Palavras de Heagle escrita por Heagle


Capítulo 106
A viagem ao Brasil.


Notas iniciais do capítulo

Oiii Lindas. HSASUHSH já vou avisar... como farei enem AMANHA e DOMINGO, NÃÃÃÃO POSTAREI NESSES DIAS. Não vai dar tempo HUSAHUSUHUHSAHUS então... ja sabem.
Bem, esse capitulo saiu foda... HSASHUASUH meio confuso mas foda. adooorei escreve-lo hoho *---*
E as neuroses do Matt são as melhores. OGRO, SEU LINDO. ENFIM... HUSAUHSHS BOA LEITURA.



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Soubemos, ainda naquele dia, que Brian e Melissa estavam namorando oficialmente. Vocês não sabem a crise que dei, toda feliz, percebendo que meu lado cupida tinha servido pra algo. Meus melhores amigos... estavam juntos e felizes. Era bom demais para acreditar!

Passou uma semana, e Mel deveria continuar no hospital para o tratamento. Doutor Connor não estava tão seguro que a paciente havia tomado juízo, e que não faria mais besteira (como a de esquecer a insulina).

Ficou ainda mais receoso quando, numa notícia bombástica, avisou que viajaria para o Brasil, na minha companhia. Legal... eu ia viajar e nem estava sabendo. Foda.

Mas o mais interessante nisso tudo... é que fui a última a saber MESMO, no quinto e último dia do tratamento, quando fui levar a mala com as roupas pro quarto.

- WAIT? – gritei, arqueando uma das sobrancelhas, naquela minha adorável expressão bovina. – Calma aí, essa viagem pro Brasil não fazia parte dos meus planos.

- Vou fazer o desejo da minha vó. – resmungou, olhando para a janela. – Quero que ela veja como estou, antes de morrer. E você vai junto, não quero nem saber.

- E o tratamento, sua maluca?

- Prometo que vou seguir, sério. – gritou, beijando os dedos cruzados. – Juro que vou voltar inteira! Digo... pseudo-inteira, agora que não tenho mais dedo.

- Mel, você está falando sério? Voltarmos ao Brasil? Mel, BRASIL, nosso país natal, tem certeza? - continuei, ainda abismada, tentando entender o que estava acontecendo.

Por mais que eu sentisse saudades dos meus amigos e minha família... voltar para Barra Bonita era algo muito distante, pelo menos no momento. Não estava pronta pra retornar... e dar de cara com meu passado, que ainda estava vivo lá. E ainda ter que aguentar meus pais, tentando reconciliar meu casamento com Hugo. E minha madrinha querida... tia dele também.

Sabe o quanto isso pesa?

- Você está morrendo de saudades da família que sei. E eu também quero fazer as pazes com o passado, tenho culpa? – insistiu, dando leves pulinhos na maca. – Oh Deus, como estou animada!

Não tive outra reação a não ser sentar na cama, com o rosto pálido, coçando a cabeça. Enquanto aquela puta ria... eu me via no momento mais tenso da minha vida. Cara... eu ia ficar quanto tempo longe de Matthew?

- E quando isso? – perguntei, já conformada com a ideia. Não tinha como, Mel era teimosa, iria me infernizar até dizer um “sim” forçado. Então, vamos aceitar logo de cara, ignorando o desespero.

- Bem... podíamos ir duas semanas antes do Natal. E voltar... depois do ano novo, não lhe parece bom?

- Tenho escapatória?

- Eu sei que é complicado voltar... mas... a gente supera. Ou acha que pra mim está sendo fácil?

- E os meninos, como vão se arranjar sem nós?

- Ué, eles podem viajar pro EUA se quiserem... francamente, esse não é o problema no momento. A menos que você... vá sentir saudade... de algum deles. – arriscou com perspicácia, como se tentasse tirar alguma informação de mim. Virei o rosto, fechei os olhos e resmunguei, cruzando os braços:

- Nem pense, Melissa. Enfim... vamos né, fazer o que.

- AEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE! ADOOOOOROOO! – berrou, pulando em cima de mim, para dar um abraço.- CARA, A GENTE PODE TOMAR SORVETE NA TOP ICE E COMER BATATA NA BATATA MANIA, QUE TAL?

- Hum... você disse BATATA? – riu Zacky, parado na porta, junto de Syn e Matt. A velha arte ninja de entrarem de penetra sem serem percebidos. – Onde comeremos batata?

- É só falar de comida que Zacarias da Vingança aparece, como diria a nossa amiga Lily Pereira. – riu Melissa, pondo-se de pé, dando um beijo em Syn.- Querido, eu e a Marie vamos viajar, como eu já havia dito.

- Ah, que linda você... seu namorado é o primeiro a saber, e eu que vou ser forçada a ir, nem sabia. Desde quando planeja isso, ein sua vadia? – suspirei, também me levantando.

- Ér... desde que acordei. – riu, dando um tapa na minha testa. – Animação Marie! Quem sabe você encontra algum dos seus ex-amores por lá e tenta um flashback, agora que está SOLTEIRASSA.

- Não acho essa ideia boa. – resmungou Matt, paradão ao lado de Zacky, exibindo um meio sorriso. – Marie tem que se concentrar na carreira agora, esquecer de homem.

- ISSO, pela primeira vez na vida, Matthew disse algo que eu concordo. Chega de homem. Vou morrer solteira, sozinha! E, francamente, isso não me assusta. O amor só está me causando problemas, cada vez mais terríveis e intermináveis. – conclui, exibindo um sorriso em seguida. – Bem, os senhores Avengers terão que se virar por quase um mês sem a gente. Acham que vão se dar bem?

- Bem, se a Mel é uma filha da puta de me deixar na mão... literalmente... – começou Syn, com uma risadinha sem vergonha. – E a Marie é outra que vai nos deixar... não vejo porque ficarmos em Londres. Podíamos ir pra nossa cidade, ver nossos pais... beber com nossos amigos.

- Essa ideia É FODA. – gritou Zacky, dando um soco no ar. – PEGAR AQUELAS GOSTOSAS QUE ESTÃO LÁ, AHÁÁÁÁ. TO QUE TO QUE TO CHEGAAAAANDO.

- Zacky, o máximo que você vai fazer, quando chegar lá, é ficar bêbado e dormir no sofá da minha casa. Isso se não vomitar, como sempre faz nas festas de fim de ano. – riu Matthew, tirando a jaqueta. – Bem... por mim, acho uma boa. Tirar uma folga dessa agitação... esfriar a cabeça... deixar os problemas de lado.

- Muito lindo, muito maravilhoso, isso daqui está parecendo aquelas novelas onde tudo dá certo. Falta todo mundo se abraçar e dizer que sem um o outro não vive. – propôs Zacky, abrindo os braços. – Vem em mim, seus lindos... possuam meu corpo nu.

- Vocês fumaram maconha, né? – perguntei, considerando a hipótese não tão longe da realidade. – Tá, beleza, então a gente parte, e okay. Mas, até lá... temos uma longa jornada de gravações pro filme que foram adiadas por causa de Melissa, né bonitinha? E suspeito, sinceramente, que as gravações vão atrasar, e não terminarão em Abril, como previsto.

- Disso eu tenho certeza. – afirmou Matthew. – No mínimo dos mínimos, junho ou julho. Então, isso significa, que vamos nos aguentar por mais algum tempo.

- Uau, que coisa ruim. – ironizei, abrindo a mala de Melissa. – Bem, vai, se troca, que vamos pra casa. Esse cheiro de hospital impregnou na minha roupa. Está dando nostalgia já.

- Okay então, Matt e Zacky, vazam daqui, porque nenhum macho vai ver minha mulher pelada, além de mim, lógico. – ordenou Syn, praticamente enxotando os amigos do quarto, com o cenho franzido. - É isso aí, tem que cuidar do que tem.

- Syn, crie um clone seu e mande pro quarto da Marie. – brincou Mel, dando gargalhadas. – Ela tá precisando de macho assim.

- Melissa Prado, não preciso de macho. – neguei, balançando a cabeça. – Tá, talvez eu não precise AGORA... não, nunca hei de precisar, é atraso de vida.

Os dois riram, mexendo (juntos) na mala. Ah... eu não ia cortar aquele momento tão lindinho deles, né? Preferi dar uma desculpa qualquer (como uma diarréia) e sair do quarto, para deixá-los sozinhos.

Não nasci pra ser castiçal também.

No meio do corredor, quando já estava pronta para descer as escadas, Matthew me abordou, agarrando meu braço. Acabei dando um grito, pelo susto.

- AI CARA, QUE SUSTO!

- Porra, sou tão feio assim? – sorriu, soltando-me. Tá, Matt, você não consegue ser feio nem disfarçado de feio, seu lindo, mas anyway.

- Estava distraída, por isso o susto, bobo.

- Ér... Marie... posso te perguntar uma coisa? – começou, sem mesmo me dar a chance de responder um “sim” ou “não”. – Hum... Marie... Marie... ér...

- Ér...? Fale homem.

- Você acha que eu deveria apresentar Anne à minha família, na viagem ao EUA?

Tá, não sei como descrever a minha cara, mas senti que assumi a master expressão bovina, aquela que é a mistura de uma idiota com uma abobalhada. Mas, por dentro, era como se alguém estivesse pegando uma marreta e destruindo tudo que fosse de frágil, como meus sentimentos.

Como assim, apresentar Anne? Eles nem namoravam sério... ou pelo menos, não se tratavam assim. Tá, eles transavam... se beijavam... mas nunca, nunca, falavam coisas bonitas um ao outro. Conhecia Anne melhor que ele... e o amor da vida dela, desde jovem, era Jared. E a dele... só por Deus.

Não... eu não podia deixar isso acontecer. Seria a pior burrada da vida dele.

- Apresentá-la pra que?

- Ah, sei lá... ela é minha namorada, não?

- Francamente? Acho que é cedo demais. – isso, vocês devem estar percebendo que estava afim de fuder todo aquele relacionamento. Pode ser ruim... mas foda-se infinito, vou virar vilã dessa bagaça. – Vocês ainda não possuem um vínculo forte o necessário para que seja compartilhado com a família, entende?

- Vínculo forte? O que seria isso?

- Oras Matthew... você não ama Anne, e nem ela te ama. É desse vínculo que estou falando.

- Nem todo mundo hoje é feliz com quem ama. Mas não dá pra ficar parado esperando cair do céu.

- Vocês homens tem uma visão muito diferente de nós. Eu penso assim: se não for com quem amo... não vai ser com ninguém. Eu te falo... é só Jared pedir, que Anne volta pra ele, é sério.

- Bem, quando isso acontecer, aí me preocupo. – ironizou, tirando os óculos. – Enfim... valeu Marietta.

- Por nada. - menti, com um sorriso falso. – Ninguém melhor que eu para ouvir seus problemas de relacionamento.

Matthew virou o pescoço, olhando para mim por um tempo. Aqueles olhos verdes... aquele rosto... aquele homem. Oh Deus do céu... o que estou falando? O que estou escrevendo?

- Mas se você gostar mesmo da Anne... leva ela junto de vocês. Essa é a prova que você quer algo sério com ela... e que... pode dar certo. Eu posso estar errada, como sempre... então... faça o que achar melhor mesmo, Matthew. Eu acho. – acrescentei, tentando afastar de mim aquele súbito remorso por ter sido tão sincera. Balancei a cabeça e suspirei, apresentando os degraus com a mão. – Vai encarar comigo?

- Por que não? – concordou, agarrando minha mão. – Vamos... mas bem rápido.

Por que eu sempre ficava nervosa, quando conversava com Matthew?

(Terceira Pessoa)


 “A mão de Marietta é muito fria...”, pensava Matthew, descendo as escadas com rapidez. “E é tão pequena... que cabe certinho na minha mão. Anne é diferente... aquela mão quente... com pouco maior, com aquelas unhas enormes. Se ela fosse parecida com a Marietta, em alguns sentidos, talvez nos déssemos melhor. Se fosse mais paciente... mais doce... e compreensiva. Não tão explosiva... e direta. Aff, que besteira a minha, querendo que uma seja a outra. Deixa de tolices, Sanders. Primeiro os pesadelos, agora essa conversa mental... aff filho da puta, está ficando louco?”.

Pesadelos, a palavra que amedrontou Matthew por alguns dias, antes de Melissa acordar. Talvez movido pelas notícias trágicas dos últimos tempos, sonhava com um mesmo cenário. No caso, uma boate... pessoas por todos os lados... um formigueiro.

- Logo ela chega! – gritava Melissa, dançando junto de Syn. Zacky, do outro lado da pista, numa alegria incontestável, beijava Baju.

- Que horas ela vai chegar? – perguntou Matt, sem obter resposta de ninguém. Repetiu, inúmeras vezes. Mas ninguém, exceto um rapaz, era capaz de ouvi-lo.

- Cara... ela não vai vir.

Era Jimmy.

“Nada vai acontecer. Neurose minha... completamente minha”, voltou a pensar, soltando a mão de Marietta.

O contato com a moça o estremecia. Não era sensato demonstrar... não era mesmo.


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