Entediada, esperando a médica chamar meu irmão mais novo.Quando ouvi a porta se abrir. Tirei meus olhos do jogo no celular e olhei para o vão da porta, onde uma médica, cuja eu não conhecia, segurava a porta para seu paciente passar. Era um garoto de cabelos pretos um pouco acima dos ombros e barba. Ele devia ter uns 16 anos e era alguns centímetros maior do que eu. Era a cara do Russel Brand. Ele foi até a mesa da recepcionista e pediu para usar o telefone. Nesse mesmo momento, a médica chamou o nome do meu irmão. Frustrada e contrariada marchei silenciosamente até o consultório seguindo meu pai e meu irmão. Após alguns poucos minutos, sem conseguir tira-lo da cabeça, pedi licença e sai da sala. Da porta da recepção o vi sentado lendo um caderno em suas mãos. Chegando perto dele, toquei seu ombro. Quando ele voltou sua atenção a mim, o peguei pela mão, puxando-o para o corredor fora da casa em frente ao portão.

 Sua expressão mostrava que ele se perguntava o que estava acontecendo. Sem demora, o empurrei de encontro à parede e dei um beijo em seus lábios, finalizando com uma leve mordida no lábio inferior. Esperei por uma reação por alguns segundos, mas logo dei as costas. Mas antes de dar o primeiro passo, ele me puxou pelo braço e com a outra mão segurou-me pela nuca e me beijou. A mão que me puxou agora passeava pela minha cintura, e a minha apalpava o quadril do moreno. Mas não com segundas intenções, e sim a procura de seu celular. Parei o beijo e teclei meu telefone, meu nome e em seguida tirei uma foto de nós dois. Peguei o meu celular e entreguei a ele para que fizesse o mesmo. Ele sorriu e pegou o celular. Enquanto isso, passei a foto pelo Bluetooth. Ao terminar, ele me entregou meu celular e eu o dele. Nos olhamos, rimos e voltamos aos negócios. u.u Mas agora, ele me empurrou gentilmente até a outra parede e prendeu meus pulsos contra a parede na altura dos ombros.

 Um beijo se tornou um amasso, e as mãos antes presas, agora passeavam livremente de cima a baixo, procurando um lugar confortável. Mas acabamos optando pelo lugar seguro. As minhas em sua nuca, com os dedos dentre seus cabelos, e as dele um pouco abaixo da minha cintura. Aproveitamos cada momento, nos envolvendo mais e mais, quando de repente, ouvimos um pigarro. Abrimos os olhos e nos separamos. Na porta estava meu pai com uma poker face. Senti meu rosto queimar por um momento, até meu pai passar por nós em direção ao portão. Nos olhamos sorrindo, afinal, a cena foi engraçada. Ele então pegou minha mão e me olhou com ternura. Demos um último beijo e depois ele me deu um beijo na testa. Sorri enquanto finalmente nos separávamos, esticamos nossas mãos para que o momento durasse mais. Mas logo tive que correr, já que meu pai estava buzinando querendo me apressar. Entrei no carro sem dizer ou ouvir uma palavra. Peguei meu celular e fiquei olhando nossa foto durante toda a viagem até em casa.