Tooki

Depois de dois dias caminhando cheguei a uma pequena vila. Eu estava cansada e dolorida e encontrar uma hospedaria tinha se tornado uma tarefa urgentíssima para mim. Andei,andei e andei até que consegui avistar uma e segui em direção a mesma.

Finalmente eu iria descansar.

Entrei e logo soltei a minha mochila no chão pois não aguentava mais carregá-la. O barulho da mochila caindo no chão chamou a atenção da mulher que estava atrás do balção, ela que lia uma revista olhou pra mim, sorriu e deixou a revista de lado para me atender.

– Konnichiwa!¹ Posso ajudá-la?

– Gostaria de um quarto. - me aproximei dela e me escorei na bancada, estava muito exausta.

– Me chamo Maiko Shirai, dona da hospedaria Hisayo, e o nome da senhorita é?

– Mikane. - foi o melhor nome que encontrei para usar. Entretanto sentia falta se ser chamada de Sakura.

– Pode preencher esse cadastro? - ela me entregou um caderno escrito na capa 'registro de hospedes'. Enquanto eu preenchia os meus dados a Maiko me dizia sobre à hospedaria, funcionamento e as regras. Quando eu terminei entreguei o caderno e fui buscar a minha mochila. – Mikane-san faltou informar a sua vila.

– Não faltou nada, eu que não quis escrever -disse baixinho e revirei os olhos. – É necessário isso? - Kuso, não queria informação sobre mim espalhada por ai.

– Sim pois quanto mais informação sobre o hospede melhor. Pode dizer que eu escrevo.

– Sou de Konoha. - Fazia um tempo que eu não pronunciava este nome.

– Konoha! Os moradores de lá são bem vindos aqui em Tooki. - Tooki? Devia ser o nome dessa vila - Tenho parentes que moram lá. - ela escreveu mais algumas coisa na folha e fechou o caderno. – Dizem que lá é um lugar bom de se viver. É verdade?

– Sim. - Falei um pouco seca. Não daria abertura de um conversa que fosse sobre Konoha. Isso me traria lembranças ruins. A moça ao percebe o meu tom não perguntou e nem comentou mais na....

– Konoha fica a um dia daqui. - disse ela interrompendo a conclusão do meu raciocínio.

Só segundos depois percebi o que ela havia falado. Konoha fica a um dia daqui? A minha vila Konoha, eu estava no país do Fogo! Como? KUSO! Tenho que parar de ignorar as divisas territórias.

– Mikane-san! Mikane-san! Você está bem? Derepente você ficou pálida. - encarei Maiko que aparentava está preocupada.

– Pode dizer onde fica meu quarto? - coloquei a mão na testa, figinda está sentindo dor de cabeça. Ela me olhou por alguns segundos parecia querer disser algo, mas, nada disse.

– Claro. Suzumi-chan!!! - ela pegou uma chave que estava num armarinho atrás dela e logo em seguida uma adolescente apareceu ao lado de Maiko. - Mikane-san essa é Suzumi minha filha. - Ela deveria ser uma waka-okami². - Filha cuida da recepção que levarei Mikane-san até seu quarto. - Ela saiu de traz do balção fazendo um movimento com as mãos para que a filha entrasse. A menina respondeu um sim quase que inaudível e depois Maiko me guiou até o segundo andar.

- Esse é o seu quarto. - ela abriu a porta, tirou os chinelos e entrou e eu fiz o mesmo. – Diferente das outras hospedarias tradicionais os nossos quartos cada um, tem um banheiro. - Ela caminhou até o armário e pegou um kimono branco e me entregou junto com a chave da porta. – Aqui está o seu Kimono. Espero que fique a vontade e qualquer coisa é só me chamar ou chame a Suzumi, estaremos na recepção ou no quarto duzentos e sete.

Assim que terminou a frase ela saiu e fechou a porta. E agora sozinha pode dar atenção ao quarto que era pequeno, mas aparentemente confortável, tinha um futon3, um guarda-roupa, uma mesinha baixa perto da janela com vista para a rua e uma porta que devia dá acesso ao banheiro. Coloquei a mochila na cama e fui direto para o banho.

...

Depois de ficar quase uma hora no banho coloquei meu kimono e desci para jantar. Não foi difícil encontra a cozinha onde encontrei a Maiko acabando de preparar o jantar. Ela me levou até um comodo onde tinha uma mesa baixa bem comprida , sentei numa das cadeiras sem pernas e esperei pelo jantar. Havia poucos hospedes na mesa, alguns conversavam entre si e outros apenas olhavam pra o nada aguardando pela refeição.

Quando terminei de jantar, subi para o meu quarto e quando eu estava pra abrir a minha porta senti uma sensação de está sendo vigiada. Olhei pra trás e o corredor estava vazio e a sensação já tinha sumido. Podia jurar que alguém me observava.

Estranho, muito estranho. Eu devo está ficando maluca.

Inner: É o cansaço!

…

Já era bem tarde quando as luzes de Tooki se apagaram e eu ainda não tinha conseguido dormi. Levantei da cama e debruei sobre o parapeito da janela admirando a noite. O céu estava limpo à lua estava cheia e isso me fez lembrar do céu de Konoha.

…

Estava caminhando pelas ruas de konoha e já era de noite. Não havia um alma viva andando pelas ruas. Foi quando ouvi passos e sussurros. Olhei para todos os lado porém não vi ninguém então continuei andando.

– Sakura..... Sakura! - Ouvi alguém me chamar e então olhei para os lados e novamente não havia ninguém, voltei a andar com os passos largos. Queria sair logo dali.

– Sakura-chan! - Parei ao reconhecer a voz. Era a voz do Naruto! Olhei pra trás e me deparei com o Naruto sorrindo pra mim.

– Naruto? Você voltou!? - me aproximei dele e o abracei. – Como senti a sua falta! - disse feliz.

– Sakura-chan estou cansado de konoha...- Naruto pegou nos meus braços e se afastou de mim. Olhei em seu olhos e percebi um brilho estranho, seu olhar estava sombrio. - E quando digo que estou de saco cheio de konoha isso inclui.....- ele pegou no meu rosto como se fosse me beija e falou perto do meu ouvido -.... você!

Meu coração começou a bater rápido demais e minha respiração também. Vi um sorriso bem largo se forma no seu rosto e depois desaparecer dando ao lugar a um sorriso maligno. Um sorriso que por um segundo temi.

– Irritante! Baka! HAHAHAHAHAHA – sua gargalhada era de uma maneira assustadora e sombria. Eu nunca tinha visto ele desse jeito. Será que a Kyuubi estava possuindo ele? Caminhei até ele e quando finalmente iria conseguir lhe tocar o Naruto se desmanchou em sakuras secas. Lágrimas rolaram pelo meus rosto e involuntariamente gritei pelo seu nome.

– NARUTOOOOO!

– NARUTOOOOO! - acordei assustada gritando daquele jeito - “Esse sonho....mais uma vez...”

Sentei na cama para poder respirar melhor, estava suada e ofegante. Levantei para lavar o rosto e depois voltei pra cama ainda assustada. Olhei para a janela, já estava para amanhecer. Merda!! Outra noite mal dormida e a essa altura não iria mas conseguir pegar no sono. Como eu odiava esse maldito pesadelo que fazia questão de me atormenta. Enfim.... tomei um banho rápido, coloquei um short com algumas notas no bolso e um blusa amarela, calcei um tênis e prendi meus cabelos já pretos.

Depois que sai de Konoha desfacei a cor do meus cabelos usando um jutsu. Tudo pra não ser reconhecida facilmente mas continuava com mesma aparência da ' Sakura'. Seria mais fácil pintar mas eu não teria coragem pra tingir meus cabelos rosados. As vezes eu pensava pra que tudo isso? Eu não tinha fugido de Konoha, eu pelo menos acho que não seria fugir. Deixei esses pensamentos de lado e resolvi descer e acabei encontrando com Maiko-san no corredor.

– Ohayo Mikane-san! - disse ela sonolenta.

– Ohayo.... - falei desanimada.

– O que faz tão cedo fora da cama? - lhe lancei um olhar nada reprovador, isso era o sinal do mau humor. - Tudo bem?

– Não dormi bem. - respondi séria. Ela me olhou estranhamente e percebi que eu tinha sido mal educada. - Gome acordei de mau humor. - tentei ser mais simpática possível. - E você? Acordada tão cedo.

– Eu sempre acordo cedo pra fazer o café dos hospedes. - descemos juntas e a acompanhei até a cozinha onde ficamos conversando amigavelmente enquanto ela fazia o café. Meu mau humor parecia está sumido porém eu ainda não tinha esquecido aquele pesadelo que me fez lembra do Naruto e da vila. E isso estava me deixando mal.

- Preocupada? - falou Suzumi sentando ao meu lado. Minha cabeça estava tão longe que nem havia percebido sua aproximação. - Parece está preocupada com algo. É o quê?

- Suzumi! Não é da sua conta! - respondeu Maiko entregando uma bandeija cheia de xícaras e hashis a ela - Leve isso para a mesa! Já! - a menina nada disse. Apenas pegou a bandeja e seguiu calada para a sala de café da manha. - Gomenasai pela intromissão dela.

– Tudo bem.

- Jovens são muito curiosos. 

-Hai.......- eu estava precisando relaxa e só tinha uma saída - Tem uma academia aqui em Tooki? - fazia um tempo que eu não treinava, corre o risco de eu não saber mais fazer um ninjutsu. Apesar que semana passada eu tive um missão e dei muita porrada em alguns bandidos. Enfim treinar me relaxaria um pouco.

– Hai. O dojo do senhor Hiroshi, é o único da vila. - Ela pegou uma bandeja grande com varias tigelas e seguiu para sala – Vem... - a seguir até onde seria servido o café da manha. Maiko colocou a bandeja em cima da mesa e virou para mim – Fica na rua Take à uns dez minutos daqui...

…

Depois de toma o café da manhã, dei algumas voltas pelas ruas de Tooki e isso me fez lembra que eu já estiver aqui. Eu era pequena e minha mãe estava visitando uma amiga. A vila não tinha mudado muito entretanto estava bem mais movimentada do que antigamente. Nossa! Lembrei de bastante coisas....se eu não tiver enganada a vila de Tooki é conhecida por fazer as melhores porcelanas do país do fogo daí o nome Tooki, que significa porcelana.

Viva as aulas de geografia!

Parei de andar ao sentir que alguém estava me seguindo, olhei pra trás mas a rua estava bem movimentada e não tinha como saber quem estava me seguindo. E não tinha como ser coincidência por duas vezes eu ter tido a impressão de ser observada.

Inner: É melhor você ficar mais atenta!

- Eu sei! Quem seja que está fazendo isso já está me deixando irritada.

Continua.....