Abri a porta do quarto e acendi as luzes com dificuldade, já que estava beijando Jet ao mesmo tempo. Ela se agarrava em mim com toda a força possível, e eu querendo ajudar, a guiei até a cama.

 - Vem, Jet – eu disse me deitando na cama e a puxando para cima de mim.

Nós rolamos até cairmos da cama, ela acabou caindo em cima de mim e o grosso tapete do quarto de hotel amorteceu a pequena queda.

- eu te amo, Jet! – sussurrei em seu ouvido.

-eu não–ela disse, ela não me amava?

Voltamos para o beijo e quando vejo, já estávamos em cima da cama. Lembrei-me o por que eu escolhi Jet e tudo mais. (porque flertei com ela no bar do hotel, por que jantamos juntos, por que a trouxe para o meu quarto do hotel, porque estamos aqui, em cima da minha cama, nos beijando).  Lhe dei um selinho e levantei.

- o que foi? Aonde você vai? – ale perguntou frenética

- se acalme, vou ali rapidinho e já volto. – disse lhe dando outro selinho.

Rapidamente, fui até o closet do quarto e puxei minha mala de cima do armario. Abria a mala e tirei o palito preto, mexi nos bolsos até encontrar o que estava procurando e precisava neste exato momento. Uma faca. A mais pontuda que consegui achar na cozinha do hotel. Precisava fazer isso. Era uma obsessão.

Caminhei lentamente pelo corredor, parando no banheiro, precisava achar um lugar bom o bastante para colocar a faca sem que Jett percebesse e saísse gritando como uma louca pelos corredores do hotel ‘Assassino! Assassino!’

Como ainda estava com o palito cinza-claro, coloquei no bolso. E quando cheguei a porta do quarto, vi Jet sentado na cama com as pernas cruzadas.

Fui até ela e a abracei, imediatamente ela começou a me beijar, eu retribui e logo estávamos rolando na cama, mas desta vez não deixei que caíssemos no chão. Não podia perder mais tempo.

Lentamente, tão lentamente que Jet nem notou, peguei a faca dentro do bolso do palito e levantei atrás do fino pescoço. Quando afundasse, teria quer ser perfeito, sem erros, porque se não, quem iria pagar o pato era eu.

Coloquei a mão esquerda em sua cintura, para mantê-la no lugar, assim as chances de eu errar eram bem pequenas. Mas seu pescoço era tão fino, que não era tão difícil assim eu errar.

Depois de alguns segundos a beijando intensa e calorosamente, coloquei a faca com força em seu pescoço, graças a Deus não errei. Se não teria de explicar por que estava com uma faca na mão e por que a meti na minha face, isso depois de ir para o hospital.

Por sorte, Jet não gritou nem nada. Ela só congelou no lugar e depois caiu na cama, semi-morta.

- Por que? – ela perguntou, sua voz estava tão fraca.

- por que eu te amo e você não me ama – eu disse e beijei seu lábios. Quando levantei a cabeça, ela ainda respirava.  Rapidamente peguei a faca e passei, não com força mas o bastante para cortar, seu pescoço. Assim, ela parou de respirar.

Desta vez foi fácil, eu gosto mais quando demora mais ou menos uns dias para levá-las para o quarto do hotel mais caro da cidade e matá-las.

a cama estava cheia de sangue, não dava para dormir aqui. Fui para a pequena sala de estar e deitei no confortável sofá marrom. Apaguei as luzes dos abajures que estavam ao lado do sofá.

(...)

Acordei com o barulho em volta. Dois policiais me encaravam sentados nas poltronas. Três médicos entraram no quarto em que eu e Jett tivemos nossa noite.

- senhor Sean Galver? – um dos policiais perguntou. assenti. -  o senhor é acusado de matar Jet Clouri. – ele disse enquanto colocava algemas em meus pulsos.

Me lembrei que não tinha sumido com o corpo de Jet, estava cansado demais para isso. Droga. Qual foram mesmo, suas ultimas palavras? ‘por que?’. E eu respondi dizendo que a amava e que ela não me amava.

Mas, isso era verdade? Será que amava Jett? Então foi por isso que fiquei meio chateado em mata-la?