Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 11
Johnny Christ.


Notas iniciais do capítulo

Ignorem se houver algum erro gramatical... e desculpemn, mais uma vez, a demora para postar.



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- Não é melhor você se acalmar primeiro? – murmurei, pousando minha mão em seu ombro, antes de sairmos do carro. Ele me ignorou. Saiu, fechou a porta com força e esperou que eu saísse, para correr atrás do quarto do Johnny. Okay, okay, vou considerar aquela falta de cavalheirismo. Man... ele estava a ponto de perder OUTRO amigo.

Sai do carro, ajeitei minha roupa (agora amassada) e segui Matthew, que ia à frente. Por trás, pude ver o quanto ele era “gigante” perto de mim, com aquele quase dois metros de altura e corpo musculoso. Não preciso dizer que cada passo que ele dava, era três do meu, né? Foi tenso. Muito tenso. Ele não esperava por mim em momento algum... e eu lá, correndo atrás dele, como esvairada.

O clima era péssimo. Sempre odiei hospitais. Pessoas estranhas de um lado, doentes do outro. Incrivel como tudo parecia o Brasil naquela partezinha de Londres... mesmo que a infraestrutura e as pessoas fossem diferentes.

- Cara... você vai esperar? Se quiser, eu vou embora, poxa. – berrei, no centro da sala de espera, irritada por ter que correr entre um corredor e outro. Matt olhou para mim (a primeira vez em todo o percurso), sério. Juro que fiquei com medo do que ele fosse falar perto daquele monte de gente nas  cadeiras.

- Foi mal... – desculpou-se, parando logo em seguida. Olhou-me de uma forma que eu não saberia explicar, mesmo porque o óculos não permitiam uma análise mais detalhada.

 Me senti culpada por ter feito aquilo mas... cara... nada iria adiantar ele ficar daquela forma, como louco. Se algo tivesse que acontecer com Johnny... aconteceria.

Respirei fundo, afastei meus cabelos do rosto (agora suado), e andei tranquilamente, em sua direção. Parei, voltei a suspirar... e olhei-o, um pouco corada:

- Pode ir. – murmurei, apontando o último corredor que teriamos que atravessar, até chegar ao Johnny.  Ele abaixou a cabeça e voltou a andar, e eu, um pouco mais ágil, voltei a seguí-lo.

Em uma outra sala de espera, um pouco mais vazia que a anterior, estava Syn, Zacky e Arin. Pareciam um pouco beudos ainda, mas os olhos (como o rosto todo) estavam vermelhos.

- Que porra é essa? – gritou Matthew, jogando o óculos na cadeira.

Syn correu em sua direção, e sem saber muito bem que fazer, abraçou-o. Não sei descrever exatamente a cena, mas nunca pensei presenciar uma cena tão triste quanto àquela. Juro que também nunca pensei viver para ver Syn chorar... como chorava naquela ocasião.

Sei lá... tive tal imagem dos meus ídolos que me esqueci completamente que eram humanos como eu. Que choravam, e sofriam. O fato é que, ao ver Syn tão desesperado daquela forma, pensei em alguma forma de aliviá-lo, mas acabei me afastando. Eu já tinha ideia do que tinha acontecido... e o que iria acontecer.

Matt retribuiu o abraço do amigo, mas não deixou que qualquer lágrima caísse. Olhava fixamente para uma porta, semi-aberta, onde parecia um corpo coberto com um lençol branco.

Me virei e fui ao banheiro, deixando-os para trás.

Naquela noite, aos 26 anos, faleceu Jonathan Lewis Seward (conhecido como Johnny Christ), baixista da banda Avenged Sevenfold. Deixara para trás Valary e os amigos... e a banda a qual se dedicou a vida toda.


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Notas finais do capítulo

E às fãs de Johnny... não me odeiam!