Inocência e Caos os Primeiros Passos no Abismo escrita por Garlock


Capítulo 9
Capítulo 9 - A última ascensão


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora gente... empacamento intelectual.



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Ás vezes, queremos continuar a dormir, eternamente, sem ninguém que nos diga o que fazer ou como fazer, perdidos em nossos mundos de sonhos... Mas outras vezes, bem diferentes e, sinistras, acontecem quando tudo o que queremos... é não acordar


- GARLOCK! Acorda!


Acordei meio sobressaltado, mas olhei pra porta. Um soldado me chamava pra começar os treinos da manhã. Me levantei de mal humor. Me olhei no espelho que ficava ao lado da cama e um ser meio pantera olhou de volta pra mim. Sorri ao me ver assim. Era intimidador. Me ergui e peguei a lança que estava ao lado do espelho e saí do quarto. Me dirigi diretamente ao pátio externo, ignorando deliberadamente, Hades, Rafar e Loki. Eles estranharam na primeira vez e tentaram falar comigo, mas me esquivei e os ameacei com a lança. Aliás, desde que acordei, há três dias, eu não me lembro de nada antes de entrar no castelo das trevas. E também não me lembro de Xenarib... nada dela... Parece que Thanatos apagou mais do que devia, para que pudesse me controlar melhor. Não me lembro de conversas com Rafar e Hades, como eles continuam a insistir... Parei um instante... Olhei pra trás. Notei o olhar de Hades para mim... era de preocupação. Respirei uma vez, mais pesado, e então me virei novamente para o pátio externo.Finquei a lança no chão e uni as mãos em frente ao peito, concentrando minha energia em meu corpo. Uma aura negra me envoleu e sorri. Segurei a lança novamente e comecei a treinar. A lança deixava um rastro de luz negra quando rasgava o ar e sua trilha virava quase uma bandeira, devido à velocidade com que a girava. Um guerreiro, querendo medir forças comigo, se postou à minha frente com duas espadas e sorriu, me chamando pra luta. Sorri. Parei a lança e me endireitei, apoiando-a no chão e chamando o guerreiro com a outra mão. Ele me atacou com uma das espadas, mas logo percebi que ele era muito lento pra mim. Me desviei girando pra esquerda e, girando a lança, o derrubei fazendo-o cair de boca na areia negra. Ele tentou se preparar pra levantar, mas minha lança já fazia contato com sua nuca.


- Um verme deveria saber o seu lugar. Fique aí e coma terra, nasceu pra isso e só pra isso você serve!


O pátio irrompeu em aplausos. Sorri meio maníaco e então senti minha lança saindo de minha mão e caindo no chão. Olhei pro lado e meus olhos se encheram de fúria.


- HADES!!


Ele se aproximou devagar e olhou pra mim.  Então pegou minha lança, me devolveu e sacou a própria espada. Eu sabia o que ele queria, e contrariando muitos ali que queriam que eu não aceitasse, eu aceitei o desafio. Nos encarávamos e logo ele atacou. Um golpe poderoso da espada dele e eu fui atirado longe. Caí rolandodo pela terra, mas a fúria em minha mente era maior. Bati uma das mãos no chão e as garras me frearam. Me ajeitei e corri em sua direção, concentrando minha energia em meu braço e na lança. Avancei contra Hades desferindo poderosas estocadas. Mas ele se deslocava como névoa. A fúria já me dominava o corpo todo, quando eu o ataquei com mais força e ele se desviou como eu e me derrubou. Caí de boca no chão e engoli um pouco de areia. Me pus de joelhos e o encarei. Ele sorria. Peguei minha lança e me colcoquei de pé. Olhei pra Hades e me curvei, me virei e me dirigia ao castelo, quando uma trobeta soou. Corri pra amurada do pátio e vi: Um mensageiro. Continuei a observá-lo e ele veio direto ao castelo, subindo as escadas.Corri atrás dele, tentando sondar o que ele trazia. Ele apenas parou ao lado de Thanatos. O vi entregar um pergaminho e então, poucos minutos depois, Thanatos ria alto.


- Então, Alexander acha que pode contra mim? Que tolo! Mas já que ele quer assim, assim será! - Ele apontou a mão para a parede e um portal negro se abriu. Ele olhou divertido pro mensageiro- Diga a Alexander que ele tem quinze minutos pra esconder os inocentes, antes que minhas tropas cheguem.


 O mensageiro empalideceu e correu pelo portal. Thanatos olhou pra mim e me indicou a porta com a cabeça. Compreendi e saí pelo castelo chamando meus homens para a abatalha. Sorria como um maníaco e nem percebi os olhares de preocupação de Rafar e Loki para mim. Em poucos minutos estávamos alinhados no pátio esperando as ordens de Thanatos. E ele surgiu na amurada do castelo. Sorriu.

- Destruam todos. Homens, mulheres e crianças! QUERO TODOS MORTOS!!!!!

Um urro de aprovação ecoou em nossas gargantas e por todo o catelo. Um portal se abriu e passamos por ele como vespas negras enfurecidas. Em cada sorriso, um presságio da morte. Eu corri e, usando uma de minhas técnicas, subi pela parede da muralha correndo e derrubei um dos guardas. Com um salto, cortei as correntes que travavam os portões e eles se abriram. À minha direita e à minha esquerda, um mar de guerreiros negros invadiu a cidade. Pulei pra cima de uma casa e comecei a observar. A carnificina começara, as esferas negras cortavam o ar zumbindo e atingiam casas que entravam em combustão rapidamente. Guerreiros negros corriam pelas ruas, aniquilando guerreiros da luz e ceifando vidas inocentes. Uma mulher  com um bebê no colo caiu no chão perto de onde eu estava e, em menos de cinco segundos, quatro guerreiros caíram por cima dela. Quando saíram, nem ela nem o filho estavam vivos e uma poça de sangue se espalhava embaixo dela. Meus olhos arregalaram e minha boca se escancarou num riso torto. Sem me conter, me ergui numa gargalhada sinistra, adorando tudo que eu via. Foi quando uma imagem passou pela minha mente. Uma cidade atacada, um homem corre com um bebê nos braços. Dor, sangue ódio. O bebê está morto. Uma explosão negra que engloba toda a cidade que logo se transforma numa explosão de sangue. Caio ajoelhado no telhado da casa tremendo e segurando a cabeça que parecia querer explodir. Abri os olhos, alucinado pela dor e comecei a correr pela cidade. Girava a lança pra esquerda e pra direita, atacando qualquer coisa que se movesse, o sangue das pessoas começava a espirrar em mim e o sorriso maníaco voltava aos meus lábios. Comecei a matar por prazer e continuei a correr. Pulei pra uma casa e percebi um jardim secreto com duas meninas dentro. Pulei pra dentro dele e as vi brincado. Arfava e o sangue, que não era o meu, escorria pelo meu corpo. Uma me viu e gritou, correndo pra uma casa na arvore. A outra virou e me encarou. E percebi nos olhos dela algo familiar. Um misto de medo e desafio. Um rosto de uma garota pairou na minha frente, mas os cabelos dela eram loiros, e não negros como o da menina à minha frente. Novamente caí de joelhos, largando a lança. Agarrei a cabeça com tanta força que achei que fosse espremê-la com as mãos. Imagens de lembranças quebradas se moviam com tanta fúria e em tal velocidade, que sequer me atrevi a abrir os olhos, pensando que eles entrariam em órbita seu o fizesse. Me agachei no chão e conversas esparsas e desconexas me corroeram a mente.

Uma mulher me abraça. A cabeça gira e um homem treina comigo. - Você é ainda mais forte que eu. Na sua idade sequer conseguia fazer meus pelos crescerem. - um uivo, sangue, dor, morte, gritos. Uma mulher é imobilizada à minha frente - Não. Ele é só uma criança, não o deixem ver isso! Por favor! - o coração dela é arrancado, risos de escárnio, cheiro de morte, uma floresta, um homem deitado num divã, ele sorri. Um jovem da minha idade se posta ao me lado e desafia um homem com um olhar. O homem vai embora. Então aparece a fortaleza das trevas e ele olha pra mim. - Nós abandonamos tudo, então não temos que nos preocupar um com o outro também, te vejo amanhã na arena. - um soco, caio no chão e sou colhido com um chute. Revido, ele cai, uma armadura de pantera, mortes, sangue, chuva, noite. Uma voz de mulher grita, gosto de sangue na boca, um rapaz cai morto aos meus pés, olhos lacrimosos me olham de uma janela. Uma bela menina me acena... como um adeus. Uma mulher me abraça e aponta pra um berço. Um bebê adormece ali. Ela me acaricia. Ataque, dor, gritos de pavor, uma flecha, sangue, uma mulher cai, sorri, e morre, fuga, uma flecha no ombro. Ódio. Fúria. Mortes. Sangue. Thanatos...... Thanatos......

De repente me lembrei de tudo e a dor em minha cabeça aumentou tanto que cheguei a pensar que não suportaria. Caí apoiado nas mãos e, deixando meu corpo relaxar, vomitei tudo que havia no meu estômago. Me ajoelhei e olhei pra garota que permanecia perto de mim. Ela se aproximou e tocou minha testa com a mão, uma atitude que eu achei muito corajosa... apesar de tola.

- Cê tá bem moço? Parece que tá passando mal.
- LUCCIA!!! - a outra se aproximava, mais cautelosa. Devia ser a mais velha. - Tá louca é! ELE é um ser negro!!!
- E daí Zhana! Ele tá passando mal! - a outra protestou greitando muito perto dos meus ouvids, o que me fez gemer e minha cabeça latejar. Ela olhou pra mim e pôs as mãos na boca - Desculpa moço...

A irmã dela fechou a cara, mas eu ri e olhei pra elas.

- Não se preocupe. Quem são vocês?
- E o que te importa isso? - respondeu a mais velha de cabelos castanhos claros.
- Zhana!
- Que é??

Não pude reprimir uma risadinha. Olhei pras duas.

- Calma, calma... Eu sou Garlock. E vocês?
- Eu sou Luccia! - respodeu a mais nova - E aquela é minha irmã Zhana.
- Oi. - disse a outra - mas agora va embora que meus pais já tão voltando.
- Eles saíram? - disse espantado - Eles são guerreiros?
- Não. - disse Luccia - São mercadores.

Engoli em seco. Com a sede de sangue dos guerreiros, os pais daquelas duas estavam mortos à uma hora daquelas. Olhei pras duas, não durariam muito também se não fizesse algo. Me ergui e apontei pro lado. Um portal se abriu.

- Entrem.
- OQUÊ?!?! - disseram ambas
- Seus pais... Podem estar mortos agora... Eu vou procurá-los, mas vocês têm que ficar à salvo. Entrem e fiquem quietas, eu já vou me encontrar com vocês.
- MAS NEM MORTA EU ENTRO AÍ!!!!! - gritou Zhana dando um passo pra trás. Me irritei.
- Ou você entra aqui ou uma porrada de guerreiros vai mutilar você e sua irmã. Tu quer isso é?

Ela me olhou nervosa, mas Luccia segurou minha mão e olhou pra mim. Vi lágrimas em seus olhos, mas uma firmeza muito grande. Percebi na hora que elas tinham quase a mesma idade, mas Luccia havia evoluído mais que Zhana.

- Meus pais não vão voltar vão? - aquilo me deu um nó na garganta difícil de desatar.
- Não creio...
- Então. - ela sorriu e eu fiquei confuso - Eu vou com você.

Sorri. Ela entrou e a outra veio atrás, meio ressabiada. Olhei pra elas e fiz sinal de silêncio, fechando o portal pelo outro lado. Me dirijí à casa e olhei algumas fotos para encontrar os pais delas. Depois de memorizar suas feições, me lancei às ruas, misturando meus gritos aos dos guerreiros à minha volta. E logo os encontrei, ela com a cabeça esmagada, ele com o tórax destruído. Estava do lado de fora de uma padaria e uma sacola jazia no chão perto deles. Percebi que era o lanche das meninas. Peguei o colar da mãe e a carteira do pai e os escondi em meus bolsos. Após alguns minutos a cidade jazia em ruínas e nos preparamos para voltar. Ao chegar ao castelo, não me demorei com ninguém e Hades, Rafar e Loki me olharam desaprovadoramente. Não podia julgá-los, afinal, eles me julgavam um monstro agora. Me dirijí direto ao meu quarto e o tranquei. Luccia estava sentada na cama e Zhana andava impaciente de um lado para o outro. Para minha surpresa, elas me abraçaram assim que cheguei. Me ajoelhei assim que se aproximaram e as abracei, fechando os olhos e sentindo-as ali comigo. Então elas se afastaram e Luccia, com os olhos brilhantes perguntou:


- Você os achou?

Baixei o rosto. Zhana soube na hora o que havia acontecido e chorou. Tirei os pertences dos pais delas de dentro dos bolsos e disse:

- Desculpem...Eles... estavam mortos quando cheguei.

Olhando incrédulas para a carteira e para o colar, elas choraram, mas o fizeram silenciosamente, ainda conscientes que estavam em território inimigo. Zhana olhou para mim depois de um tempo e me deu um soco na barriga e se aninhou na cama, detando-se e sufocando as lágrimas no travesseiro. Luccia, no entanto, me abraçou e chrou no meu ombro. Olhei pra elas, desprotegidas. Não durariam nem meio segundo no castelo. Seriam mortas com certeza, assim como Xenarib.... E Albion.... e minha mãe....  Me lembrei de um lugar. Um lugar evitado até por Carrau. A caverna da noite. Um estalo ocorreu em minha mente. Elas poderiam passar comigo. Olhei pra elas e então, com um golpe seco, desmaiei Luccia. Me dirijí a Zhana, que ainda chorava, e fiz o mesmo. Poucas horas depois, elas despertavam no velho castelo que se localizava em frente à caverna. Meio espantadas é verdade, mas assim que as pus à parte da situação elas se acalmaram. À partir desse dia eu ia todas as tardes para lá e treinava com elas. Eu era, agora, como um irmão mais velho para elas. Pelo menos, era assim que as via. Quatro anos se passaram. Elas estavam agora com doze anos e eu resolvi que era hora delas vestirem suas primeira armaduras. Para Zhana forjei uma armadura branca, um cavalo branco. Ela adorou. Me abraçou e me deu um beijo no rosto, vestindo-se rapidamente. Realmente era uma amazona incrível. Sorri. Olhei para Hades, Loki e Rafar. Eles me ajudaram a treiná-las e estavam ali para vê-las em suas primeiras armaduras. Para Luccia, eu preferi algo mais enxuto. Seu corpo sobressaiu sobre o de Zhana e ela o tinha mais desenvolvido e mais... curvilíneo, digamos assim... Com apenas doze anos e com aparência de ter dezoito. Sua armadura era negra. Uma harpia. Ela se vestiu, sorriu e olhou pra mim. Então ela se sentou ao lado de Zhana. Olhei pra elas e sorri.

- Bem. Como já sabem, essas armaduras são as primeiras que vocês têm. Quanto mais as usarem, mais poderes terão. Então não se incomodem de usá-las por quanto tempo quiserem ok?

Para minha surpresa, elas sorriram e, se olhando por um segundo, olharam novamente pra mim e disseram, ao mesmo tempo:

- Entendemos pai.

Isso foi um choque. E Luccia se levantou e se apressou a explicar.

- Você nos ensinou, cuidou de nós, nos treinou e nos ajudou em tudo.

- É! - disse Zhana um pouco embaraçada - No início nós o víamos como um irmãozão, mas agora...

Elas se entreolharam de novo e olharam pra mim.

- Podemos chamá-lo de pai, Garlock? - disse Zhana.

Eu não respondia. Apenas olhei para o chão e deixei algumas lágrimas se derramarem. Sorri e olhei pra elas abrindo os braços num abraço.

- Claro que sim... Minhas filhas.

Elas me abraçaram e choramos juntos. Mal sabíamos que estava para findar, mais uma vez, essa alegria. Thanatos, novamente desconfiando de mim, resolveu me seguir, e colocou Carrau para me vigiar. Mas ele não conseguia entrar nas névoas de Nix, não sem voltar correndo e urrando de horror. Eu sabia disso, e me assustava em pensar no dia em que Thanatos em pessoa viesse contra mim... E o dia havia chegado. Enquanto nos abraçávamos, ele chegou. Ainda envolto pelas penumbras, ainda com o olhar sombrio dos atormentados. Ele nos olhos, ainda sem nos ver. No momento congelei, sabia que o torpor iria durar apenas mais meio segundo, então empurrei as garotas para Rafar e Loki. Olhei significativamente para Hades. Temia gritar e alerar Thanatos. Ele entendeu e sumiu, numa nuvem de fumaça, levando Loki, Rafar, Zhana e Luccia. Foi quando ele me viu e, rugindo de raiva, se precipitou contra mim, de lança em punho, mas eu me armava também. Ele então me golpeou. Eu esperava algo como o golpe de Hades. Mas não caí rolando, não me virei no ar, mas o ar saiu de meus pulmões com o impacto. Voei pela casa adentro e, só então, batendo contra as paredes de pedra, cai no chão cuspindo sangue. Ele entrou, cego de ódio. Tentei me defender, mas meu braço fora quebrado pela violência do impacto. Ele me ergueu no ar por uns breves segundos e então cravou a lança em meu ombro, concentrando na outra mão uma esfera negra que logo identifiquei como o "IMPERIA MORTIS". Estava irremediavelmente morto. Mas às vezes... milagres acontecem. Quando ele ia me matar, uma mão o deteve. Uma mulher apareceu no local, entre mim e ele. Thanatos pareceu assustado ao vê-la.

- NIX!! O QUE FAZ AQUI!!!! - gritou ele atemorizado. Sua antiga pompa o abandonando.
- Eu quem devia perguntá-lo isso irmão. - respondeu ela num sussurro mortal - Já que estás em meus domínios. E tentando matar um de meus descendentes.
- Um híbrido imundo! - Gritou ele de novo, apontando pra mim.
- Que um dia há de matá-lo Thanatos! - sussurrou ela novamente.

O silêncio que seguiu essas palavras foi tão intenso que ecoou nas paredes da sala. Ela então se aproximou dele e o rodeava.

- Já sondei Atropos, Lakhesis e Cloto. Já consultei as moiras. Já visitei até mesmo os palácios de Odin, que tudo sabe. E sei, sei que um dia, cairás. Tomabarás para um híbrido e um deus menor. Sim... o grande Thanatos cairá. E meu Garlock aqui... - ela riu bem na cara de Thanatos - Ele é quem ira destruí-lo... uma segunda vez. Ele é quem trará a destruição final sobre você Thanatos. E cairás novamente, pelas mãos de uma mulher. - ela riu mais - Eu queria estar lá para ver isso!

Thanatos, se é que era possível, estava rubro, mas com manchas brancas em seu rosto. E Nix continuou.

- No tempo certo, Garlock morrerá, e de vontade própria.Mas até lá. - e então ela assumiu uma aparência amedrontadora e cresceu, pelo menos mais cinco metros. Suplantando Thanatos e o encarando furiosamente - Eu mesma o protegerei! Está ouvindo Thanatos? Eu o guardarei!

Ele sabia. SAbia de tudo. E quando ela desapareceu, ele olhou para mim e percebi ódio em seu olhar. Ele segurou minha cabeça.

- Um híbrido. Um híbrido imundo e ela respeita mais a você que a mim. Não importa. Ainda que a Noite detenhas as trevas e afaste a Morte, eu o destruirei um dia GArlock. - então ele arrancou a lança do meu ombro fazendo-me urrar de dor. Segurou minha cabeça mais firmemente e fechou os olhos sorrindo - Até lá..... Imperia DOMAIN!!!

Apagão.....

Me lembro de acordar uma semana depois. E começar novamente minha vida como oficial das trevas... Mas dessa vez Hades e os outros haviam sofrido a mesma lavagem que eu e agora, éramos inimigos. E isso durou até que finalmente voltei à Terra.. onde tudo voltou....



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- E foi isso Ryu... O resto da história você já sabe.

Olhei pro lado e Ryuuku dormia a sono alto. Sorri. Me levantei e o deixei dormindo lá. Abri um portal e voltei pra casa de Yumi, agora observando as roseiras e sorrindo. É... parece que vou ter muito trabalho até ela voltar.......


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Notas finais do capítulo

Bem gente. A história acaba aqui pelo menos por enquanto. Em Março começo a nova fic "Redenção: Vampiro, Lupino e Humano". Mas até lá. Reviews Please!!