A História de John e Alice escrita por mari_p


Capítulo 4
Bem vindo ao inferno, John!




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Após o trato feito, o clima em casa estava pesado, falavam pouco, não existia espaço para diversão ou qualquer coisa feliz. O pior é que ninguém sabia quando John seria levado, a cada barulho estranho, Dean já se preparava para lutar e estava sempre com a arma por perto. Essa tensão já durava 2 meses, Alice estava ficando nervosa, estava perdida sem saber nada. Impaciente e curiosa, a garota decidiu que ia tirar suas dúvidas sozinha mesmo, já que ninguém queria comentar. Era um domingo, Dean e John não estavam em casa, Sookie estava fazendo faxina no quarto, Alice saiu nas pontas do pés, para não ser notada, desceu as escadas e foi até a garagem que Dean havia construído ao lado da casa para guardar o Impala. Ela sabia que não podia nem encostar no carro, mas como seu pai não estava por perto, ela resolveu se arriscar.

- Ele nem vai perceber - disse ela sozinha.

Bem devagar, ela tirou a lona de cima do carro, colocou em um canto com muito cuidado, tudo para não fazer muito barulho e tentou abrir o carro que , claro, estava trancado.

- Droga! A chave deve estar por aqui!

Alice procurou, procurou e achou a chave escondida em um vaso. Ela olhou para os lados, foi até a porta da garagem, olhou se vinha alguém, depois voltou e abriu o carro.

- Nossa, que legal esse carro!

Após admirar um pouco Impala, ela começou a fuçar. Quando abriu o porta luvas, achou o diário de seu avô, John Winchester.

- Ah, entendi de onde vem o nome do John.

A garota começou a folhear, ler algumas partes, nada fazia sentido, achava aquilo tudo muito maluco. Mas com o passar das páginas, ela percebeu que algumas coisas que havia ouvido, faziam sentido. Saiu do carro e resolveu abrir o porta malas, quando abriu, ficou surpresa com o arsenal de armas e amuletos sobrenaturais.

- Caramba! O que é isso? Então é sério!

- ALICE! - era Dean.

Na hora a garota tomou um susto enorme, sentiu o seu coração na boca, no meio da adrenalina, deixou o diário cair no chão.

- Ai pai, que susto!

Quando ela olhou, viu que John estava logo atrás olhando surpreso para as armas.

- Eu já disse que não é para mexer no Impala! - disse Dean enfurecido pegando o diário do chão e depois fechando o porta malas.

- Desculpa! Mas ninguém me conta nada aqui nessa casa! Eu tive que procurar sozinha as respostas!

- Pai, então é tudo verdade? As caçadas, tudo? - perguntou John.

- Como você sabe?

-  Eu já ouvi muitas coisas. 

- Então você sabe! - disse Alice - e a mamãe?

- Ela sabe de tudo - revelou Dean.

- Só eu mesmo! A idiota que não sabe de nada, fica perdida, ouve uma coisa aqui, outra ali… que ódio!

Furiosa, a garota entrou em casa e foi seguida pelo pai e pelo irmão. Na sala, a discussão continuou.

- Nunca mais mexa no Impala, entendeu?

- Só se você revelar tudo!

- Tudo o que? - perguntou Sookie aparecendo na sala.

- Tudo mãe! Por que eu tenho poderes? Por que o John tem poderes diferentes? Por que todo mundo está estranho? E essas armas no carro do pai, o que é aquilo?

Dean e Sookie se olharam, não tinha mais como esconder.

- Tá, tudo bem! Senta aí, vamos conversar - disse ele.

Todos se sentaram nos sofás, menos John, que foi "atraído" para a janela, ele olhava para fora fixamente.

- John? Meu filho, o que foi? - perguntou Sookie.

- Vocês estão ouvindo isso? - perguntou ele.

- Ouvindo o que? - perguntou Alice.

- Uns latidos de cachorros, de onde vem isso? Tem cachorro por aqui?

- Ah não! Droga! - disse Dean.

- O que foi pai?

- Você está ouvindo os cães do inferno! Corre para o seu quarto!

O rapaz subiu correndo, Dean ligou para Sam e começou a chamar Castiel. Do outro lado da linha, Sam não sabia o que fazer, na verdade não tinha o que fazer, é impossível impedir um cão do inferno. No quarto, trancado, John só olhava pela janela, esperando os cães chegarem.

- O que a gente vai fazer? - perguntou Sookie.

- Eu não sei! Sal não adianta, água benta, nada… Castiel! Cadê você?

De repente, a porta da frente foi arrombada por uma força invisível, eles não conseguiam ver o cão, mas conseguiam ouvir. 

- Não se mexa - pediu Dean.

Alice abraçou Sookie e ficou chorando calada. O cão subiu pelas escadas e pelo faro, encontrou o quarto. John estava escondido dentro do armário, o que não era suficiente. Por uma fresta, John conseguia ver o cão, que era grande, preto e tinha olhos vermelhos. Ouvir os passos do animal sobrenatural, fazia o coração dele disparar ainda mais. Um silêncio tomou conta do quarto e ele já não conseguia mais ver o bicho pela fresta, pensou que estava livre, mas de repente o armário caiu de lado, a porta se abriu e ele resolveu correr. Correu pelo corredor da casa, mas quando chegou na escada, fui pego pela perna. O cão enfiou as garras, que atravessou a perna do rapaz, ele gritou de dor. Se arrastando, ele conseguiu descer as escadas mas na cozinha, o animal pulou em cima dele e começou a arranhar seu corpo inteiro. Dean, Sookie e Alice assistiam à cena, apavorados. Principalmente Dean que sabia muito bem o que o filho estava sentindo. O cão arranhou o rosto,  o tórax, as costas, expondo as costelas e arranhou as penas, expondo o osso do fêmur.  Alice começou a gritar e chorar, Sookie tapou os olhos da filha com um das mãos. Após aquela sessão de tortura, o animal sumiu, deixando John morto, totalmente cortado, machucado e ensangüentado no chão da cozinha. Dean não acreditava naquela cena, se ajoelhou ao lado do corpo do filho, pegou uma das mãos dele e começou a chorar.

- Me perdoa, por favor, me perdoa. 

Sookie, também aos prantos, ficou ao lado do marido, Alice não conseguia se mover, estava em choque sentada no sofá da sala. Castiel apareceu do nada o que causou a ira de Dean.

- Anjo filho da puta, onde você estava quando eu te chamei?! Olha só a situação do meu filho agora!

- Eu não poderia interferir mesmo, preferi não assistir então.

- Como você pode ser tão frio? - perguntou Sookie.

- Eu não sinto nada, não posso fazer nada.

- E agora? - perguntou Dean.

- Temos que enterrá-lo, mas não muito fundo, você sabe né, ele vai voltar.

- Eu sei como que é sair de uma cova.

Dean e Castiel carregaram John até a garagem, improvisaram um caixão com umas tábuas de madeira e o enterreram no cemitério onde os pais e avós de Sookie foram enterrados. 

- Vocês não podem dizer para ninguém! Se alguém perguntar digam que ele viajou - explicou o anjo.

De volta para casa, enquanto Sookie limpava o sangue do chão da cozinha, Alice continuava em choque, estava calada e olhando para o nada. Dean se sentou ao lado da filha e pegou uma das mãos dela.

- Vai ficar tudo bem, depois eu te explico.

- Não! Eu não quero saber de nada, não depois do que eu vi.

- Tudo bem.

A garota se levantou e foi para o quarto. No outro dia, Sam apareceu.

- E aí? Como você está?

- Me sentindo péssimo! Eu deveria ter resolvido quando foi a minha vez. Eu sei que o John volta, mas ele vai voltar diferente, nada mais vai ser como era antes.

- Entendo, eu vou ficar aqui em Bon Temps por um tempo, ok?

- Claro! Valeu, Sam!

Os irmãos se abraçaram. Naquela noite, antes de dormir, Dean passou pelo quarto, que agora era só de Alice, e viu a filha deitada virada para a parede. Na hora ele pensou no que a filha vai ter que passar também, agora era mais real do que nunca, tudo estava acontecendo. 

Enquanto isso, John estava no inferno, preso por duas correntes com duas argolas que furavam seus tornozelos. Ele queria se mover , mas quando tentava, a dor e o sangue era tanto, que ele desistia. Estava rodeado por pessoas na mesma situação e por demônios que só observavam. Um deles se aproximou de John e se abaixou.

- Mais um Winchester, hein! Vocês gostam do inferno mesmo!

- Não achei graça.

- Não responda! - na hora, o demônio deu um soco no rosto do rapaz que cuspiu sangue - Ah, mais uma coisa; bem vindo ao inferno!


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Notas finais do capítulo

Reviews?!?!?! =D



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