Into a New World escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 7
Príncipe e Princesa?


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora milenar de moi aqui, hahaha
Enjoy :)



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- Espere! – Justin disse, quando era arrastado. – Princesa Jill, eu já volto!

E simplesmente desapareceu do corredor, sendo conduzido pelos guardas à força, fazendo expressões veementemente assustadas, e tentando dizer que o que estivesse acontecendo, era mentira, ou algo do tipo. Jill bufou. Exatamente quando alguém simpático aparecia para colorir a vida de Jill e fazê-la ganhar um primeiro melhor amigo, os guardas simplesmente o arrastam para longe dela. Ótimo. Formidável. Fenomenal.

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Justin foi arrastado até um quarto pelos guardas, e assim que se viu livre, se viu á frente de Rainha Lúcia e de sua irmã. Tumnus estava ali, mas o garoto só o notou em um segundo momento. Estava perplexo demais por causa de um colar que estava na mão direita da Rainha. O colar de ouro com um amuleto de prata com leão rubro desenhado. Justin levou sua mão ao pescoço, onde ele notou a falta de algum objeto de sua posse.

- Meu... Meu cordão. – Ele disse. – O que...

- Esse não é seu. – Rainha Lúcia disse. Seus olhos demonstravam emoção. Ela levou sua mão direita a uma mesa perto dali, e lá pegou um outro colar. – Este é seu. Chegue mais perto.

Justin deu alguns passos á frente, e ficou cara a cara com Lúcia. A mulher lhe estendeu o amuleto que havia acabado de pegar, e Justin fechou-o em suas mãos. De repente sentiu o objeto queimar. Devia ser coisa de sua cabeça.

- Justin, eu tinha dois filhos. Um menino e uma menina. – Ela começou. – Ao mais velho, o menino, eu lhe dei um colar como esse. Que é idêntico a esse, que é meu. – Ela indicou o colar em sua mão. – Nos dois estão gravados os nomes de seus proprietários. – Ela mostrou a Justin o colar dela. Nele estava gravado uma simples frase:

Pertence à Rainha Lúcia, Quarta Soberana das terras de Nárnia.

Então Justin abriu suas mãos, e observou a gravação contida nele: Pertence á príncipe Corin, filho de Rainha Lúcia, do Reino de Nárnia.

- Não pode ser possível. – Justin disse. – Meu nome é Justin Drew Bieber.

- Esse foi o nome que lhe deram em Telmar. – Lúcia disse. – Justin, você e Jazmyn são meus filhos.

Os olhos de Jazmyn se iluminaram imediatamente, e a garotinha abriu um sorriso. Mas, Justin não teve a mesma reação. Não era ele em si, na verdade, ele ficou fora de si por alguns segundos. Uma força estranha passava a correr por suas veias, e, aquela força era tão forte que ele realmente não soube o que estava lhe dando aquela sensação totalmente nova. A sensação daquela força correndo por seu corpo lhe fez ver tudo turvo, sentir raiva, tristeza, tudo ao mesmo tempo, e a se sentir realmente estranho.

- Não... – Ele murmurou. – Não pode...

Simplesmente tudo a sua volta se tornou um breu, e ele viu suas pernas perderem a força e seu corpo simplesmente desabar no chão.

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Justin abriu os olhos, confuso e ainda um pouco fraco. Se deparou com vários olhares preocupados sobre ele. Principalmente os de Lúcia e de Jazmyn.

- O... O que aconteceu? – Ele perguntou, enquanto Jazmyn passava um pano úmido sobre sua testa.

- Você... Eu nunca vi nada... Nada parecido. – Tumnus disse. – Você... Quase derreteu.

- Não pode... Eu não... Eu não sou... – Ele gaguejou, se levantando, cambaleante, com as mãos na cabeça. – Ela...

- Corin, você... – Rainha Lúcia disse, se levantando, dirigindo sua mão direita a ele, querendo segurar seu braço para que ele não desabasse novamente.

- Não me chame de Corin! – Justin gritou, desviando seu braço do toque da mulher. – Eu me chamo Justin!

- Jus! – Jazmyn disse, num tom reprovador. Justin baixou a cabeça. Não queria ser filho de Lúcia. – Ela é uma rainha! Nós somos príncipes, então!

- Não. – Ele disse, sério, se virando para Lúcia, Jazmyn e todos os outros. – Eu... Não quero isso.

Lúcia olhou para Justin com uma expressão assustada e surpresa ao mesmo tempo. Como? Ela estava procurando por ele nos últimos oito anos, e, quando finalmente o encontra, seu próprio filho dizia que não queria tê-la como mãe?

- Você nos deixou sozinhos! – O garoto começou. – Eu e Jazmyn, sozinhos, numa canoa, sem comida ou água!

- Cor... Justin, – Lúcia disse. – Você não sabe o que aconteceu!

- Eu sei. – Ele disse. – Ah, eu sei.

Justin só sentiu seus olhos se encherem de lágrimas e saiu correndo dali. Queria ter conhecido aquele lugar com a palma da mão para saber exatamente para onde correr para fugir dali e voltar para sua vida de antes. Mas, como nada em sua vida estava correndo bem, ele bateu de frente com alguém enquanto corria, e caiu sentado no chão. Iria soltar alguma ofensa, mas então ergueu o olhar.

- Ei, rapaz, o que houve? – Edmundo perguntou, estendendo-lhe a mão e erguendo-o. Quando percebeu as lágrimas em seu rosto, o homem franziu o cenho. – Por que está chorando?

- Eu... – O garoto gaguejou. – Eu... Eu tenho que ir.

Ele se virou e saiu correndo. Queria que as lágrimas que desciam seu rosto cessassem, na verdade ele nem sequer sabia o motivo de estar chorando daquele jeito, quase nunca ele chorou na vida, ele não sabia também o motivo de ter falado o que falou para Rainha Lúcia. Ele não se lembrava de nada que havia acontecido para acordar numa canoa com a irmã, realmente não sabia de nada. Algo o estava dominando, e aquilo não era bom. Nunca um domínio próprio não exercido por si mesmo era bom. Justin caminhou sem rumo pelo castelo, limpando as lágrimas assim que elas desciam sua face, até se ver num jardim. Não sabia aonde estava, até que viu que aquele era o lugar aonde ele havia conhecido Jill Pevensie.

Justin parou para respirar e só então percebeu o estado em que estava. Fraco, muito fraco, mal conseguiu se manter de pé por muito tempo, e desabou de joelhos na grama. Depois, caiu de bruços. Que tipo de príncipe ele era? Mal conseguia ficar de pé!

Como se a situação do príncipe recém descoberto não pudesse piorar, o tempo mudou, e começou a chover forte. Ali, morrendo de frio, fraco e se sentindo a pior pessoa do mundo, Justin imaginou que talvez... Fosse o fim da linha. Era um pouco exagero, mas, interiormente, era o que Justin mais queria. Sumir. Não pensava que tudo podia ir de maravilha à desastre em questão de minutos. Em questão de meia hora estava com Jill, conversando com ela, e, agora estava jogado na grama de um jardim que ele quase não conhecia, tremendo de frio, molhado por causa da chuva, com raiva, desolado.

Justin tentou se erguer, lutando contra a própria fraqueza, e conseguiu se pôr sentado. Se surpreendeu quando sentiu algo por trás dele, segurando-o pelos braços.

- Ei. – Ele soltou, mas algo voou em sua boca, impedindo-o de falar claramente. – Eii!

Algo bateu contra sua cabeça com força, duas vezes, repreendendo-o. Justin sentiu algo diferente da água da chuva sujar sua testa, a fraqueza ficou maior, a visão dele começou a girar, e ele desabou para o lado, de olhos fechados.


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Notas finais do capítulo

Legal? Não? Comentem, eu só tenho seis reviews, olha que triste!



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