As Leis de Victoire 3 escrita por keemi_w


Capítulo 4
Vingança amarga.


Notas iniciais do capítulo

Cara, me surpreendi com o reconhecimento dos meus leitores. No começo, quando comecei a postar ALDV aqui no Nyah foi só para publicar minha história já terminada... mas agora vejo que eu fiz realmente pessoas que gostam do que eu faço. Obrigada, de verdade, fico muito feliz em vir aqui todo o dia e ter um comentário dizendo que está gostando.
Fiquem com o próximo capítulo de AS LEIS DE VICTOIRE III



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Realmente, eu não estou legal hoje. Dor de garganta, febre, olhos inchados e parece que terei uma bela gripe. Também, ontem eu chorei que nem uma condenada de noite após comer pizza. Não vi Ted e mesmo que visse minha visão ficaria turva toda a vez que ele passasse por mim, já que meu sistema já está aderindo a: feche os olhos quando Ted estiver passando. 

— Nós teremos que chamar o médico! — mamãe disse passando a mão pela minha testa. 

— Não temos não! — falei. 

Eu odeio médicos, eles tiram nosso sangue, nos dão vacina e essas coisas que furam nossa pele. Maldade.

— Temos sim! Ou você acha que eu vou te deixar fervendo em trinta e oito de febre? 

— Trinta e oito nem é tão alto, é só um grau da temperatura normal do nosso corpo.

— Trinta e sete é uma quase-febre. Por isso eu vou chamar sim, e nem tente fugir, mocinha. Colocaremos grades de proteção se for preciso. 

Suspirei e fingi estar chorando.

— Poxa, mãe, já não basta eu perder meu namorado ainda tenho que ir ao médico? 

Ela ponderou.

— Ok, mas se isso aumentar nós vamos sim chamar um médico, ok? Ah, e vovó Molly depois quer te ver, Vic. Falou que está muito chateada por você e Ted terem terminado, apesar de serem quase da mesma família ainda gostava de vocês dois juntos. 

Certo, ela não está ajudando. Me lembrar de Ted é como um flash back de todos os momentos felizes que eu passei. Ou talvez esteja exagerando. Lembrar de Ted me dá calafrios e um frio na barriga... Merda, eu amo Ted Lupin. Amo demais. 

Levantei-me da cama, segurando na mesa de cabeceira para não cair e fui até a cozinha no andar de baixo com a ajuda de James. Ele era super carinhoso comigo quando queria. 

Aí o telefone tocou, só não sabia que me causaria mais problemas ainda. Vê se pode! 

— Para você, Vic. Um tal de Gabe. — mamãe falou isso justo na hora que Ted estava descendo as escadas. 

Forcei minha voz para ficar linda e sensual. 

— Oi, Gabe! — exclamei.

— Que saudades de você. Não te vejo desde a formatura. 

Mas Ted não fez nada, continuou abrindo a geladeira e escolhendo seu café da manhã enquanto eu quase gritava para que ele me notasse. 

— Pois é, Vic. E como você está? 

— Ah, eu estou meio doentinha... — fiz manha. — febre, rouca e talvez tenha uma gripe mais tarde. 

Aquilo sim pareceu chamar a atenção de Ted. Ele estava cortando o pão e parou para me olhar. Atingi seu ponto fraco. 

— Sério? Muitas melhoras. E aí? Vai fazer o que? 

— Curso de Auror e você? 

— Talvez eu seja um medibruxo. 

Quase me engasguei e esqueci completamente que estava falando com Gabe só para fazer ciúmes em Ted. Gabe medibruxo? Caracas (capital da Venezuela!), nunca imaginei isso para ele. 

— Você está brincando... — falei voltando a minha voz sensual. 

— Não, estou falando sério. Sempre me interessei por medicina.

— Eu desejo muita sorte para você. Medicina, mesmo no mundo dos bruxo, é difícil.

— Com certeza. Obrigado, Vic.

— Disponha. 

— Vou ter que desligar, espero que você melhore rápido. Vamos combinar de nos encontrarmos ainda nesta vida, ok? 

— Claro — dei um risinho. — Até mais, Gabe. 

E delisgou. Ted estava olhando fixamente para mim, por isso desliguei o telefone sorrindo e fitei o objeto por um tempo. Dramatizei que lembrei que ele desligou e olhei para Ted. 

— Que foi? — perguntei. 

Não respondeu, apenas virou-se de costas como se não tivesse me ouvido falar com ele. James me ajudou a ir para a sala já que minhas pernas não aguentavam meu corpo. O poder de uma gripe é gigante contra você. Nunca tente combatê-la sozinho. Deitei no sofá e fiquei prestando atenção no papo super (sente só meu sarcasmo) legal de mamãe e papai sobre xadrez. Eles estava jogando isso desde a semana passada. 

Até que a porta foi aberta e Harry e Gina entraram.

Eles vieram logo me abraçar e matar a saudades, já que foram viajar por dias e deixaram os filhos aqui. 

— Que saudade, Vic! — Gina falou encarando-me. — O que houve? 

— Ah... gripe. Só isso. 

Ela assentiu e Harry me deu um beijo na testa. Voltei a descansar. Eu pensei que tudo estava indo bem até que Ted resolve sair, ia para Hogsmead encontrar uma velha amiga. Eu quase enfartei do coração quando ouvi ele falando isso para mamãe. Quis barrá-lo, quis beijá-lo. Quis impedí-lo de fazer qualquer coisa impensada. 

— Não fique assim, filha — papai me disse acariciando meus cabelos. 

— Não é a mamãe que vai encontrar um velho amigo. 

— E se fosse? Qual o problema? 

Olhei sugestivamente para ele. Aquela desculpa não foi legal. Nem um pouco legal, certo? Certo! 

Bom, depois disso, os dias se passaram com uma incrível monotonia. E eu nunca pensei que ficaria tão chateada com Ted como eu ficara, e nem tão desiludida, massacrada. Eu me sentia um lixo, não conseguia me olhar para o espelho e ver alguém alegre, feliz, bonita, esbelta. Eu me via como uma bruxa (no sentido ruim da coisa, se é que me entendem). E nesses dias a minha gripe passou um pouco. Mas ainda estava rouca. O que era péssimo para minha auto-estima. 

Era a hora de ajudarmos os garotos a fazerem as malas. No dia seguinte nós já iríamos para a estação King Cross e eu e Ted nunca mais daríamos certo. Bom, mas antes, Gabe me ligou. Apesar que eu já estava acostumada em falar com Gabe e nós conversarmos só para fazer ciúme no Ted. 

— Oi, Vic. — ele falou ao telefone. 

— Olá, Gabe. Tudo bom? 

— Ótimo. E aí? 

— Estou bem... na medida do possível — dei uma risadinha.— De pensar que há um ano atrás estaríamos fazendo as nossas malas, né? 

— Pois é. Ahn... eu estava pensando em nós darmos uma volta hoje, que tal?

Suspirei e contei até três. Eu não podia fazer isso. Não, eu daria falsas esperanças para Gabe, magoaria-o, não... não podia fazer isso. 

— Gabe, vamos deixar para a próxima, você sabe que eu não estou bem ainda. 

Não ouvi mais nada, ele só bateu o telefone na minha cara e eu me joguei na cama cansada da minha vida. É incrível, quando estamos bem com a vida amorosa tudo parece dar certo, quando estamos abaixo de zero é pior do estar morta e enterrada. Afinal, nunca acreditei que a morte fosse terrível para quem morre, e sim para quem vive. Continuei ajudando as meninas a arrumar a bagagem. Eu estava acabada já no final do dia. E descobri que a vingança não servia para nada a não ser acabar mais ainda com meu namoro ou termino de namoro com Ted. Nós não nos falávamos mais, nós simplesmente ignorávamos a presença um do outro.

Até que ele chegou em casa no dia seguinte falando que conheceu uma garota loira super linda e maravilhosa. Tipo, ele só falou que ela era legal, mas na linguagem dos meninos quer dizer linda e gentil, frágil e delicada, nada igual a mim. E eu juro que quis morrer enquanto falava dela sem o mínimo de vergonha para James. 

— Nós estávamos na banca de CD's quando ela veio falar do Green Day. Nós conversamos e tomamos café em um restaurante local. 

— Vai dizer que gostou dela? — Hugo perguntou olhando para mim, do outro lado da sala.

Mas que se dava para ouvir tudo. Tudo mesmo, e isso eu nunca perdoaria de Ted.

— Ela é legal, e gente boa — Ted comentou dando de ombros. 

Então eu não aguentei ouvir isso e subi para meu quarto, trancando-me lá e não jantando. Afinal, estava sem fome, sem sono, sem vontade de continuar a fazer qualquer coisa. Eu me odiava por ter feito aquilo com Gabe e Ted devolver na mesma moeda, estava cansada de tudo isso. E apesar de só ter durado alguns dias, eu nunca tinha me sentido tão horrível, de verdade.

A vingança é boa para quem pratica, mas nada legal para quem recebe, afinal, eu estava sofrendo, não poderia continuar assim para sempre, eu logo esqueceria Ted, por mais que demorassem três anos, mas eu esqueceria, eu queria parar de sofrer mas não queria parar de amá-lo. Ele significava algo para mim, algo muito forte que eu não sabia descrever. Aí ficou comprovado que a vingança é muito amarga, e que com a minha sorte, era capaz de me afundar mais ainda por causa dela. Eu estava com raiva, mas não seria agora que eu desistiria. Não mesmo. Ted era meu e não dessa loira que ele conheceu por causa do Green Day. E eu faria tudo para isso acontecer. 

Nunca ficou tão claro em minha mente que Ted era o amor da minha vida. E Victoire Weasley Delacour, meu bem, é poderosa. Além de Veela é persistente. Agora vai aguentar as consequencias, Ted Lupin, quem mandou ser tão perfeito? Ok, eu não era tão amedrontadora. Eu só estou querendo o meu Ted de volta, é pedir demais? Ah, nem que eu precisasse de alguma ajudinha... mas eu conseguiria. Nós somos tão lindos juntos, tão fofos... e ele me dá um beijo tão carinhoso. Merda. Estou caindo de quatro por ele, literalmente. 


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Notas finais do capítulo

É IIIIIISSSSSSOOOOOO! Õ/
Boa leitura.