-a de cima. Antes mesmo que ela aceitasse a ajuda, este se agachou para recolher os papéis com ela. Houve uma troca de olhares rápida e então ele sorriu simpático; Após Ashley agradecer a ajuda, o homem ofereceu-lhe uma carona até o trabalho dela. “Que sorte!” Ela pensou. No caminho pra tal, eles conversaram bastante, o nome dele era Roberto, tinha um sorriso encantador... Antes de sair do carro ele lhe passou o número de seu celular, ela não entendeu por que, mas isso não a impediu de gostar de tal ato. O tempo se passou e eles passaram a se encontrar cada vez mais, um sentimento forte estava se formando entre os dois, até que em uma bela tarde de sol, em outro de seus encontros os dois se beijaram. Porém quando isso aconteceu, ele contou-lhe a verdade sobre si... Roberto era casado! “Não pode ser” ela se afastou agora temerosa com o que tinham acabado de fazer. “Por que ele nunca me contou?” Roberto apenas explicou que desde o primeiro dia que a viu, ele não pôde mais resistir e ficar longe dela, ele a amava, tinha medo de contar-lhe a verdade e com isso afastá-la dele. O tempo passou e eles continuaram juntos como amantes. Quando ambos iam se encontrar no apartamento dele, as luzes do apartamento ficavam piscando... Esse era o sinal do homem para os amantes poderem se encontrar em segredo. Um dia a garota entrou no apartamento como de costume, lá ela viu a esposa do homem segurando uma faca de cozinha. Em um dia cinzento, nublado e chuvoso... A esposa matou a garota. Ashley resistiu na esperança de que Roberto viesse salvá-la. Ela esperava que ele aparecesse bem diante de seus olhos, mas o homem nunca apareceu. É verdade! Ele traiu a sua amante!

            Quando o sinal de encontro ainda é usado... Vem da teimosia da garota morta, enquanto ela ainda permanece naquele prédio. Em um dia nublado e chuvoso como aquele, a jovem garota morta vai mandar o sinal. O mesmo sinal que o homem usava para chamá-la. As luzes do apartamento iram apagar e acender... Apagar e acender... E então ela espera por uma vítima novinha em folha! Prédio G, apartamento 104.