Four Worlds escrita por Kah Moon


Capítulo 11
Capítulo 10 – O Grande Plano.




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Cap.10 – O Grande Plano.

 

 

Ainda com a espada em punho Hyane pegava as roupas na mochila sem perceber que Lee retirava da cintura uma pequena adaga com detalhes em dourado e.... Aproveitando o memento de distração da garota a empurra. Hyane se desequilibra indo ao chão deixando que sua espada escorregar para longe. Sem perder tempo ele coloca a adaga contra o pescoço da menina. Que de indefesa não tinha nada.

 

- Sabia que você está me dando motivos de sobra pra mim te entregar? – sorri irônico – Até que me dariam uma boa recompensa por você.

 

- Duvido.... Eles têm mais coisas pra fazer do que prender uma garota por tenta lutar. – fala desafiadoramente. Mesmo sentindo medo que ele a entregue.

 

- Quer pagar pra ver? – pergunta só pra provocar.

 

- Quero! – tenta ser firme. Mas por dentro tremia só de pensar em ir para Fukai.

 

Lee riu de canto de boca. Nunca vira menina tão corajosa como aquela. Sabia que tinha cometido um crime mais não dava o braço a torcer por nada nesse mundo. Cabeça dura e decidida... Do jeito que Lee gostava.

 

- Eu não vou te entregar! – fala retirando a adaga do pescoço da menina. – Eu não tenho nada a ver com isso. Só te encontrei e te ajudei.

 

- O que? – se pergunta espantada.

 

- Meu nome é Lee. – fala com um sorriso jovial no rosto estendendo-lhe a mão.

Hyane não se deixa levar pela jovialidade e cortesia do rapaz. Apenas se levanta sem requer da mão do jovem.

 

- Hyane.

 

- Se me permito agora, eu tenho que continuar a minha viagem que foi interrompida por você. Quer um café? – fala pegando um pequeno bule de dentro da mochila e um pacote de café. – Só falta a água. Vou lá ao rio buscá-la. – já saindo da caverna é chamado pela menina.

 

- Vou com você.

 

- Como? – pergunta como que debochando da atitude dela.

 

- Vou com você. Quem garante que você não vai fugir sem antes me dar um gole de café? – sorri como quem pedia desculpas.

 

 - Você é quem sabe. – sorri descontraído enquanto continuava a caminhar.

 

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O vento no litoral era fresco e reconfortante, principalmente quando se está sentado no terraço de uma casa mais parecida com um castelo,rodeado por vasos de flores e algumas arvores,parecia, mais um jardim. Um jardim suspenso para aqueles que o apreciavam de longe sem se aproximar.

O sul do país do ar possuía as mais lindas praias de areias tão brancas e águas tão cristalinas que se podia ver o reflexo nelas.

No “jardim suspenso” duas garotas conversavam sentadas a uma mesa, quadrada, de madeira maciça, rodeada por quatro cadeiras também de madeira.

 

 

- Finalmente Anny. – fala uma menina de estatura media com longos cabelos róseos. – Ele morreu.

 

- Já estava passando da hora. Aquele guardião humano era bem insistente. – fala a garota um pouco mais alta de cabelos arroxeados.

 

- Mas agora ele não é mais problema. Já podemos tomar o poder nos pais do ar. – fala rindo-se animadamente. Afinal seu plano estava meado. Agora só precisava conseguir o poder no país do fogo... E assim conquistar o resto do mundo. (Um pouco guichê talvez, afinal qual o vilão que não quer dominar o mundo?) Um sonho um pouco grande demais para duas mocinhas que aparentavam ter uns oito anos. Mas a verdade é que elas eram muito mais velhas do que aparentavam ser... Até mais que o próprio Roy (para quem não se lembra Roy é o rei do país do ar e pai de Freya. xD).

 

- Não se precipite Mizuka,Freya ainda não morreu. – fala pausadamente sorvendo uma xícara de chá verde.

 

- Nenhuma das guardiãs das pedras morreu! – fala nervosa. - Isso que dá arrumar esses criados inúteis. Antigamente, pelo menos conseguimos matar os pais dessas garotas. Só o reizinho do país do ar que você não permitiu. – continua ríspida e com o cenho franzido.

 

- Você sabe que eu não toco em família. – corta nervosa.

 

- Com coisa que você é muito honrada. – fala a garota de cabelos rosa com desdém.

 

- Desde quando você se importa tanto com isso? Soube disso por anos e só agora se manifestou? Não acha que é um pouco tarde?

 

- Nunca é tarde Anny... Não para nós.

 

- Às vezes eu queria que fosse Mizuka. Eu queria que fosse como antes. – fala desanimada e triste. Uma sombra de arrependimento pairava nos olhos daquela menina.

 

- Estamos longe demais para desistir agora. Vamos seguir adiante do jeito que foi planejado desde o inicio. – insistia a garota nervosa.

 

- Talvez não... – sussurra baixo. Ela não queria mais essa vida, foram tantos anos ao lado de Muzuka e Suki planejando,conspirando... Matando. Tudo em prol de um único objetivo... Vingança.... Vingança contra todos aqueles que um dia...

 

Seus pensamentos são interrompidos por um estrondo vindo da costa. Um dragão vermelho se debatia na praia, aparentemente, muito nervoso, próximo a ele Uma garota de longos cabelos negros caminhava até a casa onde elas se encontravam.

 

- A Suki chegou. - fala calmamente se virando para encarar Anny. – Sugiro que não comente com ela o que comentou comigo.. Sabe como ela é... Se você tem amor à sua vida... Quer dizer, Se você pretende viver uma vida tranqüila. Fique em silencio. Anny permaneceu em silencio por alguns minutos e continuou a tomar seu chá.

Suki apareceu no terraço da casa com certo sorriso irônico no rosto.

 

- E ai? Matou ela. – pergunta Mizuka ansiosa pela resposta.

 

- A princesinha foi mais rápida... Ela fugiu com um rapaz, que eu acho que é seu guardião. – os olhos de Suki se encontraram com os olhos hesitantes de Anny que arrumava os cabelos arroxeados. Alguma coisa estava diferente nela e Suki podia sentir, era perceptiva demais.

 

- O que?! – Muzuka levanta-se rapidamente jogando a xícara de chá para longe e batendo a mão na mesa de madeira. - Você falou guardião?– indaga confusa.

 

- Acho que os magos da nova ordem descobriram. – fala uma calma Anny.

 

- Impossível!!!Nosso plano era perfeito eles não podiam ter descoberto e libertado os protetores!

 

- Não é tão impossível assim. Também o rapaz poderia ser apenas o namorado dela.  Comenta  Suki tentando acalmar a garota.

 

- Mesmo assim.. Temos que fazer alguma coisa. Se os magos libertaram os guardiões é porque descobriram nosso plano. Anos planejando isso para agora acabar por causa de guardiões inúteis!! – os olhos de Mizuka faiscavam com um brilho fanático nos olhos rápidos. Sua mente tentava trabalhar o mais rápido possível alguma coisa deveria ser feita. Foram muitos anos empenhados em dominar esses dois paises e nada poderia sair errado!Nada! Ela destruiria tudo que se pusesse em seu caminho, tudo!- Já sei o que vamos fazer! – a garota de cabelos róseos que caminhava de um lado para o outro pára de uma hora para a outra encarando Anny e Suki que observavam curiosas.

 

- O que é? Fale de uma vez!! – apressa Suki,com os olhos arregalados e inquieta.

 

- Se libertaram os guardiões só temos que esperar que todos vão até a montanha Morikawa...E atacamos com força total!!

 

- Ótima idéia! – Suki se levanta sorrindo também com um brilho fanático nos olhos. – Podemos matar dois dragões com um só disparo!Destruímos aqueles magos da nova ordem e de quebra os guardiões!

 

- Muito bem Suki... Até que você é esperta!

 

- Será que você não se esqueceu de nada Mizuka? – indaga Anny sem encara as duas garoptas nos olhos.

 

- De que?Posso saber? – pergunta a morena em tom de desafio. Suki era muito nervosa e não estava gostando nada do tom de voz usado por Anny, e ainda não havia esquecido da mudança de espírito da garota de cabelos róseos.

 

 

- Como vamos atacar se a montanha é protegida por uma barreira. Nenhuma bruxa pode entrar lá. – explica encarando Mizuka que tinha um sorriso irônico nos lábios e um olhar louco.

 

- Isso eu resolvo fácil!

 

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- Afinal não é todo dia que eu tenho a oportunidade de matar um rato imundo do país da terra como você.

 

- Pra mim já deu garota. – urra Myra. – Se considere morta! – a loira se joga contra Kyria num ato selvagem de agredi-la. Mas a ruiva não deixou barato não, podia estar machucada mais não se deixaria vencer por algum do país da terra. Jamais!Tapas, socos e gritos. As garotas se engalfinhavam no chão como se fossem dois meninos disputando um pedaço de doce ou um brinquedo. Nem pareciam duas moças de 18 e 19 anos. Nem pareciam duas damas!

                                                                                

A porta se abriu num estrondo e um raio azul riscou o céu negro daquela noite chuvosa. Klin adentrou na casa, perplexo com o que via. As duas nem se importaram com o homem e continuavam a se engalfinhar ferozmente.       O homem que sempre estava com um sorriso no rosto levou a mão à cabeça desanimadamente. – Isso vai ser mais difícil do que eu imaginei. – no mesmo instante em que ele termina a frase o sorriso se desfaz dando lugar a uma carranca e sua voz se tornou firme e autoritária.

 

- Parem com isso! – de nada adiantou. E sem ver outra alternativa.

                                                                       

A vida é uma aventura ousada ou não é nada.


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