(Zero)

Aff... Yuuki tinha que falar mesmo dessa maneira compulsiva? Isso vai nos dar mais dor de cabeça, já o diretor vai pular e gritando para todos “meus filhos aplicaram o incesto mais lindo do mundo!”

-M-Mas isso tem que ser explicado? – Yuuki falava de cabeça baixa, corada e gaga.

-Claro! Vocês são meus filhinhos queridos e também, quero saber se tiveram precauções... – diretor falava num jeito meloso, o que eu mais odiava.

-Nós só viemos avisar que Yuuki está junto a mim, somente isso. Não devemos explicações. Somos maiores de idade e ela está em segurança. Não pretendemos ter filhos ainda. – falei frio e ríspido.

-Ah... Direto como sempre Kiryuu-kun! – diretor falava arrumando seus óculos no rosto. – mas não vá achando que vou deixar Yuuki somente contigo, ela tem que ir para um lugar mais seguro. – ele me olhou por baixo, me esquivei.

-Não. Aqui seria muito obvio para os vampiros, que estão provavelmente em maior numero. Então minha casa seria um lugar menos provável deles a procurarem. – eu disse afirmando o porquê de nossa visita. – vamos indo Yuuki, queria que ninguém nos visse. – a peguei na mão.

-T-Tchau direto. – Yuuki falava docilmente, eu corei um pouco.

-Nããão! Yuuuki volte para seu paaaai! Não sejam maus comigo! – diretor gritava e chorava pendurado em sua mesa. Fechei a porta em sua cara e fomos praticamente correndo para minha casa.

Chegamos depois de 10 minutos, andamos normalmente nas ruas, mas disfarçados, para não darmos suspeitas. Sentei na minha cama, enquanto Yuuki ia a cozinha preparar algo para comermos.

-Sabe Zero... Estou meio que aflita em relação á Kaname-sempai... Ele nem sabe que fugi de casa... – Yuuki falava com uma pena de dar inveja. A abracei por trás.

-Yuuki... Não se preocupe, ele vai entender... E também, ele é poderoso, vai saber se defender... Agora sou só eu e você, entendeu? – ela me olhou com ternura e assentiu.

-Vá para a mesa, já vou servir o almoço! Finalmente! – Yuuki se separou de mim falando. Ela sorria gentilmente, pegando uma vazilha e colocando o macarrão com molho que havia feito. Ela cozinhava bem agora.

Sentamos-nos à mesa e ela me serviu, eu corei. Ela colocou macarrão demais, ela sorriu travessa. Eu comi e percebi que ela havia se tornado uma dona de casa exemplar!

-Yuuki, como aprendeu a cozinhar dessa maneira? – eu perguntei surpreso, ela corou.

-B-Bem, como eu e Kaname-sempai morávamos sozinhos, Ruka-san me ensinou a cozinhar o bastante para não nos enjoarmos de macarrão! Hehe. – ela falava alegremente, como se fosse uma boa lembrança, eu emudeci e olhei para baixo. Eu queria ter tido esses momentos com ela, mas deixei escapar. – mas esse momento Zero, é muito melhor do que qualquer outro! – ela veio por trás de mim e me beijou a bochecha. – está bom mesmo? – ela voltou ao seu lugar. Eu assenti. Comemos aquele macarrão como se fosse a comida mais chique e especial que haverá no mundo.

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-Vou tomar banho Zero! Onde tem toalhas? – Yuuki falava pegando uma blusa grande minha, isso me fazia imaginar pervertesses.

-Bem, tem no armário do meu quarto, á direita. – falei de cabeça baixa, olhando o jornal daquele dia.

-Obrigada. Vou lá. – ela falou e entrou no banheiro. Tentava ficar parado naquele sofá, lendo meu jornal, mas eu a queria ver nua, novamente, abraçada em mim. Eu tinha somente que protegê-la!

Eu ouvia o barulho da água caindo do chuveiro, aquilo me fazia perder a visão somente para imaginá-la. Seria possível um ser tão ruim e miserável feito eu merecesse Yuuki? Não sabia a resposta, só queria em meus braços.

Dez minutos se passaram desde que Yuuki estava no banheiro, ela saiu de lá com uma camisa larga minha e com a toalha enrolada em seu cabelo. Fiquei admirando sua beleza jovial.

-O que foi Zero? – ela me perguntou corada.

-Ah! Nada não Yuuki... Estava bom o banho? – perguntei para quebrar o gelo.

-S-Sim, estava. Senti falta de tomar um banho quente e sem ter medo de nada... – ela falava meio cabisbaixa, mas sorrindo torto.

-Yuuki, sinto muito não ter te protegido no passado, mesmo... – eu falei triste.

-Zero... – Yuuki falava já abraçada em minhas costas. Aquilo era absurdamente confortante. – não me importo com o passado, mas sim com o presente. Eu quero vive-lo agora do seu lado e de mais ninguém. Não quero mais medir conseqüências ou mesmo pensar tanto nos outros, mas não pensar em mim, eu quero você. – ela falava apoiando sua cabeça e minhas costas. Eu me virei bruscamente, o pegando pelos braços.

-Yuuki, eu te amo tanto... – falei baixo e a beijei bruscamente, como se eu fosse quebrá-la em mil pedaços, ela corava mias e mais enquanto tirava seu fôlego doce pela minha boca.

Ficamos minutos nos beijando loucamente. Recobramos o fôlego, mas em seguida e segurei pelas pernas e beijei a empurrando na parede. O prazer me subia à cabeça, e á dela também. Fazíamos caricias e beijos loucos, pedindo mais e mais.

Fizemos amor ferozmente e novamente mostramos que separados seriamos nada, não sabíamos o que o futuro nos reservava, mas seria algo inimaginável, que traria conseqüências desastrosas...