Beijo da Morte escrita por dentedeleão


Capítulo 29
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

queridos leitores...fico muito feliz em saber que mais pessoas acompanham a fic....os comentarios inflamaram meu ego...rs....agradeco tbm aqueles que após lerem a primeira parte derem uma chance a segunda temporada.

Minha amiga de coracao nao poderia ficar fora dessa....quase chorei lendo a recomendacao que recebi...obrigada miga.......grande beijo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/130443/chapter/29

Cap. 28

 POV Seth

Ainda sonolento forcei meus olhos a abrirem, meu corpo protestou imediatamente, ainda estava cansado pela noite mal dormida, meus filhos demoraram a dormir e passamos a noite os embalando revezado os esforços entre nós três. Sim, nós três, nem Luna escapou desta.

Anala também não estava bem, passou a noite sofrendo com cólicas, não deve ter descansado o necessário e quando conseguiu finalmente dormir, mal se mexia já que as crianças só dormiram quando as colocamos entre nós na cama. Mesmo Carlisle me dizendo que as cólicas eram normais e logo passariam, ver minha pequena com tanta dor e não poder fazer nada me matava.

Com muita coragem abri meus olhos recebendo toda a incomoda luminosidade do dia e percebendo a cama vazia. Meus filhos – ah como era bom dizer isso – meu filhos dormiam juntinhos no berço, suas mãozinhas entrelaçadas, a respiração leve. Observá-los assim, plácidos, aquecia meu coração e aumentava meu instinto protetor em relação a minha família.

Como não estava em minha casa, me levantei e vesti minhas roupas para poder descer e procurar minha meninas. Escolhemos ‘’acampar’’, como dizia Luna, na casa de Carlisle por alguns dias, Esme se prontificou a ajudar com as crianças e como Anala também precisava de certos cuidados decidimos por ficar na casa de meus ''sogros''.

 Carlisle estava muito feliz tendo a casa cheia novamente, até Jacob se instalou novamente aqui com sua família. Terminei de vestir a camisa descendo as escadas em direção a cozinha quando vi Carlisle na sala lendo um grosso livro.

-Bom dia Carlisle!

-Bom dia Seth! Conseguiu dormir?

-Algumas poucas horas, muito da noite passamos embalando os pequenos – ambos sorrimos – As dores de Anala me preocupam Carlisle – falei agora indo em sua direção e me sentando em uma cadeira próxima a ele –

-Tenha um pouco mais de paciência, o corpo dela esta voltando ao normal. Não posso medica-la mais do que já fiz, ela esta amamentando e temos que pensar nas alterações que isso pode causar a seu leite. Ela me disse que esta se medicando com algumas ervas também. – apenas assenti com a cabeça, sua palavras não me acalmaram em nada –

- O que mais te perturba Seth? – Carlisle perguntou parecendo perceber meu nervosismo –

-Eles nasceram antes do sexto mês se completar – passei as mãos que tremiam por meus cabelos – crianças humanas quase não sobrevivem a isso, os órgãos estão fracos, precisam de cuidados...meus filhos parecem do tamanho normal de uma criança recém-nascida, são fortes, tem um peso adequado, sugam o leite sem nenhuma dificuldade...

-Vejo que fez sua lição de casa - Carlisle fez uma pausa e me olhou nos olhos - Realmente, como você disse, crianças normais são assim.

-O que quer dizer? – perguntei já aflito –

-Se acalme e me desculpe, minha curiosidade médica falou mais alto e fiz alguns exames. Quando os bebes nasceram tomei a liberdade de colher uma amostra do sangue dos três e analisar.

-O que encontrou? – agora eu estava em expectativa com a forma sorridente com que Carlisle falava –

-No começo, nada – disse de súbito – a temperatura das crianças estava normal a de uma criança humana, a pele tem o tom certo, os reflexos...

-Carlisle! – o interrompi, queria ir para o que havia de errado e não enumerar o que estava certo –

-Desculpe! Ainda estou tentando entender tudo o que eu pude analisar tanto de seus bebes quanto de Anala. Seus filhos são humanos em quase todos os aspectos, só percebi a diferença no exame de sangue e foi esta diferença que me confundiu – disse apontando para o grosso livro agora na mesa de centro – ainda estou pesquisando as possibilidades, no geral seus filhos são tão humanos quanto a mãe e lobo como os pais.

-Uma mistura perfeita em equilíbrio e genes. – disse quase em adoração, mais uma espécie teria nascido?-

-Já questionou Anala sobre isso?

-Irei faze-lo assim que ela voltar. – dizendo isso voltou a ler o grosso livro de genética contemporânea –

-Ela saiu? Para onde foi?

-Esta na floresta com Gabriel – disse sem tirar os olhos do livro e dando de ombros –

Meu sangue ferveu. Como assim ‘’esta na floresta com Gabriel ‘’? são sete horas da manha! - ja havia caminhado em direcao a cozinha e olhava para o relogio com um odio que nao era dirigido ao mesmo e sim ao homem que nublava meus pensamentos - O que estariam fazendo? Sozinhos? Se não estivesse responsável por meus filhos já estaria caçando aquele sanguessuga fedorento.

-Seth! Você esta bem? – Bella aproximou-se colocando ternamente sua mão em meu ombro. –

-Ah Belinha, estou ótimo. – mudei minhas feições ao voltar meu corpo em direção a ela – só estou cancado, aquelas pestinhas já dão trabalho – pisquei para ela tendo a certeza que se ainda fosse humana estaria corando pelo meu gesto –

-Bella? Voce poderia me ajudar né! – antes que ela falasse algo, continuei – Da uma olhadinha nos bebes para mim enquanto resolvo um probleminha – falava já saindo pela porta dos fundos e acenava me despedindo –

Corria em direção a floresta me transformando no caminho e ainda conseguia ouvir as reclamações de Bella, que agora parecia caminhar em direção ao segundo andar. Não dei muita importância as palavras baixas direcionadas a mim, depois tentaria me desculpar com ela, minha prioridade agora é encontrar minha mulher.

Corri por poucos quilômetros e já sentia seu cheiro, a floresta onde estava agora era mais densa e pouco conseguia ver a frente. Algumas arvores ali deveriam ter mais de 100 anos e seus galhos curvilíneos dificultavam meus movimentos. A falta de luz era outro problema, mesmo sabendo que o sol havia nascido há algumas horas, sua luz parecia não adentrar aquele lugar a séculos, o cheiro de musgo era estarrecedor. Por que ela viria a um lugar assim?

-Nas árvores amor! – ouvi sua voz delicada vindo de algum ponto ao norte e movi minhas orelhas nesta direção.   

Meus olhos varreram aquelas arvores e então avistei seu pequeno corpo balançando em um galho cerca de 500 metros acima do solo. Ela estava mais linda do que me lembrava, usava uma calca verde escura e um casaco preto, quase totalmente camuflada entre a folhagem.

Senti o cheiro do sanguessuga e logo ele se fez presente saindo de um ponto escuro da mata, vestia roupas simples – apenas uma calca jeans e uma camiseta preta – isso era no mínimo estranho para alguém tão formal. Aproximei-me devagar, não conseguia correr mesmo se quisesse tamanha a profusão de raízes sob minhas patas.

Quando estava próximo, voltei  a minha forma humana, coloquei minha bermuda e escalei os galhos grossos da árvore próximo a mim. Fiquei em um grosso galho em frente ao que Anala estava e nos olhávamos profundamente sem nada dizer.

-Ficou com ciúmes da mulher Seth?

Rosnei ao olhar para Gabriel, sua palavras foram desferidas com acidez tamanha –

-Parem os dois. – Anala ralhou conosco –

Após um longo suspiro ela me olhou e estendeu suas mãos me chamando. Qual não foi minha surpresa ao vê-la flutuar em minha direção e se aconchegar em meu colo.

-Voces não precisam brigar. Só queria conversar a sós com Gabriel, Seth. Ele desejava partir, voltar a ilha e conversar com todos os trazendo ao continente para nos ajudar contra os Volturi. Não quero isso – falou olhando seria para Gabriel –

-Ninguem precisa me defender ou defender minha família, eu posso fazer isso sozinha.

Anala se levantou e logo mudou sua forma para a de uma pantera negra e correu com tanta leveza pelas árvores que parecia flutuar. Estava encantado a observando de boca aberta.

-Quer um babador?

Rosnei novamente e Gabriel se afastou rindo.

-Sabe pai, você precisa mesmo de um babador!

-Luna? O que faz aqui? – olhei desconcertado para o lado vendo minha filha empoleirada em um galho e esta sorria –

-Vim ajudar mamãe. Ela procurava por uma raiz – pulou os galhos vindo em minha direção – raiz de jaborandi – me estendeu um pequeno saquinho de pano, o mesmo tinha um aroma delicado e muito gostoso- ela disse que são boas para inflamação no útero. Vou ajuda-la a fazer uma tintura para diminuir suas dores.

-Ah – entendi uma parte do que ela falou – esta tão ruim assim?

-Não sei – falou triste – ela esconde bem, tão bem que nem o tio Jazz sabe ao certo.

-Não fique assim – falei a abraçando – ela é forte.

-Pena que só é forte na mente. – havia imaginado que Gabriel tinha partido, mas não, ele ainda estava próximo e entrou na conversa –

-Quer se explicar Gabriel!

-Vamos para casa. – nos deu as costas começando a andar – aquela pequena terá que abrir o bico – falou sobre os ombros e começou uma corrida – ela esta escondendo algo e sua presença aqui só atrapalhou nossa conversa – aquilo foi dirigido a mim? Ignorei. – Anala parece mais uma cobra do que um felino de tão lisa. – suas ultimas palavras trouxeram um sentimento desconhecido dentro de mim, o que ela escondia de todos, até do amigo de séculos?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Beijo da Morte" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.