Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 150
Look at the stars


Notas iniciais do capítulo

SUAS LIIINDAS, esse capítulo ficou foda demais... eu amei. Ah, olha, a turma ta com duvida por causa da fic e a nova regra do NYAH. Depois eu passarei o link pra vocês no animespirit, mas até o fim do ano, estarei AQUI, embora a primeira temporada vá acabar antes T____T enfim... amo todos os recados e quero muuuitos ein, porque 7 paginas de word em duas horas né moleza nao *-* BEIJOS



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YELLOW - COLDPLAY

Era bom estar de volta...

Mesmo sem poder me mover ou falar, a graça de abrir os olhos já era suficiente. Na hora que despertei, não pensei que as teorias para aqueles que acordavam do coma muito tempo depois eram pessimistas. A probabilidade era a que carregaríamos sequelas para a vida toda ou que morreríamos subitamente.  

Ainda bem que não pensei nisso... seria irônico fugir da morte e encontrá-la horas depois, com uma cara de “fudeu, você me pegou, me rendo”. Me rendo o caralho... tinha muita coisa para fazer, como mandar minha Mel pro inferno, apertar as bochechas imensamente gordas do meu porpeta e roubar o sorvete do Syn!

Que estranho... isso passou pela minha mente, mas não ficou por lá muito tempo. Eu estava tão confusa... tão confusa. Pra ser sincera, ainda estou. Sinto-me assim.

Naquele instante que abri os olhos e que pude captar, depois de muito tempo (para mim, o mês durou uma eternidade), a luz, exibi um sorriso involuntário, tentando alcançar algo com as mãos. Como já disse, não consegui movê-las, o gesso não permitia.

Pisquei muitas vezes, tudo ao meu redor estava absurdamente embaçado. Pensei de cara que faria parte da estatística e que carregaria a sequela da cegueira.

“Menos mal”, pensei, ainda na tentativa de identificar alguns dos vultos do quarto. “Ao menos posso escrever”.

- Diga ao Connor que ela despertou. Avise aos amigos dela também. – ouvi uma voz bem distante dizer, movimentando-se bem lentamente perto de mim. Pelas manchas brancas que pude identificar, era alguma enfermeira.

Na burra tentativa de voltar a me movimentar, virei a cabeça de brusco. Senti uma dor absurda vindo dela, como se algo estivesse dentro de mim, pulsando. Abri a boca para falar algo, como pedir para algum filho da puta me ajudar a entender que porra estava acontecendo, mas não saiu nada. Nada, nenhum som, minhas cordas vocais pareciam congeladas. E aquela maldita máscara de oxigênio ajudou bastante na minha tentativa de socializar. Poxa vida... sou jornalista formada, EU QUERIIIIAAA FALAAAAR!

- Se aquiete minha jovem, logo ficará bem. – disse o vulto branco, pousando sua mão morna em minha testa. Me irritei imensamente como aquele “se aquiete”. Caralho, vejam se estou certa: LÁ ESTOU EU, QUIETA HÁ MAIS DE UM MÊS, E ESSA LAZARENTA QUER QUE EU FIQUE MAIS AINDA? Se eu pudesse falar, juro que ela iria tomar no cu. Ou lugares piores, não sei.

Só sei que no tempo de eu dar mais algumas piscadelas, ouvi alguns gritos ardidos vindos do corredor. Minha audição estava boa, então pude identificar de longe que entre o barulho, estava a minha querida companheira. Não tinha como não reconhecer aquela voz irritante e estridente que berra em meus ouvidos desde minha juventude.

A mesma coisa acontecia com aquele irritante do Zacky. Imaginava-o pulando feito uma bola (semelhança qualquer é pura coincidência), procurando um motivo oportuno para abraçar a enfermeira e palpar-lhe a bunda. Se bobear, ele fez isso mesmo.

E Syn... ah meu Deus, que saudades imensas senti desse filho da puta. Sentia vontade absurda de sair correndo daquela cama e pular em suas costas, fingindo que ele é meu pônei. Meu irmão adotivo... que supria minhas carências emocionais afetivas e familiares.

Espere... minha mente demorou certo tempo para entender o que eu estava fazendo ali. Afinal, por que eu estava mesmo? Por QUEM estava? Não, meu grupo não era formado apenas por três pessoas, e eu não estava apenas dormindo... estava em coma. Por um acidente. Um erro. Um...

Mexi meu braço com violenta, tentando arrancar a máscara do rosto. Soltei um urro de dor, acredito que foram os ossos que ainda não estavam devidamente encaixados. A enfermeira agiu rapidamente e me imobilizou, pedindo mais uma vez minha tranquilidade, que tudo ficaria bem.

Ao longe, bem mesmo, ouvi algo como “MINHA MARIETTA ACORDOU!”. Senti meu coração me trair pela trigésima vez e acelerar com violência. Mas tipo, acelerar de acelerar mesmo, porque quando ouvimos a voz da pessoa pela qual você quase morreu e que repetiria aquela loucura inúmeras outras vezes, a razão perde a vez. A minha já estava fudida há anos, desde que eu pus meu pé na porra do Aeroporto de Londres e entreguei minha vida ao destino. E meu destino surgia na porta principal com seus melhores amigos, fugindo dos fotógrafos.

Tentei mais uma vez reagir, mas a dor na cabeça fez-se bruta. Fiz uma careta de dor e fechei os olhos, e mesmo sem querer, peguei no sono novamente. Suspeito seriamente que aquela vadia da enfermeira me aplicou algum sedativo. Sorte dela que eu não identifiquei seu rosto.

Meus sentidos podiam estar desligados, mas eu estava bem acordada. Já me sentia viva novamente, embora não pudesse ficar muito feliz. Não sabia se a qualquer hora... o Jimmy viria me buscar para ensinar Deus a escrever. Nada contra, mas não queria ser professora tão cedo. Pretendia treinar muito antes disso, OUVIU?

Passou algum tempo que não consegui contar (avá!), só sei que quando voltei a ver a claridade, meus olhos já não estavam tão embaçados. Não ao ponto de não reconhecer uma figura carismática que conhecia de outros carnavais. Era aquele lindo do Connor, o médico que cuidou da minha Mel.

- Fico feliz por ter despertado, Heagle. O mundo sentiu sua falta. – saldou, exibindo um grande sorriso. Impressão minha, ou ele mandou a ética profissional tomar no cu? – Sente-se bem?

Não consegui emitir nenhum som com a boca, e isso de fato me incomodou. Tá, não ficaria cega e sim muda. NÃÃÃO, NÃO PODIA PRODUÇÃO, EU NÃO PODIA FICAR SEM FALAR! Eu precisava falar, enlouquecer as pessoas com tantos assuntos desconexos que... tá, parei.

Lembro que apenas assenti com a cabeça, porque realmente eu me sentia bem, mesmo sentindo a barriga retalhada e o cérebro pesado. Que nada, Marie, só estava pesando algumas gramas de pólvora a mais, SÓ ISSO.

- Seus amigos ficaram desesperados enquanto você esteve no coma... mas isso não cabe a mim dizer. Há alguém melhor para fazê-lo. – riu, abrindo a porta do quarto.

Juro gente, que se tinha um momento que pensei que fosse chorar até me afogar seria aquele. Minha melhor amiga, corada e toda sorridente, entrou correndo no quarto e pulou sobre mim, falando algumas coisas que não pude entender. O processamento ainda estava lento.

- OH MARIE, MEU DEUS, VOCÊ... OH SUA MALDITA, DA PRÓXIMA VEZ QUE VOCÊ FIZER ISSO COMIGO, EU VOU ENFIAR UMA ESTACA DE BORRACHA COM PIMENTA NA SUA BUNDA! – berrou, dando alguns pulos típicos de sua personalidade. Estava nervosa, aparentemente mais magra, mas não iria demonstrar. Ficaria ali, fingindo que estava bem para me ver bem. Só mesmo Mel para fazer isso.

Connor continuou rindo, acenando para chamar a atenção.

- Achei melhor Mel contar algumas coisas sobre esse tempo que você esteve fora. Mas... peço que não abranja muito. – pediu, apertando as mãos. – Uma psicóloga e uma fonoaudióloga chegarão amanhã para iniciarmos um tratamento. Estamos ligando algumas de suas sequelas com traumas e... bem, chega, estou complicando demais as coisas. – interrompeu-se, chacoalhando a cabeça. – Conversem em paz. – e despedindo-se, deixou-nos sozinhas.

Connor era meio louco. Só meio.

Mel virou para mim, com os olhos lacrimejantes. Certificou que Connor havia ido embora antes de me abraçar e murmurar bem baixinho, perto do meu ouvido.

- Não faz isso comigo irmã, não posso viver sem você. Por que, por que você tinha que ter capotado aquele carro?

“Porque muitas coisas importantes estavam em jogo, como o Matthew”, pensei na hora, fechando os olhos. Fiquei irritada por deixar algumas lágrimas caírem, não queria deixar Mel pior do que ela estava. Coitada... olha só os problemas que fui arrumar. Que bela amiga sou.

- Olha, esqueça que eu disse. – pediu, afastando-se rapidamente. Limpou o rosto e passou a andar pelo quarto, gesticulando freneticamente com as mãos. – Não lembre disso, passou, você está aqui, ouvindo essa louca falar falar falar como maluca. Lembra, sempre fomos malucas e nunca nos fez mal. Não, olha... espere.

Não deixei de rir por causa daquela confusão, mesmo que doesse todos os músculos do meu rosto. Se eu estava perdida, Mel estava mais ainda. Só que a perdição dela era mais engraçada.

- Não ria de mim, sua égua! – repreendeu, rindo também. Pronto, consegui cortar aquele clima pesado do qual eu queria fugir. – Olha... Connor andou explicando umas coisas para nós lá fora... então vou tentar falar de uma forma... que você não se assuste. Digo, nem sei se isso cabe à psicóloga falar... mas... assim... você ficou um mês em coma. Passou por uns perrengues legais por aqui mas... você está viva. Teve piedade desses filhos da puta que ficariam aqui. – contou, fitando o teto por um tempo. Continuou, um pouco relutante. – Droga... não sou boa pra ficar dando boas vindas. Vou jogar isso para a Vanessa, ela vai saber fazer isso melhor que eu. Ah, a Vanessa é a psicóloga.

Pra quê vou precisar de psicóloga, hum?

- Você deve estar pensando pra quê psicóloga, né? – riu, sentando-se do meu lado. Acariciou meus dedos livros do gesso e continuou. Sério, ela lia mentes. – Algumas coisas aconteceram contigo que Connor suspeita que tem envolvimento com seu emocional. Todos os ocorridos dos últimos meses contribuíram para algumas coisas... sabe... influenciaram seu quadro clínico. Eles querem extrair disso o máximo para que você possa ter a vida normal que sempre teve. Fica tranquila, Marie, vai dar tudo certo.

Juro que fiquei curiosa com meu quadro clínico. O que será que teria acontecido que meu emocional foi tão influente assim? Pena que não podia perguntar... devia ser por isso que a fonoaudióloga iria me ajudar. Depois de um mês paradas, minhas cordas estavam com teias de aranha.

Mel interrompeu meu raciocínio com um murmuro bem mais baixo que o anterior, como se não quisesse que eu ouvisse (mas para descargo de consciência, estava falando).

- Connor pediu pra eu explicar, mas não sei como fazer isso. – iniciou, baixando a cabeça. – Lembra... daquela queda na escada, de quando você e o... Matthew... ér... lembra-se do Matthew, certo? Bem, ér... oh Marie, como vou dizer isso? Olha... vocêcapotoucomocarroporquesuasernastravaram. MARIEVOCÊNÃOVAIPODERVOLTARANDARECONNORACHAQUEISSOPODESERUMBLOQUEIOPSICOLÓGICOEMBORAVOCÊTENHAFRATURADOACOLUNA. PRONTO!

Nossa, que legal, entendi quase tudo, inclusive a parte que eu NÃO VOLTARIA A ANDAR, PORRA! COMO ASSIM POR CAUSA DA QUEDA? COMO ASSIM, FOI CULPA DO... PERAI. MATTHEW! MAAAATTHEW!

Agitada, tentei levantar a cabeça. Mel ficou assustada com minha reação e correu para a porta, procurando pelo vidro alguma enfermeira. Minha vontade nessa hora era de dar uns tapas bem dados naquela medrosa. Caralho, eu só queria reagir!

- Calma, viu? Calma... a Vanessa vai conseguir solucionar tudo isso.

Mel caiu no silêncio, sem conseguir prosseguir nas revelações. Acabou saindo do quarto aos prantos, desesperada porque não conseguiu dizer tudo que havia de ser dito. Que eu estava com uma bala alojada na cabeça, que demoraria para voltar a falar e que talvez nunca mais andasse. E que tudo isso era decorrência de um jogo idiota entre eu e Matthew.

Se eu não tivesse sido idiota, se tivesse falado tanta coisa, feito tanta coisa, pegado aquele corpo e trazendo-o contra o meu, agarrando aquela cabeça e beijando-a com força... não. Não. Preferi complicar, e olha que deu... sozinha, numa cama... com uma amiga neurótica que estava mais neurótica possível. Que vida estabilizada essa minha.

Mas de boa, isso não me incomodava.

Acabei dormindo esperando o retorno de Melissa. Ela não voltou, mas Connor sim, e não estava sozinho. Duas mulheres o acompanhava, olhando-me atentamente. Sorriam.

- Muito bem. – disse a morena, aproximando-se de mim, passando as mãos pelo meu cabelo. – Sou Vanessa, e a partir de hoje, serei sua amiga. Você aceita?

Avá, Marietta rejeitando amizades? Nem morrendo eu abria mão disso, ainda mais se esse vínculo me favorecesse de certa forma, como na volta da minha vida normal (normal só na palavra, porque na prática...) e na vinda de uma nova companheira de vida.

Assenti com a cabeça, fazendo o máximo de esforço possível. Ela sorriu e acrescentou que Melissa faria parte das nossas sessões diárias. A fonoaudióloga, ainda de pé perto da porta, também se apresentou e falou o que faria comigo.

Sua missão era trazer de volta meu dom da fala.

Essas apresentações são chatas e não vou focar tanto nelas... só quero que saibam que naquele mesmo dia, foi estipulada uma nova rotina para minha vida. Mel não me abandonaria um minuto sequer... e a psicóloga também. A Scarlett (a outra doutora) faria atividades comigo todas as manhãs... e eu estava terminante proibida de desistir.

- Você pertence ao grupo dos casos mais raros que tratei até hoje. – confessou Vanessa, acenando para que Mel apertasse minha mão. – Vou explicar com mais clareza o que farei. Como sua amiga disse, você passou por muitos transtornos psicológicos nos últimos tempos, inclusive uma agressão. Embora alguns médicos acreditem que a paralisação de seus membros inferiores seja por causa da lesão na coluna, eu acredito que possa se um trauma, e vamos lutar para que isso se resolva. Para isso, precisarei, fundamentalmente, que você esteja disposta a ser minha amiga e aceitar minhas decisões. Eu quero que a senhorita levante dessa cama e volte a escrever... porque minha filha espera ansiosamente o lançamento do filme.

Mel riu, apertando minha mão com mais força. Eu também sorri, meu cérebro já estava aceitando aquele movimento sem causar nenhuma dor no rosto. Era bom sentir que a Heagle percorria, voando, muitos lugares... até mesmo onde sequer eu poderia imaginar. Eu precisava voltar para continuar voando.

- Melissa acompanhará as sessões, já que pelo que vi, ela lhe remete muitas lembranças boas, bem mais do que a presença de seus pais ou de seus outros amigos. Mas esqueça-os agora. Esqueça-os por algum tempo. Pense que somos só nós três nesse mundo. Vou precisar disso para leva-la à vitória.

A psicóloga percorreu os olhos pelo quarto e pela minha cama. Pousou o olhar no meu pulso, justamente numa pulseira que eu já nem lembrava que estava ali, amarrada. A pulseira que ganhei há algum tempo... de umas mãos tão grandes e grosseiras. Ele ria para mim... eu lembro que ele ria. Era Natal e eu estava de porre. Será que estava certa... era isso mesmo? Existiu momentos bons com Matthew, em alguma época da nossa amizade?

- Procure não lembrar de Matthew Sanders. – pediu Vanessa, abaixando o olhar para os pés. – Eu vou precisar disso. Você vai precisar. Mas... sei que isso é complicado, porque vou te isolar, de certa forma. Iniciaremos o tratamento aqui e partiremos em breve para a Alemanha, em uma clínica de repouso. É uma jornada longa, minha cara... mas é necessário. Você precisa curar seu corpo e sua alma.

- Marie... nós vamos viajar e passar um longo tempo fora. – acrescentou Mel, tentando se certificar que eu estava entendendo a gravidade daquela viagem. – Você precisa disso. Eu vou estar com você, estamos juntas para sempre. A Vanessa e a Scarlett ficarão aqui por algumas semanas, e depois, iremos.

- Você poderá se despedir de seus amigos, Marietta, de todos que quiser. Inclusive Matthew. Faço isso para que você fique com saudades e queira voltar. A única forma de voltar é com você se recuperando. E para isso ocorrer... você precisa se esforçar. Precisa mudar.

Muitas informações para uma pessoa só. Preferi assentir com tudo aquilo, a ideia de ter minha vida novamente animava, eu precisava escrever para meus fãs. Precisava despreocupar minha mãe e mandar o meu best biólogo comer uma mulher! Eu precisava fazer tanta coisa que, se aquela era a única forma de conseguir isso... estaria disposta a encarar.

- Muito bem. – sorriu, esfregando as mãos. – Acredito que queira conversar com eles... então vamos esperar suas primeiras evoluções na fala. Vai tudo dar certo.

- Vai sim, Marie. – garantiu Mel. – Vai sim, Heagle.

Estava anoitecendo e as primeiras estrelas estavam surgindo. Quando me vi só, pronta para dormir, olhei pela janela, na fresta da cortina.

Look at the stars,

Look how they shine for you.

Pensei na longa jornada que me aguardava até eu ter meu tão querido “final feliz”. Só modo de dizer, porque meu final feliz não era possível de obter. Nunca seria.

Your skin

Oh yeah, your skin and bones,

Turn into something beautiful,

Do you know?

You know I love you so,

You know I love you so

I swam across,

I jumped across for you,

Mais do que previsível que meu sonhado final feliz era me encontrar pela última vez com Matthew e poder dizer que... caralho, eu amava ele. Que era capaz de fazer muitas coisas, e uma delas era me isolar na puta que pariu para poder viver bem, ao lado dele. E que eu perdoo todas as vezes que ele me fez chorar. Doeu tanto, mas tanto, mas eu lembro de tê-lo ouvido enquanto eu dormia no coma. Ele se preocupa comigo... sei que deve se importar.

And your skin,

Oh yeah your skin and bones,

Turn into something beautiful,

Do you know?

For you I'd bleed myself dry,

For you I'd bleed myself dry

It's true, look how they shine for you,

Look how they shine for you,

Look how they shine for...

A porta abriu lentamente e eu me assustei, arregalando os olhos. Meu coração, esse traidor maldito, voltou a acelerar, e senti meu rosto corar bruscamente.

Um par de olhos verdes enfeitiçou o meu. Justo eu, que prometi nunca mais sentir isso por alguém.

Era Matthew, aquele maldito ogro engibizado que, depois de verificar que eu estava acordada, fechou a porta com força. Não, não fujas de mim... você é a minha estrela amarela e deve brilhar para mim. Não importa o que houve... daria meu sangue por você. Porque eu amo você...

Look at the stars,

Look how they shine for you,

And all the things that you do


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