BELLA:

Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo,estava tudo tão certo,tão perfeito e derrepente tudo se apagou,não havia mais luz,mais estrelas era como uma noite sem seus complementos.Aquilo doía,doía profundamente, no fundo de meu peito.Sempre que eu olhava os detalhes, a simples movimentação da cortina, o sol adentrando pela minha janela, o mexer irregular das arvores, tudo, absolutamente tudo me lembrava Edward, eu queria voltar o tempo e aproveitar cada segundo, cada troca de olhar, cada pequeno jesto.Por mais que fosse dificil lembrar dele, era um tanto reconfortante, eu tinha as provas que ele não havia sido irreal, que ele havia passado um tempo, o tempo mais perfeito de minha vida, comigo.

Lembro-me de nosso primeiro beijo, do nosso primeiro olhar e do primeiro contato, quando ele me levou ao baile, onde eu estranhamente me senti feliz, por que sabia que ele desejava imensamente que eu o acompanhasse.

Por mais que isso me deixasse contente, tudo levava ao mesmo ponto, hoje, o dia, mais um dia, que estou sem ele, sem sentir seus braços frios me aconchegarem em seu peito, sem sua breve canção, quando eu me sentia estranhamente confusa, de seu carinho, seu beijo, seus olhos dourados, mas, principalmente de sua voz aveludada, de seu sorriso torto.Eu sentiria sua falta eternamente, enquanto eu continuase com minha vida monóloga, eu me lembraria dele.

EDWARD:

Ela estava ali tão proxima, mas ao mesmo tempo tão distante, sentada encarando sua janela, seu rosto branco, os olhos vermelhos de tanto chorar, suas olheras.

Eu ainda me lembrava de seu sorriso, de sua voz engraçada, de sua risada estranhamente perfeita, de seu rosto corado.
Sim,minha Bella,apenas minha.

Ela não seguiu meu falso conselho, ela ainda estava sozinha.
Me aproximei temendo sua reação, seus olhos me encontraram e ela me olhou curiosa, seus olhos se arregalaram, mas se aliviaram quando dei meu sorriso torto.

Vi ela se levantando rapido, o mais rapido que sua má cordenação, lhe proporcionava.

A ouvi descendo as escadas correndo e Charlie lhe perguntando assustado o que havia acontecido, logo depois a porta se abrindo e ela correndo em minha direção.

A peguei em meus braços matando toda a saudade que se alojara em meu peito durante esses messes, beijando levemente seus labios, e a sentindo sorrir contra os mesmos.

Não precisaria de explicações, não naquela noite.

-Te amo. -murmurei, contra seus lábios.

-Eu também. -respondeu ela. -Para sempre. -completou, me olhando, sorrindo.

-Para sempre. -falei a encarando.