Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 28
Despertando de vez.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem se houver erros... fiz na pressa porque essa semana foi tensa pra mim. Fiz de tudo pra postar em dez minutos, então... desculpem.A partir de amanhã, tudo volta ao normal. Beiiijos *-* Ah... oura coisa. Mesclei nesse capitulo cena primeira e terceira pessoa.



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(A cena a seguir será narrada em terceira pessoa, visto que nem Marietta, nem Mel presenciaram)

Syn fitou o amigo por um tempo. Estalou os dedos, roeu as unhas e pensou em mulheres. Mesmo assim, nada fazia com que deixasse de ficar preocupado.

Pelo menos Marietta, estava bem. Tinha pregado um susto ENORME, com um hematoma grave na cabeça. Ao menos, melhorara. Já Matt, não demonstrava qualquer tipo de reação, mesmo que a pressão estivesse normal, e a pele sem boa parte das erupções cutâneas (mas ainda um pouco vermelha).

- Olha Matthew... seu lazarento. Você vai fazer isso mesmo, deixar tudo pra trás? Já basta aqueles filhos das putas mancas do Johnny e do Jimmy. Cara... se você morrer por uma idiotice como essa... eu... te... mato... no inferno, se isso for possível. – murmurou Syn, afundando na poltrona. Tapou os olhos com o braço e tentou pensar em outra coisa, mas encontrou a árdua jornada de outrora, sem obter sucesso. 

Passou alguns 10 minutos... e os olhos de Matthew, verdes e brilhantes, abriram. De sua boca, saiu uma palavra meio incomum (para quem já esteve em coma)... mas bem típica de sua personalidade:

- CARALHO!

Syn deu um pulo. Aproximou-se de Matthew, pouco a pouco, como se julgasse estar vendo coisas. Tentou verificar, duas ou três vezes, que não estava ficando louco.

- Ou meus olhos estão me enganando... ou você, seu filho da puta, acordou.

- Valeu a recepção. – murmurou Shadows, erguendo as mãos. – Que houve, porra? Sinto-me... cansado... e...

- CARA, TU ACORDOU, QUE FODA! – berrou Syn, dando um soco no ar.

- FALA O QUE ACONTECEU, CARALHO! – gritou Matt, antes de soltar outro berro, só que de dor.  – Inferno... eu não posso gritar.

- Mew, você... seu idiota, como não percebeu que tinha pimenta na bosta daquela pizza? – resmungou Syn, afastando-se aos poucos. – Não sabe o susto que nos deu.

- Achei que um pouco não fosse... fazer mal...

- Você entrou em coma, mané!

- Cara... – interrompeu Matthew, tentando se levantar, apontando a cama de Marietta. – Quem está nessa cama?

- Marietta.

- O QUE HOUVE COM MARIETTA? – voltou a gritar, mesmo que não pudesse fazê-lo. Fez um gesto impaciente, e desistiu de se sentar. Deitou-se, cruzando os braços.

- Fica calmo, ela está bem... está tomando banho com Mel... agora...

Matthew suspirou, tentando arrancar do braço uma agulha que passava o soro. Syn o impediu, com um tapa. Irritado, e sem vontade de conversar (mesmo porque, ainda estava um pouco sonolento), fechou os olhos, murmurando:

- Não me acorde.

- Tá achando que isso daqui é um SPA, Matthew?! – disse Syn irritado, vendo-o adormecer. O jeito despreocupado de Matt, às vezes, tirava o amigo do sério. Mas fazer o que? Pelo menos, despertara. Continuava sendo um idiota... mas um idiota bem vivo.

(Narração de Marietta, primeira pessoa).

Não preciso dizer o quão desconfortável é tomar banho na presença de uma mulher, no caso, sua melhor amiga. Meu corpo tinha alguns arroxeados, e minha cabeça, um corte horroroso. Beleza, eu não tinha que reclamar, estava viva... pelo menos.

Depois de fazer tudo que eu tinha que fazer, troquei de roupa e voltei ao quarto, com Mel. Lá de dentro do banheiro, ouvi algumas vozes, mas julguei não ser nada demais. O barulho do chuveiro incomodava, e dava alusão a algo não real.

- ESSE FILHO DA PUTA ACORDOU! – chegou Syn contando, totalmente agitado, com um brilho no olhar que chegava dar dó. – LAZARENTO!

De imediato, eu e Mel olhamos para Matt... com os olhos fechados. Em seguida, para Syn, acreditando que... ele devia ter bebido algo, já que... não era possível.

- Tem certeza? – perguntamos em coro.

- TENHO, CARA! Ele voltou dormir, mas... ele acordou!

- Syn, amore... juro que eu ficaria feliz que seu amigo acordasse, mas... ele tá dormindo. Andou bebendo algo? - perguntou Mel, auxiliando-me para deitar na cama. – Sabe, porque...

- Caralho, mew, eu to falando... ele acordou, e falou comigo! – insistiu Syn, ficando irritado.

- Bem... se ele acordou... uma boa notícia. – sorri, concordando, mesmo sem crer muito.

Syn não era tonto, e sabia disso. Olhou-nos com revolta, e passando as mãos no cabelo, esbravejou:

- Vocês vão ver... ele vai acordar novamente! – depois disso, saiu do quarto, batendo a porta com força.

Mel arqueou a sobrancelha, um pouco assustada. Coçou a nuca e voltou a olhar pra Matt, certa que não estava sendo injusta:

- Será... que é verdade? – perguntou, por fim. Chacoalhei os ombros, desanimada.

- Há alguma chance? Se houver...

Mel não respondeu. Depois de me ajudar, saiu, talvez à procura de Syn. E fiquei lá, quietinha... esperando que ela ou ele voltassem.

Eles não voltaram... filhos da égua! De imediato pensei em acidentes, tragédias, abandono, brigas, sexo entre os dois no estacionamento (o que não era tão raro de acontecer...).

- Talvez eu precise me ocupar de algo... – pensei, olhando para os lados. Graças a Deus, alguém teve o bom senso de deixar um bloco de notas e um lápis na minha mesinha. E lá estava eu... criando... o que sei fazer de melhor.

O tempo passou, já eram umas nove horas da noite. Já tinha jantado... uma comida até que legalzinha... e tomado uma gelatina horrorosa sem sabor.  Eu supero isso também, além de um quase-ex-amigo-forever morrendo e uma perna quebrada.

Como já perceberam, eu evitava olhar para aquele ser do meu lado. Eu ainda estava com raiva dele... eu acho. Eu daria minha vida pra salvar a dele... mas eu ainda tinha raiva. Eu ainda acho. AH CARA, EU NÃO SEI PORRA!

- Alguém na bagaça? – murmuraram, do meu lado. Vi Matt se mover, levantar, passando a mão pela testa. Sentou na guarda da cama, abanando a cabeça como se tentasse lembrar algo. Olhou para mim assustado, surpreso... ou qualquer coisa assim. – Marie... o que houve?

Seria uma boa hora de... dizer o quanto ele era um fofo idiota inconsequente e que o odiava mais que tudo?


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