Capitulo 7. Se o tempo é curto...

Os dias se passaram incrivelmente rápido naquela semana, Riza se acostumara com a vida na casa de Roy, sempre muito agitada, diferente da vida que levava, as únicas agitações aconteciam em confrontos e rebeliões, mas aquelas agitações da família de Roy eram agitações harmoniosa, causavam grande felicidade na tenente, ela pela a 1ª vez em sua vida se sentia uma mulher comum.

As irmãs de Roy observavam os dois conversando de longe.

- Aff... Esses dois são muito lerdos! – Luciana comentou

- A Riza é muito recatada, e o Roy é totalmente o oposto dela, vai ser difícil. – Ana disse

- Mas eles só vão ficar mais uma semana, então temos que agir! – Andresa disse energética.

- Mas não temos um plano. – Ana disse com uma ponta de desânimo

- É o Roy que pega o jornal todo dia, né? – Luciana perguntou com um sorriso maroto

- Eu conheço esse sorriso... Qual é o plano,Lu?

E novamente as três Mustang discutiam 'planos malignos'.

No dia seguinte, Roy levantou-se cedo e foi pegar o jornal na frente da casa e junto com um jornal encontrou um folheto, leu e ficou interessado, parecia a oportunidade perfeita...

"Isso vai ser perfeito!"

Num canto escondido da casa.

- É isso aí, ele achou! – comemorou Luciana

- Bom dia. – Luciana disse sentando-se a mesa onde todos já tomavam seu café e comiam uma torrada.

- Bom dia. – Todos responderam ao mesmo tempo.

- Roy me passa a manteiga. – ela pediu

- Toma. – ele estendeu o pote para a castanha

- Obrigado. – ela passou um pouco da manteiga na torrada – E então, o que pretendem fazer hoje?

Ela recebeu um olhar confuso de Roy e Riza

- Vocês vão embora semana que vem e quase não saem desta casa, hoje está um dia lindo, por que não saem?

- Bem... – Riza tentou falar algo, mas desistiu e quanto a Roy, ele apenas voltou sua atenção a sua comida.

Riza saia do banheiro enxugando os cabelos com a toalha quando topou com Roy.

- Ah, Desculpe.

- Sem problema. – ele sorriu, Riza continuou seu caminho até seu quarto – Riza! – Roy chamou

- Sim? – ela parou para encará-lo

- Quer sair?

A loira estremeceu com o convite, nunca imaginou Roy Mustang lhe chamando pra sair.

- Err... Co-cor-Coronel... – ela gaguejou sem saber o que responder

- Não se preocupe, não vou tentar nada, eu juro! – ele deu um dos sorrisos que faziam qualquer mulher se derreter por ele.

- Bem...

- Esteja pronta pela a parte da tarde, vai ser um passeio especial. – ele disse e seguiu seu próprio caminho, deixando a tenente espantada no meio do corredor.

Riza desceu as escadas e encontrou Roy esperando-a.

- Pronta?

- Sim. – ela disse um tanto corada.

- Acho que você vai gostar.

"Como ele pode ter tanta certeza?" – Riza pensou

- Então vamos! – ele tomou a mão dela e a puxou, encontraram com Luciana do lado de fora da casa

- Aonde vocês vão? – ela perguntou com um sorriso se formando nos lábios.

- Não te interessa. – Roy respondeu sem parar de andar.

"É maninho, essa você vai ficar me devendo."

- Chegamos. – Roy disse parando o carro no meio de um campo aberto, Riza desconfiou, afinal ele era o coronel Roy Mustang e ela uma moça solteira e os dois... estavam sozinhos num lugar distante e deserto.

- Aonde chegamos coronel? – ela perguntou já muito desconfiada.

- Ah, isso é surpresa.

ele foi para trás dela; ela ia se virar, ele impediu e tapou a visão dela com as mãos.

- O que pensa que está fazendo?

- Já disse que é uma surpresa. Se eu deixar você ver o que é não será mais. Agora ande devagar e pare quando eu mandar.

Riza começou a andar com Roy atrás de si, estava nervosa com a situação.

- Roy...

- Shh... Só continue andando.

Ela continuou, respirou fundo e se acalmou, só então ela percebeu a maciez das mãos do moreno, as mãos tocando seu rosto.

- Ok, pare. – ele sussurrou no ouvido, Riza parou. – Abra os olhos.

Ao abrir se deparou com um balão enorme preparado para sair pelos céus da pequena cidade de Jasmine city. [N/A Esse negócio do balão é só pra melhorar a maldita cena do balão que tem no filme conqueror of shambala... ARGH!! Como é que ele foi embora e a deixou lá?!!!

- Isso é…

- É a minha surpresa… Venha.

Ele estendeu a mão para Riza, mas ela não se moveu, ele a encarou e percebeu medo nos olhos da loira.

- O que houve?

- Eu não posso – ela murmurou

- É claro que pode, nada vai te acontecer, eu garanto que é seguro.

- Não é isso, eu não posso ir...

- Mas por quê?

Riza encarou o chão muito vermelha

- É que…Eu… Eu… tenho medo… De altura.

- O que? – Roy ficou perplexo, como é que mulher que era mais corajosa que ele conhecia tinha um medo tão besta como aquele?

- Sinto muito… - ela murmurou ainda encarando o chão, quando sentiu os braços de Mustang rodearem seu corpo, ela perdia o autocontrole naquele momento sentindo a pele dele roçar na sua.

- Não se preocupe... Pelo menos uma vez na vida eu prometo que te protegerei.

Ela o encarou, ele sorriu confortando a tenente que acabou subindo no balão apertando fortemente as mãos de Roy. Então o balão começou a subir, Riza se agarrou ao amado que sentiu uma onda de calor percorrer seu corpo ao ter a mulher amada junto a si.

- Riza... Olhe, Riza... Olho como tudo fica bonito daqui de cima. – ele sussurrou.

Riza lutou contra seu medo e abriu os olhos, mirou a pequena cidade de cima e viu os extensos campos de jasmim que deram nome à cidade, sentiu-se feliz, esquecendo-se da altura em que se encontrava, esquecendo-se de seu medo e esquecendo-se de Roy que a abraçava.

Mas voltou a realidade quando uma rajada de vento fez o balão balançar bruscamente. E novamente ela se agarrou a Roy.

- Hei... Calma... Eu estou aqui, lembra? Estou com você.

Ela ergueu o rosto e encarou o coronel, ele aproximou seu rosto do da loira lentamente esperando por alguma reação dela, mas ela nada fez, então ele continuou e tocou seus lábios nos dela.

Ela cerrou os olhos e o abraçou enquanto o beijo se tornava intenso, apaixonado, e possessivo. Estavam abraçados, esquecidos de tudo, concentrados naquele momento em que seus sentimentos se revelavam, não queriam que aquele momento acabasse...Nunca.

Até que o ar faltou, ela o encarou, enquanto ele a trouxe te si e falou baixinho, apenas para que ela ouvisse.

- Eu te amo.

Riza não acreditava no que ouvia... Mas se fosse um sonho, que pelo menos durasse pra sempre...

- Roy... Eu também... – ela disse por fim e continuou abraçada a Roy.