A Vingança escrita por bibi_di_angelo


Capítulo 2
Talvez não seja mais certo


Notas iniciais do capítulo

Oii gente!!!
desculpa pela demora mas o Nyah! tava com probleminhas e eu não conseguia acessar né?
Mais uma coisa, vou tentar colocar as imagens quando reabilitarem a edição de capítulos, ok?
bjos
:*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/130599/chapter/2

POV Samantha

Era uma tarde normal na faculdade, eu estava terminando a minha palestra sobre mitologia, alguns alunos ainda faziam perguntas e eu as respondia com precisão. Ao final da tarde, eu estava em meu escritório arrumando minhas coisas quando ouvi uma batida na porta, atendi e vi que era Leroy, um outro professor que havia entrado na faculdade há três meses.

- Olá Leroy. – Eu disse.

- Olá Samantha. – Ele disse examinando a sala. – Posso entrar?

- Claro, desculpe a grosseria. – Eu sei o que devem estar pensando, Samantha, aquela menina rebelde sendo educada e usando expressões caretas? É, infelizmente eu preciso ser assim, mas somente na faculdade. Leroy parecia meio nervoso. – Aconteceu alguma coisa? – Ele começou a tremer e seus olhos ficaram negros.

- Escute aqui filhote de deus! Meu senhor vai ter sua vingança e vai começar agora. – Ele explodiu em fumaça e vi um monstro que parecia com uma gárgula avançando em mim, com um movimento rápido, tirei Contracorrente do meu bolso e me defendi se sua lança negra, tentei correr para fora do escritório, mas a porta estava trancada. O monstro investiu contra mim de novo, eu apenas conseguia me defender, comecei a estudar os ataques dele e abri uma brecha para revidar, ele defendeu e me atacou com mais força, fazendo-me recuar aos poucos, percebi que estava sendo encurralada, tentei atacá-lo de novo, mas foi em vão. Ele me deu um chute e eu caí em um baque surdo batendo meu corpo contra a parede, fingi que estava desmaiada e quando o monstro foi checar para ver se eu estava viva, finquei minha espada em seu pescoço, o monstro gritou e se transformou em pó.

Eu levantei cambaleando, meu corpo doía a cada passo, consegui chegar ao meu carro e tentei chegar o mais rápido em casa, entrei arfando e encontrei meu irmão na cozinha lavando um pano sujo de sangue, seu próprio sangue, ele se sentou na cadeira com dificuldade e colocava o pano molhado sobre o corte, com a água em contato com o ferimento, o corte foi se fechando e ele voltou a respirar normalmente.

- O que foi aquilo? – Ele perguntou assustado.

- Eu não vi, cheguei depois que o monstro foi embora. – Eu respondi.

- Sam, vamos mais cedo para o acampamento então. – Ele disse e eu corri para o meu quarto, fiz minha mala.

- Micke, alguém precisa avisar a Liv, ela pode estar em perigo. – Eu disse.

- Eu vou até a Califórnia, leve os outros para o acampamento. Todos! – Ele disse saindo pela porta. Eu peguei minha mala e dirigi até a casa de Will feito uma louca.

- Samantha. Aconteceu alguma coisa? – Tia Thalia atendeu.

- Acampamento...Will...monstros...agora. – Eu disse tomando fôlego, ela assentiu e foi buscar um copo de água para mim.

- Acalme-se querida.

- Mãe? Tem alguém com você? – Ouvi a voz do meu namorado. – Sam?

- Will, faça sua mala, vamos para o acampamento. – Eu disse e ele assentiu. – Sra. Castellan? Eu já vou, preciso avisar os outros, avise para o Will que eu o encontro no acampamento. – Thalia assentiu e eu voltei para o meu quarto, fui o mais rápido que pude avisando aos outros, cheguei por último na casa da tia Jess e tio Nico. Bati na porta e ninguém atendeu. – Jake? Tia Jess? Tio Nico? Tem alguém aí? – Eu percebi que a porta estava aberta e entrei, encontrei Jacob no chão, uma lança de ferro atravessada no ombro.

- Sam? – Ele falou fracamente, os olhos eram apenas duas pequenas frestas.

- Sou eu Jake, vou te ajudar. Você tem néctar por aqui? – Ele assentiu.

- Na prateleira atrás de você. – Ele respondeu, eu corri e achei uma garrafa térmica, abri e despejei um pouco de néctar no ferimento, em seguida, dei um cubo de ambrosia que carregava comigo, ele mastigou a comida dos deuses e relaxou os músculos.

- Jake, voltei mani... – Olhei para trás e vi Allyson em choque. A menina havia mudado bastante desde a última vez que a vi, quase não conseguíamos mais mandar mensagens uma para a outra. – O que aconteceu?

- Eu não sei, quando cheguei, ele já estava assim. Precisamos levá-lo ao acampamento. – Ela assentiu.

- Sam, me ajuda aqui. – Ela começou a apoiar Jake nos ombros, eu fiz o mesmo, minha amiga fechou os olhos e um grande cão infernal apareceu. – Sra. O’Leary, leve o Jake para o acampamento agora, você tem permissão para entrar. – Nós colocamos Jacob no dorso do cão e ela começou a correr rapidamente.

- Vá com eles, eu tenho que avisar aos outros. – Eu disse para Ally, ela negou com a cabeça.

- Você não vai sozinha, seja lá o que for esse monstro, ele está nos atacando e é muito forte, eu vou com você. – Ela disse já rodando a espada na mão.

- Vamos para a casa do Leon agora. – Eu disse e ela assentiu, entramos no meu carro e eu comecei a dirigir de novo feito uma maluca, meus reflexos me impediam de perder o controle da direção. Chegamos à casa do Leon, tocamos a campainha e nosso amigo sonolento saiu de lá.

- O que foi? – Ele despertou rapidamente quando viu nossas caras.

- Você tem que ir para o acampamento agora, estamos correndo perigo. – Eu disse e ele assentiu.

- Vocês estão indo também?

- Primeiro temos que fazer umas coisas, nos encontramos lá. Tchau. – Ally disse me puxando para o carro. – Quem está faltando agora? – Eu pensei, Jake, Will, Leon, Liv, Meg, os gêmeos e as gêmeas, havíamos falado com todos.

- Você só. – Eu disse e ela arregalou os olhos.

- Eu? Voltar para o acampamento? – Ela disse assustada.

- Vamos Ally, você nunca mais foi pra lá. Vamos fazer sua mala. – Eu disse.

- Vai ser mais difícil do que parece sairmos da minha casa depois que estivermos lá, mas acho que tenho uma idéia. – Ela disse, Allyson dirigiu até sua casa, aliás, casa é apelido para a construção em que ela morava. Entramos em seu quarto e ela começou a fazer as malas, ofereceram algo para comermos e ela disse que era melhor comermos um pouco.

- Lisa, eu tenho que ir, você sabe como é, o acampamento me chama. – Ela disse.

- Quer que eu peça para minha mãe transportar vocês? – A mulher loira disse docemente. Ela era branca e tinha olhos hipnotizantes, as íris mudavam de acordo com o seu humor, percebi isso porque quando entrei estava azul claro e depois que ela descobriu o que aconteceu, ficaram negros.

- Espera aí? Como ela sabe do acampamento? – Eu perguntei.

- Oi, sou Lisa Crownder, filha de Íris. – Ela disse se apresentando.

- É melhor irmos, você vai ficar bem Lisa? – Ally perguntou, a moça assentiu sorrindo. Ally agarrou meu pulso e começou a correr para uma parede escura, senti o ar se perder de mim num segundo, e no outro, eu estava caindo na relva do acampamento, sentia que meu corpo havia sido revirado. Olhei para o lado e vi minha amiga cambaleando.

- Toma. – Eu lhe dei um cubo de ambrosia, ela agradeceu e o comeu. Depois, saiu correndo para a enfermaria, ainda cambaleando um pouco.

POV Allyson

- Como ele está? – Perguntei a um filho de Apolo.

- Está bem, parece que ele chegou a tempo. – Eu suspirei aliviada. – Acho que daqui a algumas horas ele deve acordar. – Ele acrescentou.

- Obrigada. – Eu disse.

- Só estou fazendo meu trabalho. – Ele disse e sorriu pra mim. Ele é bem parecido com o pai, ri desse meu pensamento, apesar de muito tempo ter passado, Apolo ainda me manda flores e poemas, eu já o perdoei, mas nunca sabia se podia encará-lo novamente. Andei pelo acampamento, indo na direção do chalé de Poseidon, parei para admirar a paisagem, o número de chalés aumentou um pouco, acho que eram aqueles que estavam em projeto de construção.

- Olá, meu nome é Leon, você é nova por aqui? – Leon veio ao meu encontro. – Você é a garota que estava com a Sam, não é? – Eu assenti. – Qual é o seu nome?

- Allyson, Allyson Di Ângelo. – Eu disse.

- Ally? Oh, me desculpe, eu não te reconheci, você mudou bastante. – Ele disse nervoso, Leon fica muito fofo quando está nervoso.

- Sem problemas Leon, você também mudou bastante, se Sam não tivesse dito que iríamos à sua casa, eu não te reconheceria. – Eu disse tranqüilizando-o.

- Como vão as coisas? – Ele perguntou me acompanhando enquanto caminhávamos para o meu chalé.

- Bem, e com você?

- Boas também. Fiquei sabendo sobre o Jake, sinto muito. – Ele disse. – O que os filhos de Apolo disseram sobre ele?

- Disseram que ele vai ficar bem, provavelmente vai acordar daqui a algumas horas. – Eu disse, chegamos à porta do chalé. – É aqui que eu fico. Foi bom te ver de novo Leon.

- É bom te ver também Ally. – Ele respondeu e foi para o chalé de Zeus. Eu entrei no meu, Micke estava lá dentro arrumando suas coisas.

- Eu não sabia que Poseidon tinha traído Atena. – Ele disse pensativo.

- Não reconhece mais sua prima cabeção? – Eu disse.

- Deuses! Allyson, é você? – Ele me abraçou. – Nossa, faz tanto tempo, você está mais bonita. – Ele disse.

- E você está melhorando nas cantadas Micke. – Eu respondi e ele riu. Ele também perguntou sobre o Jake, eu respondi o que me disseram, depois disso, Micke foi treinar e eu peguei uma roupa na minha mala para me trocar, também aproveitei para mandar uma mensagem de Íris para Lisa, assim ela não ficaria preocupada, por sorte, ela conseguiu desmarcar todos os meus compromissos inventando uma ótima desculpa de problemas familiares. Lisa sempre cuidou muito de mim, além de ser minha empresária, ela também é minha amiga, conversamos sobre tudo juntas, inclusive sobre os poemas de Apolo, ela nunca havia visto o deus antes, mas eu a assegurei de que ele é muito bonito, um deus grego, literalmente. Usávamos muito essa expressão como piada interna.

Coloquei um jeans escuro, uma camiseta branca regata, um colete preto por cima, sapatilhas pretas e uma boina preta também. Gostava de estar sempre impecável, saí do meu chalé e fui direto para a arena, precisava treinar para relaxar um pouco a cabeça.

- Allyson! Que bom vê-la outra vez. – Quíron estava treinando alguns campistas. – O que acha de alguns desafios?

- Pode mandar Quíron. – Eu disse girando a espada na mãe, já falei que eu tenha mania de fazer isso sempre que vou lutar? Eu acho bonitinho. Ele mandou um campista me atacar, ele se movimentava bem, dava passos calmos, estudando minha posição, fiz o mesmo com ele, mas deixei-me desprotegida de propósito, claro que ele não percebeu e foi atacar o meu lado desprotegido, com um golpe rápido, joguei sua espada para longe e empunhei a minha na altura de seu pescoço, o garoto só teve tempo de arregalar os olhos antes de se render. Quíron continuava mandando campistas para lutar comigo, eu sempre os vencia, mas cada um era um desafio para mim, eles tinham seus próprios jeitos de lutar, ataques e defesas diferentes, por sorte, eu sempre estive na minha melhor forma, mesmo quando a minha espada não dava contar, minhas acrobacias ajudavam, assim como meus poderes, mas eu procurava não usá-los muito, gosto de lutar apenas usando o que tenho em mãos, sem poderes, apenas eu e minha habilidades.

Após uma manhã inteira de treino, passei na enfermaria para ver Jake, graças aos deuses ele já estava bem melhor.

- Oi maninho, trouxe uma coisa para você. – Eu disse entregando-lhe um pacote de bolachas recheadas, era suas preferidas. Ele sorriu e abriu o pacote.

- Como foi seu primeiro dia? – Ele perguntou enquanto levava uma bolacha à boca.

- Menos doloroso do que eu pensava. – Eu respondi.

- Viu? Eu tinha razão. – Ele respondeu rindo, eu afaguei seus cabelos.

- Você sempre tem razão maninho. – Eu disse. – Vamos almoçar? – Ele assentiu e fomos juntos até o refeitório.

- Ally! – Eu senti uma pilha de cabelos me abraçando e gritando. – Eu não acredito que você está aqui, quando você chegou? O que aconteceu com o Jake? Você vai ficar por aqui? E as suas apresentações?

- Ei, calminha aê Liv. É bom te ver também. – Eu disse.

- Oi tampinhas. Oi amor.

- Oi Will. – Sam deu um selinho nele, eles são tão fofos juntos. Sentei-me com o pessoal para almoçarmos, Sam e Micke começaram a conversar e Jake também, eu apenas comecei a olhar em volta do refeitório, lembrando-me dos momentos que tivemos por aqui. Passei meus olhos até encontrar um olhar caloroso já conhecido, olhei de novo e tinha desaparecido.

- Er...gente? eu vou dar uma volta, ok? – Eu disse me levantando, comecei a andar pelo acampamento sem rumo, quando me dei conta, estava embaixo de uma linda clareira sozinha.

- Pelo jeito você ainda sabe chegar aqui, não é? – Ele disse sorrindo. – Oi Allyson. Faz bastante tempo não é? – Eu assenti encontrando de novo seu olhar caloroso.

- Apolo. – Eu estava esperando uma onda de tristeza me atacar, mas nada aconteceu, não sabia o que era, talvez o tempo, ou os poemas dele, algo fez tudo desaparecer.

- A cada dia que se passa, você fica mais bonita. – Ele disse e eu sorri.

- Você não mudou nada, não é? – Eu disse e ele balançou os ombros.

- Você pensou no meu pedido? – Ele perguntou, eu mordi os lábios, já tinha recebido muitas cartas dele, e em uma delas, ele pedia para eu aceitá-lo de volta. Mas eu ainda tinha minhas dúvidas quanto a Apolo.

- O que me garante que não vai acontecer tudo de novo? – Eu disse.

- Isso. – Ele se aproximou e colou nossos lábios suavemente, depois aprofundou o beijo trazendo-me para perto dele. Uma onda de emoções me encheu. – Eu não vivo sem você Ally, por favor entenda. Eu me arrependo, todos os dias, todos os segundos de todos os minutos de todas as horas desde que eu te magoei.

Eu apenas consegui ficar parada encarando seus lindos olhos dourados como dois lindos sóis, ele ainda tinha a mesma aparência de sempre, os cabelos bagunçados, roupas de bad boy, a jaqueta de couro e o sorriso conquistador. Aquilo doeu um pouco, foi nesse sorriso que eu mergulhei uma vez e depois me arrependi. Foi nesses olhos calorosos que eu permaneci e depois me decepcionei. Foi no seu estilo rebelde que eu gamei e depois me magoei. Será que eu posso fazer isso de novo? Perdoá-lo? Voltar a amá-lo? Recomeçar de onde paramos?

E seria fácil fazer isso? Quer dizer, eu posso até perdoá-lo, mas as lembranças ainda estão marcadas em minha mente, eu poderia esquecer tudo o que passei? E os meus amigos? O que eles irão pensar? E meus pais? Meu irmão? Talvez isso não seja mais certo.

Mas por que então parece tão convidativo? Tão bom? Mergulhar no seu olhar de novo, voltar a ser acariciada, voltar a amar. Devo desistir disso? Desistir do amor? Será esse o meu destino?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

rewiews???
sugestões?
bjo
:*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Vingança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.