Boa Noite, Irmão Suíça. escrita por CrimsonQueen


Capítulo 1
Capítulo único - Boa noite, irmão Suíça.


Notas iniciais do capítulo

Oiii minnaaaaaaaaa!!!!!! *-------*/
Vocês devem achar estranho eu estar postando essa fic sem avisar nem nada, mas estou simplesmente e totalmente VICIADA em Hetalia! *----*
Gzuz, é muito booooooooooooooom!! Desde que eu assisti a 1ª temporada eu já tinha gostado, mas só recentemente descobri a 3ª temporada xDD
E cara, desde que vi Suíça e Liechtenstein, pra mim eles eram o casal mais fofo do animê! (uns vão achar incesto, mas foda-se 8D) MANO, EU PRECISAVA DESESPERADAMENTE HOMENAGEÁ-LOS! ♥
Aí esses dias (mentira, foi tudo anteontem Q) montei uma oneshot na minha cabeça e resolvi escrever *----*
Peguei uma parte do animê que logo vocês vão saber qual é. (mas eu vou falar agora: me inspirei na parte em que eles se encontram pela primeira vez e o Suíça adota a Lili-chan ♥)
Uma coisa que queria deixar registrado: A história tem duas partes: A em que o Suíça narra e a que a Liechtenstein narra.
Uma solução prática (mas não sei se foi muito "polida" e_e) foi separar a parte dele da parte dela por "Xxxxx", mas o que vai deixar mais fácil é que todas são intercaladas ^^ (AH VA! *se bate*) e a parte da Lili está em itálico. Só que os pensamentos também estão, e agora? Bom, resolvi deixar os pensamentos em itálico e negrito, mas peço que não se atenham aos negritos e foquem na história em si ^^
Enfim, nem vou dizer que vou fazer cosplay dela também porque é surpresa u_u
Enfim, espero que gostem! ^o^
Boa leitura ! (>*-*)/



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(...)

         O relógio marcava dez horas da noite. As luzes estavam apagadas. Liechtenstein estava em seu quarto, possivelmente dormindo. Abri apenas um pouco sua porta, para ver se ela estava devidamente coberta, pois a chuva lá fora fizera com que a casa ficasse um pouco fria.

         Sim, ela estava.

         Fui para meu quarto e troquei minhas roupas para dormir também. Hoje o dia não fora dos melhores, não depois de topar com Áustria, enquanto fazia minha caminhada matinal ao lado de minha irmã. Fiquei pensando em coisas banais e fitando o teto enquanto tentava pegar no sono; procurando uma posição confortável, ouvia o barulho da chuva batendo contra o vidro da janela, e aquilo foi lentamente me acalmando, e meus olhos ficaram pesados.

     Xxxxx

         Escutei o irmão Suíça abrir a porta do quarto, e fechei os meus olhos para fingir que dormia. Mas... ele não entrou. Acho que apenas foi ver se eu estava deitada. Mas estava difícil pegar no sono. O quarto silencioso, meus pés frios tocando um ao outro por debaixo das cobertas.

         Eu estava um pouquinho assustada. O barulho da chuva no vidro da janela em frente à minha cama martelava a minha cabeça. Eu me levantei para fechar as cortinas e barrar a sombra das grades da janela que a luz da lua fazia no chão...

         Quando eu vi um... raio!

      AAAAAAH!  Tudo o que tive tempo de fazer foi me encolher e tapar os ouvidos o mais rápido que eu consegui. Abri meus olhos devagar e tentei levantar. 

         "Eu não quero ficar aqui sozinha!"

         Saí de fininho do meu quarto. Pensei em ir para a sala e ler um livro até que a chuva ficasse mais fraca, mas a escuridão me intimidou e meu corpo se virou automaticamente na direção do quarto de meu irmão.

         "Eu...  Será que posso entrar assim? E se ele estiver dormindo? E se ficar bravo por eu estar acordada até agora?"

          Pensei em mil coisas, enquanto minha mão ia e voltada da maçaneta, sem rodá-la. A palpitação em meu peito devido ao susto ainda estava forte, e eu achei melhor entrar, antes que outro raio caísse. Foi isso que eu fiz.

          Eu achava aquilo perigoso e engraçado, pois estava me sentindo uma espiã, igual àquelas das histórias do América-san.

          Mas é claro que eu não ia roubar nada ali.

          "O que eu faço agora?! E se eu tentar sair e ele acordar?"

          O barulho da chuva na janela ficou mais intenso. Cheguei perto da cama do irmão Suíça, e fiquei lá, parada.

         Ele estava quase caindo dela! Coloquei a mão na barriga por achar a cena engraçada, mas um trovão baixo, porém longo, acabou com a graça. O som adentrou minha cabeça e foi quando eu...

         Eu vi...

         Lembrei-me de uma noite na qual também chovia. A noite em que eu fugi, por causa da recessão. 

         A RECESSÃO. Aquilo que me derrubou, e fez com que tudo a minha volta se transformasse em caos e ruínas rapidamente.

         "Não. Por favor... Não quero lembrar daquilo!"

         Me senti desprotegida e pequena, e sem ao menos perceber estava puxando as cobertas da cama de meu irmão e entrando debaixo delas.

         A noite escura... A chuva estava gelada, meu cabelo pesando nos meus ombros, meus pés doloridos de vagar a noite toda. Todo o medo estava aos poucos reaparecendo.

    Foi numa noite chuvosa e fria como esta que eu conheci meu irmão.

       Realmente tenho um afeto muito grande por ele. Afinal, eu não sei o que teria sido de mim naquela noite se ele não tivesse aparecido.

         Pensar em alguém especial me acalmou, mas os flashes que os raios faziam do lado de fora eram assustadores. Eu estava com as mãos nos ouvidos, mas já estava com a cabeça doendo. Tirei devagar, mas o barulho veio logo depois.

         Me encolhi e puxei sem querer a camisa do irmão Suíça.

         "ESSA NÃO!"

Xxxxx

         Abri os olhos assustado, e quase caí da cama. Quando tentei me endireitar, senti que algo estava atrás de mim. Puxei o cobertor e vi Liechtenstein.

         Espere... LIECHTENSTEIN?!

    "O que ela faz aqui?"

    "Quando ela entrou?"

    "Por que está aqui?"

    "Por que está EM MINHA CAMA?"

    — Liecht...  Quando fui tocá-la, vi que ela estava... Diferente.

            Seus olhos fechados com força, e ela estava tremendo. Toquei de leve seu ombro, e seus olhos se abriram, vermelhos.

    — Liechtenstein!  Sentei-me na cama ... O que houve?

             Ela apenas olhava pra mim, sentando-se na cama também.

    — Teve um pesadelo?  Aproximei-me dela  Está se sentindo mal? Por favor, diga algo. - Coloquei uma mecha de cabelo atrás de sua orelha direita

    —... Ah... E-eu... Ah! P-por favor  irmão, me desculpe! É que eu... Eu... Eu! ela arrumava o cabelo de forma desajeitada

Xxxxx

     "Ah meu Deus! Como poderei explicar à ele? E agora? Eu nunca fiz isso antes! Ah meus Deus!"

         Eu passava as mãos no cabelo freneticamente, sem saber onde enfiá-las. Quando vi que ele estava com um semblante preocupado, tentei me acalmar e explicar a verdade.

Xxxxx

    — Acalme-se, respire fundo.   Eu a orientava enquanto seus ombros pareciam relaxar. Seus lábios se abriram e ela ia falar algo, quando um relâmpago iluminou todo o quarto, e um trovão fez estremecer os vidros da janela. Liechtenstein tapou os ouvidos e gemeu de medo.

    — Ah, não faça isso com tanta força. Vai machucar seus ouvidos!  segurei seus pulsos e abaixei suas mãos  Você... está com medo dos trovões?  apontei para a janela, ela acompanhou meu dedo com os olhos.

Xxxxx

            Quando ele apontou para a janela, minha vontade foi de dizer “SIM”, mas tudo o que consegui fazer foi balançar a cabeça e levar as mãos ao rosto, e meu choro transbordou ali mesmo.

    "Ah, que vergonha!"

Xxxxx

    — Liechtenstein. Acalme-se, eu estou aqui.   Tomei-a em meus braços e deitei sua cabeça em meu peito, enquanto ela soluçava.

        Acho que nunca a tinha visto assim. Se tivesse me dito antes que tinha medo de noites chuvosas eu poderia ter feito alguma coisa...

Xxxxx

    "Ah! Ele... O irmão Suíça me abraçou. Ele me abraçou!"

            Eu apenas fiquei ali, enquanto meu soluço parava. Devagar eu fui me recompondo. Quando finalmente achei que podia falar sem soluçar, passei as costas das mãos pelas bochechas e respirei fundo.

    — Eu... Irmão... Eu me lembrei do dia em que nos encontramos pela primeira vez. O barulho da chuva, parece que eu estou lá de novo. Vivendo aquilo tudo. Não quero!  Estou com medo de acontecer algo comigo!  Eu o olhei agoniada.  Aquelas memória são ruins, e estão voltando! Quero que parem.  Minha cabeça doía. Meu peito doía. — E se alguém fizer algo a você? E se separarem a gente? E se...

Xxxxx

     Boba!  Puxei-a para perto de mim e abracei-a, com força. — ESCUTE SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS!  Elevei minha voz, sem querer

    —M-Mas e... não a deixei terminar

    — Não vou deixar que façam isso.  falei baixo, dessa vez mais controlado  Não vou deixar, tenha certeza disso. Desde aquele dia, decidi que não poderia ficar longe de você, ou deixá-la sozinha. Estarei sempre ao seu lado. Cuidando de você. Protegendo você. Eu amo você, Liechtenstein.  senti seus braços envolverem minha cintura, e interpretei como se ela tivesse entendido o recado.

Xxxxx

        Eu estava exausta de ser atormentada por aquilo tudo. Tudo o que eu queria era a certeza de que não aconteceria comigo de novo. Eu acho que não suportaria. Mas... encontrei nas palavras do meu irmão a certeza de que eu podia ficar tranqüila a partir de agora. Ele irá me proteger, e eu irei protegê-lo. Andaremos de mãos dadas todos os dias, como hoje. Ficaremos lado a lado. É isso o que eu mais quero, e vou lutar para que seja sempre assim.

Xxxxx

        O quarto estava silencioso. Liechtenstein estava quieta até então, mas seus braços estavam em volta de mim, ainda firmes. Sua respiração esquentava meu peito, mas percebi que ela estava menos assustada.

    — ... Liechtenstein?  Arrisque chamar sua atenção. Ela levantou a cabeça, me olhando com um semblante aliviado. Passei meus dedos polegares abaixo de seus olhos, para secar as lágrimas. Ela pegou minhas mãos.

Xxxxx

    — Irmão...  Olhei dentro de seus olhos, segura do que ia dizer  Obrigado por me adotar e permitir que eu vivesse ao seu lado. Eu também amo você.  apertei suas mãos nas minhas, e sorri, tirando todo o peso de minhas costas. Tudo estava bem melhor agora. Olhei pela janela e vi apenas algumas gotas que escorriam pelo vidro. A chuva tinha acabado, e com ela, o meu medo tinha ido embora.

Xxxxx

        Enquanto ela olhava para a janela, me permiti um sorriso de alívio. Não sorria assim faz um tempo, mas Liechtenstein me fez fazê-lo. Eu estava grato de tê-la ao meu lado. Soltei o ar pela boca, e ela se virou para mim.

Xxxxx

     — Está cansado, não está irmão?  Eu o fitava com curiosidade.

Xxxxx

    — Não, não.  Cocei a cabeça e soltei um bocejo que denunciou meu sono  E você, está?

Xxxxx

    — Um pouco...  Esfreguei meus olhos  Mas estou me sentindo bem agora!

    —Quer que eu a acompanhe até seu quarto?Ele perguntou

    — Na verdade... eu quero dormir aqui com você!  Puxei o cobertor para mim, e ri.

Xxxxx

    "... HEEEEEEEEEEEEIN?"

    — O-O-O-O que? M-mas... Você pode c-c-cair da cama!  Eu senti meu rosto ficar mais quente enquanto procurava um lugar para enfiar as mãos.

    — Meu irmão não vai deixar que eu caia da cama, ele vai me proteger! Ela disse, parecendo uma criança, e me fez rir novamente.

    — T-tudo bem, se você não se i-importar...  Pigarreei e sentei ao seu lado, colocando meu corpo debaixo da coberta. Ela fez o mesmo.

    —Gute Nacht, irmão Suíça.  Ela disse a frase, já com os olhos fechados, com o corpo de frente ao meu.

    —Gute Nacht, Liechtenstein.  Respondi em alemão também, já que era um dos meus principais idiomas.

    Mas isso não vem ao caso agora. Com Liechtenstein tão próxima a mim, não consegui fechar os olhos a noite inteira.


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