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Capítulo 9
Capítulo 9




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Capítulo 9 – Tentativa

- Roy, meu amor! – Anita correu ao encontro do moreno e abraçou-lhe fortemente antes de roubar-lhe um beijo. Riza apenas observou aquela cena sentindo as pernas fraquejarem. – Eu estava com saudades! – ela disse aconchegando-se em seu peito.

- Como você soube...? – ele perguntou aturdido

- Ah, eu fui ao exercito e um major me disse... – ela responde.

- O major Armstrong?!

- Isso! Esse mesmo!

- Mas o que você veio fazer aqui?

- Ora, Roy... Eu vim para que possamos nos casar!

- O-O quê?!

- Isso mesmo. Já estamos adiando a muito tempo, já está mais que na hora!

Riza sentiu o coração querer parar de bater naquele instante, sabia que aquilo seria inevitável e logo resolveu subir para seu quarto antes que ela partisse para cima de Anita, ou então começasse a chorar ali.

- Riza! – Roy chamou ao vê-la correndo pelas escadas. Ele tentou segui-la, mas Anita impediu.

- Ela deve estar cansada. Deixe-a dormir. – Anita disse.

- Mas... – ele tentou argumentar, mas foi interrompido por sua mãe.

- Primeiro terá que nos explicar porque disse que Anita não havia vindo por estar arrumando as coisas para o casamento, mocinho. – Lúcia entrou na conversa e não parecia estar com o bom humor de sempre.

- Mãe, eu preciso...

- Não, Roy Mustang! Você vai ficar aqui e me explicar isso! – ela disse irritada, Roy suspirou pesadamente, aquela seria uma longa noite...

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Hawkeye estava apoiada no parapeito da varanda com um olhar vago, ficar naquele quarto não tinha ajudado para que toda aquela dor se dissipasse, na verdade, as paredes pareciam diminuir cada vez mais ao redor dela, então ela resolveu ir para fora.

- Riza... – ela estremeceu ao ouvir a voz de Roy por trás de si.

- O que você quer, coronel? – ela perguntou secamente sem se virar para encará-lo, nem coragem para isso ela tinha...

- Por favor, Riza, não fique desse jeito! – ele falou segurando seu braço e fazendo com que ela se virasse para ele.

- Que jeito? – ela falou olhando para o chão. – Eu estou muito bem.

- Não minta! Você não está bem! Eu não esperava...

- O que, coronel? – ela vociferou puxando seu braço – Que a Anita aparecesse e a realidade bater em nossos rostos? Pois é, aconteceu. Não havia como fugir disso, eu havia lhe dito, e não sei por que raios eu fui ouvir ao meu coração em vez da minha razão!

- Não fale assim comigo, não é minha culpa! – ele falou igualmente nervoso. – Esses dias em Jasmine city foram os melhores de toda a minha vida e não trocaria por nada!

- Acontece que esses dias foram apenas um sonho.

- Foram sim! Mas um sonho real! Eu não me arrependo por nada!

- Mas eu sim...

Um silêncio tomou conta do lugar, as respirações dos dois era o único som que se ouvia naquele momento, mas Riza quebrou aquele silêncio antes que pudesse fazer algo de que se arrependeria ainda mais...

- Eu vou para a Central amanhã. – ela disse por fim, tentando aparentar a frieza de sempre.

- O quê? – Mas o coronel não esperava aquela decisão. E não queria de modo algum que ela se fosse. E sabia que por trás de toda aquela postura ela estava destruída.

- Não tenho mais nada para fazer aqui. Minhas 'férias' já terminaram. As coisas no QG devem estar um desastre e o Hayate deve sentir minha falta... Não que eu tenha que lhe dar uma explicação, mas eu realmente preciso ir.

Ela passou por Roy, aquela conversa com o coronel lhe tirara todas as suas energias e o melhor era ir dormir e pegar o primeiro trem para a Central no dia seguinte.

- Riza! Não vá, por favor...

- É preciso.

- Eu te amo! – essa era sua última tentativa... Sabia que ela sentia o mesmo e que naquele momento em que ela estava tão sensibilizada aquilo poderia funcionar e ela ficaria, e quem sabe até resolveriam os problemas.

- É tarde coronel... – Mas a tenente era forte. Estava tirando forças de onde ela nem sabia que tinha. Tinha que ser forte, pois tudo dali para frente seria muito mais doloroso, uma verdadeira tortura para seu coração, e o sentia bater descompassado e suas lágrimas querem saltar por seu rosto, ela apenas continuou seu caminho deixando seu amado para trás.

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Riza bateu a porta com um baque surdo ao entrar, e ela não conseguiu mais conter as lágrimas que teimavam em querer saltar de seus olhos. Ela deslizou pela a porta e caiu de joelhos no chão.

- Adeus, amor... – ela murmurou enquanto suas lágrimas manchavam seu rosto.

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- Então? O que você, a brux...digo, Anita e a mamãe estavam conversando? – Luciana se aproximou de Roy que estava cabisbaixo apoiado no parapeito da varanda, onde Riza estivera antes...

- Discutindo as minhas mentiras. – ele respondeu sem ânimo.

- E a Anita não te mandou passear quando você disse que já traiu ela? – Luciana perguntou.

- Não, não falamos sobre isso.

- Hum... E para que ela veio mesmo? – Luciana perguntou curiosa, Roy suspirou demoradamente antes de responder.

- Ela quer que nos casemos o mais rápido possível.

- O QUÊ?? – Luciana falou exaltada. –COMO ASSIM AQUELA BRUX... DIGO, COMO ELA VEIO PARA QUE VOCÊS SE CASEM O MAIS RÁPIDO POSSIVEL?!

- É isso mesmo... – ele respondeu abaixando os olhos.

- E quanto a Riza?

-... – Roy permaneceu em silencio. Sabia que a jovem tenente sofria tanto quanto ele naquele momento, e que aquela dor não iria passar tão cedo. – Eu vou dormir. – ele disse por fim entrando.

- E o jantar? – Luciana perguntou enquanto via o irmão subir as escadas.

- Tô sem fome... – ele respondeu com um leve aceno com a mão.

- Hunf... – Luciana bufou irritada. Ela se aproximou do telefone e discou um número. – Camila, nós temos um problema. A Anita apareceu aqui... Isso mesmo, em pessoa! E ela quer casar com o Roy o mais rápido possível. Liga para a Ana, a gente tem que se encontrar amanhã para planejarmos como fazer essa bruxa sair da vida do nosso irmão! Tá bem... Tchau.

Ela desligou o telefone.

- É isso aí, Anita. Aproveite enquanto pode, porque logo sua festa vai terminar. – ela disse com uma expressão maligna no rosto.

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Depois de chorar por horas, Riza acabou adormecendo, e sonhara com Roy... No sonho ela assistia enquanto ele e Anita se casavam, ambos lançavam-lhe um olhar debochado e Roy lhe dizia 'Sua boa! Eu não te amo! E amo a Anita e é por isso que estou me casando com ela. E a gente muito feliz! HAHAHAHA'.

Porém, não foi o pesadelo que fez Riza acordar, e sim um leve toque suas bochechas. Ela abriu os olhos e assustou-se ao ver Roy sentado ao seu lado, tocando levemente a sua bochecha.

- Coronel! – ela exclamou irritada afastando-o de si. – O que faz aqui?

- Por favor, Riza, por favor, fuja comigo! Eu não amo a Anita! – ele falou num tom desesperado, mas tudo o que ele falara lembrou-lhe seu pesadelo – Case comigo!

- Não, coronel! Você fez uma promessa... – ela respondeu virando o rosto.

- Dane-se a promessa! Dane-se a droga desse casamento e dane-se a Anita! – ele falou mais alto do que deveria – Não é ela quem eu quero! Eu quero você!

- Não importa! Não o ajudarei a quebrar uma promessa!! – ela rebateu no mesmo tom.

- Riza! – ele segurou o braço dela com força.

- Saia daqui, coronel! Deixe-me dormir!

- Não vou sair enquanto não disser que me ama, que quer que eu fique com você!

- Eu não vou dizer nada!

- E eu não vou sair!

- Você vai sim, e agora! – ela esticou o braço até o criado mudo ao lado da cama e pegou sua arma, apontando-a para a cabeça do coronel.

- Eu te desafio a atirar, Riza. – ele disse serio, olhando nos olhos da tenente que ficou sem reação, ele sorriu satisfeito. – Sabia que não conseguiria fazer isso.

Ele tirou a arma da mão dela e jogou do outro lado da cama, depois a tomou em seus braços e beijou-a. No inicio, ela tentou resistir e empurrá-lo, mas foi completamente inútil e logo se entregou ao beijo de Roy.

Inconscientemente, ela o puxava para junto de si, ele a abraça com força – temendo uma fuga ou que ela pegasse a arma novamente – e acariciava lentamente suas costas, fazendo Riza soltar vários suspiros.

Porém a dor que ela sentia falou mais alto e fez com que a lucidez da tenente voltasse, ela o empurrou e lhe deu um tapa no rosto.

- Não adianta, coronel. Amanhã vou pegar o primeiro trem para a Central. Nada me fará ficar aqui.

- Mas...

- Não! Não vê o quanto eu estou sofrendo com tudo isso? Nosso destino não é ficar juntos! O seu é casar com a Anita e subir de posto. Eu estarei ao seu lado, mas não do modo que quer! Eu sei que logo me esquecerá, assim que se casar, tudo ficará bem.

- Não, não ficará nada bem! Eu e a Anita não devemos ficar juntos, e se alguém tiver que estar ao meu lado que eu tiver subido de posto é você. Como minha mulher.

- Já disse que não adianta. Agora vá. Por favor, Roy...

Ele não tinha mais condições de discutir com ela. Podia ver em seu rosto todo seu sofrimento e se sentiu extremamente mal por saber que estava causando aquilo. Então resolveu deixar o quarto. Sua tentativa havia falhado.

N/A: Prontinho. Aki o nono capítulo. Espero q tenham gostado (e q nao me matem xD) E vou avisando q a fic está quase no fim. Então podem começar chorar...

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