Intrometida escrita por alineranieri


Capítulo 4
Novo Amigo




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Senti minha consciência voltando. Sentia cada centímetro do meu corpo como se tivesse sido esmigalhado, minha cabeça nunca havia doído tanto e até minhas pálpebras pesavam.

Ouvi pessoas conversando. Não sabia quem era, nem quantas eram, nem sobre o que falavam. Meus ouvidos faziam um zumbido e a dor na minha cabeça era tanta que fazia impossível entender alguma coisa.

Tentei abrir os olhos lentamente, com muita dificuldade.

Quando estavam completamente abertos pude ver uma imagem de um azul profundo, mas não pude distinguir o que era, minha vista estava embaçada.

Pisquei algumas vezes, com muita dificuldade, até que tudo entrasse em foco. Consegui perceber o que era aquela coisa perto do meu rosto. Um par de olhos de um azul cor de oceano estava a menos de cinco centímetros de mim.

Gritei.

Aquela pessoa colocou uma mão na minha boca para abafar meus berros e olhou para frente.

-Essa daí não é muito normal. Você conta que é um vampiro e ela não fala nada e depois só de me ver já começa a berrar. – E olhando para mim ele disse – Vou parar de tampar a sua boca, então, por favor, pare de gritar. Eu já estou com muita dor de cabeça só de ouvir o falatório do Stefan, não preciso de ninguém gritando para piorar a situação para os meus neurônios.

Arregalei os olhos. Se ele falava de Stefan, ele provavelmente era...

-Sim, eu também sou um vampiro. Damon, irmão mais velho do Stefan. Mas não grite. Prometo que não vou fazer nada com você, e ninguém te escutaria mesmo, seria totalmente sem sentido. – Ele disse adivinhando o que eu pensava. E olhando para frente disse – E nem ele vai, não é Stef?

Stefan apareceu em um piscar de olhos do lado do sofá em que eu estava deitada e me ajudou a sentar.

-Olhe Elena, desculpe. Eu não sei nem como dizer o quanto estou arrependido, é só que...

-É só que esse palhaço acha que a namorada dele que está morta há 145 anos pode ressuscitar e vir brincar de casinha com ele... E por algum motivo, que eu prefiro não tentar entender, ele se descontrola e acaba fazendo idiotices como essa, como te morder.

Aquela conversa toda só estava me irritando. Minha cabeça estava prestes a explodir.

-Parem vocês de falar! – Respirei fundo, numa tentativa frustrada de acalmar minha enxaqueca. - Você me mordeu. – Disse eu apontando para Stefan ao mesmo tempo em que colocava a outra mão no pescoço. – E você... – Parei o que dizia a Damon. Minha ferida estava curada, como se nunca houvesse existido! – O quê aconteceu enquanto eu estava apagada?!

-Eu dei meu sangue para você beber. Meu irmão faz as burradas e eu concerto. Obrigado novamente, Stefan! Não sei o que seria da minha vida se não passasse todo o meu tempo tentando concertar as burradas que você faz!

-EU O QUÊ???

-Você bebeu o sangue dele, Elena. Olha, sangue de vampiro cura os humanos. Ele fez isso para estancar o sangramento.

-Exato. Você estava sujando o meu sofá.

Olhei incrédula para Damon. Então, pela primeira vez notei suas feições. Olhos azuis, cabelos pretos, uma boca que fazia covinhas quando sorria. Era tão lindo quanto o irmão, mas mil vezes mais sarcástico. Enquanto Stefan era sério e cuidadoso com as palavras, Damon não perdia uma oportunidade de fazer uso do seu sarcasmo sofisticado e inteligente, dizia o que pensava e acabava sendo engraçado. Eu podia até gostar dele.

Balancei a cabeça para afastar essa idéia. Eles eram vampiros! Como eu poderia conviver com eles?

-Preciso ir pra casa. – Eu disse enquanto me levantava.

Mas me levantei rápido de mais. Eu estava caindo.

Então um braço me segurou e disse.

-Vamos, eu te levo.


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Notas finais do capítulo

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