(JaeJong)

Já era noite quando pude dormir de novo, o pessoal passou o dia todo no meu quarto e conversamos bastante e até chegamos a planejar as nossas férias. Um pouco cansado eu adormeci rápido.

Sonhei que estava em um lugar bem bonito, em frente a uma casa enorme e o portão estava aberto e era como se algo me chamasse pra dentro. Sem hesitar entrei e também encontrei a porta de entrada aberta, continuei andando e algo me puxou até as escadas. Subi correndo e quando apareci no corredor vi um daqueles pequenos fios coloridos que eu me lembrava de ter visto sempre que eu sonhava com a Thais.

Isso me deu uma dica que eu estava sonhando com ela e com enorme ansiedade eu percorri todo o corredor indo na mesma direção dos fios. Parei em frente a um quarto de paredes brancas, onde se destacavam uma cama de quatro pilares e um piano de cauda totalmente preto.

O piano me chamou a atenção, mas antes que eu chegasse perto dele, ouvi um gemido vindo da cama e fui muito curioso olhar. Vi a Thais coberta por apenas um lençol também branco e ela estava dormindo mas parecia incomodada no sonho.

Me aproximei dela e de repente ela se mexeu mais uma vez e abriu os olhos. Tomei um susto pois os olhos dela estavam escuros e não se focaram em mim. Sentei ao lado dela enquanto sussurrava:

-Thais, você está bem?

Ela apenas sorriu.

(Thais)

Eu estava tendo o melhor sonho da minha vida, eu estava sonhando com o JaeJong. Sonhava que ele estava aqui comigo, o curioso é que ele estava de pijamas e isso me deu uma sensação de estar em casa.

Quando ele chegou perto da minha cama e se sentou ao meu lado perguntando se eu estava bem apenas sorri pra ele. Se eu falasse aquilo sonho acabaria e agora era tudo que eu não queria que acontecesse. Mas quando ele prosseguiu me perguntando apenas isso eu resolvi resolver mesmo correndo o risco daquele sonho acabar.

-eu acho que estou bem... e você como está?

-estou bem, me sentindo bastante bem, só estou preocupado com você...

-por que preocupado comigo?

-eu não sei onde você está, seu irmão está preocupado também.

-diz pra ele que o Rain me encontrou... e pra ele não se preocupar.

-Rain? – ele repetiu, mas do nada senti que o Defensor estava entrando em casa. Me virei pro Jae e falei rápido.

-agora você tem que ir, ele está chegando agora. Pra achar meu irmão apenas pegue meu livro e abra na ultima pagina, não me pergunte mais nada apenas faça isso.

-tá, pode acreditar que eu volto pra te buscar. – senti os lábios dele sobre os meus e da mesma forma misteriosa que ele apareceu ele sumiu.

Um pouco antes de Rain aparecer na porta do quarto e me perguntar.

-quem esteve aqui?

-JaeJong. – pensei em mentir mas eu não conseguia, então falei de uma vez e usei minha projeção astral para vê-lo. Ele veio andando lentamente pra dentro do quarto, quando chegou ao lado da minha cama ele ficou parado.

-como ele conseguiu chegar até aqui?

-temos uma conexão de mente e sangue, então fica bem fácil pra ele me achar.

-droga! – ele falou e rapidamente chegou perto de mim, me causando um pouco de medo e eu me encolhi. Quando viu minha reação ele parou na hora.

-desculpe Thais, mas é que eu fiquei surpreso em saber disso. Eu realmente não queria te assustar. Agora volte a dormir... eu estou aqui pra te proteger.

Eu continuava encolhida e tensa, obviamente eu não conseguiria dormir mas aquela melodia recomeçou a tocar e mesmo sem querer eu fui relaxando e adormecendo.

Quando já estava quase em sono profundo senti ele se aproximar e beijar meu rosto.

(JaeJong)

Acordei com uma necessidade urgente de falar com o irmão da Thais. O problema é que ele não tinha deixado nenhum telefone pra contato. Pensei no sonho que eu havia tido com ela e lembrei da dica.

O problema era achar o tal livro, comecei a procurar e foi assim do nada que achei o dito cujo. Abri ele e procurei a ultima pagina, lá estava escrito algo e falei a frase em voz alta:

“Para aquele que sempre me protege, que desde pequeno cuidou de mim. Peço que venha e me conceda mais uma vez sua presença da mesma forma que nos unimos por carne, sangue e pensamentos”

Quando terminei de falar as palavras quase morro do coração pq um vento frio entrou pela janela e se materializou no Kellan. Ele me olhou preocupado e perguntou logo.

-alguma noticia dela?

-bom... – eu comecei meio hesitante, vai que aquilo era tudo viagem minha? – ela falou que está com o Rain e...

-RAIN???? – ele me interrompeu e começou a andar pelo quarto. – agora ferrou tudo!

-como assim Kellan? – droga! Eu odiava ter que ficar perguntando tudo pra ele.

-ela está com o Defensor. Ele é o guardião do nosso povo e como se fosse um juiz.

Quando eu ainda fazia cara de quem não tava entendendo ele respondeu de primeira.

-ele pode nos punir também por fazer mal aos humanos...

Entendi uq exatamente ele queria falar e arfei alto. Não era possível que ela pagaria tão caro pelo acidente da noite passada. Percebendo o rumo dos meus pensamentos o Kellan tentou me acalmar e ficamos lá o resto da noite armando mil planos pra tirar a Thais de lá.

Infelizmente o sono me pegou de jeito de novo e quando percebeu que eu estava cansado o Kellan apenas se despediu e foi embora, deitei na cama e dormi profundamente dessa vez sem sonhar com a Thais. Acordei no dia seguinte com a Alice batendo na minha porta.

-JJ, vem tomar café... – levantei sem a menor vontade, mas se eu não saísse do quarto o pessoal ia achar que eu realmente estava doente. Antes de sair do quarto eu levei o livro pra continuar lendo enquanto tomava o café.

Cheguei na cozinha, dei bom dia pra todo mundo e sentei pra tomar café. Abri o livro e comecei a ler com toda concentração. A primeira página me chamou a atenção.

“No dia 24 de fevereiro do ano de 1986 nasce para a alegria de nosso reino a princesa Thais, segunda na linha de sucessão ao trono de Karedes, filha menor da rainha Anya e seu consorte.

O Destino a fez Terra, tudo que brota e cresce da terra estará sobre seu domínio, em junção com o ar dominado por seu irmão mais velho e primeiro na linha de sucessão, Kellan a pequena princesa poderá alcançar grandes poderes.”

-JaeJong! – ergui a vista assustado e olhei pro Yun que me olhava zangado.

-que foi Yun? – perguntei distraído.

-você vai ficar ai no seu mundo particular ou vai se arrumar pra ir pra gravadora?

-já tô indo leader... – eu respondi e me levantei da mesa. Fui pro meu quarto e troquei de roupa, saindo em seguida do quarto e indo em direção a sala. – pronto, já estou arrumado. Podemos ir?

Todos concordaram e fomos pro carro, a Alice alegou cansaço e pediu pro JunSu dirigir, e lá fomos nos ouvindo uma das varias rádios da cidade e conversando. Quer dizer, eles conversavam enquanto eu continuava a ler o livro; agradeci aos céus pelo transito estar especialmente lento essa manhã. Aproveitei que ninguém parecia com vontade de conversar e continuei a ler.

“13 de março de 1985...

Eu sinto como se eu estivesse constantemente com fome, mas já me ofereceram todo tipo de alimento e essa sensação não passa. Mamãe já tentou encontrar a solução pra isso mas pela cara de desânimo que a vejo constantemente tenho certeza que ela ainda não sabe como curar isso que me afeta.

Quando eu fico muito desesperada e começo a chorar sempre sinto um vento delicioso agitar meus cabelos, fazendo-os tremular como uma bandeira. É meu irmão tentando me acalmar e isso geralmente acontece, mas quando isso não acontece ele aparece pra me abraçar e me confortar. Eu me sinto segura com ele e sei que nunca quero brigar com ele durante toda a minha vida.”

Passei mais uma página e vi que a data já havia mudado.

“25 de julho de 1987...

Acabo de sair de uma audiência real com a rainha. Mamãe me disse que finalmente descobriu o motivo do meu sofrimento, me assustei quando ela se ajoelhou na minha frente e me pediu desculpas, do que minha doce mãe pedia desculpas?

Quando ela me contou que eu era uma hibrida pois era filha de pai humano eu demorei a acreditar. Nunca havia questionado a identidade do meu pai, mas nunca pude imaginar que ele era humano.

Mamãe também me explicou que aquela fome que eu sentia era devido a uma maldição imposta pelo grande livro aos filhos daqueles que quebravam a regra máxima da nossa sociedade.

Eu teria que me alimentar de outras energias além das presentes nos alimentos. Eu deveria me alimentar de energias produzidas por estados de espírito ou ações. Nesse momento eu sinto meus cabelos tremulando novamente e sei que meu irmão está sentindo a mesma dor que eu.”

Quase voltei a prestar atenção no pessoal dentro do carro percebi que a Alice estava falando alguma coisa e todos exibiam um ar de alegria que me enchi de curiosidade e perguntei o motivo.

-você tá ficando surdo ultimamente Jae? – o Yun reclamou mas depois respondeu minha pergunta. – como o transito tá infernal hoje, a Alice resolveu que merecemos um dia de folga e vamos voltar pra casa.

Sorri devagar e quase que imediatamente voltei a leitura, quando estava quase virando outra página, quase morri quando do nada o Jun pisou no acelerador e entrou no ultimo segundo em uma saída pra fazer o retorno e voltarmos pra casa. Óbvio que todo mundo reclamou e ele tomou uns tapas da Alice mas continuou sorrindo, ele realmente não tinha jeito, pensei enquanto voltava para a minha leitura.

“17 de janeiro 1992..(n/a: AAAA, dois dias antes de eu nascer tahparey)

Eu decidi mudar, e o motivo dessa mudança foi a forma de adquirir energia. Eu descobri que a melhor forma de conseguir isso é indo pro mundo real, sair desse mundinho do reino de Karedes e enfrentar o mundo. A partir de agora eu sinto que uma mudança é inevitável, mas vai ficar tudo bem.”

Li mais algumas coisas sobre a mudança, os primeiros anos mas fui passando rapidamente as paginas, afinal eu precisava achar os escritos das ultimas paginas. Estávamos quase chegando em casa quando finalmente encontrei página.

“Eu finalmente sinto que eu sou uma pessoa diferente, acho que estou me apaixonando e se pelo menos ele não me amar da mesma forma que o amo já estarei feliz por apenas não ser mais aquele ser desprovido de emoção.

Eu me sinto feliz quando estou ao lado dele e mesmo prometendo e tentando me manter longe, sinto como se meu corpo fosse puxado em direção ao dele. hoje ele saberá tudo, ouvirá da minha boca uq eu sou e porque sou assim. E, quem sabe, se ele ainda quiser me ouvir saberá que eu o amo.”

Procurei me controlar pra não chorar na frente do pessoal, minha doce Thais tinha medo que eu não a amasse... quando o Jun parou o carro em frente a nossa casa eu imediatamente desci e entrei em casa. Fui direto pro meu quarto e tranquei a porta pra em seguida cair na cama e fechar os olhos, eu só precisava relaxar para vê-la de novo...

Cinco minutos depois abri os olhos frustrado, era obvio que eu não conseguiria relaxar devido a minha agitação e também ao barulho do pessoal na piscina. Levantei e fui olhar pela janela.

Eles estavam nadando felizes e conversavam animadamente enquanto JunSu treinava saltos ornamentais e era aplaudido, mesmo sem querer sorri ao lembrar da cara de feliz que ele fez ao ver a Clau saltar pela primeira vez.

Me lembrei que na mesma ocasião eu também estava ali na janela pensando na vida e por acaso vi a cena. Ela era boa no que fazia, apesar de ser muito misteriosa as vezes. Se bem que pensando por um lado a Alice não era misteriosa, mas o tempo que ela demorou pra se lembrar de tudo foi meio difícil e tivemos que conviver com uma pessoa mais ou menos incompleta.

A Thais pro outro lado, era amigável desde o começo mas ela mantinha uma reserva sobre o passado e essas coisas e veja só onde eu já cheguei, pensei sorrindo. Já a Clau era mais alegre porém vivia entrando e saindo de casa, as vezes no meio da noite, e quando voltava era como se nunca houvesse saído dali, uma vez percebi que ela parecia um pouco hesitante e preocupada mas era só perceber que alguém estava olhando que ela se tornava a pessoa alegre.

Olhei pro céu azul e fiquei tentando imaginar onde exatamente a Thais estaria e fiquei assim por um bom tempo até que do nada eu me vi novamente dentro do mesmo quarto onde havia visto a Thais e ela continuava lá. Fui rapidamente pro lado da cama e vi que minha princesinha estava dormindo e no meio do sonho ela sorria. Afaguei o rosto dela com a mão e depois me abaixei pra sussurrar no ouvido dela.

-acorda minha princesa...

Ela abriu os olhos e dessa vez eles estavam novamente verdes e abri um sorriso quando me vi refletido naquelas esmeraldas. Ela se ergueu e me abraçou ainda sorrindo.

-eu pensei que não te veria mais... – ela sussurrou de volta e depois beijou meu rosto. fui passeando os lábios pelo rosto dela e quando cheguei perto da boca a beijei suavemente sendo plenamente correspondido.

Estávamos distraídos quando senti a Thais ficar tensa e parar de me beijar. Antes que eu perguntasse o motivo ouvi uma voz vinda da porta.

-então você finalmente apareceu novamente... – virei assustado e vi um homem alto que bloqueava totalmente a porta com a sua altura, ele estava de braços cruzados e sorria sem humor algum. – eu fiquei esperando sua volta JaeJong certo?

Apenas acenei com a cabeça e comecei a ajudar a Thais a se levantar. Ela segurou minha mão com força e se pôs de pé, ficando ao meu lado vestida com os lençóis. Ao ver nossas mãos unidas o cara que eu supus ser o Defensor franziu os lábios e olhou pra gente.

-pelo que vejo seus olhos estão perfeitos agora princesa. Fico feliz por isso. – a Thais apenas curvou a cabeça em reconhecimento e apertou com mais força a minha mão, percebi que ela estava com medo mas tentei passar um pouco da confiança que eu sentia. Ela sorriu um pouco e olhou pra mim antes de voltar a olhar pro tal Rain.

-agradeço sua hospitalidade Defensor, mas eu devo ir agora.

-deve ir? – ele continuava parado na porta e eu comecei a procurar outra saída, mas pelo visto só havia aquela. – eu acho que não é necessário ainda princesa...

-já abusei muito da sua hospitalidade. Eu desejo me retirar agora e voltar pra junto do meu irmão. – ela usava um tom excessivamente formal pra evitar cair no choro de tanto medo, não sei como mas eu sentia todos os pensamentos dela se passando pela minha cabeça e eu tinha certeza que ela podia ouvir os meus, então comecei a pensar que sairíamos dali juntos.

-então você quer partir... – após um minuto de silencio em que ele apenas nos olhou levamos um susto quando ouvimos a voz dele novamente. – por mim tudo bem, eu apenas quero saber se você é capaz de cuidar e proteger a minha princesa.

Ele falou isso olhando diretamente pra mim, depois se afastou da porta e se sentou na banqueta em frente ao enorme piano depois levantou a tampa. Após fazer isso ele olhou sério pra mim.

-eu vou ficar aqui tocando e prometo que não vou atrás de vocês para impedi-lo de sair daqui. Apenas desejo saber se você é digno de possuir o coração da nossa amada princesa. Agora vá...

Ele não falou mais nada e começou a experimentar algumas notas do piano. Fui andando devagar até a porta e quando cheguei lá comecei a andar mais rápido ainda segurando a mão da Thais, ela respirava rápido e andava rápido também. Quando estávamos chegando ao final do corredor começamos a ouvir uma melodia vinda do quarto de onde havíamos acabado de sair.

Começamos a descer as escadas e quando estávamos no meio delas senti a Thais soltar um pouco da minha mão. Olhei pra ela e vi que ela lutava contra o sono.

-não Thais, não dorme agora por favor... – eu pedia mas cada vez a melodia vinda do quarto se tornava mais forte.

-eu... eu não consigo Jae... essa melodia é como um encantamento... me sinto fraca diante dela. – vi o quanto ela lutava contra o sono, mas eu não ia desistir, então parei e a beijei levemente pra depois sussurrar pra ela;

-eu não vou te abandonar aqui... – e continuei descendo as escadas, dessa vez mais devagar pra evitar que ela caísse. Quando senti ela tropeçar levemente eu decidi agir afinal faltava tão pouco pra chegarmos a porta principal. Segurei a mão dela com mais firmeza e comecei a cantar.

Andando num ritmo acelerado
me pergunto como uma estação
já pode ter acabado?
Andando por um cenário que já me familiarizei
sem conseguir escapar,
destas lembranças tão distantes da minha solidão.
Era como se eu tivesse perdido meu rumo por completo.
Foi então que eu te conheci.

Nos conhecemos por acaso
ao longo deste caminho
Mesmo agora, não consigo esquecer
que desde aquele dia,
muito da tristeza
e ansiedade que possuía
foi tudo transformado
pelo calor das suas memórias.

Orgulhoso do teu amor.

Encontrar duas partes que se completam
é um milagre
assim como te encontrar de novo.
Se você tivesse ao meu lado,
todo o meu coração,
se sentiria feliz com este sentimento
mesmo se uma tempestade caísse,
com seus ventos a soprar.
Iria proteger nosso amor.
Estando juntos podemos definitivamente superar tudo.

Será que no princípio eu teria pensado nisso tudo?
Por isso não vou soltar sua mão.
Sempre olhando por ela cuidadosamente

Nos conhecemos por acaso
ao longo deste caminho,
mesmo agora, não consigo esquecer
que desde aquele dia,
as coisas que perduram.
Coisas que eu acredito.
Enquanto vão se transformando rumo a felicidade,
nós dois caminharemos juntos.

Fui cantando e continuei sentindo a mão da Thais segura na minha, quando cantei a ultima frase havíamos chegado a porta e eu segurei a maçaneta, enquanto sentia a melodia vinda daquele piano diminuir até ser apenas um som inaudível. Respirei fundo e terminei a música.

Orgulhoso do teu amor...

Abri os olhos e a Thais me olhava com lágrimas nos olhos e um sorriso nos lábios. Olhei em volta e vi que estávamos apoiados na janela do meu quarto e ouvi risadas a distancia, prestei atenção e vi o JunSu ainda praticando saltos enquanto a Alice chamava todo mundo pra almoçar.

Senti um beijo leve nos lábios e me virei novamente pra Thais passando a beijá-la com voracidade e saudade, quase não acreditando que aquilo era real.

-Eu te amo JaeJong... – ela falou depois que nos separamos.

-eu também te amo Thais, você será pra sempre a princesa do meu coração...

Ela sorriu e eu capturei com os dedos as lágrimas teimosas que insistiam em saltar dos olhos dela.

(Rain)

Do lado de fora da janela de uma casa eu observava sem ser notado a felicidade de um casal que havia descoberto o amor, por um lado eu me sentia triste pois sabia que minha princesa nunca olharia assim pra mim e por outro lado, eu estava extremamente feliz pela felicidade dela.

Conhecendo o peso da maldição que a ela havia sido imposta era realmente bom poder ver um sorriso no rosto dela. confesso que eu cheguei a duvidar que eles conseguiriam sair daquela casa tendo como empecilho aquela melodia tão envolvente e encantada...

Respirei fundo e desapareci em direção ao reino de Karedes pronto para contar a rainha Anya que sua amada filha havia encontrado a felicidade.