Dead! escrita por Nessan C


Capítulo 27
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

OMG! ACABOOU! Nem acredito! o.O
Mas mesmo assim... Espero que tenham aproveitado essa fic bem enrolada que eu demorei um milênia pra escrever! XD
Enjoy!



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    A tradição nos casamentos infernais era muito legal: o noivo escolhia o buquê de flores que mais o agradava e dava para a noiva. O vestido dela deveria ser da cor das flores. Claro que o noivo não poderia nem pensar em olhar para o vestido antes do casamento... E saber a cor já o dava uma vantagem.

    Gerard me veio com um buquê enorme de rosas vermelho-sangue... Sempre pensei que quando eu fosse casar seria de branco, mas de vermelho?  Nunca nem soube que dava pra casar de vermelho. Ele disse que sempre gostou da cor... Simbolizava muitas coisas: amor, desejo, paixão... Coisas que ele sentia por mim. “E coisas que você sente por mim também gatinha. Mas ainda está muito tímida pra se confessar...”            AFF!

    Anna e Vanessa me ajudaram a escolher o vestido. E a esposa do Bert também, Kate. Ela deu muitas dicas legais sobre o assunto. Disse também que se casou com um vestido violeta.

    Era realmente legal ver como as coisas andavam bem. Ver que Gee tinha se ajeitado com Frank e o irmão dele... Talvez nem tanto com o Frank, mas eu tinha certeza de que o tempo iria ajudá-los... Eles não precisavam viver em guerra para sempre.

    E Gee não se demitiu. Eu me inclinei a pedir ao Bert que não fizesse isso com ele. Mas ele também não continuou com o cargo: se aposentou. É... Fica esquisito vindo de mim, porque ele parecia ser no máximo só uns seis ou sete anos mais velho que eu. Mas não era bem assim... Ele tinha mais de mil anos de experiência no cargo. Então Mike assumiu. Isso também foi legal, porque ele nos perdoou por não ter sido o padrinho de nosso casamento. Gee falou que ele iria se arrepender rápido: “O Bert é um mala! Cuidado com ele!” – O que não fez a menor diferença para Mike e só me trouxe mais assédios: “OBA! Agora que vamos ter tempo livre de sobra, vai dar pra gente pra gente tomar vários banhos juntos... E outras coisas ainda mais legais... Que você acha, Saphira?” – Melhor nem comentar nada.

    ****

 

    O dia havia chegado. Eu estava com o vestido... Com o buquê. Era maravilhoso... Anna Lyssa estava arrumando meu cabelo, Vanessa minhas unhas... Eu estava morrendo de tão nervosa! No sentido literal.

    A igreja da cerimônia era tão estranha! Preta e com um tapete vermelho enorme... Enfim... Nunca tinha visto igual (pra quem não conseguiu visualizar, é só pensar na igreja de “Helena”). Meu vestido também era um sonho de tão lindo. A parte de cima tinha enfeites de rosas negras e brilhos por toda a parte. Já a parte de baixo descia em camadas de mesmo tamanho. Vanessa falou que eu parecia uma rosa em pessoa.

    Engraçado que as noivas dos mortos fossem mais coloridas que as noivas dos vivos... Quando Gee me pediu em casamento, imaginei o contrário: que seria tudo preto e os convidados uns zumbis... Almas penadas... Espíritos... Coisas irreais mesmo.

    Kate entrou no quarto onde eu me encontrava e disse que eu tinha visita. E elogiou o vestido também, o que me fez corar. Depois que ela saiu, Frank entrou e abraçou Anna.

    S: AI ANNA! Meu cabelo!

    AL: Sorry... Não sou cabeleireira... Acho que foi por isso que virei advogada. Não sabia fazer mais nada!

    F: Tem muitas coisas que você sabe fazer bem.

    V: Uma, por exemplo...

    F: Quer mesmo que eu fale em voz alta? *sorrisinho maligno*

    V+S: No, thanks...

    F: Meninas... Odeio interromper, mas será que posso falar com Saphira a sós?

    V: Ulll... Segredinhos...

    AL: A gente dá 10 minutos pra vocês, nada mais que isso.

    Elas saíram e eu me olhei mais uma vez no espelho. Meu Deus, como eu estava linda. Nunca fui tão linda na vida... Como as coisas são: somos mais bonitos e alegres depois de morrer!

    S: E aí... Como estou?

    F: Acho que ele vai gostar.

    S: Quero saber sua padrinho-opinião!

    F: Padrinho-opinião? Hummmm... Acho que você está muito bonita. Gosto de vermelho.

    S: Valeu, Frankie!

    Ele sorriu e abaixou a cabeça.

    F: Me desculpe por tudo. Por ter te batido... Te matado... Sabe como é...

    S: E você sabe que eu já te perdoei. Não precisa ficar se sentindo culpado não... Isso é passado! Se não fosse por você, nada disso estaria acontecendo hoje! *abraço*

    F: Obrigado. Ah... Que bom saber que não estraguei tudo outra vez... Ahn... Melhor você se apressar.

    Quando olhei no relógio, já estava ficando tarde. Gee já devia estar cansado de me esperar na “igrejinha”.

    S: Tem razão, Frankie. Me acompanha?

    F: Certamente, senhorita!

    Fomos eu, Frank, Vanessa e Anna até lá.

    V: Espero que suas unhas já tenham secado...

    Quem se importava com unhas naquele momento?

    ****

 

    Meu pai estava quase chorando ao meu lado.

    B: Pronta, filha? Esse é um momento muito importante na sua morte...

    S: Eu nasci pronta, pai. E morri também!

    Demos risadas e a música começou a tocar. Gerard estava encarando bem meu atraso: conversava com Bert e Mike... E estava chupando pirulito! HAHAHAHA! Foi muito engraçado vê-lo de terno com um pirulito na boca!

    Ele tacou o pirulito em qualquer lugar ao ouvir a música e em um salto se colocou no devido lugar. Bert ajeitou sua própria roupa e como ele era o nosso “padre”, ficou lá parado onde deveria ficar e sorrindo como um psicopata, coisa que ele sempre fazia.

    Logo eu já estava ao lado de Gerard e não pude deixar de sorrir para ele. Havia vários motivos para sorrir nesse instante, só que os dois mais importantes eram: eu o amava mais que tudo e estar ao seu lado era maravilhoso; ele estava com a língua mais vermelha que o normal – culpa do pirulito.

    B: Bem... Senhoras, senhoritas, senhores e senhoritos – se tiver! – sejam todos muito bem vindos a essa cerimônia realizada aqui, nos confins da Terra...

    Eu estava realmente nervosa... Gee estava sorrindo ao meu lado. Ele sabia que eu estava completamente nervosa. E eu sabia que ele estava completamente feliz. Eu podia ler a mente dele também. *sweet revenge*

    G: Não precisa ficar nervosa... Você está linda.

    S: Obrigada, amor...

    E ele falou algo bem alto logo em seguida:

    G: Sim.

    S: Sim o que?  

    G: Bert me perguntou se quero casar com você.

    S: Ah é!

    B: ... Aceita Gerard Arthur Way como seu legítimo esposo?

    E pensei na palavra mágica. A palavra que nos manteria juntos por muitos e muitos anos. A palavra que fizera todas as brigas e desavenças sumirem. A palavra que deixaria todos nós felizes no final. Olhei ao meu redor e pude ver meus pais (minha mãe chorando muito, claro!), meus amigos... Frank e Anna acenaram para nós... E saiu de mim, livre e espontaneamente:

    S: Sim!

    B: Eu já imaginava que você fosse dizer isso... Enfim... Pode agarrar a noiva! Beijar... Sei lá, vocês decidam...

    Bert era o melhor padre de todos, com certeza.

    Gee me agarrou em seus braços e me deu o beijo mais maravilhoso e épico de todos.

    Eu estava feliz. Estávamos felizes... E minha vida toda pareceu uma grande piada, porque a morte era extremamente melhor.

    Gatinha... Sua vida não foi uma piada! – Os pensamentos de Gerard se juntaram aos meus, me acalmando. Pensei em resposta:

    Então por que estamos todos rindo? Por que estamos todos mortos agora?

    Porque é assim que tem que ser.

    Ele estava certo. Era assim que tinha que ser. E sempre seria.

 

 


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Notas finais do capítulo

OH NÃO! AGORA É OFICIAL: THE END